RÉSUMÉ
ABSTRACT Purpose to investigate prosodic boundary effects on the comprehension of attachment ambiguities in Brazilian Portuguese and to test two hypotheses relying on the notion of boundary strength: the absolute boundary hypothesis (ABH) and the relative boundary hypothesis (RBH). Manipulations of prosodic structure influence how listeners interpret syntactically ambiguous sentences. However, the role of prosody in spoken language comprehension of sentences has received limited attention in languages other than English, particularly from a developmental perspective. Methods Twenty-three adults and 15 children participated in a computerized sentence comprehension task involving syntactically ambiguous sentences. Each sentence was recorded in eight different prosodic forms with acoustic manipulations of F0, duration and pause varying the boundary size to reflect predictions of the ABH and RBH. Results Children and adults differed in how prosody influenced their syntactic processing and children were significantly slower than adults. Results indicated that interpretation of sentences varied according to their prosodic forms. Conclusion Neither the ABH or the RBH explained how children and adults who speak Brazilian Portuguese use prosodic boundaries to disambiguate sentences. There is evidence that the way prosodic boundaries influence disambiguation varies cross-linguistically.
RESUMO Objetivo investigar os efeitos de fronteiras prosódicas na compreensão de ambiguidades sintáticas no português brasileiro além de testar duas hipóteses baseadas na noção de intensidade de fronteira: a hipótese de fronteira absoluta (ABH) e a hipótese de fronteira relativa (RBH). Manipulações da estrutura prosódica influenciam como os ouvintes interpretam frases sintaticamente ambíguas. No entanto, o papel da prosódia na compreensão da linguagem oral tem recebido atenção limitada em línguas além do inglês, particularmente do ponto de vista do desenvolvimento. Método Vinte e três adultos e 15 crianças participaram de uma tarefa computadorizada de compreensão de frases envolvendo frases sintaticamente ambíguas. Cada frase foi gravada em oito formas prosódicas diferentes com manipulações acústicas de F0, duração, e pausa, variando o tamanho da fronteira prosódica de modo a transparecer as previsões da ABH e RBH. Resultados Crianças e adultos diferiram em como a prosódia influenciou o processamento sintático; as crianças foram significativamente mais lentas que os adultos. Os resultados indicaram que a interpretação das frases variou de acordo com suas formas prosódicas. Conclusão Nenhuma das hipóteses (ABH ou RBH) explica como crianças e adultos falantes do Português brasileiro utilizam as fronteiras prosódicas para desambiguar frases. Há evidências de que a maneira com a qual os limites prosódicos influenciam a desambiguação de frases varia entre os idiomas.
RÉSUMÉ
ABSTRACT Objective To describe the clinical and feeding findings of premature infants with gastroschisis (GTQ) in a neonatal intensive care unit and compare them to preterm infants (NBs) without congenital anomalies. Methods A retrospective case-control study was conducted with 50 premature NBs (25 with GTQ and 25 without comorbidities - control group). The NBs were compared regarding demographic and clinical data: risk of mortality and speech-language assessment (nonnutritive and nutritive sucking). Subsequently, a multiple logistic regression model was applied to determine the variables associated with the negative speech therapy outcome (speech therapy discharge after more than 7 days considering the first speech therapy evaluation). Results The results of the first analysis indicated that there was a difference between the GTQ and the CG for the following variables: total time in days of hospitalization; use of mechanical ventilation (invasive x noninvasive); days of life on the date of the first speech-language assessment; use of alternative feeding route; and the GTQ group had worse results. The results of the multiple logistic regression indicated that the diagnosis of GTQ, the use of invasive mechanical ventilation, and the absence of adequate intraoral pressure during the first speech-language evaluation were risk factors for a negative speech-language outcome. Conclusion The feeding skills of preterm infants with QTG are related to the severity of the condition (gastrointestinal tract complications), requiring longer hospitalization, use of invasive mechanical ventilation, prolonged use of alternative feeding route and requiring more speech therapy to start oral feeding.
RESUMO Objetivo Descrever os achados clínicos e de alimentação de prematuros com gastrosquise (GTQ) em uma unidade de terapia intensiva neonatal comparando-os a recém-nascidos (RNs) prematuros sem anomalias congênitas. Método Foi realizado estudo caso controle de caráter retrospectivo com 50 RNs prematuros (25 com GTQ e 25 sem comorbidades - grupo controle). Os RNs foram comparados quanto aos dados demográficos clínicos: risco de mortalidade e de avaliação fonoaudiológica (sucção não nutritiva e nutritiva). Posteriormente foi aplicado o modelo de regressão logística múltipla a fim de determinar as variáveis associadas ao desfecho fonoaudiológico negativo (alta fonoaudiológica após mais de 7 dias considerando a primeira avaliação fonoaudiológica). Resultados Os resultados da primeira análise indicaram que houve diferença entre o GTQ e o GC para as seguintes variáveis: tempo total em dias de internação; uso de ventilação mecânica (invasiva x não invasiva); dias de vida na data da primeira avaliação fonoaudiológica; uso de via alternativa de alimentação, sendo que o grupo GTQ apresentou piores resultados. Os resultados da regressão logística múltipla indicaram que o diagnóstico de GTQ, uso de ventilação mecânica invasiva e ausência de pressão intraoral adequada durante a primeira avaliação fonoaudiológica foram fatores de risco para o desfecho fonoaudiológico negativo. Conclusão As habilidades de alimentação dos prematuros com GTQ está relacionada à gravidade do quadro (complicações do trato gastro digestivo), exigindo maior tempo de internação, uso de ventilação mecânica invasiva, uso prolongado de via alternativa de alimentação e necessidade de mais atendimento fonoaudiológico para iniciar a alimentação por via oral.
RÉSUMÉ
Abstract Background and aims From a clinical point of view, post-stroke patients present difficulties in swallowing management. The purpose of this research was to identify risk factors that were independently related to the maintenance of a severe restriction of oral intake in patients affected by acute ischemic stroke. Methods The authors conducted a prospective observational cohort study of patients with dysphagia post-acute ischemic stroke who were admitted to an Emergency Room (ER). Demographic and clinical data were collected at ER admission. Swallowing data was based on The Functional Oral Intake Scale (FOIS) and was collected at two distinct moments: initial swallowing assessment and at the patient outcome. Patients were divided into two groups according to their FOIS level assigned on the last swallowing assessment (at hospital outcome): G1 with severe restriction of oral intake and indication of feeding tube - patients with FOIS levels 1 to 4; G2 without restriction of food consistencies in oral intake - patients with FOIS levels 5 to 7. Results One hundred and six patients were included in our study. Results of the multivariate logistic regression model for the prediction of maintenance of a severe restriction of oral intake at hospital outcome in patients post-acute ischemic stroke indicated that increasing age (p = 0.006), and dysarthria (p = 0.003) were associated with higher chances of presenting severe restriction of oral intake at hospital outcome. Conclusions Patients with acute ischemic stroke in an Emergency Room may experience non-resolved severe dysphagia, indicating the need to prepare for the care/rehabilitation of these patients.
