RÉSUMÉ
Stents farmacológicos (SF) de segunda geração demonstraram melhor desempenho clínico que os de primeira geração, sobretudo pela redução nas taxas de trombose, mas ainda não está claro se esse benefício se estende a diabéticos da prática diária. Objetivamos comparar o desempenho de pacientes diabéticos não selecionados tratados com SF eluidores de sirolimus (SES; primeira geração) vs. SF eluidoresde everolimus (SEE; segunda geração).Métodos: Entre 2007 e 2014, 798 diabéticos foram tratados com SES (n = 414) ou SEE (n = 384) e incluídosnesta análise. Seguimento clínico tardio foi obtido em 99,4% da população e os grupos foram comparados quanto à ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) e trombose de stent. Resultados: A idade da população foi semelhante, com predomínio do sexo masculino. Em ambas as coortes, a apresentação clínica mais frequente foi a doença coronária estável. Número de vasos tratados (1,50 ± 0,62 vs. 1,52 ± 0,72; p = 0,88) e extensão total de stents (36,1 ± 20,4 mm vs. 37,7 ± 22,2 mm; p = 0,32) foram semelhantes. Os pacientes tratados com SEE apresentaram menores taxas de ECAM (15% vs. 6,8%; p < 0,001), sobretudo à custa de menor mortalidade cardíaca (5,3% vs. 1,3%; p < 0,001). Observou-se também menor ocorrência de trombose de stent definitiva/provável com SF de segunda geração (3,4% vs. 0,5%; p = 0,004).Conclusões: Nesta experiência unicêntrica, o uso de SEE em diabéticos mostrou-se com menor mortalidadecardíaca e trombose da endoprótese. Esse benefício se fez mais evidente no seguimento mais tardio...
Despite the better clinical performance of second-generation drug-eluting stents (DES)when compared to first-generation DES in controlled trials, mainly due to reduction in thrombosis rate, it remains unclear whether this benefit extends to diabetic patients treated in the daily practice. We sought to compare the clinical outcomes of unselected diabetic patients treated with either sirolimus eluting stents - SES (first-generation DES) or everolimus-eluting stents - EES (second-generation DES). Methods: Between January 2007 and October 2014 a total of 798 diabetic patients were treated with SES(n = 414) and EES (n = 384). Long-term clinical follow-up was achieved in 99,4% of the population andthe groups were compared regarding the occurrence of major adverse cardiac events (MACE) and stent thrombosis. Results: In both cohorts age was similar, and most patients were male. Stable coronary disease was the most frequent clinical presentation. The number of treated vessels (1.50 ± 0.62 vs. 1.52 ± 0.72; p = 0.88)and the total stent length (36.1 ± 20.4 vs. 37.7 ± 22.2 mm; p = 0.32) were similar between groups. Patients treated with EES showed lower rates of MACE (15% vs. 6.8%, p < 0.001), mainly due to a lower cardiac death(5.3% vs. 1.3%, p < 0.001). There was also less definitive/ probable thrombosis with the second generation DES (3.4% vs. 0.5%, p = 0.004)...