RÉSUMÉ
Introdução: A gestão de informações associadas à multimorbidade na atenção hospitalar é relevante para o planejamento de estratégias de prevenção de agravos à saúde em pacientes de maior risco, a fim de oportunizar a organização de sistemas de saúde de modo eficiente. Objetivo: O presente trabalho objetivoudelinear o caminho formal percorrido por pacientes com e sem multimorbidade, considerando o uso da rede pública de saúde após a internação hospitalar. Materiais e métodos: Realizou-se um estudo quantitativo, transversal, descritivo, utilizando dados primários de 445 pacientes internados em um hospital universitário, no ano de 2018. Os dados foram coletados através de análise do prontuário médico e entrevista telefônica. Os resultados foram analisados por meio de frequência absoluta e relativa. Resultados: Desenvolveu-se um fluxograma, representando os pontos da rede de saúde utilizados pelo paciente após a alta hospitalar, segundo multimorbidade. Verificou-se uma alta prevalência de encaminhamento (com multimorbidade (CM) 93,52%; sem multimorbidade (SM) 97,71%) e comparecimento na atenção secundária à saúde (CM 86,15%; SM 89,63%), um baixo encaminhamento (CM 42,45%; SM 36,27%) e comparecimento na atenção primária à saúde (CM 61,29%; SM 64,81%), e considerando os 3 níveis de atenção juntos, houve um baixo comparecimento (CM 17,98%; SM 21,89%) para ambos os grupos investigados. Discussão: Entende-se que a semelhança de comparecimento em todos os pontos da rede por ambos os grupos é um problema, por tratar de forma igual populações desiguais e consequentemente com necessidades diversas. Conclusões: Sinaliza-se a importância de maior incentivo ao acompanhamento de pacientes com multimorbidade na rede primária de saúde, especialmente no período de pós-alta hospitalar, e a necessidade de fortalecimento da Rede de Atenção à Saúde.
Introduction: Managing information related to multimorbidity in hospital care is crucial for planning strategies to prevent health problems in high-risk patients in order to enable healthcare systems to be organized more efficiently. Objective: To describe the formal healthcare network path for patients with and without multimorbidity in relation to the use of public healthcare networks after discharge. Materials and Methods: A quantitative descriptive cross-sectional study was conducted with primary data from 445 patients admitted to a university hospital in 2018. Data were collected through analysis of medical records and telephone interviews. Results were analyzed by absolute and relative frequency. Results: A flowchart was developed representing the healthcare network locations used by the patient after hospital discharge based on morbidity. It was possible to confirm the existence of a high prevalence of referral (with multimorbidity (WM): 93.52%, without multimorbidity (WOM): 97.71%) and secondary care attendance, low prevalence of referral (WM: 42.45%, WOM: 36.27%) and primary care attendance (WM: 61.29%, WOM: 64.81%). When putting the three levels of healthcare together, low attendance (WM: 17.98% - WOM: 21.89%) was observed in both groups under study. Discussion: Similar attendance at all healthcare network locations is problematic as these are unequal populations and thus, with different needs. Conclusions: It is important to encourage follow-up of patients with multimorbidity in the primary care network, especially in the period after hospital discharge and strengthen the healthcare network.
Introducción: La gestión de la información asociada a la multimorbilidad en la atención hospitalaria es crucial para la planificación de estrategias de prevención de problemas de salud en los pacientes de mayor riesgo, con el fin de permitir organizar los sistemas de salud de forma eficiente. Objetivo: Describir la ruta formal recorrida por los pacientes con y sin multimorbilidades con base en el uso de la red pública de salud después de la hospitalización. Materiales y métodos: Se realizó un estudio cuantitativo, transversal y descriptivo con datos primarios de 445 pacientes ingresados en un hospital universitario en 2018. Los datos se recolectaron mediante el análisis de historias clínicas y entrevistas telefónicas. Los resultados se analizaron a través de frecuencia absoluta y relativa. Resultados: Se elaboró un flujograma que representa los puntos de la red de atención en salud utilizados por el paciente tras el alta hospitalaria según la morbilidad. Se confirmó la existencia de una alta prevalencia de remisión (con multimorbilidad (CM): 93.52%, sin multimorbilidad (SM): 97.71%) y asistencia a atención secundaria, baja remisión (CM: 42.45% - SM: 36.27%) y asistencia a atención primaria (CM: 61.29% - SM: 64.81%); al incluir los tres niveles de atención en conjunto se evidenció una baja asistencia (CM: 17.98% - SM: 21.89%) en ambos grupos investigados. Discusión: Se considera problemático la similitud en la asistencia en todos los puntos de la red por parte de ambos grupos, por tratarse de poblaciones desiguales y, en consecuencia, con necesidades diferentes. Conclusiones: Se señala la importancia de incentivar el seguimiento de los pacientes con multimorbilidades en la red de atención primaria, especialmente en el periodo posterior al alta hospitalaria y la necesidad de reforzar la red de atención en salud.