ABSTRACT
OBJECTIVE: To perform a descriptive analysis of preterm premature rupture of membranes (PPROM) cases attended in a tertiary hospital. METHOD: Retrospective analysis of medical records and laboratory tests of patients admitted to a Brazilian tertiary hospital between 2006 and 2011, with a confirmed diagnosis of PPROM and gestational age (GA) at delivery <37 weeks. RESULTS: A total of 299 pregnant women were included in the study. Nine patients evolved to abortion, and 290 pregnant women remained for the final analysis. There was initial diagnostic doubt in 17.6% of the cases. The oligohydramnios rate [amniotic fluid index (AFI) <5] was 27.9% on admission. Chorioamnionitis was initially diagnosed in 10.8% of the patients and was retrospectively confirmed in 22.9% of the samples. The latency period had a mean of 9.1 days. The main reasons for interruption were premature labor (55.2%), GA ≥36 weeks (27.2%), and fetal distress (6.9%). The delivery method was cesarean section in 55% of cases. The mean birth weight was 2,124 grams, and 67% of the neonates had a low birth weight (<2500 g). The GA at delivery averaged 33.5 weeks. The stillbirth rate was 5.3%, and the early neonatal mortality rate was 5.6%. There were complications at delivery in 18% of mothers. CONCLUSION: In one of the few Brazilian reports on the epidemiological profile of PPROM, with GA until 37 weeks and intercurrences generally excluded from assessments (such as twinning and fetal malformations), there is a favorable evolution, with an acceptable rate of complications.
Subject(s)
Humans , Female , Infant, Newborn , Infant , Adolescent , Adult , Young Adult , Fetal Membranes, Premature Rupture/epidemiology , Birth Weight , Brazil/epidemiology , Pregnancy Outcome , Infant Mortality , Retrospective Studies , Chorioamnionitis/epidemiology , Gestational Age , Tertiary Care CentersABSTRACT
Summary Introduction: Fetal thrombotic vasculopathy is a recently described placental alteration with varying degrees of involvement and often associated with adverse perinatal outcomes. The diagnosis is made histologically and therefore is postnatal, which makes it a challenge in clinical practice. Method: Case report and review of literature on the subject. Results: The present case refers to a pregnant woman presenting fetal growth restriction, with poor obstetrical past, and sent late to our service. Even with weekly assessments of fetal vitality (fetal biophysical profile and Doppler velocimetry) and prenatal care, the patient progressed with fetal death at 36 weeks and 1 day. There was no association with inherited and acquired thrombophilia. Pathological examination of the placenta revealed fetal thrombotic vasculopathy. Conclusion: The fetal thrombotic vasculopathy may be associated with adverse perinatal outcomes including fetal death, but much remains to be studied regarding its pathogenesis. Diagnosis during pregnancy is not possible and there is still no proven treatment for this condition. Future studies are needed so that strategies can be developed to minimize the impact of fetal thrombotic vasculopathy.
Resumo Introdução: a vasculopatia trombótica fetal é uma alteração placentária recentemente descrita, com espectro variado de acometimento e, muitas vezes, associada a resultado perinatal adverso. Trata-se de diagnóstico histopatológico e, portanto, pós-natal, o que a torna um desafio para a prática clínica. Método: apresentação de um relato de caso e revisão da literatura. Resultados: o caso apresentado é de uma gestante com restrição do crescimento fetal, encaminhada tardiamente ao serviço, com histórico obstétrico ruim. Apesar da avaliação semanal da vitalidade fetal (perfil biofísico fetal e dopplervelocimetria) e dos cuidados pré-natais, o caso evoluiu a óbito fetal com 36 semanas e 1 dia. Não houve associação com trombofilias hereditárias e adquiridas. O anatomopatológico da placenta revelou vasculopatia trombótica fetal. Conclusão: sabe-se que a vasculopatia trombótica fetal pode estar associada a resultado perinatal adverso, incluindo óbito fetal. Ainda há muito a ser estudado acerca de sua etiopatogenia. Não é possível o diagnóstico durante a gestação e não existe ainda qualquer tratamento comprovado para essa condição. Estudos futuros são necessários para que estratégias que minimizem o impacto da vasculopatia trombótica fetal sejam desenvolvidas.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Adult , Placenta Diseases/pathology , Thrombosis/pathology , Placenta/blood supply , Placenta/pathology , Gestational Age , Fetal Growth Retardation/pathology , Perinatal DeathABSTRACT
OBJETIVO: Avaliar resultados obstétricos e neonatais em gestantes com fetos pequenos para a idade gestacional após 35 semanas segundo a contagem de eritroblastos (EB) no sangue de cordão umbilical.MÉTODOS: A contagem de EB por 100 leucócitos no sangue do cordão umbilical foi obtida de 61 gestantes com fetos pequenos para a idade gestacional e Doppler umbilical normal. Estas foram divididas em 2 grupos: EB≥10 (grupo estudo, n=18) e EB<10 (grupo controle, n=43). Resultados obstétricos e neonatais foram comparados entre os grupos. Para a análise estatística, foram utilizados teste do χ2e t de Student, com nível de significância adotado de 5%.RESULTADOS: A média±desvio padrão de EB por 100 leucócitos foi de 25,0±13,5 para o grupo estudo e de 3,9±2,2 para o grupo controle. Os grupos EB≥10 e EB<10 não diferiram estatisticamente em relação à idade materna (24,0 versus 26,0 anos), primiparidade (55,8 versus 50%), comorbidades (39,5 versus 55,6%) e idade gestacional no parto (37,4 versus 37,0 semanas). O grupo EB≥10 apresentou maior taxa de cesárea (83,3 versus 48,8%, p=0,02), sofrimento fetal (60 versus 0%, p<0,001) e pH<7,20 (42,9 versus11,8%, p<0,001). O peso de nascimento e o percentil de peso para a idade gestacional foram significativamente menores no grupo EB≥10 (2.013 versus 2.309 g; p<0,001 e 3,8 versus 5,1; p=0,004; respectivamente). Não houve nenhum caso de Apgar de 5º minuto abaixo de 7.CONCLUSÃO: A contagem de EB acima de 10 por 100 leucócitos no sangue do cordão umbilical foi capaz de identificar maior risco de parto cesárea, sofrimento fetal e acidose de nascimento em fetos pequenos para a idade gestacional com dopplervelocimetria de artéria umbilical normal.
