الملخص
A hipertensão é uma doença complexa e multifatorial no qual fatores de risco como obesidade estão envolvidos. Cerca de 48% da população brasileira feminina já apresenta sobrepeso, sendo que a prevalência de excesso de peso acomete 58% da população com idade maior ou igual a 65 anos de idade. Deve-se considerar que a obesidade é um fator de risco para hipertensão nessa população. Em mulheres de meia idade já se verifica também a sua influência negativa sobre a força muscular, sugerindo reprodutibilidade dos resultados nessa população. O objetivo desse estudo é determinar se existe uma relação negativa do IMC sobre a força muscular e pressão arterial de idosas hipertensas e comparar a força muscular de idosas hipertensas com e sem obesidade. Quarenta e oito idosas sedentárias e hipertensas participaram voluntariamente do estudo e foram divididas em dois grupos: grupo com IMC < 30,0 (kg/m²) e com IMC ≥ 30,0 (kg/m²). Os resultados do estudo demonstraram que o grupo de idosas obesas apresentou significativamente maior pressão arterial sistólica (p ≤ 0,05), pressão arterial diastólica (p ≤ 0,05), medidas antropométricas superiores (p ≤ 0,05) e menor força muscular (p ≤ 0,05) quando comparado com idosas com IMC < 30,0 (kg/m²). Ademais, o IMC correlacionou-se negativamente com a força muscular e positivamente com a pressão arterial na população estudada. O presente estudo apresenta indícios de que o IMC influencia negativamente a força muscular e pressão arterial de mulheres idosas obesas. Além disso, sugere o ponto de corte de IMC >30 kg/m² como critério prático para avaliar seu efeito negativo sobre a força muscular e pressão arterial de idosas hipertensas. (AU)
Hypertension is a complex and multifactorial disease and obesity is one of the most important associated risk factors. Considering that 48% of the female Brazilian population presents overweight, the prevalence is higher in elderly people (65 years). Considering that obesity is an independent risk factor for this age group, there are indications from previous study that obesity affects muscle strength in middle-aged women, but no study was found for elderly women. The aim of this study is to determine whether there is a negative relationship between BMI and muscle strength and blood pressure and to compare muscle strength between obese and non-obese elderly hypertensive women. Forty-eight elderly hypertensive women volunteered and were divided into two groups: participants with BMI < 30.0 (kg / m²) and BMI ≥ 30.0 (kg / m²). In addition, elderly obese women presented a higher systolic blood pressure (p ≤ 0.05), higher diastolic blood pressure (p ≤ 0.05), lower muscle strength (p ≤ 0.05), and higher anthropometric values (p ≤ 0.05) than participants with BMI < 30.0 (kg / m²). Moreover, BMI predicted negative changes in muscle strength and SBP. These results suggest that BMI predict negative changes on muscle strength and blood pressure in elderly obese hypertensive women. Moreover, suggests that the BMI of >30 kg/m² score might be a practical tool to evaluate the negative effect of obesity on blood pressure and muscle strength. (AU)