RESUMO
RESUMO Objetivo: Identificar os diagnósticos de enfermagem de potenciais doadores de órgãos em morte encefálica segundo a Taxonomia NANDA-I. Método: Estudo observacional, transversal realizado em hospital público no interior do Ceará, Brasil. Coleta de dados nos meses de outubro e novembro de 2021, em 23 prontuários de potenciais doadores de órgãos. Dados foram analisados por estatística descritiva. Resultados: Identificaram-se 22 diferentes diagnósticos, em cinco dos 13 domínios da taxonomia da NANDA-I. Prevaleceram: risco de glicemia instável; risco de função hepática prejudicada; troca de gases prejudicada; mobilidade no leito prejudicada; padrão respiratório ineficaz; risco de infecção; risco de lesão por pressão; risco de aspiração; risco de débito cardíaco diminuído; risco de quedas, eliminação urinária prejudicada; risco de desequilíbrio eletrolítico e risco de pressão arterial instável. Conclusão: A identificação dos diagnósticos poderá favorecer o aprimoramento da prática e a aplicação do processo de enfermagem diante da assistência aos potenciais doadores de órgãos.
ABSTRACT Objective: To identify the nursing diagnoses of potential organ donors in brain death according to the NANDA-I Taxonomy. Method: Observational, cross-sectional study conducted in a public hospital in the interior of Ceará, Brazil. Data collection was realized in October and November 2021 in 23 medical records of potential organ donors. Descriptive statistics analyzed data. Results: Twenty-two diagnoses were identified in five of the 13 domains of the NANDA-I taxonomy. The following were prevalent: risk of unstable blood glucose; risk of impaired liver function; impaired gas exchange; impaired bed mobility; ineffective breathing pattern; risk of infection; risk of pressure injury; risk of aspiration; risk of decreased cardiac output; risk of falls, impaired urinary elimination; risk of electrolyte imbalance and risk of unstable blood pressure. Conclusion: The identification of diagnoses may favor the improvement of practice and the application of the nursing process in the care of potential organ donors.
RESUMEN Objetivo: Identificar los diagnósticos de enfermería de los posibles donantes de órganos en muerte encefálica según la Taxonomía NANDA-I. Método: Estudio observacional, transversal, realizado en un hospital público del interior de Ceará, Brasil. Recogida de datos en octubre y noviembre de 2021, en 23 historias clínicas de posibles donantes de órganos. Los datos se analizaron mediante estadísticas descriptivas. Resultados: Se identificaron 22 diagnósticos diferentes, en cinco de los 13 dominios de la taxonomía NANDA-I. Predominaron los siguientes: riesgo de glucemia inestable; riesgo de deterioro de la función hepática; deterioro del intercambio gaseoso; deterioro de la movilidad en la cama; patrón respiratorio ineficaz; riesgo de infección; riesgo de lesión por presión; riesgo de aspiración; riesgo de disminución del gasto cardíaco; riesgo de caídas, deterioro de la eliminación urinaria; riesgo de desequilibrio electrolítico y riesgo de tensión arterial inestable. Conclusión: La identificación de diagnósticos puede favorecer la mejora de la práctica y la aplicación del proceso de enfermería en el cuidado de los donantes potenciales de órganos.
RESUMO
ABSTRACT Objective to understand the health team's experience with parents of children and adolescents during the brain death protocol stages. Method a qualitative and exploratory research developed in two health institutions of high complexity and reference in the care of children and adolescents with polytrauma. Participants were health professionals from critical patient units. Data collection took place between October and December 2019 through semi-structured interviews. For content analysis, we used the software Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires as support. Results twenty-one professionals (physicians, nurses and nursing technicians) participated in the study. The general corpus consisted of 21 texts, separated into 123 segments, with the emergence of four classes. The study shows feelings of support and compassion at all brain death protocol stages. In the protocol opening stage, the team's emotions are focused on the actions of clarifying and revealing information in this process, in addition to pointing out the need for the team to detail the step by step of the exams to be performed. In the communication of death stage, the feeling of being, caring for and welcoming the family relates to other feelings experienced by them. Conclusion the study reveals that the health team experiences unique feelings during the brain death protocol in the reality of children and adolescents, revealing the team's concern with being with the family, paying attention and caring for the pain of loss.
RESUMEN Objetivo comprender la experiencia del equipo de salud con los padres de niños y adolescentes durante las etapas del protocolo de muerte encefálica. Método investigación con enfoque cualitativo y exploratorio desarrollada en dos instituciones de salud de alta complejidad y referencia en la atención de niños y adolescentes con politraumatismo. Los participantes fueron profesionales de la salud de unidades de pacientes críticos. La recolección de datos ocurrió entre octubre y diciembre de 2019 a través de entrevistas semiestructuradas. Para el análisis de contenido se utilizó como soporte el software Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires. Resultados participaron del estudio 21 profesionales (médicos, enfermeros y técnicos de enfermería). El corpus general estuvo compuesto por 21 textos, separados en 123 segmentos, surgiendo cuatro clases. El estudio muestra sentimientos de apoyo y compasión en todas las etapas del protocolo de muerte cerebral. En la etapa de apertura del protocolo, las emociones del equipo están enfocadas en las acciones de esclarecimiento y revelación de información en este proceso, además de señalar la necesidad de que el equipo detalle el paso a paso de los exámenes a realizar. En la etapa de comunicación de la muerte, el sentimiento de ser, cuidar y acoger a la familia se conecta con otros sentimientos vividos por ellos. Conclusión el estudio revela que el equipo de salud vive sentimientos únicos durante el protocolo de muerte encefálica en la realidad de los niños y adolescentes, revelando la preocupación del equipo por estar con la familia, prestar atención y cuidar el dolor de la pérdida.