PURPOSE: To analyze the obstetrical and neonatal outcomes of pregnancies with small for gestation age fetuses after 35 weeks based on umbilical cord nucleated red blood cells count (NRBC).METHODS: NRBC per 100 white blood cells were analyzed in 61 pregnancies with small for gestation age fetuses and normal Doppler findings for the umbilical artery. The pregnancies were assigned to 2 groups: NRBC≥10 (study group, n=18) and NRBC<10 (control group, n=43). Obstetrical and neonatal outcomes were compared between these groups. The χ2 test or Student's t-test was applied for statistical analysis. The level of significance was set at 5%.RESULTS: The mean±standard deviation for NRBC per 100 white blood cells was 25.0±13.5 for the study group and 3.9±2.2 for the control group. The NRBC≥10 group and NRBC<10 group were not significantly different in relation to maternal age (24.0 versus 26.0), primiparity (55.8 versus 50%), comorbidities (39.5 versus55.6%) and gestational age at birth (37.4 versus 37.0 weeks). The NRBC≥10 group showed higher rate of caesarean delivery (83.3 versus 48.8%, p=0.02), fetal distress (60 versus 0%, p<0.001) and pH<7.20 (42.9 versus11.8%, p<0.001). The birth weight and percentile of birth weight for gestational age were significantly lower on NRBC≥10 group (2,013 versus 2,309 g; p<0.001 and 3.8 versus 5.1; p=0.004; respectively). There was no case described of 5th minute Apgar score below 7.CONCLUSION: An NRBC higher than 10 per 100 white blood cells in umbilical cord was able to identify higher risk for caesarean delivery, fetal distress and acidosis on birth in small for gestational age fetuses with normal Doppler findings.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Infant, Newborn , Adult , Young Adult , Erythroblasts , Pregnancy Outcome , Ultrasonography, Doppler , Umbilical Arteries/diagnostic imaging , Umbilical Cord/blood supply , Cross-Sectional Studies , Erythrocyte Count , Infant, Small for Gestational Age , Retrospective Studies , RheologyABSTRACT
OBJETIVO: Foi comparar a aplicação de duas curvas de crescimento para o diagnóstico de recém-nascidos pequenos para a idade gestacional (PIG), utilizando o percentil 10 como referência. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com informações do parto de 20.567 recém-nascidos vivos, de gestações únicas, ocorridos entre janeiro de 2003 e junho de 2014, divididos em grupos por idade gestacional: (a) 23 a 26, (b) 26 a 29, (c) 29 a 32, (d) 32 a 35, (e) 35 a 38, (f) 38 a 41 e (g) >41 semanas. Os dados foram pareados e os grupos comparados por teste de igualdade de proporções segundo método de McNemar. O nível de significância foi estabelecido em p<0,05. RESULTADOS: A curva de Alexander apresentou maior taxa de diagnóstico de PIG do que a curva de Fenton em todas as faixas de idade gestacional até a 41a semana, com maior diferença entre as curvas entre 32 e 35 semanas (18,5%). No período entre 37 e 40 semanas, o diagnóstico de PIG, empregando-se a curva de Alexander, superou o de Fenton em 9,1% dos casos. Com exceção dos grupos entre 23 e 26 semanas, todas as outras faixas de idade gestacional mostraram-se significativamente diferentes quanto ao diagnóstico de RN PIG. CONCLUSÃO: A curva de Fenton é um instrumento estatístico mais robusto, construída com informações mais recentes, e permite a avaliação do crescimento por três parâmetros e por sexo. .
PURPOSE: It was to compare the use of two growth curves for the diagnosis of small-for-gestational-age (SGA) infants, having the 10th percentile as reference. METHODS: In a retrospective study, data of 20,567 singleton live births from January 2003 to June 2014 were analyzed, and divided according to gestational age: (a) 23 to 26, (b) 26 to 29, (c) 29 to 32, (d) 32 to 35, (e) 35 to 38, (f) 38 to 41 and (g) >41 weeks. Data were paired and analyzed using the McNemar test, with the level of significance set at 0.05. RESULTS: The curve designed by Alexander indicated a higher percentage of diagnosis of SGA than the curve constructed by Fenton for every category of gestational age up to 41 weeks, more markedly in the 32-35 week group (18.5%). Between 37 and 40 weeks of gestational age, Alexander's curve exceeded Fenton's curve in 9.1% of the cases in the diagnosis of SGA. CONCLUSIONS: The Fenton curve provides a more accurate evaluation of an infant's growth since it is gender-specific and allows measurement of three parameters. It has also been constructed with newer data and more sophisticated statistical tools. .
