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Coleção Fiocruz
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2.
Tese em Português | Arca: Repositório institucional da Fiocruz | ID: arc-58198

RESUMO

Segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO), atualmente 200 milhões de pessoas estão infectadas por espécies do gênero Schistosoma, uma vacina, administrada sozinha ou em combinação com drogas anti-helmínticas, seria importante para o controle da esquistossomose. Recentemente, nosso grupo demonstrou que uma preparação do tegumento de esquistossômulo do S. mansoni (Smteg) é capaz de elicitar uma diminuição estatisticamente significativa na carga parasitária quando formulado com adjuvante de Freund. Neste trabalho nós avaliamos a imunoproteção induzida em camundongos pelo Smteg sem adjuvante ou Smteg associado ao Alum ou Alum + CpG. Na ausência de adjuvante não houve diminuição estatisticamente significativa da carga parasitária. Apesar disso, o Smteg foi capaz de ativar a resposta imune produzindo níveis significativos de anticorpos específicos, aumentando a porcentagem de células TCD4+IFN-γ+ e de células TCD4+IL-10+ no baço e aumentando a produção das citocinas IFN-γ e IL-10 pelas células esplênicas e IL-10 por células dendríticas,. Ao contrário, a associação Smteg/alum/CpG-ODN foi capaz de induzir uma redução parcial na carga parasitária (43,1%) além de uma reduzir significativamente o número de ovos eliminados nas fezes. Esta resposta protetora foi associada com um perfil predominantemente do tipo Th1, com o aumento na produção de IgG2c, IFN-γ e TNF-α. O papel dos anticorpos na eliminação do parasito em animais imunizados com o Smteg também foi avaliado, e demonstramos que anticorpos específicos estão envolvidos na eliminação do parasito. Uma vez observada a importância dos anticorpos na imunidade protetora, realizamos análises proteômicas e sorológicas pela técnica de Western-blotting bidimensional (2D-WB) para identificar candidatos vacinais. Uma das proteínas identificadas, a ciclofilina do S. mansoni (SmCyp), foi utilizada como antígeno em um protocolo de imunização gênica, porém não observamos redução significativa da carga parasitária e do número de ovos nas fezes e no intestino e fígado de camundongos imunizados, apesar da imunização diminuir significativamente a área dos granulomas hepáticos em animais imunizados. Nossos resultados demonstram a importância do tegumento do esquistossômulo do S. mansoni como fonte de antígenos vacinais para a esquistossomose mansoni; a importância dos anticorpos na eliminação do parasito e identifica proteínas candidatas a serem utilizadas em formulações vacinais, abrindo novas possibilidades de estudos avaliando as mesmas em diferentes formulações e estratégias vacinais em ensaios pré-clinicos.

6.
Tese em Português | Arca: Repositório institucional da Fiocruz | ID: arc-34601

RESUMO

Segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO), atualmente 200 milhões de pessoas estão infectadas por espécies do gênero Schistosoma em 76 países do mundo causando 250.000 mortes por ano. No Brasil, o Schistosoma mansoni é o responsável pela infecção de aproximadamente 5.48% da população. Uma vacina como uma medida profilática, administrada sozinha ou em combinação com drogas anti-helmínticas, seria importante para o controle da esquistossomose. Um antígeno potencial para compor uma vacina anti-esquistossomótica é o tegumento de esquistossômulo do S. mansoni. O tegumento representa a interface parasito-hospedeiro e o esquistossômulo é o primeiro estágio a entrar em contato com o sistema imune do hospedeiro, e o mais susceptível. Recentemente, nosso grupo demonstrou que o tegumento de esquistossômulo do S. mansoni é capaz de ativar células dendríticas levando a um aumento na expressão de CD40 e CD86 e na produção de IL-12 e TNF-α. O presente trabalho avaliou a imunoproteção induzida em camundongos pelo tegumento de esquistossômulos do S. mansoni. Foram vacinados dez camundongos no grupo experimental e 10 camundongos no grupo controle. De 15 em 15 dias, o sangue desses animais foi retirado para avaliar, por ELISA, a produção de anticorpos específicos. Trinta dias após a terceira dose os camundongos foram infectados com 100 cercárias do S. mansoni e 50 dias após a infecção desafio, os animais foram perfundidos para avaliar o nível de proteção induzida pela imunização. Dois dias antes da perfusão realizou-se o exame de fezes utilizando-se duas metodologias: HPJ e Eclosão de Miracídios. O intestino e fígado dos camundongos imunizados foram retirados após a perfusão, pesados e digeridos com KOH 10% e o número de ovos presentes nestes órgãos foi determinado por microscopia óptica. Para avaliar a interferência da vacinação na patologia da esquistossomose, foram realizadas análises do número de granulomas/mm2 e das áreas dos granulomas exsudativo-produtivo hepáticos. E para observar a morfologia e o comportamento dos casais de vermes bem como a viabilidade dos ovos foi realizado um estudo in vitro, no qual, casais de vermes foram corados com a sonda Hoechst 33258 ou colocados em cultura por sete dias para observação da oviposição. Para observar o perfil de resposta imune induzido pelas imunizações, camundongos imunizados foram eutanasiados e o baço foi retirado para cultura de esplenócitos, foram dosadas as citocinas IFN-, TNF-α, IL-10 e IL-4 no sobrenadante de cultura e intracitoplasmáticas por marcação de CD4+ e CD8+. A imunização com Smteg resultou na produção de níveis significativos de IgG, IgG1 e IgG2c específicos a partir da segunda dose da vacina. Os níveis destes anticorpos se mantiveram elevados até 50 dias após a infecção desafio. No grupo de camundongos imunizados com Smteg observou-se uma redução de 43% a 48% no número de vermes adultos; 64% no número de ovos/grama de fígado e intestino, 59% a 60% (HPJ); 72%- 73% (eclosão de miracídio) no número de ovos/grama de fezes e de 41% no número de granuloma no fígado e intestino em relação ao grupo inoculado com PBS +CFA/IFA. Não foi observado nenhum efeito da imunização com Smteg sobre a fecundidade da fêmea do S. mansoni, nem sobre a área do granuloma hepático. Em um experimento, ex vivo, os vermes provenientes de camundongos vacinados com Smteg + CFA/IFA apresentaram danos no tegumento, além de uma interferência na oviposição com baixo número de ovos, os mesmos mortos ou inviáveis. Os camundongos imunizados com Smteg produziram níveis significativos de INF- e IL-10 em relação aos camundongos inoculados com PBS, demonstrando que a imunização induz um perfil de resposta predominantemente Th1. Esses resultados indicam que o tegumento do esquistossômulo do S. mansoni é um forte candidato vacinal.


Assuntos
Esquistossomose mansoni/imunologia , Schistosoma mansoni/parasitologia , Vacinas/imunologia
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