RÉSUMÉ
O livro, "Narrativas, afetos e saberes coletivos: caminhos do PET-Saúde/Interprofissionalidade do Campus UFRJ Macaé", é fruto do pensamento coletivo do corpo social da Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé e dos trabalhadores de saúde de Macaé, cidade do Norte Fluminense. Todos, co-participantes do Projeto PET-Saúde/Interprofissionalidade. Assim, evidenciamos ser este um marco histórico local, onde a academia, a gestão e os trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) se unem para transformar e inovar numa perspectiva ímpar e complementar às práticas formativas e de cuidados, em prol dos usuários e voltadas para a potência de vida em cada encontro. Ainda neste sentido, a edição 2018/2019 do PET-Saúde, trouxe o desafio da implementação curricular da Educação Interprofissional (EIP), este tema, por sua vez, propõe de maneira enfática uma maior aproximação entre a academia, profissionais da saúde e a comunidade, cujos objetivos são ampliar, promover, articular e apoiar ações interprofissionais voltadas, tanto para as mudanças na formação acadêmica em saúde, quanto para a integração da tríade "ensino-serviço-comunidade", articuladas à Educação Permanente em Saúde (EPS). Destarte, nossa obra traduz a confecção de um leque de experiências e relatos multidisciplinares e interprofissionais, a partir de narrativas, saberes e afetos singulares e coletivos, que são desvelados em cada capítulo. O prisma interprofissional do PET-Saúde, reflete uma formação colaborativa e participativa, que é apreendida em todo manuscrito. Pois, "aprendemos juntos, para trabalhar juntos".
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Grossesse , Nouveau-né , Nourrisson , Enfant d'âge préscolaire , Enfant , Adolescent , Adulte , Adulte d'âge moyen , Sujet âgé , Sujet âgé de 80 ans ou plus , Jeune adulte , Formation des Ressources en Santé Humaine , Pratique factuelleRÉSUMÉ
O estudo visa descrever a prevalência do consumo alimentar de crianças entre 6-24 meses usuárias de uma unidade básica de saúde (UBS). Realizou-se estudo descritivo de base primária, com crianças entre 6-24 meses, usuárias de uma UBS do município de Macaé-RJ, entre outubro de 2016 e fevereiro de 2017. Foi utilizado o formulário "Marcadores de Consumo Alimentar", proposto pela Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN), em contribuição ao Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan). Utilizou-se a prevalência igual ou superior a 80,0%, recomendada pelo Ministério da Saúde para os indicadores de alimentação saudável. Foram analisados dados de 33 crianças, correspondendo a 78,6% do total das crianças usuárias da UBS, na faixa etária avaliada. Ao analisar os indicadores alimentares, observou-se que as crianças entre 6-12 meses não atingiram a meta de 80,0% para o consumo de frutas, legumes, verduras de folha, carnes ou ovo. Em contrapartida, as crianças entre 12-24 meses apresentaram prevalências acima da meta para o consumo de frutas e carnes ou ovo. A metade das crianças entre 6-12 meses consumiu uma vez comida de sal; e a maioria das crianças acima de 12 meses a consumiu duas vezes. Em ambas faixas etárias, houve maior consumo de alimentos em pedaços, com significância estatística apenas para aquelas acima de 12 meses. Conclui-se que as crianças entre 12-24 meses atingiram a meta do Ministério da Saúde para o consumo de frutas e carnes ou ovo. (AU)
The study aims to describe prevalences of food consumption in children aged 6-24 months assisted by a primary healthcare unit (PHU). A primary-based descriptive study was conducted with children between 6-24 months of age, enrolled at a PHU in the municipality of Macaé-RJ, between October, 2016 and February, 2017. The "Food Consumption Markers" form proposed by the Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN) (General Coordination Office for Food and Nutrition) in contribution to the Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) (National System for Food and Nutritional Surveillance) was used in the study. Prevalence of 80% and over was adopted, as recommended by the Ministério da Saúde (Ministry of Health) for healthy food indicators. Data from 33 children were analyzed, corresponding to 78.6% of the total number of children assisted by the PHU for the assessed age groups. In the analysis of food indicators, it was observed that the children aged between 6-12 months did not meet the 80% target for consumption of fruits, vegetables, greens, meats or egg. On the other hand, children aged 12-24 months exhibited prevalences above the target for consumption of fruits, meats or egg. Half of the children aged 6- 12 months consumed salty food once; most of the children over 12 months consumed salty foods twice. For both age groups, there was a higher intake of solid foods in pieces, with statistical significance only for children older than 12 months. It is concluded that the children aged 12-24 months met the Ministry of Health target for consumption of fruits, meats or egg. (AU)
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Nourrisson , Santé de l'enfant , Nutrition du Nourrisson , Centres de Santé , Consommation alimentaire , Régime alimentaire sain , Régime alimentaire sain/statistiques et données numériquesRÉSUMÉ
Resumo Ensaio baseado em reflexão teórico conceitual acerca do conceito racionalidade nutricional e sua relação com a medicalização da comida, onde se buscou apontar a influência que práticas alimentares sofrem do suposto estado de supremacia que a ciência detém, a qual sugere em seu discurso a necessidade de saúde. A partir do pressuposto da racionalidade nutricional como dever comer, supõe-se que este participa do processo de medicalização da comida ao descredenciar o sujeito do autocuidado alimentar, engendrar a ideia de risco de suposta alimentação inadequada e fomentar a ideia de que comer bem é comer de acordo com princípios científicos. A disseminação para o grande público de estudos científicos e os resultados de pesquisas relevam o papel da racionalidade nutricional na promoção de "melhor" saúde em detrimento da existencialidade da comida e de seu papel agregador nas relações intersubjetivas.
Abstract This is an article based on a theoretical and conceptual reflection on the concept of nutritional rationale and its relation to the medicalization of food. The objective is to highlight the influence that eating habits suffer from the alleged condition of supremacy that science holds, which proclaims the need for health in its discourse. Based on the assumption of nutritional rationale as an eating obligation, it is assumed that it is responsible for the process of the medicalization of food. This is achieved by disqualifying the individual from self-care in terms of food, instilling the idea of the risk that comes from supposedly inadequate eating habits and fomenting the idea that to eat well is to eat accordingly to scientific principles. The dissemination of scientific studies and the results of research to the general public reveals the part played by eating in promoting a state of "better" health at the expense of the existentiality of food and its role as the aggregator in intersubjective relations.