RÉSUMÉ
RESUMO Objetivo Pesquisar duas variáveis independentes consideradas como possíveis preditores de risco cumulativo para a gagueira persistente (GP): percepção familiar da gagueira e quantidade de rupturas da fala. Método Participaram 452 crianças, com idade entre 3 a 11:11 anos, de ambos os gêneros, divididos em 4 grupos: grupo 1 (GGQ), 158 crianças com percentual de rupturas gagas ≥3% e queixa familiar de gagueira; grupo 2 (GGS), 42 crianças com percentual de rupturas gagas ≥3% e sem queixa familiar de gagueira; grupo 3 (FQ), 94 crianças com percentual de rupturas gagas ≤2.9% com queixa familiar de gagueira e grupo 4 (FS), 158 crianças com percentual de rupturas gagas ≤2.9 sem queixa familiar de gagueira. Resultados Para o grupo GGQ há relação significante entre a queixa familiar de gagueira e quantidade de rupturas de fala típicas da gagueira e houve predominância de crianças do sexo masculino. Para o grupo GGS não houve relação significante entre a queixa familiar de gagueira e quantidade de rupturas de fala. Para o grupo FQ não houve relação significante entre a queixa familiar de gagueira e quantidade de rupturas de fala. Para o grupo FS houve relação significante entre a ausência de queixa familiar de gagueira e a reduzida quantidade de rupturas de fala. Conclusão O percentual de rupturas ≥3% é um indicador de risco para a GP. A queixa familiar de rupturas do tipo repetições pode ser um indicador de risco para a GP. A queixa familiar de gagueira, isoladamente, não deve ser considerada como indicador de GP.
ABSTRACT Purpose To investigate two independent variables considered as two possible predictors of cumulative risk for persistent stuttering: family perception of stuttering and amount of speech disruptions. Methods Participants were 452 children, aged 3 to 11:11 years, male and female, divided into 4 groups: group 1 (SCG), composed of 158 children who presented a percentage of stuttered speech disruptions ≥ 3% and family complaint of stuttering; group 2 (SWCG), 42 children who presented percentage of stuttered speech disruptions ≥ 3% and without family complaint of stuttering; group 3 (FCG), 94 children who presented percentage of stuttered speech disruptions ≤ 2. 9% with family complaints of stuttering and group 4 (FWCG), 158 children who presented a percentage of stuttered speech disruptions ≤ 2.9 without family complaints of stuttering. Results For the SCG group, there was a significant relationship between family complaints of stuttering and the number of speech disruptions typical of stuttering. In this group, there was a predominance of male children. For the SWCG group, there was no significant relationship between family complaints of stuttering and the number of speech disruptions. For the FCG group, there was no significant relationship between family complaints of stuttering and the number of speech disruptions. For the FWCG group, there was a significant relation between the absence of a family complaint of stuttering and the reduced number of speech disruptions. Conclusion The percentage of speech disruptions ≥ 3% is a risk indicator for persistent stuttering. The percentage of speech disruptions ≤ 2.9% associated with syllable and sound repetitions can be a risk indicator for persistent stuttering. Family complaints of syllable and sound repetitions may be a risk indicator for persistent stuttering. Family complaints of stuttering alone should not be considered an indicator of persistent stuttering.
RÉSUMÉ
RESUMO Objetivo correlacionar os achados da avaliação clínica miofuncional orofacial, pressão de língua e da eletromiografia de superfície (EMGs) da deglutição de grupos de pacientes com diferentes alterações da motricidade orofacial. Método 44 pacientes (20 homens e 24 mulheres com idades entre 17 e 63 anos), com diferentes alterações miofuncionais orofaciais foram avaliados por meio da Avaliação Miofuncional Orofacial com Escores Expandido (AMIOFE-E), avaliação da amplitude mandibular e antropometria facial, mensuração da pressão de língua (ponta e dorso) e exame de Eletromiografia de Superfície (EMGs) em região supra hioidea na tarefa de deglutição de saliva e diferentes volumes de água. Resultados a análise estatística encontrou algumas correlações fracas que envolvem a pressão do dorso de língua e sugerem que quanto maior for a medida do terço inferior, menor será a pressão do dorso da língua; quanto maior for a medida dos trespasses (vertical e horizontal) maior será a pressão do dorso da língua; quanto maior for a pontuação da avaliação de postura e funções orofaciais, maior será a pressão do dorso de língua e quanto maior for a pressão do dorso de língua, maior será a pressão da ponta da língua. Conclusão os resultados sugerem que as alterações miofuncionais orofaciais encontradas nos diferentes grupos de pacientes estão mais relacionadas às discrepâncias maxilomandibulares do que às patologias pesquisadas no presente estudo.
ABSTRACT Purpose To correlate the findings regarding the myofunctional orofacial examination, tongue pressure and surface electromyography (sEMG) of deglutition in individuals with different orofacial myofunctional disorders. Methods 44 patients (20 males and 24 females, aged between 17 and 63 years old) with different orofacial myofunctional changes were clinically assessed using the Expanded Protocol of Orofacial Myofunctional Evaluation with Scores (OMES-E). In addition, the range of mandibular movements and facial anthropometry were measured, along with the assessment of the tongue pressure (tip and dorsum) and of the electrical activity of the suprahyoid muscles during deglutition, using surface electromyography (sEMG). Results The statistical analysis found weak correlations between tongue dorsum pressure values, suggesting that the greater the measurement of the lower third of the face, the lower the pressure of the tongue dorsum; the greater the measurement of the overlaps (vertical and horizontal), the higher the pressure of the tongue dorsum; the higher the score from the orofacial evaluation and orofacial functions assessment, the higher the pressure of the tongue dorsum; and the higher the pressure of the tongue dorsum, the higher the pressure of the tongue tip. Conclusion The present study results indicate that the orofacial myofunctional changes found in different groups of patients are more related to the maxillomandibular discrepancies than to the pathologies investigated herein.
