RESUMEN
INTRODUÇÃO: Neste artigo, buscamos articular questões referentes à Terapia de Família Sistêmica (TFS), estudos de sexualidade e gênero, perspectiva decolonial e interseccionalidade. Expomos como podemos pensar a partir destas problematizações as experiências familiares de pessoas que se situam no avesso ou nas margens da cisheteronormatividade e discutir sobre a diversidade que compõe a família, para além de uma visão restritiva deste termo. OBJETIVO: Fazer uma crítica construtiva à TFS, apontando o apagamento que esta disciplina possui em relação às vivências de pessoas LGBTQIAP+ (lésbicas, gays, transexuais e travestis, queer, intersexo, assexuais, pansexuais e demais orientações sexuais e identidades de gênero). METODOLOGIA: O artigo possui caráter ensaístico e sustentado em um material empírico oriundo de entrevistas de caráter biográfico/trajetórias de vida. Propomos aqui a perspectiva queer e decolonial, aliada à interseccionalidade como estratégia de análise de histórias de vida a fim de compreender os arranjos familiares de mulheres lésbicas, bissexuais e pansexuais. RESULTADOS: As entrevistadas demonstraram múltiplas realidades, baseando-se tanto em vivências de violência quanto de aceitação em suas famílias de origem, focando suas jornadas na construção de laços de apoio com suas famílias escolhidas, criando relações de irmandade entre amigas. CONCLUSÕES: A TFS poderia ampliar seu olhar e escrita sobre a população LGBTQIAP+, utilizando-se da decolonialidade/perspectiva queer e interseccionalidade como potente guia de análise das relações familiares, visto que as histórias de vida dessas mulheres concentram-se em lidar com discriminações e desafios associados aos seus diversos marcadores sociais da diferença.
INTRODUCTION: In this essay, the following themes will be analyzed: Systemic Family Therapy (SFT), sexuality and gender studies, women, and intersectionality. We expose how these themes combine in the family experiences of people who are on the other side or the margins of cisheteronormativity and discuss the diversity that makes up the family, beyond a restrictive view of this term. OBJECTIVE: Make a constructive criticism of TFS, pointing out the erasure that this discipline has in relation to the experiences of LGBTQIAP+ people (lesbians, gays, transsexuals and transvestites, queer, intersex, asexual, pansexual, and other sexual orientations and gender identities). We propose intersectionality as a strategy for analyzing life stories to understand the family arrangements of lesbian, bisexual and pansexuals women. METHODOLOGY: This essay is based on empirical material from biographical interviews/life trajectories. We propose here intersectionality as a strategy for analyzing life stories to understand the family arrangements of lesbian, bisexual and pansexual women. RESULTS: The interviewees demonstrated multiple realities, based on both experiences of violence and acceptance in their families of origin. And focusing their journeys on building supportive bonds with their chosen families, creating sisterhood relationships between friends. CONCLUSIONS: TFS could broaden its view and writing about the LGBTQIAP+ population, using intersectionality as a powerful guide for analyzing family relationships. Since these women's life stories focus on dealing with discrimination and challenges associated with their various social markers of difference.
INTRODUCCIÓN: En este artículo se analizan los siguientes temas: Terapia Familiar Sistémica (TFS), estudios de sexualidad y género, mujer e interseccionalidad. Exponemos cómo estos temas se conjugan en las experiencias familiares de personas que están del otro lado o en los márgenes de la cisheteronormatividad y discutimos la diversidad que conforma la familia, más allá de una visión restrictiva de este término. OBJETIVO: Hacer una crítica constructiva a TFS, señalando la borradura que tiene esta disciplina en relación a las vivencias de las personas LGBTQIAP+ (lesbianas, gays, transexuales y travestidos, queer, intersex, asexual, pansexual y otras orientaciones sexuales e identidades de género). METODOLOGÍA: El artículo tiene carácter ensayístico y se basa en material empírico de entrevistas de carácter biográfico/trayectorias de vida. Proponemos aquí la interseccionalidad como estrategia de análisis de las historias de vida para comprender los arreglos familiares de mujeres lesbianas, bisexuales y pansexuales. RESULTADOS: Los entrevistados evidenciaron múltiples realidades, basadas tanto en experiencias de violencia como de aceptación en sus familias de origen. Y enfocando sus viajes en construir lazos de apoyo con sus familias elegidas, creando relaciones de hermandad entre amigos. CONCLUSIONES: TFS podría ampliar su visión y escritura sobre la población LGBTQIAP+, utilizando la interseccionalidad como una poderosa guía para analizar las relaciones familiares. Dado que las historias de vida de estas mujeres se centran en lidiar con la discriminación y los desafíos asociados con sus diversos marcadores sociales de diferencia.
