الملخص
A hipoplasia da veia cava inferior é uma patologia rara que integra o conjunto de anomalias do desenvolvimento da veia cava inferior. A sua incidência situa-se entre 0,3%-0,5% na população saudável e 5% nos adultos jovens sem fatores de risco para trombose venosa profunda, sendo considerada um importante fator de risco para o desenvolvimento de trombose dos membros inferiores. O principal objetivo deste trabalho é reportar a conduta obstétrica de um caso clínico de uma grávida diagnosticada com hipoplasia da veia cava inferior, prévia à gravidez. Trata-se de um caso clínico, de uma grávida, primigesta, com 37 anos, com hipoplasia da veia cava inferior e heterozigotia para o gene MTHFR677 diagnosticadas, na sequência de uma trombose venosa bilateral dos membros inferiores e do segmento infrarrenal da veia cava inferior. A gravidez foi seguida em consulta hospitalar na nossa instituição, tendo a grávida sido medicada com enoxaparina em dose profilática e ácido acetilsalicílico, com um período pré natal que decorreu sem intercorrências. Às 37 semanas e 6 dias de gestação, deu entrada no Serviço de Urgência de Obstetrícia por rotura prematura de membranas. Intraparto foram utilizadas meias de compressão pneumática intermitente, tendo o parto ocorrido às 38 semanas de gestação por via vaginal (parto eutócico), do qual nasceu um recém-nascido do sexo feminino, com 2620g e índice de Apgar 9/10/10. O presente caso clínico demonstra que em situações de hipoplasia da veia cava inferior com um seguimento obstétrico adequado é possível a realização de um parto vaginal, possibilitando um desfecho obstétrico favorável (AU).
Hypoplasia of the inferior vena cava is a rare condition that belongs to the group of developmental anomalies of the inferior vena cava. It has an incidence between 0.3% and 0.5% in the healthy population and 5% in young adults without risk factors for deep venous thrombosis, being considered an important risk factor for the development of lower limb thrombosis. This study aims to report the obstetric conduct of a clinical case of a pregnant woman diagnosed with hypoplasia of the inferior vena cava prior to pregnancy. This is a clinical case of a pregnant woman, primigravid 37 years old, with hypoplasia of the inferior vena cava and heterozygosity for MTHFR677, diagnosed following a bilateral venous thrombosis of the lower limbs and the infrarenal segment of the inferior vena cava. The pregnancy was followed up in our institution. The pregnant woman was medicated with a prophylatic dose of low molecular weight heparin and acetylsalicylic acid with an uneventful prenatal period. At 37 weeks and 6 days of gestation, she was admitted to the Obstetrics Emergency Service due to premature rupture of membranes. Intermittent pneumatic compression sockings were used intrapartum, and at 38 weeks of gestation, a female newborn was vaginally delivered (eutocic delivery) with 2620g and an Apgar score of 9/10/10. The present clinical case demonstrates that in situations of hypoplasia of the inferior vena cava with an adequate obstetric follow-up, it is possible to perform a vaginal delivery, enabling a favourable obstetric outcome (AU).
الموضوعات
Humans , Female , Pregnancy , Adult , Thrombosis/therapy , Vena Cava, Inferior/abnormalities , Health Knowledge, Attitudes, Practice , Parturitionالملخص
Schwannomas of the female genital tract are extremely uncommon. They are usually benign, and simple excision is the adequate treatment. The case of a 57-year-old woman with a cellular schwan-noma of the vagina is described, in addition to a summarized literature review of schwannomas in the female genital tract. Complete excision was performed, and the histological report confirmed to be a vaginal Schwannoma. Due to its possibility to occur, even if in a very low incidence scenario, Schwan-nomas should not be excluded from the differential diagnosis of a vaginal mass. (AU)
Schwannomas do trato genital feminino são extremamente raros. São tumores geralmente benignos e a excisão simples é o tratamento adequado. Neste artigo descreve-se o caso de uma mulher de 57 anos com Schwannoma vaginal, além de uma revisão resumida da literatura sobre schwannomas no trato genital feminino. A excisão completa foi realizada e o estudo histológico confirmou o diagnóstico de Schwannoma vaginal. Devido à sua possibilidade de ocorrer, mesmo num cenário de incidência muito baixa, os Schwannomas não devem ser excluídos do diagnóstico diferencial de massas vaginais (AU)
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Humans , Female , Middle Aged , Peripheral Nerves , Neoplasms , Neurilemmomaالملخص
Abstract Objective To compare laparoscopy with laparotomy for surgical staging of endometrial cancer. Methods A cohort of women with preoperative diagnosis of endometrial cancer who underwent surgical staging was retrospectively evaluated. The main study end points were: morbidity and mortality, hospital length of stay, perioperative adverse events and recurrence rate. Data analysis was performed with the software SPSS v25 (IBM Corp., Armonk, NY, USA), categorical variables using a Chi-square and Fisher test, and continuous variables using the Student t-test. Results Atotal of 162 patientswere analyzed. 138 patientsmet the inclusion criteria, 41of whom underwent staging by laparoscopy and 97 by laparotomy. Conversions from laparoscopy to laparotomy happened in 2 patients (4.9%) and were secondary to technical difficulties and poor exposure. Laparoscopy had fewer postoperative adverse events when compared with laparotomy (7.3% vs 23.7%, respectively; p = 0.005), but similar rates of intraoperative complications, despite having a significantly longer operative time (median, 175 vs 130 minutes, respectively; p < 0.001). Hospital stay was significantly lower in laparoscopy versus laparotomy patients (median, 3 vs 7 days, respectively; p < 0.001). No difference in recurrence or mortality rates were observed. Conclusion Laparoscopic surgical staging for endometrial cancer is feasible and safe. Patients have lower postoperative complication rates and shorter hospital stays when compared with the approach by laparotomy.