RÉSUMÉ
Abstract Objective: To investigate the clinical and swallowing indicators related to a successful decannulation process during the hospital stay. Methods: A retrospective cohort clinical study. The study sample comprised a heterogeneous patient population who had submitted to a tracheostomy procedure in a tertiary hospital. Patients were divided into two groups (dec-annulated vs. non-decannulated) and compared not only in terms of demographic and clinical data but also the results of a swallowing assessment and intervention outcome. Results: Sixty-four patients were included in the present study: 25 (39%) who had been successfully decannulated, and 39 (61%) who could not be decannulated. Between-group comparisons indicated that both groups presented similar clinical and demographic characteristics. The groups also presented similar swallowing assessment results prior to intervention. However, significant differences were observed regarding the time to begin swallowing rehabilitation. The decannulated group was assessed nine days earlier than the non-decannulated group. Other significant differences included the removal of the alternate feeding method (72.0% of decannulated patients vs. 5.1% of non-decannulated patients) and the reintroduction of oral feeding (96.0% of decannulated patients vs. 41.0% of non-decannulated patients) and functional swallowing level at patient disclosure. The non-decannulated patient group presented higher death rates at disclosure. Conclusion: The results of the present study indicated that the following parameters were associated with a successful decannulation process: early swallowing assessment, swallowing rehabilitation, and improvement in the swallowing functional level during the hospital stay. The maintenance of low swallowing functional levels was found to be negatively associated with successful decannulation. HIGHLIGHTS Deccanulation indicators were investigated in patients who were submitted to a tracheostomy procedure. Early swallowing evaluation and rehabilitation were associated with a successful decannulation process. Low swallowing functional levels were negatively associated with the success of decannulation.
RÉSUMÉ
RESUMO Objetivo Delinear um ensaio clínico de tratamento - em três modalidades - que verificasse se os tramentos testados para a gagueira crônica do desenvolvimento (GCD) apresentam indicadores que permitam reunir informações para a continuidade da sua aplicação, estabelecendo uma relação benefício-risco eficaz e segura. Método Para a realização do estudo foram analisadas 252 crianças, com idades entre 2 e 12 anos, que realizaram avaliação e tratamento para a GCD. Dentre as crianças atendidas, 93 cumpriram todos os critérios de elegibilidade. Após a obtenção dos escores de risco para GCD (Protocolo de Risco para a Gagueira do Desenvolvimento) todas as crianças foram avaliadas segundo seu perfil da fluência e grau de gravidade da gagueira. Foram aplicados os tratamentos para GCD: Programa Verde; Programa Amarelo e Programa Vermelho. A determinação do tratamento mais indicado para cada criança foi baseada na análise do grau de risco para a GCD. Resultados Todos os programas terapeuticos apresentaram resultados de melhora pós-tratamento consistentes nos segmentos analisados com exceção de: repetição de palavras; prolongamentos no final das palavras e intrusão de sons/segmentos. Conclusão Os programas terapêuticos testados - verde, amarelo e vermelho - foram eficientes para a ampla maioria dos participantes. A intervenção direta, aplicada no Programa Vermelho, foi altamente eficiente para a promoção da fala fluente, indicando que para os casos com maior índice de cronicidade a aplicação de técnicas específicas é indicada.
ABSTRACT Purpose To present a treatment clinical trial, involving three types of treatment for chronic developmental stuttering (CDS), to verify whether they present indicators and sufficient information to establish an effective and safe benefit-risk relationship. Methods The study included 252 children between 2 and 12 years old, who underwent assessment and treatment for CDS. Among the selected children, 93 met the established inclusion criteria. After obtaining the scores for the risk of CDS (Protocol for the Risk of Developmental Stuttering), all children were assessed according to their fluency profile and the severity level of stuttering. The children underwent treatment for CDS Green, Yellow and Red Programs. The treatment chosen for each child was based on the analysis of the risk for CDS. Results All therapeutic programs presented positive results in the post-treatment assessment considering the analyzed parameters, with the exception of word repetition, sound prolongation at the end of words, and intrusion of sounds/word segments. Conclusion The tested therapeutic programs - green, yellow, and red - were efficient for most of the participants. The direct intervention used in the Red Program was highly efficient in promoting fluent speech. This result suggests that for most of the patients with a higher risk of developing the chronic form of stuttering, the use of specific fluency promotion techniques is indicated.
RÉSUMÉ
RESUMO Objetivo Testar a variável da hereditariedade familiar para a gagueira crônica do desenvolvimento (GCD) como preditora de efeito direto no desfecho da fluência da fala em crianças. Métodos Participaram do estudo 200 crianças, de 2 a 12 anos, de ambos os gêneros, sem distinção de raça e nível sócio-econômico-cultural, que apresentaram queixa de GCD, sem outras intercorrências de linguagem e/ou audição, no período de cinco anos. Os 200 participantes deste estudo foram divididos em três grupos (baixo risco para GCD, médio risco para GCD e alto risco para GCD) conforme os indicadores de risco aferidos pelo Protocolo de risco para a gagueira do desenvolvimento. Para determinação da variável de controle (hereditariedade positiva para a gagueira) foi considerado afetado o participante que apresentava familiar de primeiro grau (pai, mãe, irmãos) que se auto identificava como pessoa com gagueira. Todos os participantes foram avaliados segundo o Protocolo de risco para a gagueira do desenvolvimento e pela Avaliação do Perfil da Fluência de Fala. Resultados Os grupos de baixo, médio e alto risco para GCD com hereditariedade positiva não se diferenciaram estatisticamente dos grupos de baixo, médio e alto risco para GCD com hereditariedade negativa para nenhuma das variáveis demográficas e resultado da análise do Perfil de Fluência da Fala. Conclusão A variável hereditariedade não indicou o grau de risco na manifestação da fala nem identificou, decisivamente, as crianças em risco de persistência para a GCD.
