RÉSUMÉ
Introduction: Vaginal discharge is a frequent gynecological complaint, and may represent a disease or not. A vaginal discharge is considered recurrent when it occurs four or more episodes per year. Among the aetiologies, physiological and infectious conditions are mentioned, being the infectious ones, particularly those caused by Candida spp. fungus, the most related to the symptom. Despite the diagnostic and therapeutic resources available, empirical clinical treatments and self-treatments are very frequent and related to ineffective therapeutic results, leading this population to question what the differences regarding women with no symptoms are. Objective: To identify sociodemographic, behavioral and microbiological differences between women with recurrent vaginal discharge and asymptomatic women. Methods: Cross-sectional study involving 126 women with recurrent discharge complaints (study group) and 155 (control group), totaling 281 evaluated women. The group included women in the menacme, sexually active, and those who fit in the criteria of recurrent vaginal discharge, without definite previous diagnosis, compared with asymptomatic women, who attended an annual routine examination. Pregnant, diabetic and immunosuppressed women were excluded. The study was based on the principle of the null hypothesis, when there are no differences between the two studied groups. Results: The average age was 29.95 years, predominantly single and without children. There was no significant difference in the analysis of relationship time with the current partner, numbers of partners throughout life, gender and contraceptive method. There was predominance of normal vaginal flora (type 1) in both groups, with average prevalence of 44.9%. The alkaline vaginal pH was predominant in the study group. Conclusion: The null hypothesis was confirmed. Biological, behavioral and sociodemographic differences in the studied populations were not identified. In women with recurrent discharge group, there were no infectious etiologic factors, suggesting that clinical diagnoses are not sufficient for the most efficient management of these situations, indicating laboratory evaluation for these cases in order to improve diagnostic accuracy
Introdução: O corrimento vaginal é queixa ginecológica frequente, podendo ou não representar doença. Conceitua-se como corrimento vaginal recorrente aquele que ocorre em quatro ou mais episódios ao ano. Entre as etiologias, citam-se condições fisiológicas e infecciosas, sendo as infecciosas, particularmente as causadas por fungo Candida spp., as mais relacionadas ao sintoma. Apesar dos recursos diagnósticos e terapêuticos disponíveis, tratamentos clínicos empíricos e autotratamentos são muito frequentes e associados a resultados terapêuticos pouco efetivos, levando essa população a questionamentos sobre quais diferenças elas teriam em relação a mulheres sem sintomas. Objetivo: Identificar diferenças sociodemográficas, comportamentais e microbiológicas entre mulheres com corrimento vaginal recorrente e mulheres assintomáticas. Métodos: Estudo transversal envolvendo 126 mulheres com queixa de corrimento recorrente (grupo de estudo) mais 155 controles, totalizando 281 mulheres avaliadas. Foram incluídas no grupo de estudo mulheres no menacme, sexualmente ativas e enquadradas nos critérios de corrimento vaginal recorrente, sem diagnóstico prévio definido, comparadas a mulheres assintomáticas, que compareciam a exame de rotina anual. Foram excluídas as gestantes, diabéticas e imunossuprimidas. Partiu-se de princípio da hipótese nula, em que não há diferenças entre os dois grupos estudados. Resultados: A média de idade foi de 29,95 anos, predominando solteiras e sem filhos. Não houve diferença significativa quando analisados: tempo de relacionamento com o atual parceiro, número de parceiros ao longo da vida, sexarca e método anticoncepcional. Houve predomínio da flora vaginal normal (tipo 1) em ambos os grupos, com prevalência média de 44,9%. O pH vaginal alcalino foi predominante no grupo de estudo. Conclusão: Confirmou-se a hipótese nula, não se identificando diferenças biológicas, comportamentais e sociodemográficas nas populações estudadas. Não se observaram, no grupo de mulheres com corrimento recorrente, fatores etiológicos infecciosos, sugerindo que diagnósticos clínicos não são suficientes para o manejo mais eficiente dessas situações, indicando-se avaliação laboratorial para esses casos com o objetivo de melhorar a acurácia diagnóstica.
Sujet(s)
Humains , Candida , Perte vaginale , Infections , Vagin , Femmes , FloreRÉSUMÉ
Abstract Vulvovaginal candidiasis affects women of reproductive age, which represents approximately 15–25% of vaginitis cases. The present study aimed to isolate and characterize yeast from the patients irrespective of the presentation of clinical symptoms. The isolates were subjected to in vitro susceptibility profile and characterization by molecular markers, which intended to assess the distribution of species. A total of 40 isolates were obtained and identified through the CHROMagar, API20aux and by ITS and D1/D2 regions sequencing of DNAr gene. Candida albicans strains were genotyped by the ABC system and the isolates were divided into two genotypic groups. The identity of the C. albicans, C. glabrata, C. guilliermondii, C. kefyr and Saccharomyces cerevisiae isolates was confirmed by the multilocus analysis. The strains of Candida, isolated from patients with complications, were found to be resistant to nystatin but sensitive to fluconazole, amphotericin B and ketoconazole, as observed by in vitro sensitivity profile. The isolates from asymptomatic patients, i.e., the colonized group, showed a dose-dependent sensitivity to the anti-fungal agents, fluconazole and amphotericin B. However, the isolates of C. albicans that belong to distinct genotypic groups showed the same in vitro susceptibility profile.
