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1.
Saúde Soc ; 33(1): e230789pt, 2024.
Article de Anglais, Portugais | LILACS | ID: biblio-1560497

RÉSUMÉ

Resumo A ausência de um debate mais amplo sobre prevenção do HIV e o recrudescimento do conservadorismo, nos últimos anos, podem ter impactado nas concepções e nas práticas dos jovens em relação ao HIV/aids. Entrevistas semiestruturadas conduzidas com 194 jovens, de 16 a 24 anos, em quatro capitais e duas cidades do interior do Brasil, revelaram que, para eles, a aids é percebida como uma "doença que não tem cara", sendo impossível identificar quem tem HIV. As concepções sobre o HIV oscilam entre o medo e a percepção de que é tratável. O risco foi percebido como algo abstrato, que não é central nas preocupações cotidianas, cujo foco é evitar uma gravidez. O uso do preservativo é visto como uma estratégia temporária de prevenção, rapidamente substituído pela confiança na parceria sexual. As tecnologias de informação disponíveis parecem não ter sido capazes de fazer frente ao aumento do conservadorismo e à carência de políticas de prevenção do HIV entre os jovens. Essas políticas devem passar pela melhora na provisão de informações de qualidade, adaptadas aos interesses dos jovens, pela ampliação da oferta dos diferentes insumos de prevenção, e também devem trazer as IST e o HIV de volta para a arena de discussões.


Abstract The lack of a broader debate on HIV prevention and the resurgence of conservatism in recent years may have influenced the perceptions and practices of young people regarding HIV/AIDS. Semi-structured interviews conducted with 194 young individuals, aged 16 to 24, in four state capitals and two small municipalities in Brazil, revealed that they perceive AIDS as a "faceless disease," making it impossible to identify who has HIV. Conceptions about HIV oscillate between fear and the perception that it is treatable. The risk was perceived as abstract, something that is not central to daily concerns, with the primary focus being in preventing pregnancy. Condom use is seen as a temporary prevention strategy, quickly replaced by trust in the sexual partnership. Available information technology appears unable to address the rise in conservatism and the lack of HIV prevention policies among young people. These policies should improve the provision of quality information tailored to the interest of young people, expand the availability of various prevention resources, and bring STIs and HIV back into the discussion arena.


Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Jeune adulte , Adolescent , Syndrome d'immunodéficience acquise , VIH (Virus de l'Immunodéficience Humaine) , Préservatifs masculins , Jeune adulte
2.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(10): e00277521, 2022. tab, graf
Article de Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1404027

RÉSUMÉ

O objetivo deste estudo é investigar se há associação entre as Regiões Ampliadas de Saúde (RAS) de residência de Minas Gerais, Brasil, e o intervalo entre diagnóstico e início de tratamento de mulheres que realizaram tratamento ambulatorial (quimioterapia ou radioterapia) para câncer do colo do útero pelo Sistema Único de Saúde (SUS), entre 2001 e 2015. Trata-se de um estudo transversal, recorte de uma coorte, com 8.857 mulheres. Para avaliar a associação da RAS de residência e o intervalo entre diagnóstico e início de tratamento (em dias), foram utilizados modelos de regressão binomial negativa, considerando nível de significância de 5%. Os modelos foram construídos usando blocos de covariáveis sociodemográficas, clínicas e relacionadas ao tratamento. Foi determinado que a RAS de residência das mulheres está associada ao intervalo entre o diagnóstico e o início de tratamento. A RAS Norte foi a região do estado onde a média de tempo para iniciar o tratamento foi menor, e não residir nessa RAS aumenta a média de tempo para iniciar o tratamento entre 24% e 93% em comparação com outras RAS do estado. Fica evidente a disparidade no intervalo entre diagnóstico e início de tratamento entre as regiões do Estado de Minas Gerais. A disponibilidade de serviços habilitados para o tratamento do câncer nas RAS não reflete necessariamente em maior agilidade para início de tratamento. Compreender os fluxos das Redes de Atenção Oncológica e suas diferenças regionais é fundamental para aprimorar políticas públicas que garantam o cumprimento de leis vigentes, como a Lei nº 12.732/2012, que preconiza o início do tratamento de pacientes com câncer em até 60 dias após o diagnóstico.


This study aimed to investigate whether there is an association between the Extended Health Regions (EHR) of residence in the state of Minas Gerais, Brazil, and the interval between diagnosis and start of treatment for women who underwent outpatient treatment (chemotherapy or radiotherapy) for cervical cancer by the Brazilian Unified National Health System (SUS), between 2001 and 2015. This is a cross-sectional study, part of a cohort with 8,857 women. Negative binomial regression models were used to evaluate the association of EHR of residence and the interval between diagnosis and start of treatment (in days), considering a significance level of 5%. The models were constructed using blocks of sociodemographic, clinical, and treatment-related covariates. It was found that the EHR of residence of women is associated with the interval between diagnosis and start of treatment. The northern EHR was the region of the state where the average time to start treatment was lower, and not residing in this EHR increases the average time to start treatment between 24% and 93% compared to other EHRs in the state. The disparity in the interval between diagnosis and start of treatment between the regions of Minas Gerais is evident. The availability of services enabled for the treatment of cancer in the EHRs does not necessarily results in a greater agility for the start of treatment. Understanding the flows of Oncology Care Networks and their regional differences is essential to improve public policies that ensure compliance with current laws, such as Law n. 12,732/2012, which recommends the start of treatment for cancer patients within 60 days after diagnosis.