ABSTRACT Purpose To test if the variable family heredity for chronic developmental stuttering (CDS) is a direct predictor of the speech fluency outcome in children. Methods Participants of the study were 200 children, between 2 and 12 years of age, of both genders, with no racial and socioeconomic distinction, diagnosed with a complaint of CDS, and with no language and/or hearing comorbidity, over a period of 5 years. Participants were divided in three study groups (low risk for CDS, moderate risk for CDS, and high risk for CDS) according to the risk indicators determined by the Risk Protocol for Developmental Stuttering. In order to determine the control variable (positive heredity for stuttering), we considered the participant as being affected if he/she presented a first-degree family member (father, mother, siblings) who self-declared themselves as a person who stuttered. All of the participants were assessed according to Risk Protocol for Developmental Stuttering and to The Speech Fluency Profile Assessment. Results No significant difference was observed for the demographic variables and for the results on The Fluency Profile Assessment among the groups with mild, moderate and high risk of stuttering when comparing the groups with positive and negative family heredity. Conclusion The variable family heredity did not indicate the risk level for the manifestation of stuttering and also did not identify those at risk of presenting CDS.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Enfant d'âge préscolaire , Enfant , Bégaiement/étiologie , Bégaiement/génétique , Facteurs de risque , PhonoaudiologieSujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte , Adulte d'âge moyen , Sujet âgé , Pneumopathie virale/physiopathologie , Troubles de la déglutition/étiologie , Troubles de la déglutition/physiopathologie , Infections à coronavirus/physiopathologie , Betacoronavirus , Intubation trachéale/effets indésirables , Pneumopathie virale/complications , Pneumopathie virale/thérapie , Facteurs temps , Facteurs sexuels , Études prospectives , Facteurs de risque , Facteurs âges , Maladie grave , Infections à coronavirus/complications , Infections à coronavirus/thérapie , Pandémies , Extubation/effets indésirables , SARS-CoV-2 , COVID-19 , Unités de soins intensifsRÉSUMÉ
ABSTRACT A swallowing disorder is present in more than 50% of patients with acute stroke. Objective To identify clinical prognostic indicators of the swallowing function in a population with acute ischemic stroke and to determine prioritization indicators for swallowing rehabilitation. Methods Participants were adults admitted to the emergency room who were diagnosed with acute ischemic stroke. Data gathering involved a swallowing assessment to determine the functional level of swallowing (American Speech-Language-Hearing Association National Outcome Measurement System - ASHA NOMS) and the verification of demographic and clinical variables. Results The study sample included 295 patients. For analysis purposes, patients were grouped as follows: ASHA NOMS levels 1 and 2 - ASHA1 (n = 51); levels 3, 4 and 5 - ASHA2 (n = 96); levels 6 and 7 - ASHA3 (n = 148). Statistical analyses indicated that patients who presented a poorer swallowing function (ASHA1) were older (age ≥ 70 years); had anterior circulation infarct; had lower scores on the Glasgow Coma Scale (GCS ≤ 14 points); took longer to initiate swallowing rehabilitation; had longer hospital stays; made more use of alternative feeding methods; needed more sessions of swallowing rehabilitation to remove alternate feeding methods; took longer to return to oral feeding and had poorer outcomes (fewer individuals discharged from swallowing rehabilitation sessions and increased mortality). Conclusion Patients with acute ischemic stroke, admitted to the emergency room, aged ≥ 70 years, score on the GCS ≤ 14, anterior circulation infarct and dementia should be prioritized for swallowing assessment and rehabilitation.
RESUMO Alterações da deglutição são observadas em mais de 50% dos pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) agudo. Objetivo Identificar os indicadores de prognóstico clínico da funcionalidade da deglutição na população com AVCI em fase aguda, visando o estabelecimento de indicadores de priorização de atendimento fonoaudiológico. Métodos Participaram do estudo adultos admitidos em Pronto Socorro (PS) com AVCI. As etapas de coleta de dados envolveram avaliação fonoaudiológica para determinação do nível funcional da deglutição (American Speech-Language-Hearing Association National Outcome Measurement System - ASHA NOMS) e a coleta de variáveis demográficas e clínicas. Resultados A amostra do estudo incluiu 295 pacientes agrupados de acordo com os níveis ASHA NOMS: níveis 1 e 2 - ASHA1 (n = 51); níveis 3, 4 e 5 - ASHA2 (n = 96); níveis 6 e 7 - ASHA3 (n = 148). As análises indicaram os seguintes resultados significantes: pacientes com pior funcionalidade da deglutição (ASHA1) apresentaram média de idade superior a 70 anos, maior comprometimento da circulação cerebral anterior pós-AVCI, pior pontuação na Escala de Coma de Glasgow (ECG ≤ 14 pontos), demoraram mais tempo para iniciar o atendimento fonoaudiológico, permaneceram mais tempo internados no hospital, fizeram mais uso de via alternativa de alimentação, necessitaram de mais sessões fonoaudiológicas para retirada da via alternativa de alimentação, demoraram mais tempo para retornar para alimentação por via oral e apresentaram pior desfecho (um número menor de indivíduos recebeu alta fonoaudiológica e apresentaram mortalidade aumentada). Conclusão Pacientes com AVCI agudo, admitidos em PS, que apresentem idade ≥ 70 anos, pontuação na ECG ≤ 14, com comprometimento do sistema circulatório cerebral anterior e demência, devem ser priorizados no atendimento fonoaudiológico.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte d'âge moyen , Sujet âgé , Troubles de la déglutition/diagnostic , Encéphalopathie ischémique/physiopathologie , Accident vasculaire cérébral/physiopathologie , Pronostic , Troubles de la déglutition/étiologie , Troubles de la déglutition/rééducation et réadaptation , Comorbidité , Échelle de coma de Glasgow , Études transversalesRÉSUMÉ
RESUMO Objetivo apresentar o Protocolo de Prevenção de Broncoaspiração (PPB), visando estabelecer um fluxo padronizado para o manejo do paciente com risco de broncoaspiração. Esse protocolo, de aplicabilidade multiprofissional, estabelece um padrão assistencial de práticas clínicas para garantir a segurança do paciente em unidades de terapia intensiva (UTI), unidades de internação (UI) e pronto-socorro (PS). Métodos na admissão do paciente, ou durante sua permanência hospitalar, a equipe multiprofissional deverá observar se o paciente se encaixa em, pelo menos, UM dos critérios de inclusão do PPB. Caso o paciente seja identificado como em risco de broncoaspiração, a equipe de enfermagem deverá sinalizá-lo com a Pulseira do Risco de Broncoaspiração (cor cinza/prata). Resultados o PPB já foi aprovado pela Comissão de UTI Cirúrgica e pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCCIH) do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (ICHCFMUSP). Com isso, o PPB mostrou-se factível, de baixo custo e efetivo em sua proposta. Conclusão a aplicabilidade do PPB nas Unidades de Terapia Intensiva, Unidades de Internação e Pronto-Socorro do ICHCFMUSP é uma iniciativa pioneira. O uso do protocolo e da pulseira é uma conquista para a Fonoaudiologia e a consolidação da sua existência nas unidades de internação hospitalar.
