RESUMEN
O artigo aborda a nomeação na clínica psicanalítica partindo da recomendação lacaniana de que o analista deve atentar a como o paciente se chama, pois o nome próprio nunca é indiferente. Mediante a elaboração de um Tesauro, analisamos as principais influências teóricas de Lacan sobre a nomeação passando por autores como Allan Gardiner, Bertrand Russell, Gottlob Frege e Claude Lévi-Strauss; abordamos, também, as proposições de Saul Kripke. A partir das aproximações e contraposições às obras de diferentes teóricos, Lacan constrói sua própria concepção sobre o nome próprio que culminará na teorização sobre o sinthoma.
The paper addresses the proper name in the psychoanalytic clinic based on the Lacanian recommendation that the analyst should pay attention to what the patient is called, since the name is never indifferent. Through the elaboration of a Thesaurus, we analyze the main theoretical influences of Lacan on the nomination passing through authors like Allan Gardiner, Bertrand Russell, Gottlob Frege and Claude Lévi-Strauss; we also approach the propositions of Saul Kripke. From the approaches and contrapositions to the works of different theorists, Lacan constructs his own conception on proper name that will culminate in the theorization on the sinthome.
El artículo aborda el nombramiento en la clínica psicoanalítica partiendo de la recomendación lacaniana de que el analista debe atentar a cómo el paciente se llama, pues el nombre propio nunca es indiferente. A través de la elaboración de un Tesauro, analizamos las principales influencias teóricas de Lacan sobre el nombramiento pasando por autores como Allan Gardiner, Bertrand Russell, Gottlob Frege y Claude Lévi-Strauss; también abordamos las proposiciones de Saul Kripke. A partir de las aproximaciones y contraposiciones a las obras de diferentes teóricos, Lacan construye su propia concepción sobre el nombre propio que culminará en la teorización sobre el sinthoma.
RESUMEN
RESUMO: O artigo investiga a relação entre nomeação e herança a partir da constatação lacaniana de que o sobrenome é símbolo do quinhão ao qual o sujeito tem acesso: o pecado dos pais tal como Kierkegaard o designa. Ao examinar a nomeação e o pecado herdado em Kierkegaard à luz da psicanálise, observamos aproximações entre esses elementos que podem atravessar o engajamento do sujeito com a sua história e o modo como se autoriza a ser chamado filho de.
Abstract: This study discusses the relation between nomination and inheritance starting from the Lacanian observation that the surname is a symbol of the legacy to which the subject has access: the parent's sin as Kierkegaard designates it. When examining, in the light of psychoanalysis, the nomination and ancestral sin in Kierkegaard, we observe approximations between these elements that can permeate the subject engagement with his history and the way he authorizes himself to be called son of.
Asunto(s)
Humanos , Testamentos , Nacionalsocialismo , Nombres , FamiliaRESUMEN
A narrativa de Louis Althusser em O futuro dura muito tempo (1992) interessa por fornecer o testemunho da sua constante tentativa de responder pelo homicídio que protagoniza. Ele considera a impronúncia, tida por ele como a pedra sepulcral do silêncio, um castigo mais violento do que qualquer sentença poderia ser. Para se desvencilhar dela Althusser escreve a sua história fraturada pelo encontro com o real. Assumir a pena da escrita do testemunho possibilita mover a pedra do silêncio liberando o acesso a outros caminhos, ainda que não seja possível de todo removê-la. Desse modo, a partir da narrativa deixada por Althusser, propomos no presente artigo extrair alguns elementos para pensar a relação entre Psicanálise e testemunho.
Louis Althusser's narrative in The future lasts a long time (1992) interests for providing the testimony of his constant attempt to answer for the murder he had committed. He regards to be declared unfit to plead, he speaks as tomb stone of silence, a more violent punishment than any sentence could be. In order to get rid of it Althusser writes his fractured history by the encounter with the real. To assume the penalty of writing the testimony makes possible to move the stone of silence, liberating access to other paths, even it is not possible at all to remove it. Thereby, based on the narrative left by Althusser we propose in present the article to extract some elements to ponder the relation between Psychoanalysis and testimony.
Le récit de Louis Althusser dans L'avenir dure longtemps (1992) intéressé à fournir un témoignage de leur effort constant de répondre pour le meurtre qu'il avait commis. Il considère qu'il destin du non-lieu, la pierre tombale du silence, une punition plus violente que n'importe quelle peine pourrait être. Pour s'en débarrasser, Althusser écrit son histoire fracturée par la rencontre avec le réel. Prenez la peine d'écrire le témoignage permet de déplacer la pierre du silence, de libérer l'accès à d'autres chemins, même s'il n'est pas possible de l'éliminer. Ainsi, à partir base du récit laissé par Althusser, nous proposons actuellement l'article pour extraire certains éléments pour réfléchir à la relation entre la psychanalyse et le témoignage.
RESUMEN
Resumo Este artigo aborda o nome próprio em sua relação com a literatura de teor testemunhal ou literatura do trauma. Valemo-nos dessa literatura para desenvolver algumas reflexões sobre a nomeação em Lacan, mais especificamente do testemunho de descendentes de nazistas notórios. Porquanto os nomes legados por seus pais os ligam às barbáries da Shoah, várias narrativas circundam esse tema tão caro à psicanálise. O préstimo do testemunho, entretanto, não se encerrou nesse ponto, pois observamos que o nome próprio e o testemunho se conectam a partir de certa relação com a linguagem que não deixa de incluir o sem sentido.
Résumé L'article aborde le nom propre dans sa relation avec la littérature testimoniale ou la littérature du trauma. Nous avons utilisé cette littérature pour développer quelques réflexions sur la nomination, à partir du travail de Lacan. Plus spécifiquement, dans cet article, nous recourons au témoignage de nazis notoires ; car les noms légués par leurs pères les relient aux barbaries de la Shoah, divers récits entourent ce thème si pertinent pour la psychanalyse. L'utilité du témoignage, cependant, ne s'est pas terminée à ce stade, parce que nous avons observé que le nom et le témoignage se connectent à partir d'un certain rapport à la langue qui ne manque pas d'inclure le non-sens.
Resumen El presente artículo analiza el nombre propio en relación con la literatura de testimonio o la literatura del trauma. Nos valemos de esta literatura para desarrollar algunas reflexiones sobre la nominación en Lacan. Más concretamente recurrimos al testimonio de descendientes de nazis notorios; porque los nombres heredados de sus padres los conectan a las atrocidades de la Shoah, Varias narrativas rodean este tema tan caro al psicoanálisis. La utilidad del testimonio, sin embargo, no terminó en este punto, porque hemos observado que el nombre propio y el testimonio están conectados desde una cierta relación con el lenguaje que no deja de incluir el sinsentido.
Abstract This study discusses the proper name in its relation with testimonial literature or trauma narrative. The literature is used here to develop some considerations on nomination in Lacan's teory, more specifically the testimony of notorious Nazi descendants. Since the names given by their parents link them to the barbarism of Shoah, several narratives have been developed on this theme which interests psychoanalysis. However, the testimony did not end at this point, as we observe proper name and testimony are connected by a certain relationship with language that also has lack of meaning.