El objetivo de este estudio es investigar si existe una asociación entre las Regiones Ampliadas de Salud (RAS) de residencia en Minas Gerais, Brasil, y el intervalo entre el diagnóstico y el inicio del tratamiento para mujeres que realizaron tratamiento ambulatorio (quimioterapia o radioterapia) para cáncer de cuello uterino por el Sistema Único de Salud (SUS) entre 2001 y 2015. Se trata de un estudio transversal, recortado de una cohorte, con 8.857 mujeres. Para evaluar la asociación entre la RAS de residencia y el intervalo entre el diagnóstico y el inicio del tratamiento (en días), se utilizaron modelos de regresión binomial negativa, considerando el nivel de significancia del 5%. Los modelos se construyeron utilizando bloques de covariables sociodemográficas, clínicas y relacionadas con el tratamiento. Se encontró una asociación entre la RAS de residencia de las mujeres y el intervalo entre el diagnóstico y el inicio del tratamiento. La región de la RAS Norte tuvo tiempo promedio más corto para el inicio del tratamiento, pero si las mujeres no residen en esta RAS el tiempo promedio para el inicio del tratamiento puede aumentar entre el 24% y el 93% en comparación con otras RAS del estado. Queda evidente la disparidad del intervalo entre el diagnóstico y el inicio del tratamiento entre las regiones de Minas Gerais. La disponibilidad de servicios habilitados para el tratamiento del cáncer en la RAS no necesariamente refleja la mayor rapidez para el inicio del tratamiento. Es fundamental comprender los flujos de las Redes de Atención Oncológica y sus diferencias regionales para buscar mejorar las políticas públicas que garantizan el cumplimiento de la legislación vigente, como la Ley nº 12.732/2012, que recomienda que el tratamiento de los pacientes con cáncer debe empezar dentro de los 60 días posteriores al diagnóstico.

3.
Saúde debate ; 45(spe1): 60-72, out. 2021. tab, graf
Article de Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1352242

RÉSUMÉ

RESUMO Apesar do aumento histórico da participação feminina na produção científica brasileira, reconfigurações domésticas e laborais para o controle da Covid-19 podem estar reduzindo a produtividade das mulheres cientistas. A pesquisa GenCovid-Br objetivou traçar um panorama da participação feminina nos artigos sobre Covid-19 das ciências médicas e da saúde, disponibilizados no PubMed, com ao menos um autor de filiação brasileira. Das 1.013 publicações até 14 de agosto de 2020, 6,1% foram escritas exclusivamente por mulheres; 17,2%, exclusivamente por homens; grupos mistos respondem por 31,1% com liderança feminina, e 45,6% com liderança masculina. As mulheres participam mais de artigos com primeira autoria feminina (50,1% vs 35,6% nos liderados por homens). Nos artigos de áreas da Medicina Clínica, em que as mulheres são maioria, ocorre menos participação de autoras, o que também acontece em publicações resultantes de colaborações internacionais. Os presentes resultados indicam a possibilidade de ampliação de desigualdades de gênero prévias durante a pandemia de Covid-19. Novos estudos devem aprofundar a investigação sobre a magnitude e os determinantes desse fenômeno, incluindo análises temporais. As políticas institucionais devem considerar as iniquidades de gênero nas avaliações acadêmicas, prevenindo impactos futuros nas carreiras das mulheres, em particular, das jovens pesquisadoras envolvidas na reprodução social.


ABSTRACT Despite the increasing historical participation of women in Brazilian scientific production, domestic and labor reconfiguration for the control of the Covid-19 pandemic is likely to reduce women scientists' productivity. The GenCovid-Br Research aimed to outline a panorama of female production in Covid-19 papers in medical and health sciences, available in PubMed, with at least one author with Brazilian affiliation. From the 1,013 publications by August 14, 2020, 6.1% were written exclusively by women, 17.2% exclusively by men, 31.1% were mixed with female leadership, and 45.6% were mixed with male leadership. Women participated in more papers led by women (50.1% vs. 35.6% in those led by men). Papers in Clinical Medicine, where female researchers are predominant, have fewer female authors, occurring in publications resulting from international collaborations. Our results point to the possible expansion of previous gender inequalities during the Covid-19 pandemic. New studies should deepen the investigation of the magnitude and determinants of such phenomenon, including temporal analyses. Institutional policies must consider gender inequalities in academic assessments, preventing future impacts on women's careers, particularly young researchers involved in social reproduction.

4.
Epidemiol. serv. saúde ; 30(2): e2020722, 2021. graf
Article de Anglais, Portugais | LILACS | ID: biblio-1249797

RÉSUMÉ

Objetivo: Analisar como a testagem da população influencia os indicadores de saúde usados para monitorar a pandemia de COVID-19 nos 50 países com maior número de casos diagnosticados. Métodos: Estudo ecológico sobre dados secundários, extraídos em 19/08/2020. Foram calculadas incidência acumulada, taxa de mortalidade, letalidade e proporção de testes positivos. Os dados foram descritos e apresentados graficamente, com o respectivo coeficiente de correlação de Spearman. Resultados: A taxa de testagem variou enormemente entre os países. A incidência acumulada e a proporção de testes positivos foram correlacionadas ao número de testes, enquanto a taxa de mortalidade e a letalidade apresentaram correlação baixa com esse indicador. Conclusão: A maioria dos países não testa o suficiente para garantir adequado monitoramento da pandemia, com reflexo na qualidade dos indicadores. A ampliação do número de testes é fundamental; porém, ela deve ser acompanhada de outras medidas, como isolamento de casos diagnosticados e rastreamento de contatos.