ABSTRACT Purpose To present the Bronchoaspiration Prevention Protocol (PPB) for the management of patients at risk of brochoaspiration. This protocol has a multidisciplinary approach and aims to standardize clinical practice in order to ensure patients' safety in Inpatient, Emergency and Intensive Care Units (ICUs). Methods Upon admission or during patients' hospital stay, the multidisciplinary team must observe if the patient presents at least one of the inclusion criteria for the PPB. In case the patient is classifies as at risk of bronchoaspiration, the nursing team will identify the patient with the silicone Bracelet for Risk of Bronchoaspiration (grey/silver color). Results The PPB has already been approved by the Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (ICHC FMUSP) ICU Commission and Hospital Infection Control Service (HICS). The PPB proved to fulfil its purpose in a viable, low-cost and effective manner. Conclusion Applicability of the PPB in Inpatient, Emergency and Intensive Care Units (ICUs) is a pioneer initiative. The use of the protocol and bracelet is an achievement for the Speech-Language and Hearing Sciences and consolidates our existence in the inpatient hospital setting.
Sujet(s)
Humains , Système identification patient/méthodes , Pneumopathie de déglutition/prévention et contrôle , Sécurité des patients , Unités hospitalières , Équipe soignante , Troubles de la déglutition/prévention et contrôle , Risque , Sélection de patientsRÉSUMÉ
RESUMO Objetivos Investigar estudos sobre o tratamento das queimaduras em cabeça e pescoço, nas diversas áreas da saúde envolvidas na assistência a queimados (médica, enfermagem, fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional), avaliando a eficácia das técnicas empregadas, principalmente no que se refere à reabilitação da funcionalidade da musculatura em cabeça e pescoço. Estratégia de pesquisa Os artigos foram selecionados por meio da base de dados PubMed, utilizando os descritores "burn and face and speech-language pathology", "burn and face and speech language", "burn and face and rehabilitation", "burn and face and myofunctional rehabilitation", "burn and face and myofunctional therapy", "nonsurgical and scar and management", "burn and face and nonsurgical" e "burn and face and scar and management". Critérios de seleção Foram incluídos artigos que investigaram os tratamentos das queimaduras em cabeça e pescoço, associados à reabilitação da funcionalidade da musculatura em cabeça e pescoço, utilizando exercícios musculares e/ou terapias manuais. Resultados A maioria dos tratamentos descritos apresentou efeitos benéficos para pacientes com queimaduras. Foi observada grande variabilidade da metodologia adotada para a aplicação e verificação dos efeitos dos tratamentos. Conclusão Apesar do crescente número de pesquisas, ainda não existe consenso quanto à melhor técnica terapêutica e ao real benefício de cada uma delas. Existe uma grande diversidade nos protocolos de tratamento, sendo que um número pequeno de estudos de tratamento visa a funcionalidade do sistema miofuncional orofacial. A maioria dos estudos tem, como foco, atividades motoras isoladas, que visam à mobilidade mandibular.
ABSTRACT Purpose Analyze studies addressing the treatment of head and neck burns in different fields of health care, especially treatments that involve the functional rehabilitation of the head and neck muscles. Research strategy This qualitative review of the literature analyzed international scientific publications in the PubMed database that used the following keywords: "burn and face and speech-language pathology", "burn and face and speech language", "burn and face and rehabilitation", "burn and face and myofunctional rehabilitation", "burn and face and myofunctional therapy", "nonsurgical and scar and management", "burn and face and nonsurgical", and "burn and face and scar and management". Selection criteria Scientific publications on treatment strategies for head and neck burns associated to functional rehabilitation of the head and neck muscles using muscle exercises and/or manual therapy were included in this study. Results Overall, most of the treatments described in the investigated studies presented positive outcomes for patients with head and neck burns. The studies showed wide variability in terms of treatment proposals and methodologies used to verify treatment efficacy. Conclusion Although a growing number of publications on the rehabilitation of head and neck burns were observed, the best therapeutic technique and its real benefits remain unclear. There is a wide range of treatment protocols, and very few focus on the functional treatment of the orofacial myofunctional system. Most of the studies propose isolated motor activities to improve the mandibular range of movements.
Sujet(s)
Humains , Brûlures/rééducation et réadaptation , Thérapie myofonctionnelle , Tête , Cou , Système stomatognathique , Manipulations de l'appareil locomoteurRÉSUMÉ
RESUMO Objetivo Comparar três métodos de aprendizagem sobre anatomia e fisiologia do sistema miofuncional orofacial, sendo dois interativos (uso de softwares educacionais) e um tradicional, quanto à aprendizagem conceitual de estudantes de graduação em Fonoaudiologia. Métodos Participaram 36 estudantes do segundo ano, alocados randomicamente em grupos: Grupo 1 (G1) - método interativo com jogo computacional 2D (n=12); Grupo 2 (G2) - método interativo com modelo computacional 3D (n=12); Grupo 3 (G3) - método tradicional (textos e figuras 2D) (n=12). Os métodos de aprendizagem foram aplicados durante estudo complementar, por sete semanas, após aula expositiva. Foi realizada uma avaliação de conhecimento antes da aplicação dos métodos de aprendizagem, imediatamente após e seis meses depois da conclusão, e o desempenho dos grupos, nos três momentos, foi comparado. Os dados foram analisados no software SPSS, versão 21 (nível de significância de 5%). Resultados Predominaram sujeitos do gênero feminino, com média de idade de 22,0 (±4,7) anos (F2,33=60,72, p=0,260). Os resultados indicaram que, no G1, apenas o pré-teste diferiu do pós-teste, enquanto no G2 e no G3 o pré-teste diferiu do pós-teste e do pós-teste tardio. Ao verificar a interação entre o desempenho dos grupos e os momentos de avaliação, observou-se que os resultados do GI foram inferiores aos dos demais grupos (F2,22=722,30 p<0,001). Conclusão O uso de modelo computacional 3D foi comparável ao do método tradicional para a aprendizagem conceitual e retenção de conhecimento, em curto e longo prazo, sendo ambos mais eficazes do que o uso de jogo computacional 2D.
