RESUMEN
Este artigo apresenta resultados parciais de pesquisa que visou a apreender como os trabalhadores vivenciam as relações interprofissionais no contexto das práticas de atenção à saúde em doenças infecciosas em setor de internação hospitalar de instituto de pesquisa. Enfoca o trabalho em equipe a partir da rotina dos profissionais que lá atuam e das reuniões multiprofissionais em saúde. O referencial teórico-metodológico articulou contribuições da ergologia de Schwartz com reflexões da Política Nacional de Humanização. A pesquisa qualitativa utilizou técnicas de observação participante e entrevistas semiestruturadas para a produção de dados. A análise do material empírico foi realizada com base no referencial da análise de conteúdo em sua vertente temática. Dentre os principais resultados, observou-se que os trabalhadores desejam encontrar uma forma efetiva de trabalhar em equipe que resulte numa atenção à saúde integral e humanizada, porém prevalece uma postura de espera pelo sujeito das mudanças. Isto demonstra a necessidade de se fomentar o protagonismo desses sujeitos, tornando visível a gestão que os trabalhadores da saúde fazem do seu próprio processo de trabalho, bem como aprimorar mecanismos de gestão participativa com a ampliação do grau de transversalização entre os sujeitos envolvidos no cuidado, numa perspectiva de gestão em que todos sejam corresponsáveis pelos rumos da atenção prestada.
The article focuses on team work within multiprofessional health meetings. It presents results of a research that intended to understand how workers experience the interrelationships, in the context of health care practices in infectious diseases in the hospitalization sector of a Research Institute. The theoretical and methodological references articulated contributions of Schwartz's Ergology and the National Policy of Humanization. The qualitative research used observation techniques and semi-structured interviews. The analysis of empirical material was based on the technique of content analysis in its thematic analysis. Among the main results, we found that workers want to find an effective way to work in teams, resulting in a comprehensive and humanizing health care, but a prevailing attitude of waiting for the subject of change, demonstrates the need to make the management they do of their own work process become visible, to encourage the protagonism of subjects and a management perspective in which all subjects can feel coresponsible for the direction of health care provided.
Asunto(s)
Grupo de Atención al Paciente , Humanización de la Atención , Salud , Sistema Único de SaludRESUMEN
OBJETIVO: Em uma unidade de terapia intensiva, a circulação de pessoas da equipe multidisciplinar e o número considerável de equipamentos e alarmes sonoros deixam o ambiente ruidoso. O objetivo desta pesquisa foi mensurar os níveis de ruídos de uma unidade de terapia intensiva da cidade de Recife e avaliar sua percepção pelos profissionais da unidade. MÉTODOS: Durante uma semana, 24 horas por dia, foi utilizado um decibelímetro para realizar mensurações a cada cinco segundos. Após as aferições, foi aplicado um questionário aos profissionais sobre sua percepção e incômodo causados pelo ruído, e se eles achavam possível reduzir o barulho. RESULTADOS: A média de ruído verificada foi de 58,21 ± 5,93 dB. O período diurno apresentou maiores níveis de ruídos que o noturno (60,86 ± 4,90 vs 55,60 ± 5,98 dB; p < 0,001), assim como os dias úteis quando comparados ao final de semana (58,77 ± 6,05 vs 56,83 ± 5,90 dB; p < 0,001) e a passagem de plantão noturna quando comparada a diurna (62,31 ± 4,70 vs 61,35 ± 5,08 dB; p < 0,001). Dos 73 profissionais que responderam o questionário, 97,3 por cento acham que a unidade de terapia intensiva tem ruído de moderado a intenso, 50,7 por cento se sentem prejudicados pelo barulho e 98,6 por cento acham que é possível reduzir o nível de ruídos. CONCLUSÃO: Os níveis de ruídos encontrados estavam acima dos recomendados. Programas preventivos e educativos conscientizando da importância da redução do nível de ruído devem ser estimulados, envolvendo todos os profissionais que compõem a equipe da unidade de terapia intensiva.
OBJECTIVE: The several multidisciplinary team personnel and device alarms make intensive care units noisy environments. This study aimed to measure the noise level of a medical-surgical intensive care unit in Recife, Brazil, and to assess the noise perception by the unit's healthcare professionals. METHODS: A decibel meter was used for continuous every five seconds one week noise levels recording. After this measurement, an interview shaped noise perception questionnaire was applied to the healthcare professionals, approaching the discomfort level and noise control possibilities. RESULTS: Mean 58.21 ± 5.93 dB noise was recorded. The morning noise level was higher than at night (60.85 ± 4.90 versus 55.60 ± 5.98, p <0.001), as well as work-days versus weekend (58. 77 ± 6.05 versus 56.83 ± 5.90, p <0.001). The evening staff shift change noise was louder than by daytime change (62.31 ± 4.70 versus 61.35 ± 5.08 dB; p < 0.001). Of the 73 questionnaire respondents, 97.3 percent believe that the intensive care unit has moderate or intense noise levels; 50.7 percent consider the noise harmful; and 98.6 percent believe that noise levels can be reduced. CONCLUSION: The measured noise levels were above the recommended. Preventive and educational programs approaching the importance of noise levels reduction should be encouraged in intensive care units.
RESUMEN
A humanização é uma expressão que vem sendo comumente usada no sentido de associação dos recursos tecnológicos ao reconhecimento da individualidade do paciente, compreendido como ser integral e ao mesmo tempo singular em suas necessidades. Considerando que a humanização do cuidado em enfermagem vem sendo bastante enfatizada nas instituições de saúde e que a comunicação permite à equipe compreender as necessidades do paciente vulnerabilizado pela doença e hospitalização, surge a necessidade de refletir a respeito da relevância da comunicação no processo do cuidar humanizado em enfermagem. Sob esse prisma, o presente estudo, de natureza bibliográfica, teve por objetivo destacar a comunicação como instrumento básico no processo do cuidar humanizado em enfermagem ao paciente hospitalizado. A partir desta pesquisa os autores ressaltam a valoração do processo de comunicação como componente básico na humanização do cuidado em enfermagem.
Humanization is a term that is commonly used in association with technological resources and patient individuality, which considers patient's holistic and uniqueness needs. Humanization of nursing care has being emphasized in healthcare. Communication is a key factor that allows the healthcare team to understand the hospitalized patient's needs. Thus, there is a need to reflect upon the relevance of communication to provide quality humanized nursing care. Focusing on these aspects of nursing care, the objective of this bibliographic study was to describe the relevance of communication as basic instrument in providing humanized nursing care for the hospitalized patient. The study emphasizes the importance of communication as a fundamental component of humanized nursing care.
La humanización es una expresión que comúnmente viene siendo usada en el sentido de asociación de los recursos tecnológicos al reconocimiento de la individualidad del paciente, comprendido como ser integral y al mismo tiempo singular en sus necesidades. Considerando que la humanización del cuidado en enfermería está siendo enfatizada en las instituciones de salud y que la comunicación permite al equipo comprender las necesidades del paciente vulnerabilizado por la enfermedad y la hospitalización, surge la necesidad de reflexionar respecto a la relevancia de la comunicación en el proceso del cuidar humanizado en enfermería. Bajo este prisma, en el presente estudio, de naturaleza bibliográfica, se tuvo por objetivo destacar la comunicación como instrumento básico en el proceso del cuidar humanizado en enfermería, al paciente hospitalizado. A partir de esta investigación los autores resaltan la valoración del proceso de comunicación como componente básico en la humanización del cuidado en enfermería.