Objetivo: Analizar cómo el testeo poblacional influye en los indicadores de salud utilizados para monitorear la pandemia de COVID-19 en los 50 países con mayor número de casos diagnosticados. Métodos: Estudio ecológico, con datos secundarios, recogidos el 19/8/2020. Se calcularon la incidencia acumulada, la tasa de mortalidad, la letalidad y la proporción de pruebas positivas. Los datos fueron descritos y presentados gráficamente, con el respectivo Coeficiente de Correlación de Spearman. Resultados: La tasa de testeo varió enormemente entre los países. La incidencia acumulada y la proporción de pruebas positivas se correlacionaron con el número de pruebas, mientras que la tasa de mortalidad y de letalidad mostraron una baja correlación con este indicador. Conclusión: La mayoría de los países no realizan suficientes pruebas para garantizar un seguimiento adecuado de la pandemia, lo que se refleja en la calidad de los indicadores. La ampliación del número de pruebas es fundamental, y debe ir acompañada de aislamiento de casos y seguimiento de contactos.


Objective: To analyse how testing the population influences the health indicators used to monitor the COVID-19 pandemic in the 50 countries with the highest number of diagnosed cases. Methods:This was an ecological study using secondary data retrieved on 8/19/2020. Cumulative incidence, mortality rate, case-fatality rate, and proportion of positive tests were calculated. The data were described and presented graphically, with their respective Spearman Correlation Coefficients. Results: The testing rate varied enormously between countries. Cumulative incidence and the proportion of positive tests were correlated with the number of tests, while the mortality rate and case-fatality rate showed low correlation with this indicator. Conclusion: Most countries do not test enough to ensure adequate monitoring of the pandemic, and this is reflected in the quality of the indicators. Expanding the number of tests is essential, but it needs to be accompanied by other measures, such as isolation of diagnosed cases and contact tracing.


Sujet(s)
Humains , Analyse de Laboratoire/statistiques et données numériques , Détection de l'acide nucléique du virus de la COVID-19/statistiques et données numériques , Dépistage sérologique de la COVID-19/statistiques et données numériques , COVID-19/diagnostic , Santé mondiale/statistiques et données numériques , Incidence , Indicateurs d'état de santé , COVID-19/mortalité
5.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(6): e00322320, 2021. graf
Article de Anglais | LILACS | ID: biblio-1278625

RÉSUMÉ

The COVID-19 pandemic may accentuate existing problems, hindering access to legal abortion, with a consequent increase in unsafe abortions. This scenario may be even worse in low- and middle-income countries, especially in Latin America, where abortion laws are already restrictive and access to services is already hampered. Our objective was to understand how different countries, with an emphasis on Latin Americans, have dealt with legal abortion services in the context of the COVID-19. Thus, we conducted a narrative review on abortion and COVID-19. The 75 articles included, plus other relevant references, indicate that the pandemic affects sexual and reproductive health services by amplifying existing problems and restricting access to reproductive rights, such as legal abortion. This impact may be even stronger in low- and middle-income countries, especially in Latin America, where access to legal abortion is normally restricted. The revision of sources in this article underlines the urgent need to maintain legal abortion services, both from women's perspective, in support of their reproductive rights, but also from that of the international commitment to achieving the Millennium Development Goals. Thereby, Latin American countries must place reproductive rights as a priority on their agendas and adapt legislation to accommodate alternative models of abortion care. Furthermore, our results underscore the need for clear information on the functioning of sexual and reproductive health services as essential for understanding the impact of the pandemic on legal abortion and to identify the groups most affected by the changes.


A pandemia da COVID-19 pode agravar problemas existentes, dificultando o acesso ao aborto legal e resultando em um aumento dos abortos inseguros. O cenário pode ser ainda pior nos países de renda média e baixa, principalmente na América Latina, onde as leis sobre aborto já são restritivas e o acesso aos serviços é dificultado. Tivemos como objetivo, compreender como os diferentes países, com ênfase nos latino-americanos, têm lidado com os serviços de aborto legal no contexto da COVID-19. Para tal, foi realizada uma revisão narrativa sobre aborto e COVID-19. Os 75 artigos incluídos, além de outras referências relevantes, indicam que a pandemia impacta os serviços de saúde sexual e reprodutiva, ao agravar os problemas existentes e restringir o acesso aos direitos reprodutivos, incluindo o direito ao aborto legal. O impacto pode ser ainda mais sério nos países de renda baixa e média, principalmente na América Latina, onde o acesso ao aborto legal costuma ser restrito. A revisão das fontes no artigo destaca a necessidade urgente de manter em funcionamento os serviços de aborto legal, tanto da perspectiva das mulheres, em apoio aos seus direitos reprodutivos, quanto do compromisso internacional para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Assim, os países da América Latina devem priorizar os direitos reprodutivos nas agendas nacionais e adaptar suas legislações para acomodar modelos alternativos de assistência ao aborto. Nossos resultados também destacam a necessidade de informações precisas sobre o funcionamento dos serviços de saúde sexual e reprodutiva, essenciais para compreender o impacto da pandemia sobre o aborto legal e para identificar os grupos mais afetados pelas mudanças.


La pandemia de COVID-19 puede acentuar problemas existentes, impidiendo el acceso al aborto legal, con el consiguiente incremento de abortos inseguros. Este escenario es quizás incluso peor en los países de bajos y medios ingresos, especialmente en Latinoamérica, donde las leyes del aborto son de por sí restrictivas y el acceso a los servicios ya se encuentra obstaculizado. Nuestro objetivo fue comprender cómo han lidiado diferentes países, poniendo énfasis en los latinoamericanos, con servicios legales de aborto en el contexto de la COVID-19. Por lo tanto, realizamos una revisión narrativa sobre el aborto y el COVID-19. Se incluyeron 75 artículos, así como otras referencias relevantes, indicando que la pandemia impacta en los servicios de salud sexual y reproductiva, lo que amplifica los problemas existentes y restringe el acceso a derechos reproductivos, tales como el aborto legal. Este impacto quizás fue incluso más fuerte en los países con ingresos bajos y medios, especialmente en Latinoamérica, donde el acceso al aborto legal se encuentra restringido normalmente. La revisión de fuentes en este artículo subraya la necesidad urgente de mantener los servicios de aborto legal, tanto desde la perspectiva de las mujeres, apoyando sus derechos reproductivos, así como también desde el compromiso internacional, con el fin de alcanzar las Objetivos de Desarrollo del Milenio. De este modo, los países latinoamericanos deben situar los derechos reproductivos como prioridad en sus agendas y adaptar su legislación para incorporar modelos alternativos de atención al aborto. Nuestros resultados también destacam la necesidad de información precisa para el funcionamiento de los servicios de salud sexuales y reproductivos, como algo esencial para entender el impacto de la pandemia en el aborto legal, así como para identicar a los grupos más afectados por los cambios.