ABSTRACT Purpose Compare three learning methods on Anatomy and Physiology of the Orofacial Myofunctional System (OMS): two interactive methods with educational software and one traditional method, regarding the conceptual learning of Speech-Language and Hearing Sciences (SLHS) undergraduate students. Methods Thirty-six students were randomly divided into three groups: Group 1 (G1) - 2D computer game-based method (n=12); Group 2 (G2) - 3D computational model method (n=12); Group 3 (G3) - traditional method (texts and 2D images) (n=12). The learning methods were applied during a complementary study schedule, for seven weeks, after a lecture. Knowledge assessments were conducted prior to the application of the learning methods, immediately after, and six months after completion; the performance of the groups at the three moments was compared. Data were analyzed in SPSS 21 software (p≤0.005). Results Female individuals were predominant, with mean age of 22.0 (±4.7) years (F2.33=60.72; p=0.260). The results show that only the pre-test differed from the short-term test in the G1, whereas the pre-test differed from the short- and the long-term tests in the G2 and G3. Regarding correlation between the performance of the groups and the moments of evaluation, it was observed that the results for the G1 were inferior (F2.22=722.30; p<0.001). Conclusion The 3D computational model was comparable to the traditional method for short- and long-term conceptual learning and knowledge retention, and both were more effective than the 2D computer game.
Sujet(s)
Humains , Technologie de l'éducation/enseignement et éducation , Muscles de la face/anatomie et histologie , Muscles de la face/physiologie , Jeu expérimental , Apprentissage , Étudiants , Enseignement assisté par ordinateur , Formation par simulationRÉSUMÉ
RESUMO Objetivo: identificar os fatores associados à disfagia em pacientes submetidos à intubação orotraqueal prolongada (IOTp) e as consequências pós-extubação. Métodos: participaram do estudo 150 pacientes submetidos à IOTp, avaliados segundo o nível funcional da deglutição (American Speech Language - Hearing Association National Outcome Measurement System - ASHA NOMS), a determinação da gravidade (The Simplified Acute Physiology Score - SOFA) e a coleta das seguintes variáveis: idade, mortalidade, dias de intubação orotraqueal, número de atendimentos para introdução da alimentação oral e dias para alta hospitalar. Os pacientes foram agrupados de acordo com a classificação do ASHA: 1 (níveis 1 e 2), 2 (níveis 3, 4 e 5) e 3 (níveis 6 e 7). Resultados: as análises indicaram as seguintes variáveis associadas a pior funcionalidade da deglutição: idade (p<0,001), mortalidade (p<0,003); dias de IOT (p=0,001), número de atendimentos para introdução de dieta oral (p<0,001) e dias para alta hospitalar (p=0,018). As comparações múltiplas indicaram diferença significante na comparação dos grupos ASHA1 e ASHA2 em relação ao grupo ASHA3. Os grupos ASHA1 e ASHA2 apresentaram menor score na SOFA quando comparados ao grupo ASHA3 (p=0,004). Somente 20% dos pacientes do grupo ASHA1 e 32% dos pacientes do ASHA2 apresentaram níveis seguros de deglutição antes da alta hospitalar. Conclusão: os fatores associados à disfagia em pacientes submetidos à IOTp foram: idade acima de 55 anos e tempo de intubação orotraqueal (maior nos casos com pior funcionalidade da deglutição). As consequências pós-extubação foram: aumento da mortalidade e do tempo de internação hospitalar na presença da disfagia.
ABSTRACT Objective: to identify factors associated with dysphagia in patients undergoing prolonged orotracheal intubation (pOTI) and the post-extubation consequences. Methods: 150 patients undergoing pOTI participated in the study, evaluated according to the deglutition functional level (American Speech Language - Hearing Association National Outcome Measurement System - ASHA NOMS), severity determination (The Simplified Acute Physiology Score - SOFA) and submitted to collection of variables age, mortality, days of orotracheal intubation, number of sessions to introduce oral diet, and days to hospital discharge. We grouped patients according to ASHA classification: 1 (levels 1 and 2), 2 (levels 3, 4 and 5) and 3 (levels 6 and 7). Results: the variables associated with impaired deglutition functionality were age (p<0.001), mortality (p<0.003), OTI days (p=0.001), number of sessions to introduce oral diet (p<0.001) and days to hospital discharge (p=0.018). Multiple comparisons indicated significant difference between ASHA1 and ASHA2 groups in relation to ASHA3 group. ASHA1 and ASHA2 groups had a lower SOFA score when compared with the ASHA3 group (p=0.004). Only 20% of ASHA1 patients and 32% of ASHA2 patients presented safe deglutition levels before discharge. Conclusion: factors associated with dysphagia in patients submitted to pOTI were age over 55 years and orotracheal intubation time (greater in the cases with worse deglutition functionality). The post-extubation consequences were increased mortality and length of hospital stay in the presence of dysphagia.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adolescent , Troubles de la déglutition/classification , Troubles de la déglutition/diagnostic , Extubation , Troubles de la déglutition/étiologie , Études transversales , Maladie grave , Intubation trachéale/effets indésirables , Adulte d'âge moyenRÉSUMÉ
RESUMO Introdução: A disfunção temporomandibular (DTM) é complexa e multifatorial. São encontrados, na literatura, estudos que comparam diferentes métodos de tratamento. Objetivo: Investigar estudos sobre o tratamento das disfunções temporomandibulares (DTMs) nas diversas áreas da saúde, avaliando a eficácia das técnicas empregadas, principalmente no que se refere ao uso da terapia miofuncional orofacial. Estratégia de pesquisa: Os artigos compilados neste estudo foram selecionados por meio da base de dados PubMed, utilizando os descritores "temporomandibular disorders and oral motor therapy", "orofacial myofunctional therapy and temporomandibular disorders" e "temporomandibular disorders and myofunctional rehabilitation". O levantamento realizado limitou-se aos artigos publicado nos idiomas Inglês e Português, entre janeiro de 2006 e dezembro de 2016. Critérios de seleção: Foram incluídos artigos sobre os tratamentos das DTMs associados aos exercícios musculares e/ou terapias manuais. Publicações sem acesso completo, repetidas por sobreposição das palavras-chave, revisões de literatura, cartas ao editor e não relacionadas diretamente ao tema foram excluídas. Resultados: Dos 102 estudos selecionados, 22 atenderam aos critérios estabelecidos. Em geral, a maioria dos tratamentos descritos apresentou efeitos benéficos para pacientes com DTMs. Foi observada grande variabilidade da metodologia adotada para a aplicação e verificação dos efeitos dos tratamentos e somente poucos estudos fizeram uso de grupo controle. Conclusão: Apesar do crescimento no número de pesquisas sobre DTMs, ainda não é possível estabelecer qual a melhor técnica de tratamento. Após análise dos artigos selecionados, observou-se que as técnicas combinadas de terapia (ex.: exercício associado ao uso de equipamento para redução da dor) produzem melhores resultados, com maior redução da dor e melhora da mobilidade mandibular.
