RÉSUMÉ
INTRODUCTION: the evolution of snoring and OSAS in children is not well established since few studies of patients without surgical treatment have been published. OBJECTIVE: to evaluate the evolution of sleep disordered breathing in children who had not been submitted to upper airway surgery. METHOD: twenty-six children with snoring who had not undergone upper airway surgery were evaluated prospectively. Patients were evaluated by full physical examination and nocturnal polysomnography, after which they were divided into 2 groups: apnea (16 children) and snoring (10 children). After 6 months following the initial evaluation, patients were submitted to a new nocturnal polysomnography, and all data were compared to those of the first examination. RESULTS: the groups did not show any differences regarding age, weight, height and airway physical examination. After 6 months of follow-up, the apnea index did not change, but the respiratory disturbance index increased in the snoring group and the number of hypopneas decreased in the group apnea. CONCLUSION: there was an increase in the percentage of N1 sleep stage and the respiratory disturbance index in the patients with primary snore. The AHI did not show significant alteration in both groups, but the number of hypopneas decreased in patients with SAOS. .
INTRODUÇÃO: a evolução do ronco e da síndrome da apneia/hipoapneia obstrutiva do sono (SAOS) na infância ainda não está bem estabelecida e poucos estudos desses pacientes sem o tratamento cirúrgico foram publicados. OBJETIVO: avaliar a evolução da apneia e do ronco primário em crianças que não foram submetidas a cirurgia das vias aéreas superiores. MÉTODOS: foram avaliadas prospectivamente 26 crianças com ronco que não haviam sido submetidas a tratamento cirúrgico. Todas foram submetidas a exame físico, nasofibroscopia e polissonografia, a partir dos quais foram divididos em dois grupos: SAOS (16 crianças) e ronco (10 crianças). Após 6 meses da avaliação inicial, os exames foram repetidos, e os dados encontrados foram comparados. RESULTADOS: os grupos não apresentaram diferença entre si comparando idade, peso, altura e exame físico. Quando comparamos os resultados das duas polissonografias, houve um aumento da porcentagem do estágio do sono N1 no grupo ronco. O índice de apneia/hipoapnéeia (IAH) não apresentou alteração em ambos os grupos, o índice de distúrbios respiratórios (IDR) aumentou no grupo ronco, e o número de hipopneias diminuiu no grupo SAOS. CONCLUSÃO: houve aumento da porcentagem do estágio 1 do sono não-REM e do IDR nos pacientes com ronco primário; o IAH não apresentou alteração significante; o número de hipoapneias diminuiu nos pacientes com SAOS. .
Sujet(s)
Enfant , Enfant d'âge préscolaire , Femelle , Humains , Mâle , Syndrome d'apnées obstructives du sommeil/physiopathologie , Privation de sommeil/physiopathologie , Ronflement/physiopathologie , Études de suivi , Polysomnographie , Études prospectives , Indice de gravité de la maladieRÉSUMÉ
Poucos trabalhos na literatura estudam repercussões cardiovasculares e metabólicas da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) em crianças. OBJETIVO: Avaliar o perfil metabólico de crianças não obesas com SAOS. MÉTODO: Foram incluídas 52 crianças (21 meninas e 31 meninos), divididas em dois grupos: SAOS (28 crianças) e Ronco (22 crianças) de acordo com a polissonografia. As crianças foram submetidas a exame otorrinolaringológico completo, medidas de peso e estatura e aferição da pressão arterial. Foram coletadas amostras de sangue para dosagem de hemoglobina, hematócrito, glicemia de jejum, insulina de jejum, triglicérides, colesterol total e frações, TSH e T4 livre. As variáveis foram comparadas entre os grupos e também dentro do grupo SAOS de acordo com o grau de gravidade da síndrome. RESULTADOS: Todas as crianças apresentaram índices de PA e exames de sangue não alterados. Porém percebemos que existe diferença estatística entres os grupos nos resultados de: Hemoglobina, Hematócrito, HDL e VLDL. Somente o VLDL apresenta valores maiores no grupo SAOS. Não existe diferença estatística entre as variáveis de acordo com a gravidade da SAOS. CONCLUSÃO: Não foram encontradas alterações nos exames metabólicos e nos índices de pressão arterial das crianças não obesas com SAOS.
Few studies in the literature have looked into the cardiovascular and metabolic effects of Obstructive Sleep Apnea Syndrome (OSAS) in children. OBJECTIVE: This study aims to evaluate the metabolic profile of non-obese children with OSAS. METHODS: Fifty-two children were enrolled in this study, 21 girls and 31 boys. Patients were divided into two groups: OSAS (28 children) and Snore (22 children) according to polysomnographic evaluation. All children were submitted to ENT examination, measurements of weight, height and blood pressure. Blood samples were tested for hemoglobin, hematocrit, fasting glucose, fasting insulin, triglycerides, total cholesterol, HDL, LDL, VLDL, TSH and T4. The gathered data sets were compared between groups and also within the OSAS group according to the severity of the syndrome. RESULTS: The children from both groups had no alterations in blood pressure levels. The results of the blood tests were normal for both groups. Results of hemoglobin, hematocrit, and HDL were all significantly higher in the Snore group when compared to the OSAS group; by their turn, VLDL levels were higher in the OSAS group. There was no statistical difference between the groups based on OSAS severity. CONCLUSION: Non-obese children with OSAS present no significant alterations in metabolic tests or blood pressure levels.
Sujet(s)
Adolescent , Enfant , Enfant d'âge préscolaire , Femelle , Humains , Mâle , Pression sanguine/physiologie , Syndrome d'apnées obstructives du sommeil/sang , Ronflement/sang , Marqueurs biologiques/sang , Polysomnographie , Indice de gravité de la maladie , Syndrome d'apnées obstructives du sommeil/physiopathologie , Ronflement/physiopathologieRÉSUMÉ
A presença de membrana esofágica adquirida, na área pós-cricóide, associada ou não com anemia ferropriva é denominada síndrome de Plummer-Vinson ou de Patterson-Kelly. A disfagia associada a SPV é tipicamente intermitente e limitada aos alimentos sólidos. Os enfermos podem apresentar queixa de engasgo ou até episódios aspirativos. A patogênese da síndrome envolve a deficiência nutricional com dieta deficiente em frutas frescas, vegetais e carnes. A presença de membranas esofágicas é associada ao risco elevado de câncer esofágico ou faríngeo, com necessidade de endoscopia digestiva alta periódica para a detecção de alterações pré-neoplásicas na faringe ou no esôfago. Os autores descrevem doente portadora de síndrome de Plummer-Vinson com disfagia para alimentos sólidos, anemia ferropriva, carência nutricional crônica e membranas na luz do esôfago cervical. O tratamento habitual é a reposição oral ou parenteral de ferro associada à dilatação esofágica e/ou rompimento da membrana do esôfago por via endoscópica e à correção das deficiências nutricionais. Essa terapêutica foi adotada com sucesso na enferma desse relato que, após seis meses de seguimento, permanece assintomática, alimentando-se adequadamente, sem perda ponderal ou anemia.