No convencional
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| Coleciona SUS (Brasil) | ID: biblio-943080
A carência de médicos na Estratégia de Saúde da Família, influenciada pela formação médica brasileira, na qual predomina o perfil mercantilista, hospitalocêntrico e focada na biomedicina, nos revela a necessidade do desenvolvimento de Políticas Nacionais de Saúde mais efetivas. O Programa Mais Médicos (PMM), desde outubro de 2013, além de prover médicos em regiões com maiores vulnerabilidades socioeconômicas, visa também interferir no processo de identidade profissional dos médicos brasileiros, incluindo aqueles em formação. Trata-se de um estudo cujo percurso metodológico conta com fundamentação teórica, por meio de revisão bibliográfica, bem como algumas percepções e interpretações a partir da empiria, objetivando confrontar a atuação médica brasileira com a dos cubanos, fundamentais à implementação do PMM pela experiência em saúde da família, e desmistificar a dependência do uso da tecnologia, por vezes excessivo, em detrimento das questões sociais envolvidas no tratamento humanizado conduzido pelos médicos cubanos. A inserção de práticas humanizadas em saúde, enquanto legado do PMM, representa o início da mudança de paradigma, no qual a medicalização da vida e dos comportamentos arrefecerá frente a um sistema de saúde mais resolutivo e de acesso universal, que preconize o trabalho em equipe e, portanto, menos dependente do médico.