Resumo Objetivo Comparar a abordagem laparoscópica com a laparotômica no estadiamento cirúrgico do carcinoma do endométrio. Métodos Avaliação retrospectiva de uma coorte de mulheres com diagnóstico préoperatório de cancro do endométrio submetida a estadiamento cirúrgico. As principais variáveis do estudo foram: morbilidade e mortalidade, tempo de internamento hospitalar, eventos adversos peri-operatórios e taxa de recorrência. A análise dos dados foi realizada com o programa SPSS v25 (IBM Corp, Armonk, NY, EUA), para as variáveis categóricas utilizou-se o teste do Qui-quadrado e o teste de Fisher, e para as variáveis contínuas o teste t de Student. Resultados A amostra foi constituída por 162 doentes. 138 pacientes preencheram os critérios de inclusão, 41 das quais foram submetidas a estadiamento por laparoscopia e 97 por laparotomia. As conversões de laparoscopia para laparotomia ocorreram em 2 doentes (4,9%) e foram secundárias a dificuldades técnicas e má exposição. A laparoscopia teve menos eventos adversos pós-operatórios quando comparada à laparotomia (7,3% versus 23,7%, respectivamente; p = 0,005), mas taxas semelhantes de complicações intraoperatórias, apesar do tempo operatório significativamente maior (mediana 175 a 130 minutos, respetivamente; p < 0,001). A permanência hospitalar foi significativamente menor na abordagem laparoscópica (mediana de 3 versus 7 dias, respectivamente; p < 0,001). Não houve diferenças nas taxas de recorrência ou mortalidade. Conclusão O estadiamento cirúrgico laparoscópico para carcinoma do endométrio é exequível e seguro. As doentes apresentam uma menor taxa de complicações pósoperatórias e tempo de internamento mais curto quando comparados aos da abordagem por laparotomia.
الموضوعات
Humans , Female , Aged , Endometrial Neoplasms/surgery , Neoplasm Recurrence, Local/surgery , Postoperative Complications , Brazil , Retrospective Studies , Cohort Studies , Endometrial Neoplasms/mortality , Laparoscopy , Intraoperative Complications , Laparotomy , Lymph Node Excision , Middle Aged , Neoplasm Recurrence, Local/mortality , Neoplasm Stagingالملخص
Abstract Objective Intraoperative frozen section (IFS) is a valuable resource, and its use in gynecological pathology has not been sufficiently emphasized. The main goal of the present study is to evaluate the reliability and agreement rates between IFS and the final paraffin section (PS) and determine how reliable IFS is. Methods A retrospective study of all IFSs performed on uterine tumors and suspicious adnexal masses between January 2012 and December 2016 (excluding metastases) at the department of obstetrics and gynecology of the Centro Hospitalar Tondela Viseu. Frozen versus permanent section diagnosis were compared regarding the histologic type of the tumor, and the depth of myometrial invasion. Results A total of 286 cases were eligible for the present study, including 102 (35.7%) IFSs of uterine tumors, and 184 (64.3%) IFSs of ovarian tumors. The overall rate of deferred cases was 5.2% (15/286). The accuracy of the diagnosis in cases of endometrial carcinoma was 96.25% (77/80). Among the ovarian tumors, misdiagnoses occurred in 2 cases (1.1%), corresponding to a borderline tumor (serous type) and a clear cell intracystic adenocarcinoma. Conclusion The IFS analysis plays an important role in selected situations and is associated to a high sensitivity and specificity in cases of ovarian and endometrial tumors. Its high accuracy is almost universally associated with the possibility of obtaining an optimal surgical treatment at the time of the first surgical approach.
Resumo Objetivo O diagnóstico intraoperatório por congelação é umrecurso importante cujo uso empatologia ginecológica não tem sido suficientemente enfatizado. O objetivo do presente estudo foi avaliar as taxas de concordância entre o diagnóstico intraoperatório por congelação e o estudo anatomopatológico definitivo e determinar o quanto o diagnóstico intraoperatório por congelação é um método confiável. Métodos Um estudo retrospectivo de todos os diagnósticos intraoperatórios por congelação realizados em tumores uterinos e massas anexiais suspeitas entre janeiro e 2012 e dezembro de 2016 (excluindo metástases) no serviço de ginecologia e obstetrícia do Centro Hospitalar Tondela Viseu. Comparação do diagnóstico intraoperatório por congelação com o resultado do estudo definitivo em relação ao tipo histológico do tumor e profundidade de invasão miometrial. Resultados Um total de 286 casos foram elegíveis para o estudo, incluindo 102 (35.7%) tumores uterinos e 184 (64.3%) tumores ovarianos. A taxa global de casos deferidos foi de 5.2% (15/286). Entre os tumores uterinos, a acuidade de diagnóstico nos casos de carcinoma endometrial foi de 96.25% (77/80). Entre os tumores ovarianos, não se verificou concordância em 2 casos (1.1%), correspondendo a um tumor borderline do tipo seroso e a um adenocarcinoma de células claras intracístico. Conclusão O diagnóstico intraoperatório por congelação apresenta-se com um importante papel em situações selecionadas, sendo acompanhado de elevada taxa de sensibilidade e especificidade para tumores endometriais e ovarianos. A sua elevada acuidade diagnóstica encontra-se associada à possibilidade de obter um tratamento cirúrgico adequado na primeira abordagem cirúrgica