RÉSUMÉ
O biomonitoramento do risco ocupacional em trabalhadores expostos ao benzeno e derivados é realizado como diagnóstico e prevenção de danos a curto e longo prazo ao material genético. Testes de curta duração que determinam o perigo genético são categorizados pelos indicadores biológicos que avaliam mutação gênica, dano cromossômico ou lesão no DNA. A associação íntima desses indicadores fortalece a importância dos testes de genotoxicidade. O estudo objetiva avaliar o risco de mutagenicidade e anormalidades nucleares em indivíduos expostos ao benzeno. Avaliaram-se células da mucosa oral (teste de micronúcleos), sangue periférico (hemograma automatizado) de vinte frentistas da cidade de Campo Maior, PI, e o do grupo controle, além da aplicação do questionário de estudo epidemiológico. Relacionaram-se os resultados ao estilo de vida desses profissionais. A frequência de micronúcleos no grupo exposto foi significativa (***P,0,0001/Student's test), assim como a frequência de anormalidades nucleares para cariólise (**P<0,001) e para binucleação (*P<0,05). A frequência de cariólise e etilismo (r= 0,464) também apresentou uma correlação positiva(P*<0,05). Evidenciou-se que essa exposição ao petróleo e derivados induz mutagenicidade, citotoxicidade e apoptose, sendo necessário, por isso, conscientizar empregadores e trabalhadores dos postos de gasolina sobre o uso de EPI e intensificar o monitoramento ocupacional.