Sujet(s)
Humains , Femelle , Avortement provoqué , COVID-19 , Brésil , Interruption légale de grossesse , Pays en voie de développement , Pandémies , SARS-CoV-2 , Amérique latine/épidémiologie
6.
Saúde debate ; 44(spe4): 324-340, 2020.
Article de Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1290134

RÉSUMÉ

RESUMO Esta revisão narrativa sintetizou evidências científicas sobre desigualdades de gênero e raça na pandemia de Covid-19, enfocando o trabalho produtivo/reprodutivo das mulheres, a violência de gênero e o acesso aos Serviços de Saúde Sexual e Reprodutiva (SSR). Os resultados confirmam que as desigualdades sociais devem ser consideradas para o efetivo controle da pandemia e para a preservação de direitos. Para além dos efeitos diretos do SARS-CoV-2, discute-se que barreiras de acesso a serviços de SSR podem ocasionar o aumento de gravidezes não pretendidas, abortos inseguros e mortalidade materna. O distanciamento social tem obrigado muitas mulheres a permanecer confinadas com seus agressores e dificultado o acesso a serviços de denúncia, incorrendo no aumento da violência de gênero e em desfechos graves à saúde. Como principais responsáveis pelo cuidado, as mulheres estão mais expostas a adoecer nas esferas profissional e doméstica. A conciliação trabalho-família tornou-se mais difícil para elas durante a pandemia. A literatura naturaliza as diferenças de gênero, raça e classe, com ênfase em fatores de risco. Uma agenda de pesquisa com abordagem interseccional é necessária para embasar a formulação de políticas que incorporem os direitos humanos e atendam às necessidades dos grupos mais vulneráveis à Covid-19.


ABSTRACT This narrative review synthesized scientific evidence on gender and race inequalities in the Covid-19 pandemic, focusing on women's productive/reproductive work, gender-based violence, and the access to Sexual and Reproductive Health Services (SRHS). The results demonstrated that social inequalities must be considered for the effective control of the pandemic and for the preservation of rights. Besides the direct effects of SARS-CoV-2, the literature discusses that barriers to access SRHS can lead to an increase in unintended pregnancies, unsafe abortions, and maternal mortality. Also, social distancing has led several women to stay confined with their aggressors, which hinders the access to reporting services, incurring in the increase of gender-based violence and severe outcomes to health. As main responsible for the care, women are more prone to getting the virus in both professional and domestic spheres. The conciliation between work and family has become more difficult for them during the pandemic. Literature naturalizes gender, race, and social class differences, emphasizing risk factors. An intersectional research plan is needed to support the making of public policies that incorporate human rights and meet the needs of the most vulnerable to Covid-19.

7.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(6): e00170118, 2020.
Article de Portugais | LILACS | ID: biblio-1100978

RÉSUMÉ

Resumo: Os homens são o principal grupo afetado pela infecção do HIV no Brasil, com tendência de crescimento nos últimos dez anos. Nos dados oficiais, os homens heterossexuais representam 49% dos casos, os homossexuais 38% e os bissexuais 9,1%. Os homens heterossexuais ficaram subsumidos na categoria de "população geral", não recebendo destaque em políticas ou ações de prevenção. O presente artigo se propõe a analisar as circunstâncias e estratégias por meio das quais os homens heterossexuais descobrem o diagnóstico do HIV. Busca-se, assim, compreender os caminhos percorridos, bem como os atores sociais envolvidos no diagnóstico de HIV/aids. Os dados analisados resultam de uma pesquisa qualitativa na qual foram entrevistados 36 homens vivendo com HIV/aids que não se identificam como homossexuais e/ou bissexuais. Esses homens foram contatados em três serviços especializados em aids de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Os resultados indicam que eles se consideram imunes ao HIV, sendo o diagnóstico um evento inesperado. As mulheres (parceiras afetivo-sexuais e/ou ex-parceiras) são peças fundamentais para o diagnóstico masculino, pois revelam, seja pelo pré-natal, seja pelo adoecimento, a presença do HIV. Uma parcela importante dos homens se descobre soropositivo por ocasião de alguma doença, como a tuberculose, ou após várias idas e vindas dos serviços de saúde. A busca pela testagem de forma espontânea só acontece mediante a identificação de situações e sinais associados a uma possível contaminação. Os homens heterossexuais possuem poucas oportunidades de diagnóstico do HIV e, para além do gênero, são sujeitos à vulnerabilidade programática.