Subject(s)
Humans , Male , Female , Infant, Newborn , Growth Charts , Infant, Small for Gestational Age/growth & development , Gestational Age , Retrospective StudiesABSTRACT
OBJETIVOS: Verificar se a presença de agentes infecciosos no conteúdo vaginal ou cervical pode alterar os resultados dos testes da proteína-1 fosforilada ligada ao fator de crescimento insulina-símile (phIGFBP-1) e das medidas do comprimento do colo uterino (CC) pela ultrassonografia transvaginal. MÉTODOS: Um total de 107 gestantes com antecedente de prematuridade espontânea foram submetidas ao teste da phIGFBP-1 e à realização da ultrassonografia transvaginal para medida do comprimento do colo uterino, a cada três semanas, entre 24 e 34 semanas. As infecções genitais foram pesquisadas imediatamente antes da realização dos testes. As pacientes foram distribuídas em quatro grupos (GA, GB, GC e GD) e dentro de cada grupo foi avaliada a correlação entre infecção genital e alteração nos testes utilizando a análise das razões de chance (OR) e o coeficiente de correlação de Pearson. RESULTADOS: Em cada grupo, mais de 50% das pacientes apresentaram infecção genital (GA 10/17; GB 28/42; GC 15/24; GD 35/53), sendo a vaginose bacteriana a principal alteração de flora vaginal. O resultado positivo para phIGFBP-1 (GA 10/10; GB 18/28; GC 15/15; GD 19/35) e CC≤20 mm (GA 10/10; GB 20/28; GC 10/15; GD 20/35) foram os resultados encontrados com maior frequência nas pacientes com infecção genital em todos os grupos. Porém, aplicando o coeficiente de correlação de Pearson foi identificada correlação entre infecção genital e positividade para os marcadores. CONCLUSÃO: A presença de alteração da flora vaginal e de outras infecções genitais não alteram significativamente os resultados do teste da phIGFBP-1 e da medida do colo uterino quando comparados aos casos sem infecção. No entanto, é necessária ...
PURPOSE: To determine if the presence of infectious agents in vaginal or cervical content can alter the results of the insulin-like growth factor binding protein-1 (phIGFBP-1) test and the measurement of cervical length (CC) by transvaginal ultrasonography. METHODS: A total of 107 pregnant women with a history of spontaneous preterm birth were submitted to the phIGFBP-1 test and to measurement of CC by transvaginal ultrasonography every 3 weeks, between 24 and 34 weeks of gestation. Genital infections were determined immediately before testing. The patients were distributed into four groups (GA, GB, GC, and GD) and the correlation between genital infection and changes in the tests was determined within each group based on the odds ratio (OR) and the Pearson correlation coefficient. RESULTS: In each group, over 50% of the patients had genital infections (GA 10/17; GB 28/42; GC 15/24; GD 35/53), with bacterial vaginosis being the main alteration of the vaginal flora. Positive results for phIGFBP-1(GA 10/10; GB 18/28; GC 15/15; GD 19/35) and CC≤20 mm (GA 10/10; GB 20/28; GC 10/15; GD 20/35) were obtained more frequently in patients with genital infection in all groups. Nonetheless, when applying the Pearson correlation coefficient we detected a poor correlation between genital infection and positivity for markers. CONCLUSION: The presence of changes in the vaginal flora and of other genital infections does not significantly alter the results of phIGFBP-1 and the measurement of cervical length when compared to cases without infection. However, more studies with larger samples are necessary to confirm these results. .
Subject(s)
Humans , Antimetabolites, Antineoplastic/pharmacology , Erythroid Precursor Cells/cytology , Phenylacetates/pharmacology , Transcription Factors/metabolism , Antigens, Surface/metabolism , Cell Line , Cell Differentiation/drug effects , DNA-Binding Proteins/metabolism , Erythroid-Specific DNA-Binding Factors , Erythroid Precursor Cells/drug effects , Flow Cytometry , GATA1 Transcription Factor , Globins/metabolism , RNA, Messenger/metabolism , Tumor Cells, CulturedABSTRACT
OBJETIVO: Descrever os fatores relacionados ao falso diagnóstico de restrição de crescimento fetal (RCF). MÉTODOS: Foram incluídas 48 gestantes encaminhadas ao nosso serviço com suspeita de RCF, não confirmada após o nascimento. Estas foram comparadas ao grupo de gestantes com RCF confirmada e foram descritas características relacionadas a esses falso-positivos. Os dados foram analisados utilizando-se o programa Statplus para Mac(r), versão 5.8. Os resultados obtidos no estudo foram divididos em variáveis categóricas e contínuas para análise. Para comparação entre proporções, foi aplicado o teste do χ2 ou o teste exato de Fisher. O nível de significância foi estabelecido em p<0,05 para todos os testes. RESULTADOS: As gestantes com falso diagnóstico de restrição de crescimento fetal apresentavam as seguintes características: chegaram ao serviço em idade gestacional mais precoce (média de 32,8 semanas); entre 2 e 6 exames de ultrassonografia antes da matrícula no hospital terciário (média 3,8); foram submetidas à ultrasonografia até a 12ª semana em apenas 25% dos casos; tinham medida da altura uterina normal em 66,7% dos casos; foram submetidas a pelo menos 1 ultrassonografia com percentil normal em 52,1% dos casos; tinham a última ultrassonografia (média de 36 semanas) com percentil médio de 18; foram submetidas em média a 5 exames de ultrassonografia e 4,6 exames de vitalidade após ingressarem no serviço. CONCLUSÃO: O falso diagnóstico da RCF envolve custos hospitalares altos e demanda maior de especialistas. Deve-se valorizar a medida da altura uterina, por meio de exame físico cuidadoso e confirmar esse diagnóstico com a ultrassonografia nas últimas semanas de gestação, antes que a conduta ...