Asunto(s)
Terapia Familiar , Mujeres , Minorías Sexuales y de GéneroRESUMEN
Abstract: This cross-sectional study evaluated the configural and metric structures of the Intersectional Discrimination Index (InDI), an instrument that measures anticipated (InDI-A), dat-to-day (InDI-D), and major (InDI-M) discrimination. Data from a broader study, focused on the impacts of discrimination on the mental health of women living in Brazil, were used. Approximately 1,000 women, selected according to a convenience sampling scheme, answered the InDI and questions about sociodemographic characteristics in an electronic form that was administered in 2021. Exploratory factor analyses and exploratory structural equation modeling were applied to the first half of the sample; for the second, confirmatory factor analysis was conducted. Taken together, the findings suggest that each of the three measures is one-dimensional. However, unlike the study that originally proposed the InDI for use in Canada and the United States, we observed the presence of residual correlations in the three subscales evaluated, all of which were suggestive of content redundancy between specific pairs of items. The three measures showed moderate to strong factor loadings and acceptable fit to the data. InDI exhibited reasonable internal validity, potentially becoming a valuable instrument for investigating the health effects of intersectional discrimination in Brazil. Future studies should evaluate the consistency of these findings, examine the scalar structure of the instrument, and analyze its invariance among different marginalized groups.
Resumen: Este estudio transversal evaluó las estructuras configural y métrica del Intersectional Discrimination Index (InDI), un instrumento que mide la discriminación anticipada (InDI-A), diaria (InDI-D) y mayor (InDI-M). Se utilizaron datos de una encuesta más amplia, centrada en los impactos de la discriminación en la salud mental de las mujeres que viven en Brasil. Aproximadamente 1.000 mujeres, seleccionadas por conveniencia, respondieron el InDI y preguntas sobre características sociodemográficas en formulario electrónico, aplicado en el 2021. Mientras que en la primera mitad de la muestra se realizaron análisis factoriales exploratorios y se realizó un modelado por ecuaciones estructurales exploratorias, en la segunda se realizó un análisis factorial confirmatorio. En conjunto, los hallazgos sugieren que cada una de las tres medidas es unidimensional. Sin embargo, a diferencia del estudio que originalmente propuso el InDI para su uso en Canadá y Estados Unidos, observamos la presencia de correlaciones residuales en las tres subescalas evaluadas, todas ellas sugestivas de redundancia de contenido entre pares específicos de ítems. Las tres medidas presentaron cargas factoriales de moderadas a fuertes e índices de ajuste aceptables. El InDI exhibió indicadores de validez interna razonables, convirtiéndose potencialmente en un instrumento valioso para investigar los efectos de la discriminación interseccional para la salud en Brasil. Los estudios futuros deben evaluar la consistencia de estos hallazgos, examinar la estructura escalar del instrumento y analizar su invariancia entre diferentes grupos marginados.
Resumo: Este estudo transversal avaliou as estruturas configural e métrica do Intersectional Discrimination Index (InDI), um instrumento que afere discriminação antecipada (InDI-A), cotidiana (InDI-D) e maior (InDI-M). Dados de uma pesquisa mais ampla, voltada para os impactos da discriminação na saúde mental de mulheres residentes no Brasil, foram utilizados. Aproximadamente mil mulheres, selecionadas por conveniência, responderam ao InDI e a perguntas sobre características sociodemográficas em formulário eletrônico, aplicado em 2021. Enquanto na primeira metade da amostra foram realizadas análises fatoriais exploratórias e executada modelagem por equações estruturais exploratórias, na segunda foi conduzida análise fatorial confirmatória. Em conjunto, os achados sugerem que cada uma das três medidas é unidimensional. No entanto, diferentemente do estudo que originalmente propôs o InDI para uso no Canadá e nos Estados Unidos, observamos a presença de correlações residuais nas três subescalas avaliadas, todas elas sugestivas de redundância de conteúdo entre pares específicos de itens. As três medidas apresentaram cargas fatoriais moderadas a fortes e índices aceitáveis de ajuste. O InDI exibiu indicadores de validade interna razoáveis, potencialmente se tornando um valioso instrumento para a investigação dos efeitos para a saúde da discriminação interseccional no Brasil. Estudos futuros devem avaliar a consistência desses achados, examinar a estrutura escalar do instrumento e analisar sua invariância entre diferentes grupos marginalizados.
