الملخص
Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são amplamente utilizados para tratamento de dor e/ou febre em crianças. Atualmente, constituem a principal causa de reação de hipersensibilidade (RH) a medicamentos em adultos e crianças de vários países, inclusive do Brasil. Existem dois mecanismos envolvidos nessas reações: mecanismos não imunológicos (devido à inibição da enzima ciclooxigenase), e mecanismos imunológicos responsáveis pelas reações alérgicas (mediadas por IgE ou células T). As reações mais comuns em crianças e adolescentes são aquelas decorrentes de mecanismos não imunológicos. As manifestações clínicas variam desde urticária/angioedema/anafilaxia, que ocorrem em poucos minutos a horas após a administração do AINE, até reações tardias, que podem surgir vários dias após o início do tratamento. A história clínica detalhada é fundamental para o diagnóstico. Os testes in vitro são pouco validados, mas os testes cutâneos podem ser realizados nos casos de suspeita de uma RH seletiva, com provável mecanismo imunológico. O teste de provocação oral (TPO) é considerado o padrão ouro para o diagnóstico, e pode auxiliar na escolha de uma alternativa segura. Este artigo relata dois casos de hipersensibilidade a AINEs em crianças que ilustram tipos diferentes de mecanismos (não imunológico e imunológico) com manifestações clínicas distintas: urticária (imediata) e erupção fixa por droga (não imediata). Existe dificuldade na classificação das RHs aos AINEs, assim como ocorreu em um dos casos descritos. Portanto, há necessidade de mais estudos nessa área buscando ampliar o conhecimento e melhorar a avaliação e seguimento dessas crianças com RH a AINEs.
Non-steroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs) are widely used to treat pain and fever in children. Currently, they are considered the main cause of drug hypersensitivity reaction (DHR) in adults and children from several countries, including Brazil. There are two mechanisms involved in these reactions: non-immune (due to inhibition of cyclooxygenase enzyme) and immune mechanisms responsible for allergic reactions (IgE or T-cell mediated). The most common reactions in children and adolescents are those resulting from non-immunological mechanisms. Clinical manifestations range from urticaria/angioedema/anaphylaxis that occur within a few minutes to hours after NSAID administration up to late reactions that may occur several days after starting treatment. Detailed medical history is critical to diagnosis. In vitro tests are poorly validated, but skin tests can be performed in cases of suspected selective DHR with a probable immune mechanism. Oral provocation test (OPT) is considered the "gold standard" for diagnosis and may help in choosing a safe alternative. This article reports two cases of hypersensitivity to NSAIDs in children that illustrate different types of mechanisms (non-immunological and immunological) with distinct clinical manifestations: urticaria (immediate) and fixed drug eruption (non-immediate). There is difficulty in classifying DHRs for NSAIDs, as occurred in one of the cases described. Therefore, there is a need for further studies in this area in order to increase knowledge and improve the evaluation and follow-up of these children with DHR to NSAIDs.
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Humans , Child , Anti-Inflammatory Agents, Non-Steroidal , Drug Hypersensitivity , Signs and Symptoms , Therapeutics , Urticaria , Immunoglobulin E , Skin Tests , T-Lymphocytes , Drug Eruptions , Diagnosis , Feverالملخص
Este artigo é resultado de um Parecer Técnico solicitado pelo Ministério da Saúde (MS) sobre o posicionamento da ASBAI quanto à Portaria n° 3161, de 27/12/2011 que Dispõe sobre a administração da Penicilina nas unidades de atenção básica à saúde (UBS), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A Portaria anterior, n° 156 de 19/01/2006 do MS, enfatiza a importância da sífilis congênita, que ainda hoje constitui grave problema de saúde pública. Nesta Portaria, recomenda-se que toda UBS deve contar com os seguintes materiais para atendimento à anafilaxia: máscara e cilindro para administração de oxigênio; epinefrina; prometazina; fenoterol; cloreto de sódio 0,9%, entre outros. Em 2011, a Portaria n° 156/2006 foi revogada pelo MS, que publicou a Portaria n° 3161, de 27/12/2011. Nesta nova Portaria não são mencionados os materiais e medicamentos que constavam na Portaria n° 156/2006. De todo modo, determina que a penicilina seja administrada em todas as UBS do SUS, pela equipe de enfermagem, médicos e farmacêuticos e que em caso de reações anafiláticas, deve-se proceder de acordo com os protocolos que abordam a atenção às urgências no âmbito da Atenção Básica à Saúde. O Grupo de Assessoria da ASBAI em Alergia a Medicamentos sugere que todas as UBS do SUS disponham de pessoal capacitado para o diagnóstico e tratamento de reações alérgicas. No caso de uma reação grave, como uma anafilaxia, o diagnóstico deve ser feito na UBS e, após as medidas iniciais, o paciente deve ser encaminhado para um serviço de referência...