RESUMO Objetivo: compreender a vivência da equipe de saúde junto aos pais de crianças e adolescentes durante as etapas do protocolo de morte encefálica. Método: pesquisa exploratória de abordagem qualitativa desenvolvida em duas instituições de saúde de alta complexidade e referência no atendimento a crianças e adolescentes com politrauma. Os participantes foram profissionais de saúde das unidades de pacientes críticos. A coleta de dados ocorreu entre os meses de outubro e dezembro de 2019 por meio de entrevistas semiestruturadas. Para análise de conteúdo, utilizou-se como apoio o software Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires. Resultados: participaram do estudo 21 profissionais (médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem). O corpus geral foi constituído por 21 textos, separados em 123 segmentos, emergindo quatro classes. O estudo mostra sentimentos de apoio e compaixão em todas as etapas do protocolo de morte encefálica. Na etapa da abertura do protocolo, as emoções da equipe estão voltadas às ações de clarificar e transparecer informações deste processo. Além de apontar a necessidade de a equipe detalhar o passo a passo dos exames a serem realizados. Na etapa da comunicação da morte, a sensação de estar, cuidar e acolher a família se conecta com outros sentimentos experimentados por eles. Conclusão: o estudo revela que a equipe de saúde vivencia sentimentos únicos durante o protocolo de morte encefálica na realidade de crianças e adolescentes. Revela também a preocupação de a equipe em estar com a família, atentar e cuidar ante a dor da perda.
RESUMO
RESUMO Objetivos Verificar o conhecimento dos médicos de UTI sobre o diagnóstico de morte encefálica (ME) e averiguar a opinião dos médicos de UTI sobre doação de órgãos. Métodos Estudo quantitativo, exploratório, descritivo e transversal. Foram entrevistados 38 médicos que trabalham em UTI adulto em um hospital estadual da cidade do Rio de Janeiro. O instrumento de coleta de dados foi dividido em três partes: a primeira se referia a informações profissionais; a segunda era composta por nove questões fechadas, de múltipla escolha, que abordavam critérios técnicos para a realização do diagnóstico de morte encefálica; outras sete questionavam a opinião dos entrevistados sobre morte encefálica e doação de órgãos. Resultados A população do estudo possui média de idade de 38,45 anos (DP = 10,58). Em relação ao tempo de formação, observou-se a média de 11,87 anos (DP = 8,94). O quantitativo geral de acertos das questões conceituais foi de 8,07 (DP = 0,78). Dos 38 participantes, apenas 31,57% acertaram todas as questões. Observou-se que dois entrevistados (5,2%) não se consideravam seguros em realizar o exame clínico. Não foram encontradas diferenças significativas nos números de acertos em comparações referentes a idade e/ou sexo dos entrevistados. Conclusão Somente o grupo profissional de intensivistas teve participantes que acertaram todas as questões técnicas. No entanto, algumas questões básicas precisam ser mais bem discutidas. É importante a incorporação de disciplinas que abordem o tema nos cursos de graduação da área de saúde. Atitudes educativas sobre o tema podem ser mais bem difundidas nos cursos de graduação das diversas áreas de saúde, com a inclusão de disciplinas na grade curricular, bem como a abordagem do tema de forma extensiva nos cursos de especialização em terapia intensiva, de modo a permitir que se formem profissionais com maior grau de conhecimento sobre todo o contexto que envolve a ME e o processo doação-transplante, uma vez que esse processo não admite falhas em nenhuma das etapas.
ABSTRACT Objectives Verify the knowledge of ICU physicians about the diagnosis of brain death and the opinions of ICU physicians about organ donation. Methods Quantitative, exploratory, descriptive and cross-sectional study. Methods We interviewed 38 physicians at an adult ICU of a State hospital in the city of Rio de Janeiro. The data collection instrument was split into three parts: the first to gather professional information; the second was composed of nine closed-ended, multiple-choice questions, which addressed technical criteria for the diagnosis of brain death; a further seven questions asked for the interviewee's opinion on brain death and organ donation. Results The study population had a mean age of 38.45 years (DP = 10.58). In relation to training time, the average was 11.87 years (DP = 8.94). The overall quantity of correct answers to the conceptual questions was 8.07 (DP = 0.78). Of the 38 participants, only 12 (31.57%) correctly answered all the questions. Two interviewees (5.2%) did not feel confident about conducting the clinical examination. No significant differences were found between the number of correct anwers and the age and/or gender of the interviewee. Conclusion Only the professional group of intensivists had participants who answered all the technical questions correctly. However, some basic issues require deeper discussion. It is important to incorporate disciplines that approach this subject in undergraduate courses in the health area, which may help diffuse educational attitudes. Such themes should also be extensively addressed in specialization courses in intensive care in order to improve training about the whole context involving brain death and the donation-transplant process, since this process must be absolutely watertight at every step.