RÉSUMÉ
Contexto e objetivo: A prática pediátrica se confronta constantemente com o dilema da febre e a ansiedade que esta gera nos pais e cuidadores. A escolha da droga antipirética é motivo de controvérsia. O presente estudo foi concebido para avaliar a atividade antipirética e a tolerabilidade de doses orais únicas de ibuprofeno versus dipirona em lactentes e crianças febris, no contexto da prática clínica diária. Delineamento do estudo: Estudo comparativo, multicêntrico, aberto e randomizado, conduzido em instituições hospitalares brasileiras. Métodos: Pacientes de ambos os sexos, entre 6 meses e 8 anos de idade, com temperatura axilar ³ 38,0oC, e início da febre entre 4 horas e 48 horas da entrada no estudo. A temperatura axilar foi classificada como baixa (entre 38,0°C e 39,1°C) e alta (> 39,1°C). Os pacientes em cada grupo foram igualmente randomizados (1:1) para ibuprofeno (10 mg/kg) ou dipirona (15 mg/kg), administrados em doses orais únicas. As avaliações foram realizadas após 10, 20, 30 e 45 minutos e, a seguir, de 1 em 1 hora, durante 8 horas após a administração. As variáveis primárias de eficácia do estudo foram as médias de temperatura a cada intervalo de tempo e a soma ponderada das diferenças de temperatura (SPDT) a partir dos valores iniciais ao longo de 4, 6 e 8 horas. Variáveis secundárias foram: tempo para normalização da temperatura (<37,2°C); persistência do efeito antipirético; eventos adversos; e impressão geral do tratamento. Resultados: Um total de 122 pacientes (54% sexo masculino), com idade média de 2,8 anos, foram randomizados para receber ibuprofeno (grupos de febre baixa [n = 42] e alta [n = 17]) ou dipirona (grupos de febre baixa [n = 43] e alta [n = 20]). As médias de temperatura foram signitivamente menores nos pacientes que receberam ibuprofeno, em relação aos que receberam dipirona, nos grupos de febre alta e baixa (p = 0,04). Após 1, 2 e 4 horas da administração das drogas, o valor absoluto da soma ponderada das diferenças de temperatura a partir dos valores basais foi significativamente menor no grupo de febre alta da dipirona, quando comparada ao grupo de febre alta do ibuprofeno, o que significa maior efeito para este último. Houve diferenças estatisticamente significativas no tempo para normalização da temperatura (<37,2°C) entre o ibuprofeno e a dipirona nos grupos de temperatura baixa (3,1 ± 2,04 vs. 4,5 ± 3,06 horas, p = 0,01) e alta (2,7 ± 1,68 vs. 5,4 ± 3,15 horas, p = 0,003). A diferença do tempo de persistência do efeito antipirético foi também estatisticamente significativa para o grupo de temperatura alta, a favor do ibuprofeno (3,4 ± 2,03 vs. 1,8 ± 1,89 hora, p = 0,01). As duas drogas apresentaram perfis de tolerabilidade comparáveis. Conclusões: Neste estudo pediátrico multicêntrico comparativo, aberto e randomizado de curto prazo, uma dose oral única de ibuprofeno demonstrou proporcionar antipirese mais rápida, potente e por um tempo mais longo do que uma dose oral única de dipirona, especialmente na presença de febre alta.
RÉSUMÉ
Os autores utilizam o Lindano (isomero gama de hexaclorocicloxano) no tratamento de 50 pacientes pediátricos que apresentavam pediculose e escabiose. Foi utilizada a forma tampon e loçäo durante 2 ou 3 dias. As avaliaçöes foram realizadas após 7 e 14 dias do início do tratamento. Os resultados foram 94% de cura aos 7 dias em pediculose. Na escabiose a resposta terapêutica foi de 73% de cura aos 14 dias. A tolerabilidade foi muito boa com apenas um caso de hipersensibilidade que näo justificou a interrupçäo do tratamento. Näo foi constatada toxicidade relacionado ao sistema nervoso central em qualquer dos 50 pacientes avaliados no estudo
Sujet(s)
Nourrisson , Enfant d'âge préscolaire , Enfant , Adolescent , Humains , Mâle , Femelle , Pédiculoses/traitement médicamenteux , Gale/traitement médicamenteux , Lindane/usage thérapeutiqueRÉSUMÉ
Aproveitando a experiência e motivaçäo de uma equipe interessada no estímulo à amamentaçäo, acompanhou-se pessoalmente o crescimento (peso e comprimento), de zero a seis meses, de lactentes alimentados exclusivamente com leite de peito oferecido em horário livre. Populaçäo: 576 crianças normais (52,6% do sexo masculino), distribuídas em dois grupos: a) consultório (clínica particular dos autores; classes média-alta e alta; praticamente só de brancos); b) ambulatório assistencial (classe baixa; predomínio acentuado de brancos, pequena participaçäo de pardos e negros). Estudo: acompanhamento longitudinal e prospectivo; período: 1983-85. Estatística: a. análise de regressäo linear simples: b. determinaçäo dos percentis. Os dados foram processados por um microcomputador