الملخص
Abstract Background The influence of different crystalloid solutions infused during deceased-donor kidney transplant on the incidence of delayed graft function remains unclear. We investigated the influence of Plasma-Lyte® vs. 0.9% saline on the incidence of delayed graft function in deceased-donor kidney transplant recipients. Methods We conducted a single-blind randomized controlled trial of 104 patients aged 18 to 65 years who underwent deceased-donor kidney transplant under general anesthesia. Patients were randomly assigned to receive either Plasma-Lyte® (n = 52) or 0.9% saline (n = 52), at the same infusion volume, for intraoperative fluid replacement. The primary outcome was the occurrence of delayed graft function. Secondary outcomes included metabolic and electrolytic changes at the end of surgery. Results Two patients in the Plasma-Lyte® group and one in the 0.9% saline group died postoperatively and were not included for analysis. The incidence of delayed graft function in Plasma-Lyte® and 0.9% saline groups were 60.0% (95% Confidence Interval [95% CI 46.2-72.4]) and 74.5% (95% CI 61.1-84.4), respectively (p= 0.140). Mean (standard deviation) values of immediate postoperative pH and serum chloride levels in Plasma-Lyte® and 0.9% saline groups were 7.306 (0.071) and 7.273 (0.061) (p= 0.013), and 99.6 (4.2) mEq.L-1 and 103.3 (5.6) mEq.L-1, respectively (p< 0.001). All other postoperative metabolic and electrolyte variables were not statistically different at the immediate postoperative period (p> 0.05). Conclusion In deceased-donor kidney transplant recipients, the incidence of delayed graft function is not influenced by Plasma-Lyte® or 0.9% saline used for intraoperative fluid replacement.
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Humans , Kidney Transplantation , Saline Solution , Single-Blind Method , Electrolytes , Delayed Graft Function/prevention & control , Delayed Graft Function/epidemiology , Kidney/physiologyالملخص
Abstract Introduction: Delayed graft function (DGF) is a frequent complication after deceased donor kidney transplantation with an impact on the prognosis of the transplant. Despite this, long-term impact of DGF on graft function after deceased donor kidney transplantation has not been properly evaluated. Objective: The main objective of this study was to evaluate risk factors for DGF and the impact of its occurrence and length on graft survival and function. Methods: A retrospective cohort study was performed in 517 kidney transplant recipients who received a deceased donor organ between January 2008 and December 2013. Results: The incidence of DGF was 69.3% and it was independently associated with donor's final serum creatinine and age, cold ischemia time, use of antibody induction therapy and recipient's diabetes mellitus. The occurrence of DGF was also associated with a higher incidence of Banff ≥ 1A grade acute rejection (P = 0.017), lower graft function up to six years after transplantation and lower death-censored graft survival at 1 and 5 years (P < 0.05). DGF period longer than 14 days was associated with higher incidence of death-censored graft loss (P = 0.038) and poorer graft function (P < 0.001). No differences were found in patient survival. Conclusions: The occurrence of DGF has a long-lasting detrimental impact on graft function and survival and this impact is even more pronounced when DGF lasts longer than two weeks.
Resumo Introdução: A função tardia do enxerto (FTE) é uma complicação frequente após transplantes renais com doadores falecidos com repercussões sobre o prognóstico do transplante. Contudo, o impacto a longo prazo da FTE sobre a função do enxerto após transplante renal com doador falecido não foi avaliado adequadamente. Objetivo: O principal objetivo do presente estudo foi avaliar os fatores de risco para FTE e o impacto de sua ocorrência e duração na sobrevida e função do enxerto. Métodos: O presente estudo observacional retrospectivo incluiu 517 receptores de transplante renal que receberam órgãos de doadores falecidos entre janeiro de 2008 e dezembro de 2013. Resultados: A incidência de FTE foi de 69,3%. Foi identificada associação independente entre FTE e creatinina sérica final e idade do doador, tempo de isquemia fria, uso de terapia de indução com anticorpos e diabetes mellitus do receptor. A ocorrência de FTE também foi associada a incidência mais elevada de rejeição aguda com classificação de Banff ≥ 1 A (P = 0,017), função reduzida do enxerto até seis anos após o transplante e menor sobrevida do enxerto censurada para óbito em 1 e 5 anos (P <0,05). Períodos de FTE superiores a 14 dias foram associados a maior incidência de perda do enxerto censurada para óbito (P = 0,038) e pior função do enxerto (P <0,001). Não foram identificadas diferenças de sobrevida nos pacientes. Conclusões: A ocorrência de FTE traz prejuízos de longa duração à função e sobrevida do enxerto. Tal impacto é ainda mais pronunciado quando a FTE persiste por mais de duas semanas.
