RESUMEN
OBJETIVOS: Avaliar os efeitos da utilização do biofeedback respiratório (BR) associado ao padrão quiet breathing sobre a perimetria torácica, função pulmonar, força dos músculos respiratórios e os seguintes hábitos de respiradores bucais funcionais (RBF): vigília de boca aberta, boca aberta durante o sono, baba no travesseiro, despertar difícil, ronco e sono inquieto. MÉTODOS: Foram avaliadas 20 crianças RBF, as quais foram submetidas a 15 sessões de BR por meio do biofeedback pletsmovent (MICROHARD® V1.0), o qual proporciona o biofeedback dos movimentos tóraco-abdominais. Perimetria torácica, espirometria e medidas das pressões respiratórias máximas estáticas foram realizadas antes e após a terapia. Questões respondidas pelos responsáveis foram utilizadas para avaliar os hábitos dos RBF. Os dados foram analisados por meio de teste t de Student para dados pareados e testes não paramétricos. RESULTADOS: O uso do BR associado ao padrão quiet breathing não produziu alterações significativas na perimetria torácica e nos valores de volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), capacidade vital forçada (CVF), pico de fluxo expiratório (PFE), índice de Tiffeneau (IT) e na pressão expiratória máxima (PEmáx). Entretanto, a pressão inspiratória máxima (PImáx) apresentou diferença estatisticamente significativa (-53,6 ± 2,9 cmH2O vs. -65,0 ± 6,0 cmH2O; p< 0,05) e ocorreram mudanças significativas nos hábitos avaliados. CONCLUSÃO: Os resultados permitem concluir que o BR associado ao padrão quiet breathing melhora a força da musculatura inspiratória e hábitos em RBF, podendo ser, portanto, utilizado como uma das formas de terapia nesses indivíduos.
OBJECTIVE: To evaluate the effects of using respiratory biofeedback associated with a quiet breathing pattern, on chest circumference, pulmonary function, respiratory muscle strength and the following functional mouth-breathing habits: watching things with mouth open, sleeping with mouth open, dribbling on the pillow, difficulty in waking up, snoring and restlessness during sleep. METHOD: Twenty functional mouth-breathing children were evaluated. They underwent 15 sessions of respiratory biofeedback by means of the biofeedback pletsmovent (MICROHARD® V1.0), which provided biofeedback on thoracoabdominal movements. Chest circumference, spirometry and maximum static respiratory pressures were determined before and after the therapy. The adults responsible for these children were asked questions about the children's mouth-breathing habits. Student's t test for paired data and non-parametric tests were used to analyze the data. RESULTS: The use of respiratory biofeedback in association with a quiet breathing pattern did not produce significant alterations in chest circumference or in forced expiratory volume in the first second (FEV1), forced vital capacity (FVC), peak expiratory flow (PEF), Tiffeneau index (TI) or maximal expiratory pressure (MEP). However, there was a significant difference in maximal inspiratory pressure (MIP) (-53.6 ± 2.9 cmH2O vs. -65.0 ± 6.0 cmH2O; p< 0.05) and there were significant changes in the evaluated habits. CONCLUSION: The results allow the conclusion that respiratory biofeedback associated with a quiet breathing pattern improves the inspiratory muscle strength and habits of functional mouth-breathers. It can therefore be used as a therapeutic method for such individuals.