RÉSUMÉ
O tratamento da esclerose múltipla (EM) com imunossupressores teve início na década de 60. As observaçöes laboratoriais e clínicas de que a doença tinha um caráter inflamatório induziu os clínicos a utilizarem medicamentos citostáticos e imunossupressores. Foram assim incorporados ao arsenal terapêutico da EM as drogas utilizadas em outras doenças inflamatórias sistêmicas como a artrite reumatóide e o lupus eritematoso sistêmico. As drogas imunossupressoras mais utilizadas säo a ciclofosfamida, azatioprina e o metotrexate. A ciclosporina e a cladribina foram utilizadas mais recentemente para o controle da EM na forma recorrente-remitente (RR). O mitoxantrone foi aprovado pelo FDA em 2000 para as formas mais agressivas, tanto RR, como secundariamente progressiva (SP) ou primariamente progressiva (PP). Outras formas de tratamento como plasmaférese e transplante autólogo de células tronco (TACT), foram inseridas neste arsenal terapêutico com suas características específicas e para casos especiais
Sujet(s)
Humains , Transplantation de cellules souches hématopoïétiques , Immunosuppresseurs , Sclérose en plaques , Échange plasmatique , Médecine factuelle , Transplantation autologueRÉSUMÉ
Em razäo dos avanços no conhecimento da esclerose múltipla (EM), dos novos critérios diagnósticos e ensaios terapêuticos publicados, a atualizaçäo e expansäo das diretrizes para orientaçäo do neurologista brasileiro em relaçäo ao tratamento da EM se tornam necessárias. O Consenso Expandido do BCTRIMS enfatiza a individualizaçäo do tratamento a critério do neurologista, e a necessidade de informaçäo do paciente quanto aos potenciais benefícios e riscos das drogas, assim como do Consentimento Informado e compromisso de realizaçäo de controles periódicos. Na ausência de evidências científicas favorecendo uma determinada droga o médico deve considerar o custo diferencial dos imunomoduladores ao fazer sua opçäo terapêutica. As várias situaçöes clínicas e os diferentes agentes modificadores da doença, assim como as outras intervençöes terapêuticas de eficácia no tratamento säo consideradas à luz das classes de evidências científicas e dos tipos de recomendaçäo, aceitos pela comunidade científica internacional. O Consenso Expandido do BCTRIMS pode servir de modelo para outros países em desenvolvimento
Sujet(s)
Humains , Médecine factuelle , Sclérose en plaquesRÉSUMÉ
Durante período de 20 anos (1972-1992), 56 pacientes com diagnóstico de mielorradiculopatia esquistossomótica foram internados em três hospitais de Belo Horizonte -- Minas Gerais. Dados de cada paciente foram coletados retrospectivamente de seus prontuários. Em todos os casos, o diagnóstico foi presumido e baseou-se nos seguintes critérios: 1) quadro de comprometimento medular torácico baixo ou lombossacro (síndrome de cone medular e/ou cauda equina); 2) epidemiologia positiva para esquistossomose; 3) comprovaçäo laboratorial de esquistossomose através de exame parasitológico de fezes ou biópsia retal; e 4) exclusäo de outras patologias que pudessem causar quadro semelhante. Vários aspectos clínicos e epidemiológicos foram estudados para determinar o perfil diagnóstico da mielorradiculopatia esquistossomótica nesta amostra e säo apresentados neste artigo. Reconhecendo os vários problemas no diagnóstico da mielorradiculopatia esquistossomótica, enfatizamos a importância de se pensar nesta entidade e sugerimos critérios para definiçäo diagnóstica
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Enfant d'âge préscolaire , Enfant , Adolescent , Adulte , Adulte d'âge moyen , Schistosomiase du système nerveux central/diagnostic , Schistosomiase à Schistosoma mansoni/diagnostic , Maladies de la moelle épinière/diagnostic , Brésil/épidémiologie , Diagnostic différentiel , Schistosomiase du système nerveux central/diagnostic , Schistosomiase du système nerveux central/épidémiologie , Études rétrospectives , Schistosomiase à Schistosoma mansoni/complications , Schistosomiase à Schistosoma mansoni/épidémiologie , Maladies de la moelle épinière/épidémiologie , Maladies de la moelle épinière/parasitologieRÉSUMÉ
Interferon-B (IFN-beta) é usado no tratamento de esclerose múltipla (EM). Descrevemos o caso de uma mulher com EM que apresentou fenômeno de Raynaud grave, livedo reticular e necrose digital duas semanas após tratamento com IFN-beta. Os sintomas melhoraram após suspensão do IFN-beta e início de anticoagulação associada a ciclofosfamida e corticóide. Fenômeno de Raynaud é um efeito colateral provável da terapia com IFN-beta para EM.
