RÉSUMÉ
ABSTRACT Objective The aim of this study was to compare the Global Leadership Initiative on Malnutrition and Subjective Global Assessment methods produced by the patient in the nutritional assessment of cancer in-patients. Methods Cross-sectional study with a prospective variable, conducted with patients admitted to a public hospital in Pernambuco, Brazil. The application of these tools and the diagnosis of malnutrition were performed within the first 48 hours of admission. Sociodemographic, clinical and laboratory data were obtained from the medical records and weight, height, arm circumference, triceps skinfold and handgrip strength data were collected. Results The 82 patients evaluated included mostly men aged ≥ 60 years with less than 8 years education. Malnutrition frequency was 93.7% according to the Subjective Global Assessment and including 23.2% severe malnutrition while, according to the Global Leadership Initiative on Malnutrition, 50% of the patients were considered severely malnourished. Malnutrition by the Global Leadership Initiative on Malnutrition showed a sensitivity of 82.9% and when associated with handgrip strength sensitivity was 90.8%, considering the Subjective global assessment produced by the patient as a reference; on the other hand, the specificity was 16.7% independently of adding handgrip strength. None of the anthropometric variables was associated with the reference tool. Conclusion The Global Leadership Initiative on Malnutrition proved to be a very sensitive tool for diagnosing malnutrition when compared to the gold standard, particularly for severe malnutrition, but with little specificity. The need for a comprehensive nutritional assessment in the clinical practice was confirmed, using the parameters available and not interpreting them separately.
RESUMO Objetivo O objetivo deste estudo foi comparar os métodos Global Leadership Initiativeon Malnutrition e Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Próprio Paciente na avaliação nutricional de pacientes oncológicos hospitalizados. Métodos Estudo transversal com uma variável prospectiva, realizado com pacientes internados em um hospital público de Pernambuco. A aplicação dessas ferramentas e o diagnóstico de desnutrição foram realizados nas primeiras 48 horas de admissão. Dados sociodemográficos, clínicos e laboratoriais foram obtidos do prontuário, e dados com peso, altura, circunferência do braço, prega cutânea tricipital e força de preensão palmar foram coletados. Resultados Dos 82 pacientes avaliados, a maioria eram homens com idade ≥60 anos com menos de 8 anos de estudo. A frequência de desnutrição foi de 93,7% pela Avaliação Subjetiva Global; destes, 23,2% com desnutrição grave. Já pela Global Leadership Initiative on Malnutrition, 50% dos pacientes foram considerados desnutridos graves. A desnutrição pela Global Leadership Initiative on Malnutrition apresentou uma sensibilidade de 82,9% e de 90,8% quando associada à força de preensão palmar considerando a Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Próprio Paciente como referência. Por sua vez, a especificidade foi de 16,7% independentemente de adicionar a força de preensão palmar. Nenhuma das variáveis antropométricas apresentou associação com a ferramenta de referência. Conclusão A Global Leadership Initiative on Malnutrition mostrou-se uma ferramenta bastante sensível para diagnosticar desnutrição quando comparada ao padrão ouro, principalmente para desnutrição grave, porém pouco específica. Ratificou-se a necessidade de uma avaliação nutricional ampla na prática clínica, utilizando os parâmetros disponíveis e não os interpretando de forma isolada.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte d'âge moyen , Sujet âgé , Malnutrition/diagnostic , Hospitalisation , Malnutrition/épidémiologie , Hôpitaux publicsRÉSUMÉ
ABSTRACT Objective To evaluate the relationship between nutritional parameters and clinical factors and the outcome of patients diagnosed with COVID-19. Methods This is a prospective longitudinal study involving patients with COVID-19 infection admitted to a University Hospital in Pernambuco. The sample consisted of individuals aged ≥20 years who tested positive for COVID-19 infection. Nutritional risk was assessed using the recommended screening procedure for this group and the nutritional status using the Body Mass Index. Demographic and clinical variables were transcribed from the medical records. Result There was a predominance of adult inpatients between 20 and 59 years of age (95% CI: 64.6-76.0); nutritional risk was observed in 91.6% of patients and overweight in 58.9% of patients. Age ≥60 years (p=0.03), presence of malignancies and inadequate nutrition (p<0.001) were independent risk factors for in-hospital death. It was also observed that only arterial hypertension (OR 2.34, 95% CI 1.32-4.13, p=0.003) and overweight (OR 1.84, 95% CI 1.05-3.21, p=0.032) were considered independent risk factors for admission of the patients in the Intensive Care Unit. Conclusion Although overweight is a risk factor for admission in the Intensive Care Unit, it was not possible to observe it as a factor for mortality, requiring further studies to determine the mechanisms that interfere in the association between obesity and mortality in those patients.
RESUMO Objetivo Avaliar a relação dos parâmetros nutricionais e fatores clínicos com o desfecho dos pacientes diagnosticados com COVID-19. Métodos Trata-se de um estudo longitudinal prospectivo envolvendo pacientes com infecção por COVID-19 internados em um Hospital Universitário de Pernambuco. A amostra foi constituída por indivíduos com idade ≥20 anos que tiveram resultado positivo para infecção por COVID-19. O risco nutricional foi avaliado por meio de triagem recomendada para este grupo e o estado nutricional por meio do Índice de Massa Corpórea. As variáveis demográficas e clínicas foram transcritas dos prontuários. Resultados Houve predomínio de pacientes adultos entre 20 e 59 anos (95% IC: 64,6-76,0) internados, o risco nutricional foi observado em 91,6% e o excesso de peso em 58,9% dos pacientes. A idade >60 anos (p=0,03), a presença de câncer e aporte nutricional inadequado (p<0,001) foram fatores de risco independente para morte hospitalar. Observou-se também que apenas a hipertensão arterial (OR 2,34, 95% IC 1,32-4,13, p=0,003) e o excesso de peso (OR 1,84, 95% IC 1,05-3,21, p=0,032) foram considerados fatores de risco independentes para a internação do paciente na Unidade de Terapia Intensiva. Conclusão Embora o excesso de peso seja um fator de risco para admissão na Unidade de Terapia Intensiva, não foi possível observá-la como um fator para mortalidade, se fazendo necessários estudos para determinar os mecanismos que interferem na associação entre a obesidade e letalidade desses pacientes.