الملخص
Resumo Fundamento O papel do polimorfismo genético do receptor beta1-adrenérgico Ser49Gly (PG-Rβ1-Ser49Gly) como preditor de eventos na insuficiência cardíaca (IC) não está definido para a população brasileira. Objetivos Avaliar a relação entre PG-Rβ1-Ser49Gly e desfechos clínicos em indivíduos com IC com fração de ejeção reduzida. Métodos Análise secundária de prontuários de 178 pacientes e identificação das variantes do PG-Rβ1-Ser49Gly, classificadas como Ser-Ser, Ser-Gly e Gly-Gly. Avaliar sua relação com evolução clínica. Foi adotado nível de significância de 5%. Resultados As médias da coorte foram: seguimento clínico, 6,7 anos; idade, 64,4 anos; 63,5% de homens e 55,1% brancos. A etiologia da IC foi predominantemente isquêmica (31,5%), idiopática (23,6%) e hipertensiva (15,7%). O perfil genético teve a seguinte distribuição: 122 Ser-Ser (68,5%), 52 Ser-Gly (28,7%), e 5 Gly-Gly (2,8%). Houve relação significativa entre esses genótipos e a classe funcional da New York Heart Association (NYHA) ao final do acompanhamento (p = 0,014) com o Gly-Gly associado a NYHA menos avançada. Com relação aos desfechos clínicos, houve associação significativa (p = 0,026) entre mortalidade e PG-Rβ1-Ser49Gly: o número de óbitos em pacientes com Ser-Gly (12) ou Gly-Gly (1) foi menor que com Ser-Ser (54). O alelo Gly teve um efeito protetor independente mantido após análise multivariada e foi associado à redução na chance de óbito de 63% (p = 0,03; odds ratio 0,37 - IC 0,15 a 0,91). Conclusão A presença do PG-Rβ1 Gly-Gly associou-se a melhor evolução clínica avaliada pela classe funcional da NYHA e foi preditor de menor risco de mortalidade, independentemente de outros fatores, em seguimento de 6,7 anos. (Arq Bras Cardiol. 2020; 114(4):616-624)
Abstract Background The role of Ser49Gly beta1-adrenergic receptor genetic polymorphism (ADBR1-GP-Ser49Gly) as a predictor of death in heart failure (HF) is not established for the Brazilian population. Objectives To evaluate the association between ADBR1-GP-Ser49Gly and clinical outcomes in individuals with HF with reduced ejection fraction. Methods Secondary analysis of medical records of 178 patients and genotypes of GPRβ1-Ser49Gly variants, classified as Ser-Ser, Ser-Gly and Gly-Gly. To evaluate their association with clinical outcome. A significance level of 5% was adopted. Results Cohort means were: clinical follow-up 6.7 years, age 63.5 years, 64.6% of men and 55.1% of whites. HF etiologies were predominantly ischemic (31.5%), idiopathic (23.6%) and hypertensive (15.7%). The genetic profile was distributed as follows: 122 Ser-Ser (68.5%), 52 Ser-Gly (28.7%) and 5 Gly-Gly (2.8%). There was a significant association between these genotypes and mean NYHA functional class at the end of follow-up (p = 0.014) with Gly-Gly being associated with less advanced NYHA. In relation to the clinical outcomes, there was a significant association (p = 0.026) between mortality and GPRβ1-Ser49Gly: the number of deaths in patients with Ser-Gly (12) or Gly-Gly (1) was lower than in those with Ser-Ser (54). The Gly allele had an independent protective effect maintained after multivariate analysis and was associated with a reduction of 63% in the risk of death (p = 0.03; Odds Ratio 0.37 - CI 0.15-0.91). Conclusion The presence of β1-AR-GP Gly-Gly was associated with better clinical outcome evaluated by NYHA functional class and was a predictor of lower risk of mortality, regardless of other factors, in a 6.7-year of follow-up. (Arq Bras Cardiol. 2020; 114(4):613-615)
الموضوعات
Humans , Male , Female , Polymorphism, Genetic , Receptors, Adrenergic, beta-1/genetics , Heart Failure , Brazil , Receptors, Adrenergic , Genotype , Middle Agedالملخص
ABSTRACT Anaphylaxis is a severe, life-threatening generalized or systemic hypersensitivity reaction that requires rapid and adequate care. This study aimed to obtain an integrated view of the level of physicians' knowledge related with treatment of anaphylaxis in studies published within the last 5 years. Sixteen studies were found and four points were identified as of the great interest to the authors: (1) emergency pharmacological treatment, (2) epinephrine auto-injectors prescription, (3) knowledge of the main signs of anaphylaxis, and (4) admission of the patient to verify biphasic reactions. Concern about the use of intramuscular adrenaline as the first choice in relation with anaphylaxis was evident in most studies, rather than its use in the comparison dial, and especially low in a study that included data from Brazil, in which the frequency of its use was 23.8%. An adrenaline autoinjector is highly recommended among specialists for patients at risk of anaphylaxis, however, its use is still infrequent among non-specialists and in countries that this agent is not available. Intervention studies have shown improved medical knowledge of anaphylaxis following disclosure of the information contained in the international guidelines. The analysis of these studies reinforces the need to disseminate international guidelines for diagnosis and treatment of anaphylaxis, as well as providing an adrenaline autoinjector, to improve management and to prevent a fatal outcome.
RESUMO Anafilaxia é uma reação de hipersensibilidade generalizada ou sistêmica grave, com risco de morte, que exige atendimento rápido e correto. Este estudo teve como objetivo obter uma visão integrada do nível de conhecimento dos médicos no atendimento da anafilaxia à luz dos estudos publicados internacionalmente nos últimos 5 anos. Foram encontrados 16 estudos, com quatro pontos identificados como de maior interesse dos autores: (1) tratamento farmacológico de emergência, (2) prescrição de autoinjetores de adrenalina, (3) conhecimento dos principais indícios da anafilaxia e (4) observação do paciente para verificar reações bifásicas. A preocupação com o uso da adrenalina intramuscular como primeira escolha frente à anafilaxia foi evidente na maioria dos estudos, mas o conhecimento sobre seu uso se mostrou desigual e especialmente baixo em estudo que incluiu dados do Brasil, onde a frequência de seu uso foi de 23,8%. A adrenalina autoinjetável é altamente recomendada entre especialistas para pacientes em risco de anafilaxia, mas seu uso ainda é pouco frequente entre não especialistas e em países que não dispõem dela em seus mercados internos. Estudos de intervenção comprovaram a melhora no entendimento dos médicos sobre anafilaxia após a divulgação das informações contidas nas diretrizes internacionais. A análise dos estudos reforça a necessidade de disseminar as diretrizes internacionais no manejo da anafilaxia, bem como de disponibilizar a adrenalina autoinjetável, a fim de melhorar o atendimento e evitar um desfecho fatal.