RESUMEN
Resumo A bioética, desenvolvida no período pós-Segunda Guerra Mundial na América do Norte, é definida como um campo epistemológico multidisciplinar centrado na conciliação do saber biológico com os valores humanos. Neste artigo, pretende-se discutir a dimensão político-social da bioética, utilizando uma abordagem interseccional, de perspectivas antiopressão, anticapitalistas, feministas e antirracistas. Por isso, propõem-se outras concepções para esse campo de saberes, reivindicando seu posicionamento. O intuito é repensar a bioética de forma expansiva, motivo pelo qual este escrito é propositivo ao pensamento e incentivador de novas possibilidades. Para exemplificar como a intersecção entre as pautas antiopressão estão relacionadas à bioética, serão abordados temas relativos aos direitos sexuais e reprodutivos.
Abstract Bioethics, developed during the post Second World War in North America, is defined as a multidisciplinary epistemological field centered on conciliating biological knowledge and human values. This paper discusses the political-social dimension of bioethics from an intersectional approach with anti-oppression perspectives, that is, anti-capitalist, feminist, and anti-racist perspectives. We propose other conceptions for this field of knowledge, claiming its positioning. By rethinking bioethics in an expansive manner, this paper is propositional to thought and encourages new possibilities. To exemplify the intersection between anti-oppression agendas and bioethics, we approach themes related to sexual and reproductive rights.
Resumen La bioética, desarrollada en el período posterior a la Segunda Guerra Mundial en Norteamérica, se define como un campo epistemológico multidisciplinar centrado en la conciliación del conocimiento biológico con los valores humanos. En este artículo se pretende discutir la dimensión político-social de la bioética, utilizando un enfoque interseccional, desde perspectivas antiopresivas, anticapitalistas, feministas y antirracistas. Por lo tanto, se propone otras concepciones para este campo de conocimiento, reivindicando su posición. La intención es repensar la bioética de manera expansiva, por lo que este trabajo invita a la reflexión y fomenta nuevas posibilidades. Para ejemplificar cómo la intersección entre las agendas antiopresión se relacionan con la bioética, se abordarán temas relacionados con los derechos sexuales y reproductivos.
Asunto(s)
Bioética , Derechos Sexuales y Reproductivos , Marco InterseccionalRESUMEN
Resumo Objetivo Identificar os conceitos e perspectivas teóricas que fundamentam os estudos sobre Cidade Amiga da Pessoa Idosa. Métodos Revisão de escopo utilizando seis bancos de dados para identificar estudos publicados em revistas indexadas entre 2007 e 2021 usando as palavras-chave 'age-friendly' OR 'age friendly' OR 'cidade amiga'. Resultados Foram encontrados 2.975 estudos que após aplicação de critérios de exclusão resultaram em 227. Observou-se ampla variação no conceito do termo, porém muitos autores o fizeram replicando a OMS, sendo que em 59,5% dos estudos não houve menção de nenhuma perspectiva teórica. A teoria ecológica foi o referencial mais frequente (26%), sendo o termo usado como um equivalente a envelhecimento ativo. Autores de quatro países respondem pela maioria dos artigos (61%). Conclusão É necessário articular o conceito de Cidade Amiga da Pessoa Idosa com uma abordagem teórica e cultural para compreender mais profundamente as perspectivas do urbano e do social sob a lógica do envelhecimento populacional principalmente para a América Latina. A análise teórica nestes estudos e na gerontologia favorecerão discussões mais críticas sobre o envelhecimento, o idadismo e a crescente desigualdade social em curso.
