RÉSUMÉ
Introdução: A disfunção endotelial é importante na patogênese da doença cardiovascular (DCV) relacionada à doença renal crônica (DRC). Stromal cell-derived factor-1 (SDF-1) é uma quimiocina que mobiliza células endoteliais progenitoras (EPC) e em conjunto com a interleucina-8 (IL-8) podem ser usadas como marcadores de reparo e lesão tecidual. Objetivo: Neste trabalho, foi investigado o efeito do meio urêmico na expressão de SDF-1 e IL-8 in vivo e in vitro. Métodos: A inflamação sistêmica foi avaliada por meio da proteína C-reativa (PCR) e interleucina-6 (IL-6). IL-8 e SDF-1 foram avaliados por ELISA como marcadores de disfunção endotelial e reparo tecidual, respectivamente. Os estudos in vitro foram realizados em células endoteliais umbilicais humanas (HUVEC) expostas ao meio urêmico ou saudável. Resultados: Foram incluídos nesse estudo 26 pacientes em hemodiálise (HD) (17 ± 3 meses em diálise, 52 ± 2 anos, 38% homens e 11% diabéticos). As concentrações séricas de PCR, IL-6, SDF-1 e IL-8 foram 4,9 ± 4,8 mg/ml, 6,7 ± 8,1 pg/ml, 2625,9 ± 1288,6 pg/ml e 128,2 ± 206,2 pg/ml, respectivamente. Houve correlação positiva entre PCR e IL-6 (ρ = 0,57; p < 0,005) e entre SDF-1 e IL-8 (ρ = 0,45; p < 0,05). Os resultados in vitro demonstraram que a expressão de SDF-1 pelas HUVEC após 6 horas de tratamento com meio urêmico é menor comparada ao tratamento com meio saudável (p < 0,05). Após 12 horas de tratamento, ocorreu aumento de IL-8 quando as HUVECs foram expostas ao meio urêmico (p < 0,005). Conclusão: Sugerimos que SDF-1 e IL-8 nos pacientes em HD podem ser usados para mensurar a extensão do dano e consequente ativação vascular na uremia. .
Introduction: Endothelial dysfunction is important in the pathogenesis of cardiovascular disease (CVD) related to chronic kidney disease (CKD). Stromal cell-derived factor-1 (SDF-1) is a chemokine which mobilizes endothelial progenitor cells (EPC) and together with interleukin-8 (IL-8) may be used as markers of tissue injury and repair. Objective: This study investigated in vivo and in vitro the effect of uremic media on SDF-1 and IL-8 expression. Methods: Systemic inflammation was assessed by C-reactive protein (CRP) and interleukin-6 (IL-6). IL-8 and SDF-1 were measured as markers of endothelial dysfunction and tissue repair, respectively, by ELISA. In vitro studies were performed on human umbilical vein endothelial cells (HUVEC) exposed to healthy or uremic media. Results: The study included 26 hemodialysis (HD) patients (17 ± 3 months on dialysis, 52 ± 2 years, 38% men and 11% diabetic). Serum concentrations of CRP, IL-6, SDF-1 and IL-8 were 4.9 ± 4.8 mg/ml, 6.7 ± 8.1 pg/ml, 2625.9 ± 1288.6 pg/ml and 128.2 ± 206.2 pg/ml, respectively. There was a positive correlation between CRP and IL-6 (ρ = 0.57, p < 0.005) and between SDF-1 and IL-8 (ρ = 0.45, p < 0.05). In vitro results showed that after 6 hours treatment, SDF-1 expression by HUVEC treated with uremic media is lower compared to cells treated with healthy media (p < 0.05). After 12 hours of treatment there was an increase in IL-8 when HUVECs were exposed to uremic media (p < 0.005). Conclusion: We suggest that SDF-1 and IL-8 in HD patients can be used to measure the extent of damage and subsequent vascular activation in uremia. .
Sujet(s)
Femelle , Humains , Mâle , Adulte d'âge moyen , /biosynthèse , /biosynthèse , Défaillance rénale chronique/sang , Urémie/sang , Phénomènes physiogiques du sang , Cellules cultivées , Endothélium vasculaire/cytologie , Endothélium vasculaire/métabolisme , Défaillance rénale chronique/thérapie , Dialyse rénale , Urémie/thérapieRÉSUMÉ
Mesmo após um século de estudo, a morbidade associada à apendicite continua significante. Quando a apendicite aguda progride para perfuração ou necrose, as conseqüências freqüentemente levam a um período de convalescença prolongado e difícil, ou mesmo à morte. Para evitar estas complicações, são necessários diagnósticos e intervenção cirúrgica precoces, mesmo com o permanente risco de remover apêndices normais. O objetivo deste estudo é comparar as diferenças entre os dados clínicos pré e pós-operatórios de dois grupos de pacientes, um com apendicite aguda não-perfurada (GI) e outro com apendicite perfurada (GII), buscando subsídios para poder afirmar se há sintomas ou sinais pré-operatórios que apontem para uma maior possibilidade de perfuração. Foram estudados prospectivamente 106 pacientes, 66 em GI e 32 em GII, tendo sido excluídos oito pacientes por não terem apendicite aguda. Foram analisados os seguintes dados: dor e suas características, exame físico (renitência, difusão, alteração de ruídos hidroaéreos (RHA), taquicardia) e sintomas associados à dor (náusea, vômito, sudorese, calafrio, febre, astenia, anorexia, tontura, diarréia, obstipação, tenesmo, disúria e dispepsia) e leucocitose no laboratório. Posteriormente estes dados foram submetidos a análise estatística com o teste do Qui-quadrado. Apenas nove dados foram estatisticamente significantes (p<0,005): dor tipo pontada, dor tipo contínua, duração da dor, sudorese, calafrios, renitência em fossa ilíaca direita, contratura generalizada, distensão e RHA alterados. Com base nestes resultados, não foi possível afirmar que a perfuração é previsível, uma vez que os dados estatisticamente significantes são sinais e sintomas de progressão da doença. A observação ativa o hospital constitui meio de eleição para decidir o melhor momento para a intervenção cirúrgica, sem aumentar os riscos para o paciente (CNPq).