RÉSUMÉ
Nos últimos anos, tem-se observado um aumento no consumo de alimentos diet e light por adolescentes ou por aqueles que estão à procura de uma alimentação com baixo teor calórico, surgindo, assim, diversos edulcorantes, como o aspartame. Porém, seu consumo ainda gera polêmica, devido a muitos dados contraditórios e inconclusivos. Diante disso, objetivou-se avaliar os efeitos da suplementação de aspartame sobre ingestão alimentar, parâmetros físicos, bioquímicos e histopatológicos em 18 ratos machos da linhagem Wistar, com cinco semanas de vida (ratos jovens), tratados durante 21 dias. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: grupo controle (GC) - tratados com água destilada por gavagem, e o grupo aspartame (GA) - tratados diariamente com 2mL/100g/dia de aspartame. Todos os animais receberam ração comercial (Essence(r)) e água ad libitum. O controle da ingestão alimentar foi registrado semanalmente. Foram aferidos os parâmetros físicos por meio da análise do peso corporal, da circunferência toráxica, da circunferência abdominal, do comprimento vértice-cóccix, da gordura abdominal total e do cálculo do índice de massa corporal; os parâmetros bioquímicos foram analisados por meio da glicemia, da lipoproteína de alta densidade e dos triglicerídeos; além de tais análises, foi realizado o estudo histopatológico do fígado. Durante todo o experimento, os ratos tratados com aspartame apresentaram um aumento significativo no peso corpóreo e na ingestão alimentar quando comparados ao grupo controle. Não houve diferença nas demais análises tanto físicas, quanto bioquímicas e histopatológicas comparando-se o GA com o GC (P<0,05). Com base nos resultados obtidos, é possível inferir uma maior chance de desenvolvimento da obesidade, oriunda do consumo regular desse tipo de adoçante, já que ele comprovou ser capaz de estimular o consumo de alimentos e, consequentemente, o ganho de peso corpóreo.(AU)
Recent years have seen an increase in consumption of diet and light foods by teenagers or those who are looking for a low-calorie diet, thus resulting in several sweeteners such as aspartame. However, their consumption still generates controversy due to many contradictory and inconclusive data. Thus, the aim of this study was to evaluate the effects of aspartame supplementation on dietary intake, physical, biochemical, and histopathological parameters in 18 male Wistar rats, at five weeks old (young mice) treated for 21 days. The animals were randomly assigned into two groups: control group (CG) - treated with distilled water by gavage and aspartame group (GA) - treated with 2ml/100g/day of aspartame. All animals received commercial feed (Essence (r)) and water ad libitum. The control of food intake was recorded weekly. The physical parameters were measured by analyzing the body weight, chest circumference, waist circumference, vertex-coccyx length, total abdominal fat and calculating the body mass index; biochemical parameters were analyzed by glucose, high-density lipoprotein and triglycerides. Apart from such analysis the histopathological study of the liver was conducted. Throughout the experiment the rats treated with aspartame showed a significant increase in body weight and food intake compared to the control group. There was no difference in other analyzes such physical, biochemical, and histopathological comparing GA to GC (P<0.05). From the results we can infer a greater chance of developing obesity, coming from the regular consumption of this type of sweetener, as it proved able to stimulate food intake, and hence the gain of body weight.(AU)