Resumen Objetivo Identificar los conceptos y perspectivas teóricas que fundamentan los estudios sobre Cuidades Amigables con las Personas Mayores. Métodos Revisión de alcance utilizando seis bancos de datos para identificar estudios publicados en revistas indexadas entre 2007 y 2021, con las palabras clave 'age-friendly' OR 'age friendly' OR 'ciudad amigable'. Resultados Se encontraron 2975 estudios que, luego de aplicar los criterios de exclusión, quedaron 227. Se observó una amplia variación del concepto del término, aunque muchos autores replicaron a la OMS. En el 59,5 % de los estudios no se mencionó ninguna perspectiva teórica. La teoría ecológica fue la referencia más frecuente (26 %), y el término se usó como un equivalente al envejecimiento activo. La mayoría de los artículos (61 %) son de autores de cuatro países. Conclusión Es necesario unir el concepto de Cuidades Amigables con las Personas Mayores con un enfoque teórico y cultural para comprender más profundamente las perspectivas de lo urbano y lo social de acuerdo con la lógica del envejecimiento poblacional, principalmente en América Latina. El análisis teórico en estos estudios y en la gerontología permitirán discusiones más críticas sobre el envejecimiento, el edadismo y la creciente desigualdad social en curso.
Abstract Objective To identify the concepts and theoretical perspectives that underlie studies on age-friendly city. Methods This is a scoping review using six databases to identify studies published in indexed journals between 2007 and 2021 using the keywords 'age-friendly' OR 'age friendly' OR 'cidade amiga'. Results A total of 2,975 studies were found, which, after applying the exclusion criteria, resulted in 227. There was wide variation in the concept of the term, but many authors did so by replicating the WHO, and in 59.5% of studies there was no mention of any theoretical perspective. The ecological theory was the most frequent reference (26%), the term being used as an equivalent to active aging. Authors from four countries account for most articles (61%). Conclusion It is necessary to articulate the concept of age-friendly city with a theoretical and cultural approach to understand more deeply the urban and social perspectives under the logic of population aging, mainly for Latin America. Theoretical analysis in these studies and in gerontology will favor more critical discussions about aging, ageism and the growing social inequality in progress.
RESUMEN
Resumo: Objetivou-se realizar uma análise crítica da narrativa das políticas públicas de saúde brasileiras no cuidado da obesidade a partir de uma perspectiva interseccional. Trata-se de estudo qualitativo exploratório, documental e analítico, baseado na abordagem "What's the problem represented to be?" ["Qual é o problema representado para ser?"], conhecida como WPR. Tal abordagem se configura como uma ferramenta metodológica de análise crítica de políticas públicas a partir de seis perguntas norteadoras. Foram selecionados dez documentos, publicados entre 2004 a 2021 pelo governo brasileiro. A análise crítica resultou em três categorias: (i) causas da obesidade e narrativa dominante: quais são os problemas representados?; (ii) narrativa dominante e cuidado em saúde: quais são os efeitos para as pessoas com obesidade?; e (iii) obesidade e interseccionalidade: onde estão os silêncios? O consumo de alimentos e o sedentarismo foram a narrativa dominante como causas da obesidade. A interseccionalidade, mediada pelas categorias de gênero/sexo, raça/cor e classe social, foi identificada como um silêncio na narrativa das políticas públicas de saúde. Tais categorias não foram consideradas como causas atreladas à obesidade, tampouco foram incluídas de forma efetiva nas ações propostas pelas políticas públicas de saúde. Os silêncios encontrados no estudo destacam a necessidade de inclusão da interseccionalidade na elaboração e execução de políticas públicas de saúde e no cuidado das pessoas com obesidade. Tendo em vista as intersecções de gênero/sexo, raça/cor e classe social e suas formas de opressão com o surgimento e agravo da obesidade, são de extrema relevância análises críticas sobre as narrativas simplistas nas políticas públicas de saúde para problematização das lacunas que repercutem no cuidado dos usuários com obesidade.
