RÉSUMÉ
ABSTRACT Objective: Describe the relationship between gingival bleeding and risk factors (behavioral and psychosocial) in adolescents aged 14 to 19 years in the city of São Lourenço da Mata, Brazil. Methods: An observational, cross-sectional study was conducted with 1154 adolescents aged 14 to 19 years randomly selected from public schools located in the city of São Lourenço da Mata in the state of Pernambuco, Brazil. Socio-demographic (sex, age and race), behavioral (oral hygiene, smoking, alcohol use and leisure activities) and psychosocial (self-esteem and self-perception) data were collected through self-administered questionnaires. The presence/absence of gingival bleeding was determined using the Community Periodontal Index (CPI). The data were submitted to descriptive statistics and Pearson's chi-square test was used to determine associations between risk factors and gingival bleeding, with the significance level set at 5% (p < 0.05). Results: The response rate was 80% of 1418 adolescents initially proposed to compose the sample and the prevalence of bleeding was 50.3%. No associations were found between gingival bleeding and socio-demographic, behavioral or self-esteem factors. Regarding self-perception, a significant association was found between positive attitudes of satisfaction with one's physical appearance and gingival bleeding (p < 0.05). Conclusion: Gingival bleeding was found in most adolescents, but did not exert an influence on the satisfaction these individuals have regarding their physical appearance.
RESUMO Objetivo: Descrever a relação do sangramento gengival com os fatores considerados de risco (comportamentais e psicossociais) em adolescentes de 14 a 19 anos da cidade de São Lourenço da Mata, Pernambuco. Métodos: Foi realizado um estudo observacional de corte transversal, com fonte de dados primários, com 1154 adolescentes de 14 a 19 anos, de ambos os sexos, selecionados de forma randomizada em escolas públicas localizadas no município de São Lourenço da Mata, Pernambuco, Brasil. Foram avaliados dados não-clínicos: sociodemográficos (sexo, idade e raça), comportamentais (frequência de higiene oral, fumo, álcool e atividades de lazer) e psicossociais (autoestima e autopercepção) coletados através de questionários auto-aplicados e dados clínicos: presença e ausência de sangramento gengival através do Índice Periodontal Comunitário (IPC). Os dados foram apresentados de forma descritiva, onde avaliou a associação entre fatores de risco e sangramento gengival e estatística (Qui-Quadrado de Pearson). Para todas as análises foi estipulado um nível de significância de 5%. O estudo teve 80% de taxa de resposta de 1418 adolescentes propostos inicialmente para compor a amostra. Resultados: Constatou-se a prevalência de 50, 3% de sangramento. Não houve associação entre sangramento gengival e fatores sociodemográficos, comportamentais e autoestima. Em relação à autopercepção, foi encontrada associação significante entre atitudes positivas de satisfação com a aparência física e a presença de sangramento (p<0.05). Conclusão: O sangramento gengival ainda está presente em grande parte dos adolescentes, porém nãoinfluencia na satisfação desses indivíduos com a sua aparência física.