RÉSUMÉ
Abstract Introduction The association between the intensity of obstructive sleep apnea and skeletal alterations in the face and hyoid bone is still scarcely addressed in the literature. Objective To evaluate whether the intensity of obstructive sleep apnea is associated with craniofacial alterations and the position of the hyoid bone in children with mixed dentition. Methods 76 children aged 7 to 10 years old were examined by otorhinolaryngological evaluation, polysomnography, and orthodontic assessment, including cephalometry. The participants were divided in 3 groups: primary snoring, mild obstructive sleep apnea and moderate to severe obstructive sleep apnea. Cephalometric measures of the face and hyoid bone were assessed. These measures were compared among the different groups by unpaired Student's t test. Moreover, these measures were correlated with the patient's obstructive apnea and hypopnea index variable using Pearson's correlation test. Results Of the 76 children, 14 belonged to group 1, with primary snoring; 46 to group 2, with mild obstructive sleep apnea; and 16 to group 3, with moderate-severe obstructive sleep apnea. There was no difference between the groups regarding the craniofacial variables. Children with obstructive sleep apnea showed a longer distance from the hyoid bone to the mandibular plane when compared to the primary snoring group (p < 0.05). Between the two obstructive sleep apnea subgroups, patients with moderate or severe disease showed significantly shorter horizontal distance between the hyoid bone and the posterior pharyngeal wall (p < 0.05), when compared to the groups with mild obstructive sleep apnea. We also observed a significant positive correlation between obstructive apnea and hypopnea index and the distance from the hyoid to the mandibular plane (p < 0.05) as well as a significant negative association between obstructive apnea and hypopnea index and the horizontal distance from the hyoid to the posterior pharyngeal wall (p < 0.01). Conclusion We did not observe any association between obstructive sleep apnea and linear lateral alterations of the face. In contrast, there is a direct association between obstructive sleep apnea severity and the inferior and posterior position of the hyoid bone in children aged 7 to 10 years old.
Resumo Introdução A relação entre a intensidade da apneia obstrutiva do sono e alterações esqueléticas da face e do hioide em crianças é pouco explorada na literatura. Objetivo Avaliar se a intensidade da apneia obstrutiva do sono correlaciona-se às alterações craniofaciais e ao posicionamento do osso hioide em crianças em fase de dentição mista. Método Foram submetidas 76 crianças entre 7 e 10 anos à avaliação otorrinolaringológica, polissonografia e avaliação ortodôntica, inclusive cefalometria. Os participantes foram divididos em 3 grupos: grupo 1 com ronco primário, grupo 2 com apneia obstrutiva do sono leve e grupo 3 com apneia obstrutiva do sono moderada/grave. Foram analisadas medidas cefalométricas da face e do osso hioide. Essas medidas foram comparadas entre si dentro dos diferentes grupos por teste t de Student não pareado. Além disso, essas medidas foram correlacionadas com a variável índice de apneias obstrutivas e hipopneias do paciente através do teste de correlação de Pearson. Resultados Das 76 crianças, 14 constituíram o grupo 1, ronco primário; 46 o grupo 2, apneia obstrutiva do sono leve; e 16 o grupo 3, apneia obstrutiva do sono moderada/grave. Não se observou diferença significante entre os grupos para as variáveis craniofaciais. Observou-se maior distância do osso hioide ao plano mandibular nos dois grupos com apneia obstrutiva do sono quando comparado ao ronco primário (p < 0,05). Entre os dois subgrupos da apneia obstrutiva do sono, os pacientes com doença moderada ou grave apresentaram distância horizontal entre o hioide e a parede posterior da faringe significantemente menor (p < 0,05), quando comparados aos grupos com apneia obstrutiva do sono leve. Observamos ainda correlação significantemente positiva entre índice de apneias obstrutivas e hipopneias e a distância do hioide ao plano mandibular (p < 0,05) e significantemente negativa entre índice de apneias obstrutivas e hipopneias e distância horizontal do hioide com a parede posterior da faringe (p < 0,01). Conclusão Não observamos relação da apneia obstrutiva do sono com alterações lineares laterais da face. Em contraste, existe relação direta entre a gravidade da apneia obstrutiva do sono e a posição inferior e posterior do osso hioide em crianças entre 7 e 10 anos.
RÉSUMÉ
ABSTRACT Objective: This study aimed to assess if additional vertical bitewing (VBW) and/or occlusal (OC) radiographs may change initial judgment based only on periapical radiograph (PAR) about the final position of orthodontic mini-implants (OMI). Methods: Subjective and objective analyses were performed. Radiographic images of 26 OMI were divided into four groups: PAR, PAR+VBW, PAR+OC and ALL (PAR+VBW+OC). For subjective analysis, five observers were asked to assess if the position of OMI was favorable to its success, using questionnaires with a four-point scale for responses: 1= definitely not favorable, 2= probably not favorable, 3= probably favorable, or 4= definitely favorable. Each group containing sets of images was presented to them in four different viewing sessions. Objective evaluation compared horizontal distances between OMI tip and the root nearest to the device in PAR and VBW. Results: Most of observers (3 out of 5) changed their initial judgment based on PAR about OMI position when additional radiographs were analyzed. Differences between groups (i.e. PAR vs. PAR+VBW; PAR vs. PAR+OC; and, PARvs.ALL) were statistically significant for these observers. For those that changed their judgment about OMI position, confidence level could significantly increase, decrease or even be maintained, not indicating a pattern. There was no agreement for distances between OMI tip and the root nearest to the device in PAR and VBW. Conclusion: Considering the limitations of the study, it is concluded that additional radiographic images may change the judgement about OMI final position without necessarily increasing the degree of certainty of such judgment.
RESUMO Objetivo: avaliar se a adição de radiografias interproximais verticais (IV) e/ou oclusais (OC) pode alterar o julgamento inicial sobre a posição final dos mini-implantes ortodônticos (MI) baseado somente na radiografia periapical (PA). Métodos: foram realizadas análises subjetivas e objetivas. Imagens radiográficas de 26 regiões contendo MI foram divididas em quatro grupos: PA, PA+IV, PA+OC e TODAS (PA+IV+OC). Na análise subjetiva, cinco observadores foram convidados a avaliar se a posição do MI era favorável para o seu sucesso, utilizando questionários com uma escala de quatro pontos para respostas: 1 = definitivamente não favorável; 2 = provavelmente não favorável; 3 = provavelmente favorável; ou 4 = definitivamente favorável. Cada grupo contendo conjuntos de imagens foi apresentado aos observadores em quatro sessões diferentes. Adicionalmente, uma avaliação objetiva comparou as distâncias horizontais entre a ponta do MI e a raiz dentária mais próxima ao dispositivo na PA e IV. Resultados: a maioria dos observadores (3 de 5) mudou seu julgamento inicial sobre a posição do MI baseado na PA quando radiografias adicionais foram analisadas. Diferenças entre os grupos (ou seja, PA vs PA+IV; PA vs PA+OC; e PAvsTODAS) foram estatisticamente significativas para esses observadores. Para aqueles que mudaram seu julgamento sobre a posição do MI, o nível de confiança das respostas aumentou, diminuiu ou foi mantido, não indicando um padrão. Houve diferença estatisticamente significante entre as distâncias da ponta do MI para a raiz mais próxima ao dispositivo na PA e IV. Conclusão: considerando-se as limitações desse estudo, concluiu-se que imagens radiográficas adicionais podem alterar o julgamento sobre a posição final de MI sem, necessariamente, aumentar o grau de certeza de tal julgamento.