Abstract: This study aimed to critically analyze the narrative of Brazilian public health policies in obesity care based on an intersectional approach. This is a qualitative exploratory, documentary, and analytical study based on the "What's the problem represented to be?" approach (WPR). This approach constitutes a methodological instrument for critical analysis of public policies based on six guiding questions. A total of ten documents were selected, published from 2004 to 2021 by the Brazilian government. The critical analysis resulted in three categories: (i) obesity causes and the dominant narrative: what problems are represented?; (ii) dominant narrative and health care: what are the effects for people with obesity?; (iii) obesity and intersectionality: where are silences? The consumption of food and sedentary lifestyle were the dominant narrative as causes of obesity. Intersectionality, mediated by the categories of gender/sex, race/skin-color, and social class, was identified as silenced in the narrative of public health policies, not being associated as linked causes of obesity, nor effectively included in the proposed actions of the policies. The silences found in the study highlight the need to include intersectionality in the elaboration and execution of public health policies and in the care of people with obesity. Considering the intersections of gender/sex, race/skin-color, and social class and their forms of oppression in the emergence and aggravation of obesity, critical analyses of simplistic narratives in public health policies are extremely relevant to problematize gaps affect the care of users with obesity.
Resumen: Este estudio tuvo como objetivo realizar un análisis crítico de la narrativa de las políticas públicas de salud brasileñas en el cuidado de la obesidad con base en un enfoque interseccional. Estudio cualitativo exploratorio, documental y analítico. Basado en el enfoque "Whats the problem represent to be?" [¿Cuál es el problema representado?], conocido como WPR. Tal enfoque se configura como una herramienta metodológica para el análisis crítico de las políticas públicas con base en seis preguntas rectoras. Se seleccionaron 10 documentos, publicados entre el 2004 y el 2021 por el gobierno brasileño. El análisis crítico resultó en tres categorías: (i) causas de la obesidad y la narrativa dominante: ¿Qué problemas se representan?; (ii) narrativa dominante y el cuidado en salud ¿Cuáles son los efectos para las personas con obesidad?; (iii) obesidad e interseccionalidad ¿Dónde están los silencios?. El consumo de alimentos y el sedentarismo fueron la narrativa dominante como causas de la obesidad. La interseccionalidad, mediada por las categorías de género/sexo, raza/color y clase social fue identificada como un silencio en la narrativa de las PPS, sin asociarlas como causas vinculadas a la obesidad ni incluirlas de forma efectiva en las acciones propuestas por las políticas públicas de salud. Los silencios encontrados en el estudio resaltan la necesidad de incluir la interseccionalidad en la elaboración y ejecución de las políticas públicas de salud y en el cuidado de las personas con obesidad. Considerando las intersecciones de género/sexo, raza/color y clase social y sus formas de opresión con el surgimiento y agravamiento de la obesidad, es sumamente relevante realizar análisis críticos sobre las narrativas simplistas en las políticas públicas de salud, para problematizar las brechas que repercuten en el cuidado de los usuarios con obesidad.
RESUMEN
ABSTRACT Objective: to discuss undergraduate students' sexual behavior from the perspective of social markers and cross-cultural care proposed by Madeleine Leininger. Methods: descriptive-exploratory qualitative research, with a theoretical-philosophical foundation in the Transcultural Theory. Convenience sample was composed of 57 young people from two universities in Rio de Janeiro. The focus groups' content were analyzed lexically using the IRAMUTEQ software. Results: four classes emerged: Young people's sexual scripts: between the fear of an unplanned pregnancy and the risk of exposure to sexually transmitted infections; Affective relationships: trust in steady sexual partners, apparent sense of security and disuse of condoms; Sexual practices, gender and cultural determinants: distinction in men's and women's role; Sexual partnerships, negotiation of condom use and vulnerability to sexually transmitted infections. Final considerations: challenges are perceived for the attention to undergraduate students' sexual health, who verbalized risky sexual behaviors due to sociocultural vulnerabilities.
RESUMEN Objetivo: discutir el comportamiento sexual de estudiantes universitarios en la perspectiva de los marcadores sociales y el cuidado transcultural propuesto por Madeleine Leininger. Métodos: investigación cualitativa descriptiva-exploratoria, con fundamento teórico-filosófico en la Teoría Transcultural. La muestra de conveniencia fue compuesta por 57 jóvenes de dos universidades de Río de Janeiro. Los contenidos de los grupos focales se analizaron léxicamente mediante el software IRAMUTEQ. Resultados: surgieron cuatro clases: Guiones sexuales de jóvenes: entre el miedo a un embarazo no planeado y el riesgo de exposición A INFECCIONES DE TRANSMISIÓN SEXUAL; Relaciones afectivas: confianza en parejas sexuales estables, aparente sensación de seguridad y desuso de preservativos; Prácticas sexuales, género y determinantes culturales: distinción en los roles de hombres y mujeres y; Parejas sexuales, negociación del uso del condón y vulnerabilidad a las infecciones de transmisión sexual. Consideraciones finales: se perciben desafíos para la atención a la salud sexual de estudiantes universitarios, quienes verbalizaron conductas sexuales de riesgo, debido a vulnerabilidades socioculturales.
