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Tudo não é por acaso: exploração, greves, sindicatos surpreendidos e a saúde dos trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro / It is not by chance: exploration, strikes, surprised unions and health of workers at the Petrochemical Complex of Rio de Janeiro

Almeida, Hugo Pinto de.
Rio de Janeiro; s.n; 2016. 123 p. ilus, map.
Tesis en Portugués | LILACS | ID: biblio-870392
Esta pesquisa analisa a luta coletiva e sindical dos trabalhadores em sua relação com a saúde, tendo como campo de estudo o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ). No COMPERJ, um conjunto de lutas e greves dos operários da construção civil, como a de 2014, pôs em questão as condições de exploração e a representação sindical da categoria. Com base na Saúde Coletiva/Saúde do Trabalhador, a abordagem teórico-metodológica da investigação compreende as práticas coletivas dos operários do COMPERJ de resistência e enfretamento à exploração capitalista como expressão das contradições do processo de trabalho capaz de contribuir com o conhecimento em saúde dos trabalhadores. Nessa linhagem, enfatizamos a perspectiva da pesquisa participante junto a coletivos de trabalhadores para se gerar transformação. O trabalho de campo incluiu dois momentos, sendo o primeiro a participação em audiências públicas relativas as condições de trabalho do COMPERJ, assembleias da categoria e visitas ao sindicato representativo. O segundo momento compreendeu entrevista semidiretiva e individual com informantes-chave, sendo realizadas ao todo 10 (dez) entrevistas com três grupos 5 (cinco) com trabalhadores de base do COMPERJ que participaram dos movimentos de greve; 4 (quatro) com diretores do SINDIPETRO-RJ, entidade sindical implicada na luta dos operários e 01 (uma) com técnico do sindicato legalmente investido da representação dos trabalhadores da construção civil do COMPERJ. Os resultados e a discussão destacam um conjunto de reivindicações que traduzem resistência do processo de trabalho, tais como prolongamento do trabalho, administração por estresse, práticas gerenciais de controle e vigilância do trabalhador, bem como práticas de enfraquecimento coletivo dos trabalhadores, base da resistência operária. Algumas das práticas de enfraquecimento ocorrem pela fragmentação dos trabalhadores através das formas de terceirização presente na obra e as características da estrutura sindical de Estado. No enfrentamento a exploração, os trabalhadores produziram diferentes formas de solidariedade e resistência no sentindo de produção de saúde, sendo uma destas a criação de comissões de base, instância independente do sindicato representativo, devido ao enfraquecimento da organização no local de trabalho. Estas comissões objetivavam organizar as lutas, greves e reivindicações dos trabalhadores da construção civil do COMPERJ. O movimento dos trabalhadores do COMPERJ, apoiado por sindicatos de outras categorias, se constituiu como uma forma de resistência perante as condições de exploração e reafirmando a possibilidade de conquistas e mudanças no processo de trabalho, como também a possibilidade do reencontro com o coletivo de trabalhadores, apesar dos limites impostos pelos patrões e o próprio sindicato legal da categoria que tinham o objetivo de diminuir ou fragmentar a luta operária. A presente dissertação, surgida pela interpelação da luta dos trabalhadores, contribui ao apontar para a necessidade do aprofundamento da realidade dos trabalhadores a partir das suas próprias práticas organizativas e compreendendo assim os próprios limites da estrutura sindical de Estado para a luta pela saúde dos trabalhadores.
Biblioteca responsable: BR526.1
Ubicación: BR526.1; T363.11098153, A447t