PURPOSE: The aim of this study was to analize and describe some characteristics related to a false diagnosis of intrauterine growth restriction (IUGR). METHODS: We retrospectively included 48 pregnant women referred to our service with a suspected diagnosis of IUGR that was not confirmed after birth and we compared them to another group with confirmed IUGR. We then analyzed the characteristics of the false-positive results. The results of the study were divided into continuous and categorical variables for analysis. The χ2test or Fisher exact test was applied to compare proportions. The level of significance was set at p<0.05 for all tests. RESULTS: In our sample, pregnant women with a false diagnosis of IUGR had the following characteristics: they were referred earlier (mean gestational age of 32.8 weeks); were submitted to 2 to 6 ultrasound examinations before been registered in our service; in 25% of cases ultrasound examination was performed before 12 weeks; in 66.7% of cases the symphysis-fundal height measurement was normal; in 52.1% of cases they had at least 1 sonographic exam above the 10th percentile; on average, the last ultrasound examination (performed on average at 36 weeks) was above the 18th percentile; the women were submitted to a mean number of 5 ultrasound examinations and to a mean number of 4.6 vitality exams. CONCLUSION: The false diagnosis of IUGR involves high hospital costs and higher demand for specialists. The symphysis-fundal height measurement must be valued, and the diagnosis of IUGR must be confirmed with ultrasonography in the last weeks of pregnancy before any obstetric management is taken. .
Subject(s)
Adolescent , Adult , Female , Humans , Pregnancy , Young Adult , Fetal Growth Retardation/diagnosis , Case-Control Studies , False Positive Reactions , Retrospective StudiesABSTRACT
Desde a última década, a restrição do crescimento fetal tem sido classificada em duas formas: de início precoce e tardio. Este último, em geral, tem início após 32 semanas e cursa com maior morbidade perinatal. Um grande desafio nos dias atuais consiste na diferenciação dos fetos pequenos constitucionais dos restritos de início tardio. Apesar do Doppler da artéria umbilical ser normal em ambos os casos, nas formas tardias de restrição de crescimento fetal, outros parâmetros podem estar associados a resultados perinatais adversos e à morbidade neurológica. Entre eles, destacam-se as alterações do Doppler da artéria cerebral média e a relação cérebro-placentária. Vários estudos foram publicados utilizando estes parâmetros no seguimento de fetos com restrição de crescimento fetal tardia, mas ainda as evidências não se mostram suficientes para a sua incorporação na prática clínica.(AU)
Since the last decade, fetal growth restriction has been classified in two ways: early or late beginning. The last one generally starts after 32 weeks and is followed by higher perinatal death rates. A great challenge nowadays consists in the differentiation of constitutional small fetuses from late growth restriction ones. Even though the Doppler of the umbilical artery is normal in both cases, in the late fetal growth restriction other parameters could be associated with adverse perinatal results and neurological morbidity. Among these, the most relevant are the alterations of the Doppler of the middle cerebral artery and the cerebroplacental ratio. Several studies have been published using these parameters in the follow-up of fetuses with late growth restriction, but the evidences are still not enough for their incorporation into clinical practice.(AU)
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Prenatal Care/methods , Infant, Small for Gestational Age/physiology , Middle Cerebral Artery/embryology , Fetal Growth Retardation/diagnosis , Cesarean Section , Clinical Protocols , Databases, Bibliographic , Ultrasonography, Doppler, TranscranialABSTRACT
OBJETIVOS: Averiguar a utilidade da medida do comprimento do colo uterino e do teste para proteína-1 fosforilada ligada ao fator de crescimento insulina-símile (phIGFBP-1), realizados de maneira sequencial, na predição do parto prematuro e a existência de correlação entre os testes. MÉTODOS: Foram submetidos a análise secundária os dados de 101 gestantes assintomáticas com antecedente de prematuridade. A medida ultrassonográfica do comprimento do colo e o teste para phIGFBP-1 foram realizados em paralelo a cada três semanas, entre a 24ª e a 34ª semana. O melhor valor de corte do colo uterino para cada avaliação foi estabelecido por meio de curva ROC, e ambos os testes foram comparados entre si por meio de testes não paramétricos. Foram obtidas a sensibilidade, a especificidade e os valores preditivos de cada teste e da associação dos exames para a ocorrência de parto antes de 37 semanas. RESULTADOS: Houve 25 partos prematuros (24,8%). O comprimento do colo apresentou maior sensibilidade e foi capaz de predizer o parto prematuro em todas as avaliações, com acurácia semelhante em diferentes idades gestacionais. O teste para phIGFBP-1 não foi útil na 24ª semana, porém foi capaz de predizer independentemente a prematuridade na 27ª à 30ª e 33ª semana. A associação dos exames elevou a sensibilidade (81,8%) e o valor preditivo negativo (93,7%) quando comparada à utilização isolada dos testes. O comprimento cervical médio foi menor em gestantes com teste positivo. CONCLUSÕES: Tanto o comprimento cervical quanto o teste para phIGFBP-1 foram capazes de predizer independentemente o parto prematuro, e a associação sequencial de ambos os exames apresentou elevada sensibilidade e alto valor preditivo negativo.