Sujet(s)
Humains , Femelle , Adulte d'âge moyen , Adjuvants immunologiques/effets indésirables , Interféron bêta/effets indésirables , Sclérose en plaques/traitement médicamenteux , Maladie de Raynaud/induit chimiquement , Adjuvants immunologiques/usage thérapeutique , Anticoagulants/usage thérapeutique , Association de médicaments , Doigts/anatomopathologie , Glucocorticoïdes/usage thérapeutique , Immunosuppresseurs/usage thérapeutique , Interféron bêta/usage thérapeutique , Nécrose , Maladie de Raynaud/traitement médicamenteux , Maladie de Raynaud/anatomopathologie , Dermatoses vasculaires/induit chimiquement , Dermatoses vasculaires/traitement médicamenteux , Dermatoses vasculaires/anatomopathologieRÉSUMÉ
Durante o período de 1971 a 1993, 52 miastênicos sem tomona ( 7 homens e 45 mulheres) foram timectomizados por via esternal. Os resultados foram classificados em remissäo e näo-remissäo. A taxa de remissäo foi 48 por cento. No grupo de remissöes havia 5 homens e 20 mulheres. O tempo de seguimento foi de 5,5 anos em ambos os grupos. Os pacientes foram classificados clinicamente segundo a classificaçäo de Osserman. De 16 pacientes na categoria II A, 11 entraram em remissäo; de 36 pacientes nas categorias II B e III, 14 entraram em remissäo. O tempo de duraçäo da doença foi de 1,8 e 4,3 anos nos grupos de remissöes e näo remissöes, respectivamente. Todos os pacientes que entraram em remissäo tinham menos de quatro anos de doença. Dos 43 pacientes com menos de quatro anos de doença 42 por cento näo apresentaram remissäo significando que um tempo de doença de menos de quatro anos näo é indicador de remissäo. Nossos dados indicam um melhor prognóstico quando a timectomia é feita nos primeiros quatro anos de doença
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adolescent , Adulte , Adulte d'âge moyen , Myasthénie/chirurgie , Thymectomie , Facteurs âges , Études de suivi , Thymus (glande)/anatomopathologie , Facteurs tempsRÉSUMÉ
O caso de uma paciente com aumento de volume das pernas, dor discreta e dificuldade para deambular é descrito. A eletromiografía mostrou potenciais de unidades motoras gigantes com padräo de interferência completo. A biópsia dos gastrocnêmios direto e esquerdo revelou presença de um cisticerco além de hipertrofia das fibras musculares e infiltrado inflamatório. A revisäo da literatura demosntra que apenas 12 casos de miopatia pseudo-hipertrófica causada por cisticeros foram relatados e que a incidência é duas vezes maior no sexo masculino do que no feminino. Em cerca de metade dos casos há história de epilepsia. Dor e fraqueza muscular discretas säo frequentes. Em geral a pseudo-hipertrofia ocorre nas cinturas escapular e pélvica simultaneamente. Miotonia é achado raro e nódulos subcutâneos estäo presentes na maioria dos pacientes. Nosso paciente difere dos outros relatados na literatura por apresentar pseudo-hipertrofia restrita às pernas, principalmente à esquerda, com eletromiografia revelando potenciais de unidades motoras gigantes. A patogênese desta condiçäo é discutida e o diagnóstico diferencial deve ser feito com distrofia muscular pseudo-hipertrófica, triquinose, miotonia congênita, hipotireoidismo, amiloidose e a forma juvenil da glicogenose do tipo I (doença de Pompe)