RESUMO Objetivo: discutir os comportamentos sexuais de jovens universitários na perspectiva dos marcadores sociais e do cuidado transcultural proposto por Madeleine Leininger. Métodos: pesquisa qualitativa descritiva-exploratória, com alicerce teórico-filosófico na Teoria Transcultural. Amostragem por conveniência foi composta por 57 jovens de duas universidades cariocas. Os conteúdos dos grupos focais foram analisados lexicalmente pelo software IRAMUTEQ. Resultados: emergiram quatro classes: Roteiros sexuais de jovens: entre o receio de uma gestação não planejada e o risco da exposição às infecções sexualmente transmissíveis; Relacionamentos afetivos: a confiança em parcerias sexuais fixas, aparente sensação de segurança e o desuso dos preservativos; Práticas sexuais, gênero e determinantes culturais: distinção nos papéis de homens e mulheres; Parcerias sexuais, negociação do uso do preservativo e a vulnerabilidade às infecções sexualmente transmissíveis. Considerações finais: percebem-se desafios para atenção à saúde sexual dos jovens universitários, que verbalizaram comportamentos sexuais de risco em função de vulnerabilidades socioculturais.
RESUMEN
RESUMEN Objetivo. Analizar las desigualdades en la salud autopercibida entre grupos de población situados en las intersecciones de identidad de género, grupo étnico y nivel de educación en países de las Américas, clasificados según su nivel de ingreso. Métodos. Se utilizaron datos en panel de la Encuesta Mundial de Valores en el período comprendido entre los años 1990 y 2022. La muestra de este estudio incluyó 58 790 personas entre 16 y 65 años, provenientes de 14 países del continente americano. La variable dependiente fue la mala salud autopercibida, las variables independientes fueron el género, el nivel de educación y el grupo étnico. Para el análisis interseccional intercategórico se creó una variable multicategórica de 12 estratos. Se realizó un análisis de heterogeneidad individual y precisión diagnóstica mediante cinco modelos de regresión logística ajustados por edad y ola de encuesta. Resultados. Se observó un claro y persistente gradiente interseccional para la mala salud autopercibida en todas las desagregaciones de países por su ingreso. Comparados con la categoría más aventajada (hombres de etnia mayoritaria y educación superior), los demás grupos incrementaron el riesgo de mala salud, con el mayor riesgo en las mujeres de etnia minoritaria o pueblos indígenas con nivel de educación inferior a secundaria (tres a cuatro veces mayor). Además, las mujeres tuvieron mayor riesgo de mala salud respecto a los hombres en cada uno de los pares de estratos interseccionales. Conclusiones. El análisis interseccional demostró la persistencia de un gradiente social de la mala salud autopercibida en el continente americano.
ABSTRACT Objective. Analyze inequalities in self-perceived health among population groups located at the intersections of gender identity, ethnicity, and education level in countries of the Americas, classified by income level. Methods. Panel data from the World Values Survey were used for the period 1990-2022. The study sample included 58 790 people between 16 and 65 years of age from 14 countries in the Americas. The dependent variable was poor self-perceived health, and the independent variables were gender, education level, and ethnicity. A multi-categorical variable with 12 strata was created for the intercategorical intersectionality analysis. An analysis of individual heterogeneity and diagnostic accuracy was performed using five logistic regression models, adjusted by age and by survey wave. Results. A clear and persistent intersectional gradient for poor self-perceived health was observed in all country disaggregations by income. Compared to the category with the most advantage (men of majority ethnicity and higher education), the other groups had increased risk of poor health, with the highest risk among women of minority ethnicity and in Indigenous peoples with less than secondary education (three to four times higher). In addition, women had a higher risk of poor health than men in each pair of intersectional strata. Conclusions. The intersectional analysis demonstrated a persistent social gradient of self-perceived ill health in the Americas.
