RÉSUMÉ
Abstract Background Anti-myelin oligodendrocyte glycoprotein (anti-MOG) antibody-associated disease (MOGAD) is an immune-mediated neurological disorder with a broad spectrum of clinical presentation that is often difficult to distinguish from other demyelinating diseases, such as multiple sclerosis and neuromyelitis optica spectrum disorder. Objective To describe the clinical and paraclinical characteristics of MOGAD in a Brazilian tertiary center. Methods We retrospectively reviewed the records of adult and pediatric patients who tested positive for anti-MOG antibodies and presented with clinical and radiological diseases compatible with MOGAD. Results Forty-one patients (10 children) were included: 56% female, 58% Caucasian, mean age at onset 31 years (range 6-64), with a mean disease duration of 59.6 months (range 1-264 months). The most frequent onset presentation was optic neuritis (68%), acute disseminated encephalomyelitis (ADEM, 12%), and myelitis (10%). A monophasic disease course was observed in 49%. EDSS median was 2.1 at the last visit. Most patients (83%) were under continuous immunosuppressive treatment. Azathioprine was the first-line treatment in 59%. In all ADEM cases, conus, and root involvement was radiologically observed on MRI. Conclusion Brazilian MOGAD patients presented with a similar spectrum of previously reported MOGAD phenotypes. Conus and spinal root involvement seems to be frequently present in MOGAD-ADEM and could serve as radiologic characteristics of this clinical entity.
Resumo Antecedentes A doença associada ao anticorpo da glicoproteína da mielina de oligodendrócitos (anti-MOG; MOGAD) é uma doença neurológica imunomediada com um amplo espectro de apresentações clínicas que muitas vezes é difícil de distinguir de outras doenças desmielinizantes, como a esclerose múltipla e o distúrbio do espectro da neuromielite óptica. Objetivo Descrever as características clínicas e paraclínicas da MOGAD em um centro terciário brasileiro. Métodos Revisamos retrospectivamente os prontuários dos pacientes adultos e pediátricos que testaram positivos para anticorpos anti-MOG e apresentaram um quadro clínico e radiológico compatível com MOGAD. Resultados Quarenta e um pacientes (10 crianças) foram incluídos: 56% do sexo feminino, 58% caucasianos, idade média de início da doença foi 31 anos (intervalo de 6-64), com duração média da doença de 59,6 meses (intervalo de 1-264 meses). A apresentação inicial mais frequente foi neurite óptica (68%), seguida pela encefalomielite disseminada aguda (ADEM, 12%) e mielite (10%). Um curso monofásico da doença foi observado em 49%. EDSS foi de 2,1 na última visita. A maioria dos pacientes (83%) estava sob tratamento imunossupressor contínuo. Azatioprina foi o tratamento de primeira linha em 59%. Em todos os casos de ADEM, o envolvimento do cone medular e das raízes espinhais foi observado radiologicamente na ressonância magnética. Conclusão Os pacientes brasileiros com MOGAD apresentam um espectro clínico e radiológico semelhante aos fenótipos de MOGAD relatados anteriormente. O envolvimento do cone e das raízes espinhais parece estar frequentemente presente no MOGAD-ADEM e poderia servir como característica radiológica nesta entidade.
RÉSUMÉ
ABSTRACT Myelin oligodendrocyte glycoprotein-immunoglobulin G (IgG)-associated optic neuritis has been established as a new entity of immune-mediated optic neuropathy. Patients usually present with recurrent optic neuritis, often bilaterally with initially severe vision loss and optic disc edema. However, in contrast to aquaporin 4-IgG-seropositive neuromyelitis optica spectrum disorder, visual recovery tends to be more favorable, with good response to steroid treatment. Another important differential diagnosis of myelin oligodendrocyte glycoprotein-IgG--associated optic neuritis is multiple sclerosis. Close monitoring for signs of relapse and long-term immunosuppression may be considered to maintain optimal visual function. The diagnosis can be made on the basis of the presence of a specific, usually serological, antibody against myelin oligodendrocyte glycoprotein (IgG; cell-based assay), and a demyelinating event (optic neuritis, myelitis, brainstem syndrome, or cortical lesions with seizures). The clinical spectrum of this newly recognized inflammatory demyelinating disease is expanding rapidly. We briefly review the epidemiological characteristics, clinical manifestations, diagnostic considerations, and treatment options of myelin oligodendrocyte glycoprotein-IgG-associated optic neuritis.
