RÉSUMÉ
Introdução: As plantas medicinais foram os primeiros recursos utilizados pelas antigas civilizações para prevenção e tratamento de doenças e, atualmente, vêm se consolidando como produtos fitoterápicos utilizados para combater várias infecções bacterianas que acometem as populações da Amazônia Brasileira. Objetivo: Avaliar a atividade antibacteriana in vitro de plantas medicinais conhecidas popularmente como urucum (Bixa orellana L.), barbatimão (Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville), jutaí (Hymenaea courbaril) e jucá (Caesalpinia ferrea) sobre as principais bactérias encontradas nos hospitais do município de Macapá, Amapá. Métodos: Estudo descritivo, com extratos testados em cepas bacterianas, envolveu a coleta das plantas, que posteriormente foram trituradas e submetidas a uma solução hidroalcoólica a 70% e percoladas, obtendo-se os extratos e tinturas. Os testes foram realizados por disco-difusão, em que foram impregnados 20 uL de cada extrato e tintura, bem como suas diluições. Subsequentemente, houve verificação da presença de halos de inibição, visualizados nas placas contendo cepas de Staphylococcus aureus, Staphylococcus sciuri, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia colie Klebsiella pneumoniae. Resultados: Os resultados evidenciaram que somente o extrato da Caesalpinia ferrea mostrou-se eficaz frente a cinco espécies bacterianas, apresentando halos em torno de 7 a 18 milímetros, em suas diferentes diluições; diferentemente dos demais extratos, que não apresentaram atividade antibacteriana. Conclusão: Esta pesquisa evidenciou que a Caesalpinia ferrea apresenta potencial para ser empregada na síntese de novos fármacos. Entretanto, novos estudos são necessários para verificar sua toxicidade, isolamento e identificação de compostos ativos, contribuindo para novas intervenções terapêuticas em infecções causadas por bactérias hospitalares multirresistentes.