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Humans , Male , Female , Middle Aged , Tissue Donors , Cadaver , Kidney Transplantation/adverse effects , Delayed Graft Function/epidemiology , Graft Survival , Incidence , Retrospective Studies , Risk Factors , Age Factors , Creatinine/blood , Delayed Graft Function/economics , Cold Ischemia/adverse effects , Glomerular Filtration Rate , Graft Rejection/epidemiology , Hypertension/complicationsالملخص
Abstract Introduction: Kidney transplants with expanded criteria donor have been associated with improved patient survival compared to those who remain on dialysis. Objective: To compare renal function and survival of the kidney graft of deceased donor with expanded criteria and standard criteria over a year in a single transplant center. Methods: 255 kidney transplant recipients with deceased donor were included in the study between the years 2011 to 2013 and they were separated into two groups according to the type of donor (expanded criteria donor - ECD - and standard criteria donor - SCD). Results: 231 deceased donor transplants (90.6%) were performed with standard criteria donor (SCD) and 24 (9.4%) with expanded criteria donor (ECD). There was no difference in the prevalence of delayed graft function - DGF - (62.9% vs. 70.8%; p = 0.44). Expanded criteria donor group had lower glomerular filtration rate (GFR) at the end of the 1st year (56.8 ± 26.9 vs. 76.9 ± 23.7; p = 0.001). Patient survival was significantly lower in the ECD group, but the graft survival was not different after death-censored analysis. Conclusion: The ECD group was associated with significantly lower levels of GFR during the first year of transplant and a lower patient survival at the 1st year when compared to the SCD.
Resumo Introdução: A aceitação dos rins com critério expandido de doação tem sido associada com melhor sobrevida do paciente em comparação àqueles que permanecem em terapia dialítica. Objetivo: Comparar a função renal e a sobrevida do enxerto renal de doador falecido critério expandido com os de doador falecido critério padrão ao longo de um ano em um único centro de transplantes. Métodos: Foram incluídos 255 receptores de transplante renal com doador falecido, realizados entre os anos de 2011 a 2013, sendo divididos em dois grupos segundo o tipo de doador (critério expandido - DCE - ou padrão -DCP). Resultados: Foram avaliados 231 receptores com doador critério ideal (90,6%) e 24 com doador critério expandido (9,4%). Não houve diferença na prevalência de função retardada do enxerto - DGF - (62,9% no DCP vs. 70,8% no DCE; p = 0,44) nos dois grupos. Os transplantes com DCE apresentaram uma taxa de filtração glomerular (TFG) significativamente inferior aos 12 meses (56,8 ± 26,9 vs. 76,9 ± 23,7; p = 0,001). A sobrevida dos pacientes em 1 ano foi significativamente inferior no grupo de DCE, mas não houve diferença na sobrevida dos enxertos após exclusão de perdas por óbito com rim funcionante. Conclusão: O grupo com DCE associou-se com níveis significativamente mais baixos de TFG ao longo do primeiro ano de transplante, bem como uma menor sobrevida dos pacientes em 1 ano, quando comparado ao grupo com doador padrão.
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Humans , Male , Female , Middle Aged , Kidney Transplantation , Donor Selection/standards , Time Factors , Brazil , Prevalence , Survival Rate , Retrospective Studies , Cohort Studies , Donor Selection/methods , Delayed Graft Function/physiopathology , Delayed Graft Function/epidemiology , Kidney Function Testsالملخص
Objetivo: Analisar as características do doador de múltiplos órgãos, incidência e duração da função retardada do enxerto (FRE), e seu impacto na função renal no primeiro ano após o transplante. Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo, unicêntrico, observacional, analisando os transplantes renais com doador falecido realizados em 2010 no nosso serviço. Resultados: A taxa de FRE foi de 68%, com mediana de duração de 12 dias (variação, 1-61 dias). Quarenta e quatro (38%) pacientes apresentaram FRE com 12 ou mais dias de duração (FRE prolongada). A idade média dos doadores foi de 43 ± 13 anos e 37% deles eram hipertensos. Em 59% dos doadores, a causa da morte foi acidente cerebrovascular, e o tempo de isquemia fria (TIF) médio foi de 23 ± 5 horas. Os receptores tinham idade média de 51 ± 15 anos, tempo em diálise de 43 meses (variação, 1-269) e 25% eram sensibilizados (PRA > 0%). No modelo de regressão logística multivariada, a presença de vasculopatia na biópsia de captação foi o único fator de risco independente para o desenvolvimento de FRE prolongada [OR 3,6 IC 95% (1,2-10,2), p = 0,02]. Os pacientes com FRE prolongada apresentaram pior função renal 1 ano após o transplante em comparação com os pacientes sem FRE (SCr 1,7 vs. 1,3 mg/dL, respectivamente, p = 0,03). Conclusão: A presença de vasculopatia na biópsia de captação foi identificada como fator de risco independente para o desenvolvimento de FRE prolongada. A FRE prolongada foi associada com pior função renal no 1º ano após o transplante. .