The present article is the result of a technical report requested by the Brazilian Ministry of Health regarding ASBAIs position regarding Ordinance no. 3161, issued December 27, 2011,which regulates the administration of penicillin at primary health care clinics of the Brazilian Unified Health System. Previous Ordinance no. 156, issued January 19, 2006, highlighted the importance of congenital syphilis, which continues to be a serious public health problem. That Ordinance recommended that all health centers should have the following materials available for the management of anaphylaxis: face mask and oxygen cylinder; epinephrine; promethazine; fenoterol; 0.9% sodium chloride; among other materials. In 2011, Ordinance no. 156/2006 was replaced with Ordinance no. 3161/2011. This new Ordinance does not mention the materials and drugs previously included in Ordinance no. 156/2006. Conversely, it determines that penicillin should be administered at all public health clinics by nurses, doctors, and pharmacists, and that anaphylactic reactions be dealt with according to emergency protocols applicable to the primary health care setting. The Advisory Group for Drug Allergies at ASBAI recommends that all primary care heath clinics have staff trained in the diagnosis and treatment of allergic reactions. In the case of a severe reaction, such as anaphylaxis, diagnosis should be made at the health clinic, and the patient should be referred to a tertiary care center once the initial measures have been carried out...
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Humans , Anaphylaxis , Anti-Allergic Agents/adverse effects , Expert Testimony , Hypersensitivity , Primary Health Care , Penicillin G/adverse effects , Diagnostic Techniques and Procedures , Methods , Patientsالملخص
O respirador bucal utiliza a cavidade oral como principal via durante a respiração. Dentre as principais causas, destacam-se: as hipertrofias adenoamigdalianas e as doenças inflamatórias como a rinite alérgica. OBJETIVO: Verificar a presença de atopia, os principais alérgenos envolvidos e verificar a coexistência de atopia com o grau de hipertrofia das tonsilas faríngeas e palatinas, em pacientes respiradores bucais. MÉTODO: Estudo de coorte histórico com corte transversal com revisão de 308 prontuários de pacientes acompanhados em um centro do respirador bucal de um hospital terciário, no período de 2008 a 2010. Foram coletados dados sobre a história clínica de respirador bucal e realizados exames clínico otorrinolaringológico, nasofibroscópico e teste cutâneo de leitura imediata aos aeroalérgenos. RESULTADOS: Dos 308 pacientes, 36% apresentaram positividade no teste alérgico, sendo que dos atópicos 95% foram positivos para ácaros. Do total de pacientes, 46% apresentaram hipertrofia adenoideana. Destes, 37% são atópicos e 47% apresentaram hipertrofia amigdaliana e, destes, 33% são atópicos. CONCLUSÃO: Nenhuma correlação direta entre atopia e o grau de aumento das tonsilas palatinas e faríngeas foi observada nos pacientes respiradores bucais avaliados. .
Mouth breathers use the oral cavity as their principal breathing route. The main causes include: adenotonsillar hypertrophy and inflammatory diseases such as allergic rhinitis. OBJECTIVE: To look for atopy, the main allergens involved and to check for atopy as a comorbidity with the degree of hypertrophy of the tonsils and adenoids in mouth breathers. METHOD: A historical cohort study with cross-sectional review of 308 medical charts of patients treated at a mouth breather care center of a tertiary hospital in the period of 2008-2010. We collected data on the mouth breather's clinical history and we ran otolaryngological exams, flexible nasal endoscopy and skin prick test to aeroallergens. RESULTS: Of 308 patients, 36% were positive on allergy testing, with 95 % of atopic patients being positive for mites. Among all patients, 46% had adenoid hypertrophy; of these, 37% were atopic and 47% had tonsillar hypertrophy, and among these, 33% were atopic. CONCLUSION: We found no direct correlation between atopy and the degree of tonsils and adenoid hypertrophy observed among the mouth-breathing patients assessed. si. .