PURPOSE: To investigate the usefulness of the measurement of cervical length and of the test for phosphorylated insulin-like growth factor binding protein-1 (phIGFBP-1) performed sequentially in the prediction of preterm birth and the correlation between tests. METHODS: We analyzed data from 101 asymptomatic pregnant women with a history of premature delivery. The ultrasound measurement of cervical length and phIGFBP-1 test were performed in parallel every three weeks, between 24 and 34 week. The best cutoff value for each cervical evaluation was established by the ROC curve, and the two tests were compared using nonparametric tests. We determined the sensitivity, specificity and predictive values of each test and of the association of the exams for the occurrence of delivery before the 37th weeks. RESULTS: There were 25 preterm births (24.8%). The cervix length showed the highest sensitivity and was able to predict preterm birth in all evaluations, with similar accuracy at different gestational ages. The test for phIGFBP-1 was not helpful at 24 weeks, but was able to predict prematurity when performed at 27, 30 and 33 weeks. The combination of tests increased the sensitivity (81.8%) and negative predictive value (93.7%) when compared to the separate use of each test. The mean cervical length was lower in women with a positive test. CONCLUSIONS: Both cervical length and the test for phIGFBP-1 were able to predict premature delivery, and sequential combination of both tests showed a high sensitivity and high negative predictive value.
Subject(s)
Adult , Female , Humans , Pregnancy , Cervical Length Measurement , Insulin-Like Growth Factor Binding Protein 1/metabolism , Premature Birth/diagnosis , Premature Birth/metabolism , Cohort Studies , Insulin-Like Growth Factor Binding Protein 1/blood , Phosphorylation , Predictive Value of Tests , Retrospective Studies , Time FactorsABSTRACT
A prematuridade ainda é um grande desafio para a Obstetrícia, sendo considerada a principal causa de morbidade e mortalidade neonatal, com repercussões importantes na infância. Apesar dos avanços da medicina, ainda falhamos muitas vezes em predizer e prevenir o parto prematuro. Novos marcadores surgem a cada dia na tentativa de melhorar o arsenal médico para a predição da prematuridade, entre eles a ausência do eco glandular endocervical e o sludge no líquido amniótico, vistos em avaliações ultrassonográficas transvaginais. Para avaliar os estudos disponíveis sobre esses novos métodos, este estudo de revisão da literatura pesquisou nas bases de dados MEDLINE, PubMed, SciELO, LILACS e Biblioteca Cochrane os descritores "cervical gland area", "amniotic fluid sludge", "sludge", "preterm", "preterm labor" e "preterm birth" e selecionou 12 artigos com base em sua relevância e metodologia. Apesar de vários estudos publicados sugerirem a aplicação desses marcadores, é difícil comparar os resultados apresentados, pois as populações avaliadas são muito diferentes, a casuística ainda é pequena e faltam avaliações com melhor nível de evidência. Até que se consiga realmente comprovar o benefício do uso isolado desses marcadores, podemos associar os métodos propostos com os já utilizados, como fibronectina fetal e comprimento cervical, para tentar diminuir o número de partos prematuros em nossa prática médica. (AU)
Prematurity is still a challenge for Obstetrics, considered the leading cause of neonatal and childhood deaths worldwide, with serious repercussions in childhood. Despite advances in medicine, yet we often fail to predict and prevent preterm birth. New markers appear every day in an attempt to improve the medical arsenal for predicting prematurity, including two sonographic markers: the absence of cervical gland area and amniotic fluid sludge, seen in transvaginal sonographic evaluations. To evaluate the available studies on these new methods, this literature review study searched the databases MEDLINE, PubMed, SciELO, LILACS and the Cochrane Library the following descriptors: "cervical gland area", "amniotic fluid sludge", "sludge", "preterm", "preterm labor" e "preterm birth" and selected 12 articles based on their relevance and methodology. Despite all the published studies suggest the application of these markers, it is difficult to compare the results because the populations evaluated are very different, the sample is still small and we still lack reviews with best level of evidence. Until we can actually prove the benefit of using these markers separately, we can associate the proposed methods with the ones already used, such as fetal fibronectin and cervical length, in an attempt to reduce the number of premature births in our practice.(AU)
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Cervix Uteri/diagnostic imaging , Ultrasonography, Prenatal , Obstetric Labor, Premature/prevention & control , Obstetric Labor, Premature/epidemiology , Obstetric Labor, Premature/diagnostic imaging , Review Literature as Topic , Risk Factors , Databases, Bibliographic , Amniotic Fluid/chemistryABSTRACT
Apesar dos avanços na área da Obstetrícia, a prematuridade ainda é a principal causa de morbidade e mortalidade neonatal. Esforços continuam sendo feitos na busca de marcadores que possam predizer tal evento e, assim, evitar o parto prematuro. A presente revisão abordou a relação da infecção genital com a prematuridade e sua influência nos resultados dos principais indicadores preditivos do parto prematuro, bem como a eficácia da antibioticoterapia. Os estudos revisados sugerem que o tratamento da vaginose bacteriana relaciona-se a resultados satisfatórios para a prevenção da prematuridade somente se realizado na primeira metade da gestação. A alteração dos testes preditivos não indica, por si só, o uso de antibióticos.
Despite advances in the field of Obstetrics, prematurity is still responsible for the leading cause of neonatal morbidity and mortality. Efforts are still being made in the search for markers that can predict such an event and thus prevent premature delivery. This review explores the relationship of genital infection with preterm birth and its influence on the results of the main preterm birth predictive markers, as well as the effectiveness of antibiotics. The revised studies suggest that treatment of bacterial vaginosis relates to satisfactory results for the prevention of preterm performed only if the first half of pregnancy. The change of predictive tests not indicates, by itself, the use of antibiotics.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Biomarkers/analysis , Obstetric Labor, Premature/diagnosis , Obstetric Labor, Premature/prevention & control , Vagina/pathology , Cervix Uteri , Pregnancy Complications, Infectious/microbiology , Fibronectins/analysis , Insulin-Like Growth Factor I , Cervical Length Measurement/methods , Premature Birth/prevention & control , Predictive Value of Tests , Reproductive Tract Infections , Vaginosis, Bacterial/drug therapyABSTRACT
Esta revisão, baseada em evidências, pretendeu analisar a utilização da progesterona na prevenção do parto prematuro. Foram apresentados os principais ensaios clínicos randomizados em gestações únicas ou gemelares que utilizaram a progesterona sintética por via intramuscular ou a progesterona natural pela via vaginal ou oral em gestações de risco para a prematuridade espontânea. Concluímos que há benefícios quanto ao uso da progesterona sintética e natural para prevenir o parto prematuro em gestações únicas com antecedente de prematuridade espontânea e no colo curto.
