RÉSUMÉ
ABSTRACT Objective To evaluate the relationship between nutritional parameters and clinical factors and the outcome of patients diagnosed with COVID-19. Methods This is a prospective longitudinal study involving patients with COVID-19 infection admitted to a University Hospital in Pernambuco. The sample consisted of individuals aged ≥20 years who tested positive for COVID-19 infection. Nutritional risk was assessed using the recommended screening procedure for this group and the nutritional status using the Body Mass Index. Demographic and clinical variables were transcribed from the medical records. Result There was a predominance of adult inpatients between 20 and 59 years of age (95% CI: 64.6-76.0); nutritional risk was observed in 91.6% of patients and overweight in 58.9% of patients. Age ≥60 years (p=0.03), presence of malignancies and inadequate nutrition (p<0.001) were independent risk factors for in-hospital death. It was also observed that only arterial hypertension (OR 2.34, 95% CI 1.32-4.13, p=0.003) and overweight (OR 1.84, 95% CI 1.05-3.21, p=0.032) were considered independent risk factors for admission of the patients in the Intensive Care Unit. Conclusion Although overweight is a risk factor for admission in the Intensive Care Unit, it was not possible to observe it as a factor for mortality, requiring further studies to determine the mechanisms that interfere in the association between obesity and mortality in those patients.
RESUMO Objetivo Avaliar a relação dos parâmetros nutricionais e fatores clínicos com o desfecho dos pacientes diagnosticados com COVID-19. Métodos Trata-se de um estudo longitudinal prospectivo envolvendo pacientes com infecção por COVID-19 internados em um Hospital Universitário de Pernambuco. A amostra foi constituída por indivíduos com idade ≥20 anos que tiveram resultado positivo para infecção por COVID-19. O risco nutricional foi avaliado por meio de triagem recomendada para este grupo e o estado nutricional por meio do Índice de Massa Corpórea. As variáveis demográficas e clínicas foram transcritas dos prontuários. Resultados Houve predomínio de pacientes adultos entre 20 e 59 anos (95% IC: 64,6-76,0) internados, o risco nutricional foi observado em 91,6% e o excesso de peso em 58,9% dos pacientes. A idade >60 anos (p=0,03), a presença de câncer e aporte nutricional inadequado (p<0,001) foram fatores de risco independente para morte hospitalar. Observou-se também que apenas a hipertensão arterial (OR 2,34, 95% IC 1,32-4,13, p=0,003) e o excesso de peso (OR 1,84, 95% IC 1,05-3,21, p=0,032) foram considerados fatores de risco independentes para a internação do paciente na Unidade de Terapia Intensiva. Conclusão Embora o excesso de peso seja um fator de risco para admissão na Unidade de Terapia Intensiva, não foi possível observá-la como um fator para mortalidade, se fazendo necessários estudos para determinar os mecanismos que interferem na associação entre a obesidade e letalidade desses pacientes.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte , Adulte d'âge moyen , État nutritionnel , COVID-19/diagnostic , Indice de masse corporelle , Diabète , Hôpitaux universitaires , Hypertension artérielle , Unités de soins intensifs , Tumeurs , ObésitéRÉSUMÉ
Objetivo: Avaliar a prevalência e os fatores associados à interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo (AME) em recém-nascidos prematuros. Métodos: Coorte prospectiva com puérperas no pós-parto prematuro e seus respectivos filhos, assistidos em hospital da rede pública de saúde, em Maceió-AL, nos anos de 2016/2017. Dados clínicos e obstétricos do binômio, além de informações sobre a prática de aleitamento materno do recém-nascido após alta hospitalar, foram obtidos por aplicação de questionário padronizado. O acompanhamento foi realizado mensalmente, por seis meses. A descontinuidade do aleitamento materno exclusivo, em qualquer momento do estudo, caracterizou a interrupção precoce. O teste de regressão de Poisson foi utilizado para avaliação dos fatores associados ao desfecho, com resultados expressos por Razão de prevalência (RP) e respectivos intervalos de confiança a 95% (IC 95%) considerando p< 0,05 como significativo. Resultados: Dos 132 recém-nascidos que receberam alta hospitalar em aleitamento materno exclusivo e que foram acompanhados até os 6 meses de vida, 94 (71,2%) deles interromperam a amamentação exclusiva precocemente. Idade materna ≥35 anos foi caracterizada como fator de proteção para a interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo [RP: 0,591 (0,350-0,997); p= 0,049] e a via de parto cesariana, como fator de risco [RP: 1,284 (1,010-1,633); p=0,041]. Conclusão: Foi alta a prevalência de interrupção do aleitamento materno exclusivo antes dos 6 meses de vida em recém-nascidos prematuros. Foram fatores associados ao desfecho, a idade materna avançada, como fator de proteção, e parto cesáreo, como fator de risco para a interrupção precoce do aleitamento materno.
Objective: To evaluate the prevalence and associated factors with early discontinuation of exclusive breastfeeding (EBF) in preterm infants. Methods: Prospective cohort with puerperal women in the premature postpartum and their respective children, assisted at a public health hospital in Maceió-AL, in 2016/2017. Clinical and obstetric data from the binomial, as well as information about the breastfeeding practice of the newborn after hospital discharge, were obtained by applying a standardized questionnaire. Follow-up was performed monthly for six months. Discontinuity of exclusive breastfeeding at any time of the study characterized early discontinuation. Poisson regression test was used to assess outcome-associated factors, with results expressed as Prevalence Ratio (PR) and 95% confidence ratios (95% CI), considering p <0.05 as significant. Results: Of the 132 newborns who were discharged from exclusive breastfeeding and who were followed up to 6 months of age, 94 (71.2%) of premature infants stopped early exclusive breastfeeding. Maternal age ≥35 years was characterized as a protective factor for early discontinuation of exclusive breastfeeding [PR: 0.591 (0.350-0.997); p = 0.049] and cesarean section as a risk factor [PR: 1.284 (1.010-1.633); p = 0.041]. Conclusion: The prevalence of exclusive breastfeeding interruption before 6 months of life in premature newborns was high. Factors associated with the outcome were advanced maternal age as a protective factor and cesarean delivery as a risk factor for early interruption of breastfeeding.