RESUMEN
Objective: There is an increasing trend of the overall survival rates of multiple myeloma (MM) patients over the years, increasing the necessity to improve their quality of life and attenuate unmet medical needs. Therefore, this study aims to explore and describe unmet medical needs and barriers in Brazilian MM patients, based on physicians' perspective. Methods: A questionnaire with 41 questions was developed to collect information regarding clinical characteristics, unmet medical needs and barriers for the diagnosis and treatment of MM in Brazil. After physicians' responses, a panel discussion with all the participants was had in order to collect additional data and validate physicians' responses. Results: Participants had a mean of 18 years of professional experience and attended to mean of thirty MM patients per month. MM patients treated by these physicians had a median time of disease of 7.5 months when initiating treatment in the public sector, and 2.5 months in the private sector. In both systems, the majority of patients referred were from general practitioners. Peripheral neuropathy was the most common adverse event reported with higher impact on patients' adherence and QoL. Conclusion: There are several challenges as to unmet medical needs, especially when comparing the private and public healthcare systems in Brazil. According to physicians, providing access to basic diagnostic procedures and adopting educational measures for both physicians and patients would help to minimize barriers in the current scenario of MM management in Brazil.
Objetivo: Existe uma tendência no aumento das taxas de sobrevida global de pacientes de mieloma múltiplo (MM) ao longo dos anos, aumentando a necessidade de melhorar sua qualidade de vida e atenuar as necessidades médicas não atendidas na área. Desta forma, o objetivo deste estudo explorar e descrever as necessidades médicas não atendidas e as barreiras em pacientes brasileiros de MM, a partir da perspectiva de médicos. Métodos: Um questionário com 41 questões foi desenvolvido para coletar dados sobre as características clínicas, necessidades médicas não atendidas e barreiras no diagnóstico e tratamento de MM no Brasil. Depois de coletar a resposta dos médicos, uma discussão em forma de painel com todos os participantes foi realizada para coletar dados adicionais validar as respostas do questionário. Resultados: Os participantes tinham, em média, 18 anos de experiência profissional, atendendo-se no total uma média de 30 pacientes de MM por mês. Os pacientes de MM atendidos por esses médicos no sistema público apresentam em média 7,5 meses de doença ao iniciar o tratamento, enquanto no sistema privado apresentavam 2,5 meses. Em ambos os sistemas, a maioria dos pacientes foi referenciada por clínicos gerais. Neuropatia periférica foi o evento adverso mais frequentemente reportado pelos médicos, com maior impacto na adesão ao tratamento e na qualidade de vida. Conclusão: Existem diversos desafios relativos às necessidades médicas não atendidas, especialmente ao comparar os sistemas público e privado no Brasil. De acordo com os participantes, o acesso aos procedimentos diagnósticos básicos e a adoção de medidas de educação médica e de pacientes minimizariam as barreiras importantes no cenário brasileiro atual.