This review, based on evidence, aimed to examine the use of progesterone to preventing premature labor and presented the major randomized clinical trials in singleton or twin gestations using the synthetic progesterone by intramuscular and natural progesterone by vaginal or oral in high risk pregnancies for spontaneous prematurity. We concluded that there are benefits about the use of the synthetic progesterone and natural progesterone to prevent premature labor in single pregnancies with a history of spontaneous prematurity and in short cervix.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Premature Birth/prevention & control , Premature Birth/drug therapy , Progesterone/administration & dosage , Progesterone/therapeutic use , Administration, Intravaginal , Administration, Oral , Cervical Length Measurement , Injections, Intramuscular , Pregnancy, High-Risk , Secondary Prevention , Obstetric Labor, Premature/prevention & controlABSTRACT
A cesárea do prematuro extrema em apresentação cefálica tem sido proposta como estratégia obstétrica para melhorar os resultados neonatais em situações em que o nascimento é necessário ou inevitável. Os benefícios propostos para esse grupo de recém-nascidos incluem o menor risco de estresse causado pelas contrações uterinas do trabalho de parto e dos possíveis traumas decorrentes da passagem pelo canal vaginal. Sobre o tema, alguns estudos retrospectivos e observacionais foram publicados com resultados conflitantes. As evidências não são consistentes e conclusivas o suficiente para recomendar a cesárea, e há necessidade de estudos prospectivos para verificar os benefícios da via abdominal para essa população. Estudos retrospectivos sugerem fortemente que a cesárea é a melhor via de parto para os prematuros em apresentação pélvica, embora não tenham sido realizados estudos prospectivos para confirmar esses achados.
Cesarean delivery of the very preterm cephalic fetuses has been proposed as an obstetric strategy to improve neonatal outcome in situations in which preterm delivery is necessary or inevitable. The purported benefits of cesarean section to this group of infants include avoiding the stress of labor contractions and the potential trauma of passage through the birth canal. A number of retrospective and observational studies have also shown conflicting results. The evidence is not strong and conclusive enough to recommend routine cesarean delivery so further prospective studies are warranted to assess the potential benefit of cesarean delivery in this population. Retrospective studies strongly support cesarean delivery as the method of choice for a preterm breech presentation even though prospective randomized trials have not been conducted to confirm this concept.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Breech Presentation , Cesarean Section/economics , Cesarean Section/adverse effects , Cesarean Section , Infant, Premature , Labor Presentation , Obstetric Labor, Premature , Delivery, Obstetric/adverse effects , Delivery, Obstetric , Prenatal Injuries/prevention & controlABSTRACT
A prevenção da prematuridade é um dos maiores desafio obstétricos deste século, e as medidas preventivas do parto prematuro se baseiam em três níveis de ação: a prevenção primária (identificação e tratamento dos fatores de risco), secundária (diagnóstico precoce do trabalho de parto prematuro) e terciária (intervenções para minimizar as principais complicações do nascimento prematuro). A maioria dos esforços está concentrada na prevenção terciária (utilização de tocólise e corticoide). Tais medidas reduzem a mortalidade e morbidade perinatal, mas a incidência do nascimento prematuro permanece alta. Avanços na prevenção primária e secundária, seguidos de novas estratégias, são necessários para diminuir a incidência do parto prematuro e para prevenir as doenças associadas à prematuridade. O objetivo desta revisão é descrever os métodos de predição do parto prematuro mais utilizados e as principais medidas preventivas do nascimento prematuro.
The prevention of preterm birth is the most important challenge at present time. The interventions to reduce the morbidity and mortality of preterm birth can be primary (identification and treatment of risk factors), secondary (early diagnosis of preterm labor), or tertiary (intended to improve outcomes for preterm infants). Most efforts so far have been tertiary interventions, such as treatment with tocolytic agents and antenatal corticosteroids. These measures have reduced perinatal morbidity and mortality, but the incidence of preterm birth remains high. Advances in primary and secondary care, following new strategies, are needed to prevent prematurity-related illness in infants and children. The purpose of this review is to describe the useful methods of prediction of preterm delivery and the most important measures to prevent the preterm birth.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Infant, Newborn , Adrenal Cortex Hormones/therapeutic use , Infant, Premature, Diseases/prevention & control , Biomarkers , Premature Birth/epidemiology , Premature Birth/mortality , Risk Factors , Tocolytic Agents/therapeutic use , Obstetric Labor, Premature/diagnosis , Obstetric Labor, Premature/epidemiologyABSTRACT
O objetivo principal para o uso de uterolíticos no trabalho de parto prematuro é prolongar suficientemente a gestação para a administração materna de glicocorticoides e/ou realizar a transferência materna para um centro hospitalar terciário. As decisões sobre o uso e a escolha de uterolítico requerem o diagnóstico correto do trabalho de parto prematuro, o conhecimento da idade gestacional, das condições médicas materno-fetais, da eficácia, dos efeitos colaterais e do custo do medicamento. Todos os uterolíticos possuem efeitos colaterais e alguns deles são potencialmente letais. Os estudos sugerem que os agonistas de receptores beta-adrenérgicos, os bloqueadores de cálcio e os antagonistas de receptor de ocitocina são eficazes para prolongar a gestação por pelo menos 48 horas. Dos três agentes, o atosiban (antagonista de receptor de ocitocina) possui maior segurança, embora o custo seja elevado. O sulfato de magnésio não é eficaz para prolongar a gestação e apresenta efeitos colaterais importantes. Os inibidores da ciclooxigenase também apresentam efeitos colaterais significativos. Até o momento, não há evidências suficientes para se recomendar o uso de doadores de óxido nítrico para inibir o trabalho de parto prematuro. Não existem fundamentos para o emprego de antibióticos para evitar a prematuridade diante do trabalho de parto prematuro.