Abstract: Men are the main group affected by HIV infection in Brazil, with an upward trend in the last 10 years. According to official data, heterosexual men represent 49% of cases, followed by homosexuals with 38% and bisexuals with 9.1%. Heterosexual men have been subsumed in the category "overall population" and have failed to receive specific attention in preventive policies or activities. The article proposes to analyze the circumstances and strategies by which heterosexual men learn of their HIV diagnosis. The study thus seeks to understand the paths and social actors involved in their HIV/AIDS diagnosis. The data are from a qualitative study interviewing 36 men living with HIV/AIDS that did not self-identify as homosexuals and/or bisexuals. The men were contacted in three specialized AIDS services in Porto Alegre, Rio Grande do Sul State, Brazil. The results indicate that men consider themselves immune to HIV, and that the diagnosis is an unexpected event. Women (affective-sexual partners and/or former partners) are fundamental components in the men's diagnosis, since they reveal the presence of HIV through either prenatal care or their own illness. An important share of these men discover that they are HIV-positive through some illness such as tuberculosis or after several visits to health services. Spontaneous search for HIV testing only occurs through situations and signs associated with possible infection. Heterosexual men have few opportunities for HIV diagnosis, and beyond gender issues, they are subject to programmatic vulnerability.


Resumen: Los hombres son el principal grupo afectado por la infección del VIH en Brasil, con una tendencia de crecimiento en los últimos 10 años. En los datos oficiales, los hombres heterosexuales representan un 49% de los casos, los homosexuales un 38% y los bisexuales un 9,1%. Los hombres heterosexuales quedaron encajados en la categoría de "población general", no siendo relevantes en políticas o acciones de prevención. Este artículo se propone analizar las circunstancias y estrategias a través de las cuales los hombres heterosexuales descubren el diagnóstico del VIH. Se busca, de esta forma, comprender los caminos recorridos, así como los actores sociales implicados en el diagnóstico del VIH/SIDA. Los datos analizados son resultado de una investigación cualitativa en la que se entrevistaron a 36 hombres, viviendo con VIH/SIDA, que no se identifican como homosexuales y/o bisexuales. Se contactó con estos hombres a través de tres servicios especializados en sida de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Los resultados indican que los hombres se consideran inmunes al VIH, siendo el diagnóstico un evento inesperado. Las mujeres (parejas afectivo-sexuales y/o ex-parejas) son piezas fundamentales para el diagnóstico masculino, puesto que revelan, sea a través del cuidado prenatal, sea a través de la enfermedad, la presencia del VIH. Una parte importante de los hombres se descubre seropositiva, debido a alguna enfermedad, como la tuberculosis, o tras varias idas y venidas a los servicios de salud. La búsqueda de un test espontáneo solamente se produce mediante la identificación de situaciones y señales asociadas a una posible infección. Los hombres heterosexuales poseen pocas oportunidades de diagnóstico del VIH y, más allá del género, están sujetos a vulnerabilidad programática.


Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Grossesse , Infections à VIH/diagnostic , Infections à VIH/épidémiologie , Syndrome d'immunodéficience acquise féline/diagnostic , Syndrome d'immunodéficience acquise/épidémiologie , Épidémies , Comportement sexuel , Brésil , VIH (Virus de l'Immunodéficience Humaine) , Hétérosexualité , Hommes
8.
Saúde debate ; 43(spe8): 107-119, 2019. tab
Article de Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1127428

RÉSUMÉ

RESUMO Esta pesquisa qualitativa objetivou identificar como se dá a proteção social e a produção do cuidado a travestis e a mulheres trans em situação de rua nas políticas públicas de saúde e de assistência social no município de Belo Horizonte (MG), a partir da percepção dessas pessoas. Os instrumentais utilizados para coleta de dados foram observação participante, entrevistas semiestruturadas e em profundidade e técnica do grupo focal. Os dados demonstraram que as entrevistadas conhecem e acessam vários serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Entretanto, estes não estão alinhados às suas diversidades e singularidades e (re)produzem violências. A atitude de acolhimento de alguns profissionais dos serviços apareceu como indicativo de bom atendimento. Porém, foram relatadas situações de violações de direito a que estão submetidas no cotidiano dos serviços. As principais violências relatadas se relacionam com os critérios e regras de funcionamento, com a falta de privacidade, discriminação e assédio sexual. Este estudo reafirma a importância e a necessidade das políticas e serviços serem pensados e implementados na lógica da construção coletiva, de escuta e diálogo com esses sujeitos de direitos, respeitando as especificidades de suas trajetórias e demandas.


ABSTRACT This qualitative research aimed to identify how social protection and the production of care for transvestites and transgender women in homeless situation are given in the public policies of health and social assistance in the city of Belo Horizonte (MG), based on the perception of those people. The instruments used for data collection were participant observation, semi-structured and in-depth interviews, and the focus group technique. The data showed that the interviewees know and access various services of the Unified Health System (SUS) and the Unified Social Assistance System (Suas). However, these are not aligned with their diversity and singularities and (re)-produce violence. The embracing attitude of service professionals appeared as an indicative of good service. However, situations of violations of the right to which they are subjected in the daily life of the services have been reported. The main reported violence relates to the criteria and rules of operation, lack of privacy, discrimination, and sexual harassment. This study reaffirms the importance and necessity of policies and services to be thought and implemented in the logic of collective construction, listening and dialoguing with these subjects who have rights, respecting the specificities of their trajectories and demands.

9.
Epidemiol. serv. saúde ; 24(4): 695-700, Out.-Dez. 2015. tab, graf
Article de Portugais | LILACS | ID: lil-772121

RÉSUMÉ

OBJETIVO: descrever o tempo decorrido entre a identificação do sintomático respiratório para tuberculose e a liberação do resultado laboratorial, bem como entre a obtenção do resultado e o início do tratamento. MÉTODOS: estudo descritivo, com dados de casos suspeitos de tuberculose atendidos em serviços públicos de saúde no município de Canoas-RS, Brasil, em 2012. RESULTADOS: foram examinados 1.138 pacientes, com positividade de 7,47%; as medianas de tempo (i) entre identificação do paciente e entrada da amostra de escarro no laboratório e de (ii) processamento do exame foram de 2 (intervalo interquartílico [IIQ] 1-3) e 3 dias (IIQ 1-4), respectivamente, para pacientes com resultado negativo; para pacientes com resultado positivo, esses tempos foram de 2 (IIQ 1-3) e 2,5 dias (IIQ 1-4); entre a liberação do resultado e início do tratamento, transcorreram 3 dias (IIQ 0-5). CONCLUSÃO: os tempos avaliados foram considerados longos em comparação ao preconizado pelo Ministério da Saúde.