ABSTRACT Introduction: Disorders of TMJ are complex and multifactorial. Studies comparing different treatment methods are found in the literature. Purpose: To verify the effectiveness of muscle and orofacial myofunctional rehabilitation for temporomandibular joint disorders (TMJ). Research strategy: This qualitative review of the literature analyzed international scientific publications in PubMed database that used the following keywords: temporomandibular disorders and oral motor therapy; orofacial myofunctional therapy and temporomandibular disorders; temporomandibular disorders and myofunctional rehabilitation. Our investigation was limited to articles published in English or Portuguese languages, between January 2006 and December 2016. Selection criteria: Scientific publications about rehabilitation strategies for TMJ associated to muscle exercises and/ or manual therapy were included. The publications that did not present access to the full text, that were repeated by overlapping keywords, case studies, letters to the editor and those that were not directly related to the topic of investigation were excluded. Results: One hundred and two studies were identified out of which 22 matched our inclusion criteria. Overall, most of the treatments described in the investigated studies presented positive outcomes for the patients with TMJ. The studies presented a wide variability in terms of treatment proposals and methodology used to verify treatment effectiveness. A very small number of studies included control groups. Combined techniques (e.g. exercises associated to the use of equipment to reduce pain) produced better therapy effects, with greater pain reduction and improved mandibular mobility. Conclusion: Although we observed a growing number of publications about TMJ rehabilitation, the best therapeutic technique and its real benefits remains unclear.
Sujet(s)
Humains , Thérapie myofonctionnelle , Troubles de l'articulation temporomandibulaire/thérapie , Articulation temporomandibulaire , Résultat thérapeutiqueRÉSUMÉ
RESUMO Objetivo caracterizar o perfil e a fala de pacientes submetidos à palatoplastia primária em um hospital escola de São Paulo, levando-se em consideração a idade do paciente no momento da cirurgia (precoce até os 2 anos de idade e tardio após 2 anos). Método 97 indivíduos, de ambos os gêneros, com diagnóstico de fissura de palato associada ou não à de lábio, divididos em dois grupos: 1) grupo precoce (GP), composto por 43 indivíduos operados até o segundo ano de vida; 2) grupo tardio (GT), composto por 54 indivíduos operados após o segundo ano. Os participantes foram submetidos à avaliação clínica fonoaudiológica. Os parâmetros avaliados e considerados para o estudo foram: classificação da ressonância, presença de ronco nasal audível, ocorrência de fraca pressão intraoral, ocorrência de emissão nasal, classificação da inteligibilidade de fala e presença de distúrbios articulatórios compensatórios (DACs). Uma porcentagem randomicamente selecionada de participantes (30%) foi reavaliada por mais duas fonoaudiólogas e a comparação entre os juízes indicou alta concordância. Resultados (nível de significância de 5%): os grupos não se diferenciaram em relação à classificação da ressonância (p=0,067), grau de hipernasalidade (p=0,113), presença de ronco nasal (p=0,179), ocorrência de fraca pressão intraoral (p=0,152), ocorrência de emissão nasal (p=0,369) e classificação da inteligibilidade de fala (p=0,113). Em relação à presença de DACs, os grupos se diferenciaram (p=0,020), com maior ocorrência de fonemas alterados no GT. Conclusão foi possível caracterizar o perfil geral e de fala dos pacientes submetidos à palatoplastia primária do referido hospital escola. Concluiu-se que a realização da cirurgia precocemente traz melhores resultados em relação à fala.
ABSTRACT Purpose To characterize the profile and speech characteristics of patients undergoing primary palatoplasty in a Brazilian university hospital, considering the time of intervention (early, before two years of age; late, after two years of age). Methods Participants were 97 patients of both genders with cleft palate and/or cleft and lip palate, assigned to the Speech-language Pathology Department, who had been submitted to primary palatoplasty and presented no prior history of speech-language therapy. Patients were divided into two groups: early intervention group (EIG) - 43 patients undergoing primary palatoplasty before 2 years of age and late intervention group (LIG) - 54 patients undergoing primary palatoplasty after 2 years of age. All patients underwent speech-language pathology assessment. The following parameters were assessed: resonance classification, presence of nasal turbulence, presence of weak intraoral air pressure, presence of audible nasal air emission, speech understandability, and compensatory articulation disorder (CAD). Results At statistical significance level of 5% (p≤0.05), no significant difference was observed between the groups in the following parameters: resonance classification (p=0.067); level of hypernasality (p=0.113), presence of nasal turbulence (p=0.179); presence of weak intraoral air pressure (p=0.152); presence of nasal air emission (p=0.369), and speech understandability (p=0.113). The groups differed with respect to presence of compensatory articulation disorders (p=0.020), with the LIG presenting higher occurrence of altered phonemes. Conclusion It was possible to assess the general profile and speech characteristics of the study participants. Patients submitted to early primary palatoplasty present better speech profile.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Enfant d'âge préscolaire , Enfant , Parole , Insuffisance vélopharyngée/chirurgie , Troubles de la voix/diagnostic , Bec-de-lièvre/chirurgie , Fente palatine/chirurgie , 33584/méthodes , Indice de gravité de la maladie , Brésil , Études transversales , Facteurs âges , Trouble phonologiqueRÉSUMÉ
RESUMO Objetivo Caracterizar o perfil da fluência da fala de indivíduos com Doença de Parkinson em diferentes tarefas de fala. Método Participaram do estudo 40 indivíduos, de 40 a 80 anos de idade, de ambos os gêneros, divididos em 2 grupos: GP (grupo pesquisa - 20 indivíduos com diagnóstico de Doença de Parkinson); GC (grupo controle - 20 indivíduos sem qualquer alteração de comunicação e/ou neurológica). Para todos os participantes, foram coletadas três amostras de fala envolvendo diferentes tarefas: monólogo, leitura individual e fala automática. Resultados O GP apresentou um número significativamente maior de rupturas, tanto comuns quanto gagas, e maiores porcentagens de descontinuidade de fala e disfluências gagas nas tarefas de monólogo e leitura quando comparado ao GC. Nas tarefas de fala automática, ambos os grupos apresentaram número reduzido de rupturas comuns e gagas, não apresentando diferença significante entre os grupos para esta tarefa. Em relação à velocidade de fala, tanto em palavras quanto em sílabas por minuto, os indivíduos com Doença de Parkinson apresentaram velocidade reduzida em relação ao grupo controle em todas as tarefas de fala. Conclusão O GP apresentou alteração em todos os parâmetros da fluência avaliados no presente estudo quando comparado ao grupo controle, porém esta alteração da fluência não se configura como um quadro de gagueira.
