RÉSUMÉ
OBJETIVO: Correlacionar a espessura corneana central com o comprimento axial ocular nos portadores de glaucoma primário de ângulo aberto, com glaucoma primário de fechamento angular e indivíduos com olhos normais. MÉTODOS: A amostra foi constituída de 94 olhos de 94 pacientes, divididos em três grupos compostos por 33 olhos de 33 pacientes portadores de glaucoma primário de ângulo aberto, 30 olhos de 30 pacientes com glaucoma primário de fechamento angular e 31 olhos normais de 31 indivíduos. A espessura corneana e o comprimento axial do olho foram obtidos pela paquimetria ultrassônica e ecobiometria, respectivamente. RESULTADOS: A média da espessura corneana central foi de 535,1 mm no glaucoma primário de fechamento angular; 520,6 mm no glaucoma primário de ângulo aberto e 519,2 mm nos olhos normais (p=0,18). A média do comprimento axial do globo ocular nos portadores de glaucoma primário de fechamento angular foi de 22,16 mm e nos grupos com glaucoma primário de ângulo aberto e olhos normais foram de 22,68 mm e 22,64 mm, respectivamente (p=0,13). Não houve correlação significativa entre a espessura corneana central e comprimento axial do globo ocular nos grupos com glaucoma primário de fechamento angular (r=-0,085; p=0,65), glaucoma primário de ângulo aberto (r=-0,070; p=0,69) e olhos normais (r=-0,120; p=0,52). CONCLUSÃO: Os resultados deste trabalho sugerem não haver correlação entre a espessura corneana central e o comprimento axial do globo ocular nos portadores de glaucoma e indivíduos com olhos normais.
PURPOSE: To evaluate and to correlate the central corneal thickness with the ocular axial length in patients with primary open-angle glaucoma, primary angle-closure glaucoma and individuals with normal eyes. METHODS: The sample was composed of 94 patients' eyes, divided into three groups constituted of 33 eyes of 33 primary open-angle glaucoma patients, 30 eyes of 30 primary angle-closure glaucoma patients and 31 normal eyes of 31 individuals. The central corneal thickness and the axial length were measured by ultrasonic pachymeter and biometry by A-scan ultrasound, respectively. RESULTS: The results showed a mean of 535.1 mm central corneal thickness in primary angle-closure glaucoma group, 520.6 mm in primary open-angle glaucoma group and 519.2 mm in normal eyes (p=0.18). The ocular axial length on primary angle-closure glaucoma group was 22.16 mm and on primary open-angle glaucoma and normal eyes group was 22.68 mm and 22.64 mm, respectively (p=0.13). There was no significant correlation between corneal thickness and axial length in the primary angle-closure glaucoma group (r=-0.085; p=0.65), the open-angle glaucoma group (r=-0.070; p=0.69) and the normal eyes group (r=-0.120; p=0.52). CONCLUSIONS: The results of this assay suggest that there is no correlation between the central corneal thickness and the axial length in patients with glaucoma and individuals with normal eyes.
Sujet(s)
Sujet âgé , Sujet âgé de 80 ans ou plus , Femelle , Humains , Mâle , Adulte d'âge moyen , Cornée/anatomopathologie , Glaucome à angle fermé/anatomopathologie , Glaucome à angle ouvert/anatomopathologie , Études cas-témoins , CornéeRÉSUMÉ
OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida dos pacientes portadores de uveítes infecciosas e não infecciosas avaliados no setor de uveíte do serviço de oftalmologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - UFRJ, por meio da aplicação do questionário NEI-VFQ-25, de modo a esclarecer melhor a importância do diagnóstico e tratamento das uveítes, assim como suas conseqüências na função visual e social dos pacientes. MÉTODOS: Estudo prospectivo composto de 30 pacientes com uveítes que foram divididos em dois grupos conforme a etiologia, infecciosa e não infecciosa, tendo sido aplicado duas vezes em cada paciente o questionário NEI-VFQ-25 que avalia a qualidade de vida relacionada à saúde geral e visual. RESULTADOS: A toxoplasmose foi a principal causa de uveíte infecciosa, enquanto a não infecciosa foi a síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada. Quanto à qualidade de vida, a saúde geral é melhor no grupo de causa infecciosa, sendo que a saúde ocular é regular nos dois grupos. Apesar do déficit visual não provocar grandes distúrbios e restrições sociais, ambos os grupos apresentam comprometimento emocional importante, sendo que no grupo de causa não infecciosa, esse comprometimento gera grau maior de dependência para a realização de tarefas do cotidiano. CONCLUSÃO: A maior dependência social e na realização de atividades do dia-a-dia no grupo de uveítes de causa não infecciosas, se explica pelo modo crônico e recidivante dessas afecções, o que leva à qualidade de vida inferior se comparada ao outro grupo.
PURPOSE: To evaluate the life quality of patients with infectious and non-infectious uveitis evaluated at the uveitis service of the Hospital Universitário Clementino Fraga Filho-UFRJ, using the NEI-VFQ-25 questionnaire in order to clarify the importance of uveitis diagnosis and treatment as well as its consequences to visual and social functions of the patients. METHODS: Prospective study of 30 patients with uveitis, who were divided into two groups according to the etiology, infectious and non-infectious, with the NEI-VFQ-25 form that evaluates the life quality regarding general and visual health which was applied twice to each patient. RESULTS: The main cause of infectious uveitis was toxoplasmosis, and of the non-infectious was Vogt-Koyanagi-Harada syndrome. Concerning quality of life, general health is better in the infectious uveitis group, but ocular health is regular in both groups. Although visual deficit does not cause great disturbances and social restrictions, both groups show important emotional alteration, but in the non-infectious group this alteration causes a higher dependence level regarding daily activities. CONCLUSION: The greater social dependence as well as that regarding performance of daily activities in the uveitis group of non-infectious cause is explained by the chronic and relapsing mode of these affections, which turns life quality lower if compared to the other group.