Objective: The purpose of this study was to evaluate the impact of donor and recipient characteristics on duration of delayed graft function (DGF) and 1-year serum creatinine (SCr), as a surrogate endpoint for allograft survival. Methods: We reviewed 120 first cadaver kidney transplants carried out consecutively at our center to examine the effect on 1-year SCr of the presence and duration of DGF. Results: DGF rate was 68%, with a median duration of 12 days (range, 1-61). Forty-four (38%) patients presented DGF lasting 12 or more days (prolonged DGF group). Mean donor age was 43 ± 13 years, 37% had hypertension and in 59% the cause of brain death was cardiovascular accident. The mean cold ischemia time was 23 ± 5 hours. Twenty-seven (23%) donors were classified as expanded-criteria donors according to OPTN criteria. The mean recipient age was 51 ± 15 years. The recipients median time in dialysis was 43 months (range, 1-269) and 25% of them had panel reactive antibodies > 0%. Patients with prolonged DGF presented higher 1-year SCr in comparison with patients without DGF (1.7 vs. 1.3 mg/dL, respectively, p = 0.03). In multivariate logistic regression analysis, the only significant factor contributing to the occurrence of prolonged DGF was the presence of vascular lesions in the kidney allograft at time of transplantation (HR 3.6, 95% CI 1.2-10.2; p = 0.02). Conclusion: The presence of vasculopathy in the kidney allograft at time of transplantation was identified as an important factor independently associated with prolonged DGF. Prolonged DGF negatively impacts 1-year graft function. .
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Adult , Humans , Delayed Graft Function/epidemiology , Kidney Transplantation , Kidney Diseases/complications , Kidney Diseases/surgery , Postoperative Complications/epidemiology , Vascular Diseases/complications , Allografts , Cadaver , Incidence , Retrospective Studies , Risk Factors , Tissue Donors , Treatment Outcomeالملخص
JUSTIFICATIVA E OBJETIVO: A definição de função retardada do enxerto varia largamente e sua incidência também varia entre os diversos centros. O objetivo deste estudo foi determinar a incidência de função retardada do enxerto e identificar possíveis preditores. MÉTODOS: Foram acompanhados 73 pacientes maiores de 18 anos com enxertos renais provenientes de doadores vivos e falecidos durante o primeiro ano pós-transplante. Os dados foram coletados à medida em que retornavam ao ambulatório, a cada 3 meses. RESULTADOS: Permaneceram, para análise, 73 pacientes, sendo 25 receptores de transplante renal com doadores vivos e 48 com doadores falecidos. A mediana da idade foi de 36 (20) anos. A frequência do gênero masculino foi de 52,1% (38/73) e a frequência da raça negra foi de 77,5% (55/71). A incidência de função retardada do enxerto foi de 67,1% (49/73), sendo que, 58,9% destes foram função retardada do enxerto dialítica. Entre doadores falecidos, a incidência de função retardada foi de 85,5% (41/48), sendo 79,2% destes (38/48) função retardada do enxerto dialítica. Entre doadores vivos, a incidência de função retardada foi de 32% (8/25), sendo 20% (5/25) de função retardada do enxerto dialítica. Doador falecido foi preditor independente de função retardada do enxerto na análise de regressão logística multivariada (OR ajustada=12,35; intervalo de confiança de 95%: 3,28-46,50). CONCLUSÃO: A incidência de função retardada do enxerto foi bastante elevada. Doador falecido foi o único preditor independente para seu desenvolvimento...