ABSTRACT Purpose To characterize the speech fluency profile of patients with Parkinson's disease. Methods Study participants were 40 individuals of both genders aged 40 to 80 years divided into 2 groups: Research Group - RG (20 individuals with diagnosis of Parkinson's disease) and Control Group - CG (20 individuals with no communication or neurological disorders). For all of the participants, three speech samples involving different tasks were collected: monologue, individual reading, and automatic speech. Results The RG presented a significant larger number of speech disruptions, both stuttering-like and typical dysfluencies, and higher percentage of speech discontinuity in the monologue and individual reading tasks compared with the CG. Both groups presented reduced number of speech disruptions (stuttering-like and typical dysfluencies) in the automatic speech task; the groups presented similar performance in this task. Regarding speech rate, individuals in the RG presented lower number of words and syllables per minute compared with those in the CG in all speech tasks. Conclusion Participants of the RG presented altered parameters of speech fluency compared with those of the CG; however, this change in fluency cannot be considered a stuttering disorder.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte , Sujet âgé , Sujet âgé de 80 ans ou plus , Maladie de Parkinson/physiopathologie , Parole/physiologie , Mesures de production de la parole/méthodes , Bégaiement/physiopathologie , Maladie de Parkinson/complications , Lecture , Valeurs de référence , Bégaiement/étiologie , Facteurs temps , Indice de gravité de la maladie , Études cas-témoins , Études transversales , Statistique non paramétrique , Niveau d'instruction , Adulte d'âge moyenRÉSUMÉ
RESUMO Objetivo O objetivo desta pesquisa foi verificar se há melhora funcional do padrão de deglutição em indivíduos identificados com risco para disfagia orofaríngea após quatro semanas da realização de exercícios orofaríngeos específicos com intensidade e duração pré-determinados. Método Esta pesquisa é de caráter longitudinal de efeito funcional, determinado por medidas comparativas inicial e final. A população-alvo foi constituída de indivíduos adultos e idosos selecionados por 24 meses. Foi incluído para esta pesquisa um total de 68 indivíduos. Foi realizada avalição clínica da deglutição e observados sinais clínicos para disfagia. Os indivíduos foram divididos em dois grupos de acordo com o nivelamento inicial na escala ASHA NOMS. No Grupo 1 (G1) – ASHA NOMS, inicial de níveis 1 e 2; Grupo 2 (G2) – ASHA NOMS, inicial de níveis 3, 4 e 5. Todos os indivíduos realizaram um protocolo de exercícios por quatro semanas. O protocolo conta com sessões presenciais e continuidade das atividades em ambiente domiciliar. Ao final, foi realizada nova mensuração do desempenho de deglutição. Resultados Para o grupo G2 houve melhora estatisticamente significante. Para o G1, a relação não foi significante, apesar de mudança intensa na escala ASHA NOMS, porém, neste grupo, temos um número reduzido de indivíduos devido à gravidade do perfil. Conclusão O programa se mostrou efetivo, pois, após as quatro sessões de exercícios, houve melhora importante no padrão de deglutição, demonstrada pela escala funcional.
ABSTRACT Purpose The objective was to determine if there was functional improvement of swallowing pattern in subjects identified with risk of oropharyngeal dysphagia after four weeks of specific oropharyngeal exercises. These exercises have pre-determined intensity and duration. Methods It is a longitudinal study of functional effect, determined by initial and final comparative measures. Participants were adults and elderly, selected in a period of 24 months. A total of 68 participants were included. All subjects had a clinical evaluation of swallowing, and an initial measure in a functional scale. The individuals were split into two groups, according to the initial levelling of ASHA NOMS scale. In Group 1 (G1) - ASHA NOMS, initial of levels 1 and 2; Group 2 (G2) - ASHA NOMS, initial of levels 3, 4 and 5. All subjects executed an exercise protocol performed for four weeks. The protocol includes sessions with a speech therapist, and continuity of activities in home environment. Finally, new measurement of swallowing performance was held. Results For G2 group there was statistically significant improvement. For G1, the relation was insignificant, despite the intense change in ASHA NOMS scale, however, in this group there was a reduced number of individuals due to the profile severity. Conclusion The program was effective because after four exercise sessions, there was significant improvement in swallowing pattern, demonstrated by functional scale.
Sujet(s)
Humains , Adulte , Troubles de la déglutition/rééducation et réadaptation , Déglutition , Traitement par les exercices physiques/méthodes , Indice de gravité de la maladie , Brésil , Troubles de la déglutition/diagnostic , Facteurs de risque , Études longitudinales , Adulte d'âge moyenRÉSUMÉ
RESUMO Objetivo O objetivo do estudo foi comparar a performance de fala do indivíduo com gagueira e do indivíduo fluente em tarefa de fala espontânea, tarefa de fala automática e a tarefa de canto. Método Participaram deste estudo 34 adultos, 17 com gagueira e 17 fluentes, pareados por gênero e idade. O estudo comparou o desempenho dos participantes em três tarefas de fala: monólogo, fala automática e canto. Foi analisado o número total de rupturas comuns e gagas. Resultados A tarefa de monólogo foi a única que apresentou diferenças estatisticamente significativas, tanto nas comparações intragrupos quanto nas comparações intergrupos. Conclusão O estudo mostrou que tarefas de maior complexidade motora e melódica, como a tarefa de monólogo, prejudica a fluência da fala, tanto em indivíduos com gagueira quanto em indivíduos fluentes.
ABSTRACT Purpose The aim of this study was to compare the speech performance of fluent speakers and individuals who stutter during spontaneous speech, automatic speech, and singing. Methods The study sample was composed of 34 adults, 17 individuals who stutter and 17 fluent controls, matched for gender and age. The speech performance of participants was compared by means of three tasks: monologue, automatic speech, and singing. The following aspects were assessed: total number of common disruptions and total number of stuttering-like disruptions. Results Statistically significant difference was observed only for the monologue task in both intra- and inter-group comparisons. Conclusion The outcomes of this study indicate that tasks of higher motor and melodic complexities, such as the monologue task, negatively affect the speech fluency of both fluent speakers and individuals who stutter.