OBJECTIVE: to describe the time interval between identification of patients with respiratory symptoms of tuberculosis and laboratory test results release, and between lab results release and commencement of treatment. METHODS: this was a descriptive study with data on patients suspected of having tuberculosis who attended public health services in Canoas-RS, Brazil, in 2012. RESULTS: tests were performed in 1138 patients and positivity rate was 7.47%; medians between (i) patient identification and the sample entering the lab and (ii) processing time were 2 days (Interquartile Range [IQR] 1-3) and 3 days (IQR 1-4), respectively, for people with negative result; for patients who tested positive, these times were 2 days (IQR 1-3) and 2.5 days (IQR 1-4), and the time between release of test results and commencement of treatment was 3 days (IQR 0-5). CONCLUSION: time intervals were considered long when compared to those recommended by the Ministry of Health.


OBJETIVO: describir el tiempo transcurrido entre la identificación de un sintomático respiratorio para tuberculosis y la liberación del resultado laboratorial, y entre la obtención del mismo y el inicio del tratamiento. MÉTODOS: estudio descriptivo que incluyó datos de pacientes con sospecha de tuberculosis que consultaron servicios públicos de salud en el municipio de Canoas-RS, Brasil, en 2012. RESULTADOS: fueron examinados 1138 pacientes, siendo positivos 7,47%; las mediana de tiempo (i) entre la identificación del paciente y entrada de la muestra al laboratorio y (ii) el procesamiento fueron 2 (intervalo interquartílico [IIQ] 1-3) y 3 días (IIQ 1-4), respectivamente, para pacientes con resultado negativo; para pacientes con resultado positivo, los tiempos fueron 2 (IIQ 1-3) y 2.5 (IIQ 1-4) días y el tiempo entre liberación del resultado e inicio del tratamiento fue 3 días (IIQ 0-5). CONCLUSIÓN: los tiempos evaluados fueron considerados largos, comparados con los recomendados por el Ministerio de Salud.


Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Tuberculose/diagnostic , Retard de diagnostic , Délai jusqu'au traitement , Système de Santé Unifié , Brésil , Loi du khi-deux , Épidémiologie Descriptive , Recherche sur les services de santé
10.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);20(5): 1521-1530, maio 2015. graf
Article de Anglais, Portugais | LILACS | ID: lil-747188

RÉSUMÉ

Objective: To understand how the HIV diagnosis combines with other factors that influence the decision to abort. Methodology: Data were collected during a crossover study of women aged between 18 and 49 years old and seen in public health services in Porto Alegre, Brazil. The life stories of 18 interviewees who had post-diagnosis abortion were reconstructed on a timeline, using information collected quantitatively. Results: The time between the diagnosis and abortion was 2 years or less for more than half of the women. For some, post-diagnosis abortion did not mean the end of reproductive life. The most frequent reason for terminating pregnancy was to be living with HIV; however, only some of the women who stated having this motivation did not have post-diagnosis children. Changing partners between pregnancies was a recurring finding; however, in most pregnancies that ended in abortion, the women lived with their partners. Discussion: The analysis of the reproductive trajectory of the women studied showed that there is no specific profile of the woman who aborts after receiving the HIV diagnosis. Although this diagnosis may be involved in the decision to terminate a pregnancy, it does not necessarily result in the end of a woman's reproductive trajectory. Thus, abortion should be understood within a diversity of decision-making processes and the specific moment of a woman's life story. .


Objetivo: Compreender como o diagnóstico de HIV se conjuga com outros fatores que concorrem para a decisão pelo aborto. Metodologia: Os dados são provenientes de um estudo transversal, com mulheres de 18 a 49 anos, que frequentavam serviços públicos de saúde, em Porto Alegre. As trajetórias de vida de 18 entrevistadas que tiveram aborto pós-diagnóstico foram recompostas, através de uma linha do tempo, a partir de informações coletadas de forma quantitativa. Resultados: Para mais da metade das mulheres, o tempo entre o diagnóstico e o aborto foi de 2 anos ou menos. Para parte delas, o aborto pós-diagnóstico não encerrou a vida reprodutiva. A razão mais frequente para o término da gestação foi estar vivendo com HIV; entretanto, apenas parte das mulheres que declararam essa motivação não tiveram filhos pós-diagnóstico. A troca de parceria entre gestações foi recorrente, embora, na maioria das gestações findadas em aborto, a mulher coabitasse com o parceiro. Discussão: A análise da trajetória reprodutiva evidencia que não há um perfil específico de mulher que aborta após o diagnóstico de HIV. Esse diagnóstico, apesar de poder estar envolvido na decisão pelo término da gestação, não implica, necessariamente, no fim da trajetória reprodutiva. Assim, o aborto deve ser compreendido dentro de uma diversidade de processos decisórios e ao momento específico da trajetória de vida. .