BACKGROUND AND OBJECTIVE: The definition of delayed graft function varies widely, and its incidence also differs among centers. The aim of this study was to determine the incidence and to identify predictors of delayed graft function. METHODS: Seventy three patients over 18 years old with renal grafts from living and deceased donors were followed during the first year of post-transplantation. Data were collected as they returned to the clinic, every 3 months. RESULTS: Seventy three patients remained for analysis, 25 being recipients of living donors transplant and 48 of deceased donors. The median age was 36 (20) years. The rate of males was 52.1% (38/73), and the rate of black race was 77.5% (55/71). The incidence of delayed graft function was of 67.1% (49/73), with 58.9% (43/73) being dialytic delayed graft function. The incidence of delayed graft function for deceased donors was of 85.5% (41/48) with 79,2% (38/48) being dialytic delayed graft function and, for living donors, it was of 32% (8/25) with 20% (5/25) being dialytic delayed graft function. Deceased donor was an independent predictor of delayed graft function in multivariate analysis (adjusted OR=12.35; 95% confidence interval: 3.28-46.50). CONCLUSION: The incidence of delayed graft function was very high. A deceased donor was the only independent predictor for its development...
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Humans , Male , Female , Adult , Creatinine , Delayed Graft Function/epidemiology , Kidney Transplantationالملخص
CONTEXT AND OBJECTIVE: The prevalence of post-renal transplant anemia (PTA) reported in the literature is variable and several factors contribute towards its pathophysiology. This study aimed to investigate the prevalence of PTA, its associated risk factors and the impact of therapy without steroids. DESIGN AND SETTING: Retrospective cohort study in a renal transplantation unit at a tertiary hospital. METHODS: Anemia was defined as hemoglobin (Hb) < 12 g/dl in female adult recipients and < 13 g/dl in males. Donor and recipient age and gender, type of donor, creatinine, delayed graft function, acute rejection, use of angiotensin-converting enzyme inhibitors (ACEI) or angiotensin receptor blockers (ARB) and therapy without steroids were investigated as risk factors for PTA through multivariate logistical regression analysis. RESULTS: Evaluations were performed on 258 recipients (mean age: 38.8 years; 60.5% males; 35.7% did not receive steroids). Anemia was diagnosed in 38% of the patients (at the sixth month, M6), 28% (M12), 32% (M24) and 45% (at last follow up). Donor age > 50 years was associated with greater risks of PTA at M6 (odds ratio (OR) = 4.68) and M24 (OR = 6.57), as well as with therapy without steroids at M6 (OR = 2.96). Delayed graft function was independently associated with PTA at M6 (OR = 3.66) and M12 (OR = 2.85). CONCLUSION: The lowest prevalence of PTA was observed between M9 and M24 after renal transplantation. Delayed graft function, donor age and therapy without steroids were the most important factors associated with PTA. .
CONTEXTO E OBJETIVO: A prevalência de anemia pós-transplante renal (APR) relatada na literatura é variável e vários fatores contribuem para sua fisiopatologia. Este estudo objetivou investigar a prevalência de APR, os fatores de risco associados e o impacto da terapia sem esteroides. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo de coorte retrospectivo em unidade de transplante renal em hospital terciário. MÉTODOS: Anemia foi definida como hemoglobina (Hb) < 12 g/dl em receptores adultos do sexo feminino e < 13 g/dl no masculino. Idade e gênero do doador e do receptor, tipo de doador, creatinina, função retardada do enxerto (FRE), rejeição aguda, uso de inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA)/bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRA) e terapia sem esteroides foram investigados como fatores de risco para APR em análise de regressão logística multivariada. RESULTADOS: Duzentos e cinquenta e oito receptores foram avaliados (idade média: 38,8 anos; 60,5% homens; 35,7% em terapia sem esteroides). Anemia foi diagnosticada em 38% no sexto mês (M6), 28% (M12), 32% (M24) e em 45% dos pacientes na última data de acompanhamento. Idade do doador > 50 anos associou-se a maior risco de APR aos 6 (odds ratio, OR = 4,68) e 24 meses (OR = 6,57), bem como terapia sem esteroides aos 6 meses (OR = 2,96). FRE associou-se independentemente com APR aos 6 (OR = 3,66) e 12 meses (OR = 2,85). CONCLUSÃO: A menor prevalência de APR foi observada entre 9 e 24 meses pós-transplante renal. FRE, idade do doador e terapia sem esteroides foram os principais fatores associados à APR. .