Sujet(s)
Humains , Femelle , Adolescent , Adulte , Adulte d'âge moyen , Jeune adulte , Candida/effets des médicaments et des substances chimiques , Candidose vulvovaginale/microbiologie , Antifongiques/pharmacologie , Patients/statistiques et données numériques , Candida/isolement et purification , Candida/classification , Candida/génétique , Tests de sensibilité microbienne , Fluconazole/pharmacologie , Résistance des champignons aux médicamentsRÉSUMÉ
A bactéria Chlamydia trachomatis (CT) é um dos principais agentes responsáveis por desfechos desfavoráveis em parturientes acometidas por doenças sexualmente transmissíveis no Brasil. Está envolvida com parto prematuro, rotura prematura de membranas, gestação ectópica e aborto recorrente,bem como com conjuntivite e pneumonia no recém-nascido. A prevalência da infecção é variável conforme o método utilizado e a população em estudo.Objetivo: estimar a prevalência da infecção por CT em parturientes jovens, entre 18 e 24 anos, admitidas no pronto-atendimento da Maternidade Victor Ferreira do Amaral; caracterizar comportamentos de risco através da avaliação dos dados epidemiológicos; identificar os determinantes de infecção por CT na população estudada. Métodos: na etapa do trabalho realizada em Curitiba- PR, os objetivos englobaram a estimativa da prevalência da infecção por CT em parturientes jovens entre 18 e 24 anos admitidas no pronto-atendimento da Maternidade Victor Ferreira no Amaral do Departamento de Tocoginecologia da Universidade Federal do Paraná, que atende população de gestantes de baixo risco, bem como a caracterização do comportamento de risco para a infecção na população estudada. Esse estudo faz parte de uma pesquisa multicêntrica, de âmbito nacional, transversal, cuja coleta de dados foi realizada no período compreendido entre julho de 2009 e janeiro de 2010. Amostras de urina foram coletadas durante a internação e analisadas pelo método de PCR, para identificação da bactéria. Além disso, foi aplicado um questionário abrangendo dados socio demográficos, gineco-obstétricos e de comportamento de riscopara doenças sexualmente transmissíveis. Resultados: nos resultados obtidos, das 65 amostras de urina coletadas nesta maternidade, quatro mostraram-se positivas para CT, revelando uma prevalência de 6,15%. Fatores de risco para DST, como a presença de início da atividade sexual precoce, bem como a baixa idade, tiveram relação positiva com a infecção. Conclusão: a prevalência da infecção foi inferior à obtida em outras populações de gestantes por métodos que usaram a coleta endocervical; os fatores de risco foram a ausência de parceiro sexual fixo, baixa idade e concomitância com outras DST; apesquisa de CT em gestante é justificável e necessária.
Chlamydia trachomatis (CT) is one of the main agents related with adverse outcomes in pregnant women in Brazil. Is involved in prematurelabor, premature rupture of membranes, ectopic pregnancy and recurrent abortion, as well as conjunctivitis and pneumonia in the newborn. The prevalence of infection varies according to diagnosis method and target population. Objective: the goal from this study was to estimate the prevalence of CT infectionin young pregnant women, between 18 and 24 years, admitted in the emergency room of the Maternity Victor Ferreira do Amaral the Obstetric Low Risk Sector from Gynecology and Obstetrics Department; The characterization from risk behaviors by assessing epidemiological data to identify the determinants conditions for CT infection in this population was evaluated. Methods: this study is part of a multicenter study, nationwide, cross-sectionaldata collection was performed during the period between July 2009 and January 2010. Urine samples were collected during hospitalization and analyzedby PCR for identification of CT. In addition, a questionnaire was administered covering socio-demographic, obstetric and gynecological risk behavior for sexually transmitted diseases. Results: the results obtained from 65 urine samples collected in this interin analysis showed four subjects positives forCT, indicating a prevalence of 6.15%. Risk factors for STDs, such as the presence of early sexual activity and low age from the pregnant was positively associated with the infection. Conclusion: the prevalence of infection was 6.15%, lower than those obtained in other populations of pregnant women whoused methods for collecting endocervical. The risk factors found relating with CT were absence of sexual relationship with the same partner, younger age from the pregnant and presence of association with other STDs. The CT screening in pregnant women is justifiable in addition with an evaluation from the risk factors.
Sujet(s)
Humains , Femelle , Grossesse , Adolescent , Adulte , Infections à Chlamydia/épidémiologie , Maladies sexuellement transmissibles , Prévalence , Études transversales , Facteurs de risqueRÉSUMÉ
Os autores avaliaram 165 pacientes diabéticos dos ambulatórios de Oftalmologia e Endocrinologia do Hospital de Clínicas da UFPR. Os principais achados foram elevada frequência de fundoscopias normais nos cinco primeiros anos de diagnóstico de DM; as fundoscopias normais diminuiram significativamente a partir de 11 anos de doença; presença de retinopatia diabética näo proliferativa em 34 pacientes com Diabetes Mellitus tipo II logo nos primeiros 5 anos da doença; o tipo do diabetes relacionado com o grupo de bom e de mau controle glicêmico näo diferiu estatisticamente; maior número de pacientes no grupo de mau controle glicêmico; maior associaçäo de maculopatia diabética com Diabetes Mellitus tipo II; fundo de olho alterado ocorreu mais em hipertensos do que em normotensos