Sujet(s)
Humains , Femelle , Adolescent , Adulte , Adulte d'âge moyen , Jeune adulte , Complications infectieuses de la grossesse/psychologie , Syndrome d'immunodéficience acquise/psychologie , Avortement provoqué/psychologie , Avortement provoqué/statistiques et données numériques , Prise de décision , Brésil , Grossesse , Infections à VIH/psychologie , Études croisées
11.
Cad. saúde pública ; Cad. Saúde Pública (Online);29(3): 609-620, Mar. 2013. graf, tab
Article de Anglais | LILACS | ID: lil-668908

RÉSUMÉ

This cross-sectional study focused on the sexual and reproductive health of women living with HIV, by age group, in the city of Porto Alegre, Rio Grande do Sul State, Brazil. The sample consisted of 691 women. Differences were observed in number of pregnancies and number of children. History of illicit drug use was more frequent in the 18-34-year age group, and exchanging sex for money was more frequent among women 18-29 years of age. This sample of women living with HIV treated in specialized public services in Southern Brazil showed a socioeconomic profile and sexual behavior that did not match the pattern typically identified in the process of "feminization" of the epidemic (with a majority of poor women with low schooling and a limited number of sexual partners). The study provides evidence of factors characterizing women's vulnerability to HIV infection, differing by age and raising specific demands for healthcare services.


Estudo transversal que analisou o comportamento, em termos de saúde sexual e reprodutiva, adotado pelas mulheres vivendo com HIV, segundo a faixa etária, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. A amostra foi constituída por 691 mulheres. Foram observadas diferenças quanto ao número de gestações e filhos. O uso de drogas ilícitas durante a vida foi mais frequente na faixa dos 18 aos 34 anos, e a prática de sexo por dinheiro foi mais frequente entre as mulheres de 18 a 29 anos. As mulheres vivendo com HIV atendidas nos serviços públicos especializados no Sul do Brasil apresentam um perfil socioeconômico e de comportamento sexual que não corresponde ao padrão tipicamente identificado no processo de feminização da epidemia, no qual se destacam, particularmente, mulheres pobres, com baixa escolaridade e baixo número de parceiros sexuais. O estudo fornece evidências de que alguns fatores que caracterizam a vulnerabilidade das mulheres à infecção pelo HIV são bastante diferenciados quando consideramos a faixa etária, o que implica em demandas específicas de atenção nos serviços de saúde.


Estudio transversal que analizó el comportamiento en términos de salud sexual y reproductiva, adoptado por las mujeres viviendo con VIH, según la franja de edad, en la ciudad de Porto Alegre, Río Grande do Sul, Brasil. La muestra estuvo constituida por 691 mujeres. Se observaron diferencias en cuanto al número de gestaciones e hijos. El uso de drogas ilícitas durante la vida fue más frecuente en la franja de los 18 a los 34 años, y la práctica de sexo por dinero fue más frecuente entre las mujeres de 18 a 29 años. Las mujeres viviendo con VIH, atendidas en los servicios públicos especializados en el Sur de Brasil, presentan un perfil socioeconómico y de comportamiento sexual que no corresponde al padrón típicamente identificado en el proceso de feminización de la epidemia, donde se destacan, particularmente, mujeres pobres, con baja escolaridad y bajo número de compañeros sexuales. El estudio proporciona evidencias de que algunos factores, que caracterizan la vulnerabilidad de las mujeres a la infección por el VIH, son bastante diferenciados cuando consideramos la franja de edad, lo que implica acciones específicas de atención en los servicios de salud.


Sujet(s)
Adolescent , Adulte , Femelle , Humains , Adulte d'âge moyen , Jeune adulte , Infections à VIH/épidémiologie , Santé reproductive , Santé reproductive , Comportement sexuel , Facteurs âges , Brésil/épidémiologie , Études transversales , Services de santé , Santé publique , Facteurs de risque , Partenaire sexuel , Facteurs socioéconomiques
12.
Rev. saúde pública ; Rev. saúde pública;46(5): 886-893, out. 2012. tab
Article de Portugais | LILACS | ID: lil-655041

RÉSUMÉ

OBJETIVO: Analisar os fatores associados ao uso de substâncias estimulantes por caminhoneiros para se manterem acordados. MÉTODOS: Survey com 854 motoristas em oito locais de concentração de caminhoneiros (sete postos de gasolina e um posto aduaneiro em região de fronteira) em cinco municípios do Rio Grande do Sul, em 2006. O desfecho "uso de rebite" foi categorizado em "sim" ou "não". Foi realizada análise de regressão de Poisson com variância robusta para a seleção de variáveis do modelo, que foi composto por níveis socioeconômicos, demográficos, de informações sobre a profissão e sobre o consumo de álcool. RESULTADOS: O consumo de rebite para se manter acordado foi declarado por 12,4% dos caminhoneiros de forma isolada ou em combinação com outras substâncias (café, guaraná em pó, energéticos, cocaína aspirada). O rebite foi a substância mais citada por aqueles que consumiam algo para ficar acordados. A ingestão de bebidas alcoólicas foi prática de mais de 70% dos entrevistados, dos quais 45,1% relataram consumo pelo menos uma vez por semana. O uso de rebite esteve associado às faixas etárias mais jovens, ao aumento da renda, à maior duração das viagens e ao consumo de álcool. DISCUSSÃO: O aumento da remuneração dos caminhoneiros implica aumento da carga de trabalho. Isso produz desgaste físico e emocional, levando-os a buscar solução temporária no consumo de substâncias estimulantes. A redução do consumo abusivo de álcool e do uso ilícito de substâncias como anfetaminas por motoristas profissionais depende não só de políticas voltadas para a prevenção e tratamento de drogas, mas de políticas intersetoriais articuladas que garantam melhores condições de trabalho e de saúde aos caminhoneiros.