RESUMO A neurite óptica associada à glicoproteína de oligodendrócito de mielina-IgG foi estabelecida como uma nova entidade de neuropatia óptica imunomediada. Tipicamente os pacientes apresentam neurite óptica recorrente, muitas vezes bilateral, com perda de visão frequentemente severa e alta prevalência de edema do disco óptico na fase aguda. No entanto, em contraste com neuromyelitis optica spectrum disorder associada com presença de anticorpo contra aquaporina 4, a recuperação visual tende a ser mais favorável e responde bem ao tratamento com corticoide em altas doses. A esclerose múltipla representa outro importante diagnóstico diferencial de glicoproteína de oligodendrócito de mielina-IgG. O diagnóstico pode ser feito com base na presença de um anticorpo específico, geralmente sorológico contra glicoproteína de oligodendrócito de mielina (IgG, ensaio baseado em células), e presença de evento desmielinizante (neurite óptica, mielite, síndrome do tronco cerebral, lesões corticais com convulsões). O espectro clínico desta doença desmielinizante inflamatória recém-reconhecida está se expandindo rapidamente. Faremos uma breve revisão das características epidemiológicas, manifestações clínicas, considerações diagnósticas e opções de tratamento da neurite óptica associada à glicoproteína de oligodendrócito de mielina-IgG.
Sujet(s)
Humains , Plan de recherche , Névrite optique , Immunoglobuline G , Névrite optique/traitement médicamenteux , Glycoprotéine MOGRÉSUMÉ
ABSTRACT Purpose: To compare visual acuity, macular thickness, and the area of active neovascularization based on fluorescein angiography outcomes associated with standard single-spot panretinal photocoagulation in the Early Treatment Diabetic Retinopathy Study (ETDRS) pattern combined with intravitreal ranibizumab injection versus multiple-spot full scatter (PASCAL) panretinal photocoagulation combined with intravitreal ranibizumab injection versus intravitreal injection alone in patients with proliferative diabetic retinopathy. Methods: Patients with proliferative diabetic retinopathy and no prior laser treatment were randomly assigned to receive three different types of treatment. Panretinal photocoagulation in the ETDRS group was administered in two sessions (weeks 0 and 2), and panretinal photocoagulation in the PASCAL group was administered in one session (week 0). Intravitreal injection of ranibizumab was administered at the end of the first laser session in both the ETDRS and PASCAL groups and at week 0 in the intravitreal injection group. Comprehensive ophthalmic evaluations were performed at baseline and every 4 weeks through week 48. Results: Thirty patients (n=40 eyes) completed the 48-week study period. After treatment, best-corrected visual acuity was significantly (p<0.05) improved at all follow-up visits in the group receiving intravitreal injection alone, at all but week 4 in the ETDRS group, and at all but weeks 4 and 8 for the PASCAL group. A significant decrease in central subfield macular thickness was observed in the PASCAL group at weeks 4, 8, and 48; only at week 48 in the intravitreal injection group; and never in the ETDRS group. There was no significant difference among the three treatment groups with respect to change from baseline to week 48 in best-corrected visual acuity, central subfield macular thickness, or fluorescein leakage from active neovascularization in best-corrected visual acuity, central subfield macular thickness, or fluorescein leakage from active neovascularization. Conclusions: Intravitreal injection alone or combined with single- or multiple-spot panretinal photocoagulation yielded similar outcomes with respect to mean change in best-corrected visual acuity, central subfield macular thickness, and fluorescein leakage from active neovascularization at up to one-year of follow-up. All subjects provided written informed consent to participate (NCT02005432 in clinicaltrials.gov).
