RÉSUMÉ
Introdução: Fotoproteção é indicada para reduzir a exposição ao dano actínico cutâneo, sendo relevante para a prevenção ao câncer da pele. A face é a área mais irradiada do corpo e é o local mais comum de ocorrência de tumores. Objetivo: Avaliar a quantidade aplicada de fotoprotetor tópico e a cobertura facial obtida por pacientes em seguimento por câncer da pele em uma instituição pública brasileira. Métodos: Estudo quasi-experimental envolvendo 40 pacientes oncológicos cutâneos. Foi solicitado que aplicassem filtro solar em suas faces (da forma como faziam habitualmente), e a quantidade (massa) utilizada foi aferida. Após, os participantes foram fotografados sob a luz de Wood para avaliar a homogeneidade da cobertura e as áreas faciais nas quais a cobertura falhou. Resultados: Quatorze participantes (35%) aplicaram uma quantidade menor do que a recomendada (2mg/cm2). As regiões com as menores coberturas foram as orelhas e a zona "H" da face. Conclusões: A aplicação insuficiente ou heterogênea de filtro solar em face, pescoço e orelhas promove falsa percepção de proteção, podendo acarretar uma exposição irresponsável. Conforme a idade da população e a incidência do câncer da pele aumentam, é essencial estimular a fotoproteção, por meio de informações apropriadas, especialmente entre indivíduos de alto risco.
Introduction: Photoprotection is indicated to reduce the exposure to cutaneous actinic damage and it is important to prevent skin cancer. The face is the most irradiated area of the body and is also where skin cancers most commonly occur. Objective: To evaluate the amount of sunscreen applied and its facial coverage in patients previously diagnosed with skin cancer, treated at a Brazilian public institution. Methods: Quasi-experimental study involving 40 patients undergoing skin cancer follow-up. Participants were asked to apply sunscreen on their face, as usual, and the mass used was measured. After, participants were photographed under Wood's light to evaluate the homogeneity of the sunscreen´s coverage, and facial sunscreen coverage failure. Results: Fourteen (35%) participants applied an estimated amount lower than recommended (2mg/cm2). The regions with smallest coverage were the ears and the "H" area of the face. Conclusions: The insufficient or heterogeneous sunscreen application on face, neck and ears may promote a false perception of protection, leading to irresponsible exposure. As the population ages and the incidence of skin cancers increases, it is essential to stimulate photoprotection, with appropriate information, especially among high-risk individuals