The main purpose of using uterulytic in preterm delivery is to prolong gestation in order to allow the administration of glucocorticoid to the mother and/or to accomplish the mother's transference to a tertiary hospital center. Decisions on uterolytic use and choice require correct diagnosis of preterm delivery, as well as the knowledge of gestational age, maternal-fetal medical condition, and medicine's efficacy, side-effects and cost. All the uterolytics have side-effects, and some of them are potentially lethal. Studies suggest that beta-adrenergic receptor agonists, calcium blockers and cytokine receptor antagonists are effective to prolong gestation for at least 48 hours. Among these three agents, atosiban (a cytokine receptor antagonist) is safer, though it presents a high cost. Magnesium sulfate is not efficient to prolong gestation and presents significant side-effects. Cyclooxygenase inhibitors also present significant side-effects. Up till now, there is not enough evidence to recommend the use of nitric oxid donors to inhibit preterm delivery. There is no basis for the use of antibiotics to avoid prematurity in face of preterm labor.
Subject(s)
Female , Humans , Pregnancy , Obstetric Labor, Premature/diagnosis , Obstetric Labor, Premature/therapyABSTRACT
Entre os vários fatores clínicos para o parto prematuro, alguns apresentam riscos substanciais, tais como história de parto prematuro, gemelidade e sangramento vaginal do segundo trimestre. No entanto, tais fatores estão presentes na minoria das mulheres que evoluem para o parto prematuro e, portanto, possuem baixa sensibilidade. A dilatação, o esvaecimento e a posição do colo uterino diagnosticados pelo toque vaginal têm sido relacionados ao aumento do risco para o parto prematuro, mas possuem baixas sensibilidades e baixos valores preditivos positivos. A diminuição do comprimento do colo uterino detectada pela ultrassonografia transvaginal também constitui risco para parto prematuro. Sua sensibilidade é melhor quando são considerados outros testes, mas o valor preditivo positivo é baixo. A principal utilidade do teste da fibronectina fetal reside em seu valor preditivo negativo em mulheres sintomáticas. Observa-se aumento da sensibilidade para a detecção do parto prematuro quando a medida do colo do útero é utilizada juntamente com o teste da fibronectina fetal.
Among the clinical factors for preterm birth, some confer substantial increased risk, including a history of preterm birth, multiple gestation and vaginal bleeding in the second trimester. However, these factors are present only in a minority of women who ultimately deliver preterm and thus have low sensitivity. Cervical dilatation, effacement and position as determined by manual examination have been related to an increased risk of preterm birth but also suffer from low sensitivity and positive predictive values. Cervical length measured with transvaginal ultrasound has also been related to an increased risk of preterm birth as cervical length decreases. The reported sensitivity is better than other tests, but positive predictive value is low. The principal utility of the fetal fibronectin assay lies in its negative predictive value in symptomatic women. Increased sensitivity has been reported when cervical length is used in combination with fetal fibronectin.
Subject(s)
Female , Humans , Pregnancy , Premature Birth/epidemiology , Pregnancy Complications , Premature Birth/etiology , Risk Factors , Ultrasonography, PrenatalABSTRACT
A incidência de parto pré-termo varia de 7 a 11 porcento de todas as gestações e o nascimento prematuro é uma das principais causas de morbidade e mortalidade neonatal responsável por mais de dois terços das mortes neonatais por malformações congênitas. Objetivando reduzir as taxas de partos prematuros, inúmeras estratégias foram adotadas, entre estas, o uso profilático de progesterona ressurgiu como importante método terapêutico. Entre as principais ações desse hormônio, cita-se o efeito relaxante sobre a musculatura uterina, a capacidade de bloquear os efeitos da ocitocina, ação antiinflamatória e imunossupressora. Estudos recentes concluíram que a utilização de progesterona exôgena reduz as taxas de prematuridade em pacientes com risco de parto prematuro tais como história prévia de parto prematuro e aquelas com colo uterino curto demonstrado pela ultra-sonografia transvaginal no segundo trimestre de gestação. O objetivo desta revisão é, inicialmente, descrever os prováveis mecanismos de ação da progesterona, as suas principais vias de administração e seus efeitos adversos e, posteriormente, avaliar os principais estudos em pacientes assintomáticas e sintomáticas.
The incidence of preterm delivery is about 7 to 11 of all pregnant women and the preterm birth is one the most important cause of neonatal morbidity and mortality. Preterm birth accounts for two thirds of neonatal mortality when fetal malformation is excluded. In order to reduce the preterm birth rate several strategies have been adopted, including the prophylactic using of progesterone. The main effects of this hormone are uterine muscle relaxation, blockage of oxytocin effects, anti-inflammatory properties and immunosuppressing effects in pregnancy. More recently, studies have concluded that the administration of prophylactic progesterone could reduce the preterm birth rate of high risk patients, including previous history of preterm birth and short cervical length at transvaginal scan at mid-trimester pregnancy. The purpose of this review is, firstly, to describe the possible mechanism of action of progesterone, its route of administration and its side-effects and, secondly, assess the most recent studies in both asymptomatic and symptomatic patients.