OBJECTIVE: To analyze factors associated with the use of stimulants by truck drivers to stay awake. METHODS: A survey with 854 drivers was carried out at eight truck stops (seven gas stations and one border patrol post) located at five cities in the State of Rio Grande do Sul (Southern Brazil) in 2006. The outcome "amphetamine use" was categorized as "yes" or "no". Poisson regression analysis with robust variance was conducted in order to select the variables that would be included in the model, which was composed of variables regarding socioeconomic and demographic characteristics, information on the profession and on alcohol consumption. RESULTS: Amphetamine use to stay awake was reported by 12.4% of the truck drivers, either in isolation or in combination with other substances (coffee, guaraná powder, energy drinks, snorted cocaine). Amphetamine was the most cited substance by those who consumed something to stay awake. The consumption of alcoholic drinks was mentioned by more than 70% of the interviewees; among those who drink, 45.1% reported that they use alcohol at least once a week. Amphetamine use was associated with younger age groups, wage increase, longer trips, and alcohol use. CONCLUSIONS: The increase in the truck drivers' wages implies increased workloads. This produces physical and emotional stress, which makes the truck drivers search for a temporary solution in the consumption of stimulants. The reduction in the abusive consumption of alcohol and in the illicit use of substances like amphetamines by professional drivers depends not only on policies addressing prevention and treatment for drug abuse, but also on integrated policies ensuring better working and health conditions to the truck drivers.


OBJETIVO: Analizar los factores asociados al uso de sustancias estimulantes por camioneros para mantenerse despiertos. MÉTODOS: Sondeo con 854 en ocho locales de concentración de camioneros (siete puestos de gasolina y un puesto de aduana en región de frontera) en cinco municipios de Rio Grande do Sul, Sur de Brasil, en 2006. El desenlace, uso de la anfetamina rebite, fue categorizado en "si" o "no". Se realizó análisis de regresión de Poisson con varianza robusta para la selección de variables del modelo, que fue compuesto por variables socioeconómicas, demográficas, de informaciones sobre la profesión y sobre el consumo de alcohol. RESULTADOS: El consumo de rebite para mantenerse despierto fue declarado por 12,4% de los camioneros de forma aislada o en combinación con otras sustancias (café, guaraná en polvo, energéticos, cocaína aspirada). El rebite fue la sustancia más citada por aquellos que consumían algo para permanecer despiertos. La ingestión de bebidas alcohólicas fue práctica de más del 70% de los entrevistados, de los cuales 45,1% relataron consumo por al menos una vez por semana. El uso de rebite estuvo asociado a los grupos etarios más jóvenes, al aumento de la renta, a la mayor duración de los viajes y al consumo de alcohol. DISCUSIÓN: El aumento de la remuneración de los camioneros implica aumento de la carga de trabajo. Esto produce desgaste físico y emocional, llevando a los camioneros a buscar solución temporal en el consumo de sustancias estimulantes. La reducción del consumo abusivo de alcohol y del uso ilícito de sustancias como anfetaminas por choferes profesionales depende no sólo de políticas direccionadas hacia la prevención y tratamiento de drogas, sino también de políticas intersectoriales articuladas que garanticen mejores condiciones de trabajo y de salud a los camioneros.


Sujet(s)
Adulte , Humains , Mâle , Adulte d'âge moyen , Jeune adulte , Troubles liés à l'alcool/épidémiologie , Troubles liés aux amphétamines/épidémiologie , Conduite automobile/statistiques et données numériques , Véhicules motorisés , Maladies professionnelles/épidémiologie , Vigilance/effets des médicaments et des substances chimiques , Facteurs âges , Brésil/épidémiologie , Troubles liés à la cocaïne/épidémiologie , Santé masculine , Santé au travail , Facteurs de risque , Facteurs socioéconomiques
13.
Cad. saúde pública ; Cad. Saúde Pública (Online);27(3): 427-439, mar. 2011. graf, tab
Article de Portugais | LILACS | ID: lil-582605

RÉSUMÉ

This study aims to investigate the relationship between abortion and experiences of sexual coercion. The data came from GRAVAD, a household survey with a stratified random sample of young women (18-24 years) in Rio de Janeiro, Porto Alegre, and Salvador, Brazil. The sample used in this article included 870 interviews of women who reported having become pregnant. Abortion was associated with: a reported experience of sexual coercion, more schooling, failure to obtain first information about sex from parents, and a history of more pregnancies and sexual partners. The association between abortion and sexual coercion reflects a situation of gender vulnerability and reveals young women's precariousness in sex negotiation and reproduction. A veil of silence in public agencies concerning sexual coercion helps perpetuate young women's vulnerability, as it blocks access to the appropriate educational, legal, and health services.


Neste estudo investigou-se a relação entre a prática do aborto e a declaração de coerção sexual. Os dados foram provenientes do GRAVAD, inquérito domiciliar com amostragem probabilística estratificada, realizado com jovens de 18 a 24 anos, no Rio de Janeiro, em Porto Alegre e em Salvador, Brasil. A amostra do presente artigo foi composta por 870 entrevistas de mulheres que reportaram ter tido gravidez. A declaração de aborto mostrou-se associada ao relato de uma experiência de coerção sexual, bem como à maior escolaridade da jovem, a não ter obtido as primeiras informações sobre relações sexuais com os pais e a um maior número de gravidezes e de parceiros. A associação entre o aborto e a coerção sexual evidencia um quadro de vulnerabilidade de gênero e denota a precariedade das negociações em termos de sexualidade e reprodução. O silenciamento da coerção sexual às instituições públicas contribui para aumentar a vulnerabilidade das jovens, impedindo o acesso a recursos educativos, jurídicos e de saúde, que poderiam auxiliar na ruptura das situações de coerção e prevenção de novas ocorrências.


Sujet(s)
Adolescent , Femelle , Humains , Mâle , Grossesse , Jeune adulte , Avortement provoqué/statistiques et données numériques , Infractions sexuelles/psychologie , Infractions sexuelles/statistiques et données numériques , Populations vulnérables/statistiques et données numériques , Avortement provoqué/psychologie , Brésil , Niveau d'instruction , Taux de grossesse , Prévalence
SÉLECTION CITATIONS
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