RÉSUMÉ
INTRODUÇÃO: Cefaleias tensionais podem ser induzidas pela postura da cabeça para frente, e há uma grande quantidade de evidências disponíveis para o manejo de cefaleias crônicas. Os dados corroboram uso de abordagens de terapia manual para gerenciar dores de cabeça do tipo tensional. Devido à postura anterior da cabeça, a região do músculo suboccipital torna-se curta, resultando em aumento da lordose e dor no pescoço. Pacientes com uma postura de cabeça ainda mais para frente têm um ângulo craniovertebral menor, o que, por sua vez, causa cefaleia do tipo tensional. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é comparar os efeitos da terapia de liberação miofascial (LMF) e da técnica de energia muscular (TEM) com exercícios gerais do pescoço no ângulo crânio-vertebral e na cefaleia em pacientes com cefaleia do tipo tensional. MÉTODOS: No total, 75 indivíduos com cefaleia tensional e sensibilidade muscular suboccipital foram recrutados e randomizados cegamente em três grupos: o grupo LMF, o grupo TEM e o grupo controle (25 indivíduos em cada grupo). Um ângulo pré-crânio vertebral foi obtido por método fotográfico e um questionário de índice de incapacidade pré-cefaleia foi preenchido. O grupo LMF recebeu liberação crânio-basal na região suboccipital com exercícios de pescoço; o grupo TEM recebeu relaxamento pós-isométrico na região suboccipital com exercícios, e o grupo controle recebeu apenas exercícios por 2 semanas. Após duas semanas, o ângulo pós-craniano e o questionário de cefaleia foram coletados e medidos. RESULTADOS: O ângulo crânio-vertebral e o índice de cefaleia mostraram melhora significativa nos grupos TEM e LMF. Não houve diferença significativa quando os grupos TEM e LMF foram comparados. Quando comparados com o grupo controle, tanto o TEM quanto o LMF apresentaram aumento significativo do ângulo crânio-vertebral. Houve melhora significativa no índice de cefaleia após TEM, LMF ou exercício de rotina no pescoço. CONCLUSÃO: Comparado ao grupo controle, o LMF apresenta melhores resultados do que o TEM no ângulo crânio-vertebral e cefaleia.
INTRODUCTION: Tension headaches can be induced by forward head posture, and there is a wealth of evidence available for managing chronic headaches. The data support the use of manual therapy approaches to manage tension-type headaches. Because of the forward head posture, the suboccipital muscle region becomes short, resulting in an increase in lordosis and neck pain. Patients with an even more forward head posture have a smaller craniovertebral angle, which in turn causes tension-type headache. OBJECTIVE: This study aims to compare the effects of Myofascial release therapy (MFR) and Muscle energy technique (MET) with general neck exercises on the craniovertebral angle and headache in tension-type headache patients. METHODS: In total, 75 subjects with tension-type headache and suboccipital muscle tenderness were recruited and randomized blindly into three groups: the MFR group, the MET group, and the control group (25 subjects in each group). A pre-craniovertebral angle was taken by photographic method, and a pre-headache disability index questionnaire was filled in. The MFR group receives cranio-basal release in the suboccipital region with neck exercises, the MET group receives postisometric relaxation in the suboccipital region with exercises, and the control group receives only exercises for two weeks. After two weeks, the postcranial angle and the headache questionnaire were taken and measured. RESULTS: Craniovertebral angle and headache index showed significant improvement in both the MET and MFR groups. There was no significant difference when MET and MFR groups were compared. When compared with the control group, both MET and MFR showed a significant increase in craniovertebral angle. There was a significant improvement in the headache index following MET, MFR, or routine neck exercise. CONCLUSION: Compared to the control group, MFR shows better results than MET on craniovertebral angle and headache.