Subject(s)
Female , Pregnancy , Infant, Newborn , Evidence-Based Medicine , Infant Mortality , Premature Birth/mortality , Progesterone/administration & dosage , Progesterone/adverse effects , Progesterone/pharmacology , Progesterone/therapeutic use , Review Literature as Topic , Obstetric Labor, Premature/prevention & control , Pregnancy, MultipleABSTRACT
OBJETIVO: avaliar um novo esquema terapêutico de emprego do atosibano quanto ao efeito tocolítico, eficácia e efeitos colaterais maternos e fetais. MÉTODOS: Estudo prospectivo com 80 gestantes em trabalho de parto prematuro admitidas para tocólise. Critérios de inclusão: gestação única, presença de contrações uterinas regulares, dilatação cervical >1 cm e <3 cm, esvaecimento cervical >50 por cento, idade gestacional entre 23 e 33 semanas e seis dias, membranas ovulares íntegras, índice de líquido amniótico >5 e <25 e ausência de doenças maternas, patologias feto-anexiais, restrição do crescimento fetal, sofrimento fetal e incompetência cervical. Critérios de exclusão: corioamnionite ou febre na vigência de tocólise. No grupo de estudo, utilizou-se atosibano com dose de ataque de 6,75 mg iv em bolus. Em seguida, infusão por três horas de 300 mcg/min e, após, 100 mcg/min durante três horas e 30 minutos. Se as contrações persistissem, mantinha-se infusão iv de 100 mcg/min durante 12 horas e 30 minutos e fazia-se nova avaliação, sucessivamente até completar 45 horas. No Grupo Controle, foi utilizado terbutalina; diluíram-se cinco ampolas de 2,5 mg de terbutalina em 500 mL de soro glicosado a 5 por cento e foi iniciada a infusão intravenosa contínua, 20 mL/h. Na persistência de contrações uterinas, aumentava-se a velocidade de infusão da solução em 20 mL/h até que se conseguisse a parada das contrações uterinas. Quando foi atingida a dose na qual a paciente não apresentava atividade uterina, esta foi mantida por 24 horas. RESULTADOS: a idade gestacional no parto variou de 29 semanas e cinco dias a 40 semanas e seis dias. Em 97,5 por cento dos casos foi possível postergar o parto em pelo menos 48 horas, com intervalo médio entre o início da tocólise e o parto de 28,2 dias. No Grupo Controle, em nove casos, o parto ocorreu em intervalo inferior a 48 horas após o início da tocólise (22,5 por cento); o intervalo médio entre o início da tocólise...
PURPOSE: to test a therapeutic approach using atosiban for tocolysis, evaluating its safety and maternal and fetal side effects. METHODS: prospective study with 80 pregnant women with preterm labor admitted for tocolysis. Inclusion criteria: singleton pregnancy, regular uterine activity, cervical dilatation between 1 to 3 cm, cervical enfacement greater than 50 percent, 23 to 33 weeks and six days of gestational age, intact membranes, amniotic fluid index between 5 and 25, no maternal, fetal or placental diseases, no fetal growth restriction, no cervical incompetence, no fever. Exclusion criteria: chorioamnionitis or fever during tocolysis. Atosiban group: women received 6.75 mg atosiban iv in bolus, 300 mcg/min for three hours, then 100 mcg/min for three hours and thirty minutes. If uterine activity persisted, it was maintained iv infusion of 100 mcg/min for 12.5 hand that so for as long as 45 hours. Control group: women received terbutaline (five ampoules, 500 mL crystalloid solution) iv infusion, 20 mL/h. If uterine activity persisted, infusion velocity was raised (20 mL/h) until uterine contractions were absent. The dose was maintained for 24 hours. RESULTS: gestational age at birth was 29 weeks and five days to 40 weeks and six days. In atosiban group, the proportion of women who had not delivered at 48 hours was 97.5 percent, mean interval between tocolysis and birth of 28.2 days. In control group, birth occurred before 48 hours in 22.5 percent of the cases; mean interval between tocolysis and birth of 5.3 days. Maternal side effects were observed in 27.5 percent of cases of the atosiban group, none with tachycardia, dyspnea or tachypnea. In the control group, 75 percent of the cases referred palpitations, tachycardia, tachypnea or headache (drug infusion was interrupted in four cases). Fetal tachycardia was observed in 22.5 percent of the cases (n=9). No early neonatal death was observed. CONCLUSIONS: the therapeutic approach used...
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Cystinyl Aminopeptidase/antagonists & inhibitors , Obstetric Labor, Premature , Terbutaline , Tocolysis/methods , Tocolytic Agents/adverse effectsABSTRACT
O Estreptococo do Grupo B é relevante causa de infecção neonatal representada por pneumonia, meningite ou sepse. O trato gastrointestinal materno é o seu reservatório natural e provavelmente é a fonte de colonização vaginal. A transmissão ao recém-nascido ocorre principalmente durante o trabalho de parto ou rotura de membranas. Protocolos de recomendações para rastreamento e antibioticoprofilaxia desta infecção foram criados sendo o último em 2002 pelo CDC e ACOG que recomenda o rastreamento universal de gestantes entre 35 e 37 semanas e a penicilina como antibiótico de escolha. Em nosso meio ainda não há consenso sobre o rastreamento. Há poucos estudos de prevalência do Estreptococo do Grupo B em nossa população de gestantes, o que torna difícil a avaliação do custo-benefício de medidas de prevenção preconizadas nos protocolos internacionais.