RESUMO Objetivo: Comparar as medidas de acuidade visual, espessura macular central e área de neovasos ativos na angiofluoresceinografia submetidos a panfotocoagulação retiniana padrão ETDRS associado a injeção intravítrea de ranibizumabe versus panfotocoagulação padrão PASCAL associado a injeção intravítrea de ranibizumabe versus somente injeção intravítrea de ranibizumabe em pacientes com retinopatia diabética proliferativa. Métodos: Pacientes com retinopatia diabética proliferativa e virgens de tratamento, randomicamente divididos nas três diferentes terapias retinianas. Panfotocoagulação no grupo ETDRS em 2 sessões (semanas 0 e 2) e no grupo PASCAL, na semana 0. Injeção intravítrea de ranibizumabe realizado ao fim da primeira sessão de laser em ambos os grupos: ETDRS e PASCAL, e na semana 0 no grupo injeção intravítrea de ranibizumabe. Avaliações oftalmológicas, tomografia de coerência óptica e angiofluoesceinografia realizados na visita basal e a cada 4 semanas por 48 semanas. Resultados: Trinta pacientes (n=40 olhos) completaram as 48 semanas de seguimento. Após o tratamento, a acuidade visual melhorou significantemente em todas a visitas no grupo injeção intravítrea de ranibizumabe (p<0,05); em todas exceto na semana 4 no grupo ETDRS, em todas exceto nas semanas 4 e 8 no grupo PASCAL. Redução significativa na espessura do subcampo central foi evidenciada no grupo PASCAL nas semanas 4, 8 e 48; somente na semana 48 no grupo injeção intravítrea de ranibizumabe, e em nenhuma visita no grupo ETDRS. Redução também na área de neovasos ativos em todas as visitas em todos os grupos. Não houve diferença significante entre os três grupos com relação a mudança media na medidas de acuidade visual, espessura macular central ou área de neovasos ativos da visita inicial para a semana 48. Conclusões: Somente IVB ou este associado a panfotocoagulação ETDRS ou PASCAL, apresentaram efeitos semelhantes em relação a medidas de acuidade visual, espessura do subcampo central e área de neovasos ativos no decorrer de 48 semanas de seguimento.
Sujet(s)
Humains , Inhibiteurs de l'angiogenèse/usage thérapeutique , Diabète , Diabète/traitement médicamenteux , Rétinopathie diabétique , Rétinopathie diabétique/chirurgie , Rétinopathie diabétique/traitement médicamenteux , Résultat thérapeutique , Coagulation par laser , Injections intravitréennes , Ranibizumab/usage thérapeutiqueRÉSUMÉ
Hereditary spastic paraplegia (HSP) is characterized by weakness and spasticity of the lower extremities. Kjellin’s syndrome is a rare syndrome associated with HSP. The syndrome is characterized by the presence of bilateral retinal flecks, similar to the findings in Stargardt disease and fundus flavimaculatus. We report the case of a 34-year-old male who presented with complete features of Kjellin’s syndrome, with typical retinal findings observed on multimodal imaging (spectral domain optical coherence tomography [SD-OCT], near-infrared reflectance and autofluorescence imaging). The ophthalmological changes at early stages of the disease may not impair visual acuity. Therefore, the detection of central retinal degeneration requires thorough fundus examination.
A paralisia espástica hereditária (HSP) é caracterizada por fraqueza e espasticidade das extremidades inferiores. A síndrome de Kjellin é uma rara associação de HSP com a presença de flecks retinianos similares aos encontrados em pacientes com doença de Stargardt ou fundus flavimaculatus. Descrevemos os achados em imagens multimodais da retina (tomografia de coerência óptica de domínio espectral [SD-OCT], reflectância próxima ao infravermelho e autofluorescência) em um paciente de 34 anos que apresenta conjunto completo de sinais e sintomas da síndrome de Kjellin. As alterações retinianas em estágios iniciais da doença podem aparecer, mesmo sem redução da acuidade visual, e por isso, para detecção da degeneração central da retina, é necessário exame minucioso do fundo de olho.