RESUMO Objetivo. Analisar desigualdades na autopercepção de saúde entre grupos populacionais localizados nas interseções de identidade de gênero, etnia e nível de escolaridade em países das Américas, classificados pelo nível de renda. Métodos. Foram usados dados em painel da Pesquisa Mundial de Valores referentes ao período de 1990 a 2022. A amostra deste estudo incluiu 58 790 pessoas com idades entre 16 e 65 anos de 14 países das Américas. A variável dependente foi a autopercepção de problemas de saúde, e as variáveis independentes foram gênero, nível de escolaridade e etnia. Para a análise interseccional intercategórica, foi criada uma variável multicategórica de 12 estratos. Foi realizada uma análise da heterogeneidade individual e da precisão do diagnóstico usando cinco modelos de regressão logística ajustados por idade e onda de pesquisa. Resultados. Observou-se um gradiente interseccional claro e persistente para a autopercepção de problemas de saúde em todas as desagregações de países por renda. Em comparação com a categoria mais favorecida (homens de etnia majoritária e com ensino superior), todos os outros grupos apresentaram maior risco de problemas de saúde, com o maior risco para mulheres de etnias minoritárias ou povos indígenas com nível de escolaridade inferior ao ensino médio (três a quatro vezes maior). Além disso, as mulheres tinham um risco maior de problemas de saúde do que os homens em cada um dos pares de estratos interseccionais. Conclusões. A análise interseccional demonstrou a persistência de um gradiente social na autopercepção de problemas de saúde nas Américas.
RESUMEN
Objetivo: identificar na literatura acadêmica as principais discriminações interseccionais vividas por mulheres trans e discutir o seu processo de estabelecimento nesse grupo populacional. Método: estudo de revisão integrativa de literatura conduzida em duas bases e três bibliotecas virtuais durante o ano de 2021 e revisada em 2022. Foi realizada análise lexicográfica por meio do software IRAMUTEC. Resultados: foram identificados 486 manuscritos, selecionando-se 15 para análise. Emergiram três categorias analíticas: (1) Interseccionalidade como multiplicador de opressões, (2) Dificuldade de acesso ao cuidado e a precarização da saúde e (3) Necessidade de Políticas Públicas Específicas e o enfrentamento da InJustiça. Conclusão: as condições estruturais do racismo, sexismo, etnofobia e violências correlatas se sobrepõem, e na base da pirâmide discriminatória se encontram as mulheres transexuais negras. Pesquisas adicionais são necessárias para levar a melhores intervenções a esta população em risco de violência.
Objective: to identify, in the academic literature, the main intersecting discriminations experienced by trans women and to discuss process by which it is established related to this population group. Method: this integrative literature review study was conducted in two databases and three virtual libraries during 2021 and then revised in 2022. Lexicographic analysis was performed using the IRAMUTEC software. Results: 486 manuscripts were identified and 15 were selected for analysis. Three analytical categories emerged: (1) Intersectionality as a multiplier of oppression; (2) Difficulty in accessing care and increasingly precarious health; and (3) Need for specific public policies and addressing injustice. Conclusion: the structural conditions of racism, sexism, ethnophobia, and related violence overlap, and black transsexual women are at the base of the pyramid of discrimination. Additional research is needed to lead to better interventions for this population at risk of violence.
Objetivo: identificar en la literatura académica las principales discriminaciones interseccionales experimentadas por mujeres trans, así como discutir su proceso de implantación en este grupo poblacional. Método: estudio de revisión integradora de literatura realizado en dos bases de datos y tres bibliotecas virtuales durante el año 2021 y revisado en 2022. El análisis lexicográfico se realizó mediante el software IRAMUTEC. Resultados: se identificaron 486 manuscritos y se seleccionaron 15 para su análisis. Surgieron tres categorías de análisis: (1) Interseccionalidad como multiplicador de la opresión, (2) Dificultad de acceso a la atención y precarización de la salud, y (3) Necesidad de Políticas Públicas Específicas y el enfrentamiento a la InJusticia. Conclusión: las condiciones estructurales del racismo, el sexismo, la etnofobia y las violencias relacionadas se superponen, y en la base de la pirámide de discriminación se encuentran las mujeres negras transgénero. Se necesita investigaciones adicionales para conducir a mejores intervenciones para esta población en riesgo de violencia.