RÉSUMÉ
ABSTRACT The authors present a case of necrotizing scleritis after pterygium excision successfully treated with rituximab after attempts with high doses of corticosteroids and immunosuppressive drugs. A literature review revealed case reports and a phase I/II dose-ranging randomized clinical trial using rituximab for necrotizing scleritis with or without association with autoimmune disease. This is the only case report on rituximab treatment for necrotizing scleritis after pterygium surgery. In cases with refractoriness to immunosuppressive drugs, a CD20 antibody can be used.
RESUMO Os autores apresentam um caso de sucesso no tratamento com rituximabe de esclerite necrosante após cirurgia de pterígio refratário a altas doses de corticosteroides e drogas imunossupressoras. Uma revisão da literatura direcionada ao uso de rituximabe para tratamento de esclerites necrosantes revelou relatos de casos e um estudo clínico randomizando fase I/II. Este é o único caso descrito de rituximabe para o tratamento de esclerite necrosante pós cirúrgica. O uso de anticorpo anti-CD20 pode ser uma opção em casos refratários aos imunossupressores no tratamento da esclerite necrosante pós-cirúrgica.
Sujet(s)
Humains , Femelle , Adulte d'âge moyen , Ptérygion/chirurgie , Sclérite/traitement médicamenteux , Rituximab/usage thérapeutique , Facteurs immunologiques/usage thérapeutique , Complications postopératoires/étiologie , Complications postopératoires/traitement médicamenteux , Sclère/effets des médicaments et des substances chimiques , Sclère/anatomopathologie , Procédures de chirurgie ophtalmologique/effets indésirables , Sclérite/étiologie , Reproductibilité des résultats , Résultat thérapeutiqueRÉSUMÉ
RESUMOAs recomendações propostas pela Comissão de Síndrome de Sjögren da Sociedade Brasileira de Reumatologia para tratamento da síndrome de Sjögren foram baseadas em uma revisão sistemática da literatura nas bases de dados Medline (PubMed) e Cochrane até outubro de 2014 e opinião de especialistas na ausência de artigos sobre o assunto. Foram incluídos 131 artigos classificados de acordo com Oxford & Grade. Essas recomendações foram elaboradas com o objetivo de orientar o manejo adequado e facilitar o acesso aos tratamentos para aqueles pacientes com adequada indicação de recebê-los, considerando o contexto socioeconômico brasileiro e os medicamentos disponíveis no país.
ABSTRACTThe recommendations proposed by the Sjögren's Syndrome Committee of the Brazilian Society of Rheumatology for the treatment of Sjögren's syndrome were based on a systematic review of literature in Medline (PubMed) and the Cochrane databases until October 2014 and on expert opinion in the absence of studies on the subject. 131 articles classified according to Oxford & Grade were included. These recommendations were developed in order to guide the management and facilitate the access to treatment for those patients with an appropriate indication, considering the Brazilian socioeconomic context and pharmacological agents available in this country.
Sujet(s)
Humains , Syndrome de Gougerot-Sjögren/thérapie , Brésil , Arbres de décisionRÉSUMÉ
INTRODUCTION: Scleritis is a rare, progressive and serious disease, the signs of which are inflammation and edema of episcleral and scleral tissues and is greatly associated with systemic rheumatoid diseases. PURPOSE: To perform a prospective and comparative study between ophthalmologic manifestations, serologic findings and therapeutic response of patients with isolated scleritis and scleritis associated with systemic rheumatoid disease. METHODS: Thirty-two outpatients with non-infectious scleritis were studied, from March 2006 to March 2008. The treatment was corticoid eye drops associated with anti-inflammatory agents, followed by systemic corticoids and immunosuppressive drugs if necessary, was considered successful after six months without scleritis recurrence. RESULTS: Fourteen of 32 patients had scleritis associated with systemic rheumatoid disease, of which nine had rheumatoid arthritis, two systemic lupus erythematosus, one Crohn's disease, one Behçet's disease and one gout. There were no difference in relation to involvement and ocular complications, there was predominance of nodular anterior scleritis and scleral thinning was the most frequent complication. The scleritis associated with systemic rheumatoid disease group had 64.3 percent of autoantibodies, versus 27.8 percent among those with isolated scleritis and this difference was statistically significant. In the isolated scleritis group 16.7 percent used anti-inflammatory, 33.3 percent corticosteroids, 27.8 percent corticosteroids with one immunosuppressive drug, 5.5 percent two immunosuppressive drugs, 16.7 percent corticosteroids with two immunosuppressive drugs and 33.3 percent pulse of immunosuppressive drugs, there was remission in 88.9 percent. In the scleritis associated with systemic rheumatoid disease group 7.1 percent used anti-inflammatory, 7.1 percent corticosteroids, 50 percent corticosteroids with one immunosuppressive drug, 7.1 percent two immunosuppressive drugs and 22.2 percent pulse of immunosuppressive drugs, 100 percent had treatment success. CONCLUSION: Prevalence of unilateral nodular scleritis was noted in both groups and higher rates of all the parameters tested were noted in the scleritis associated with systemic rheumatoid disease group. There were no differences between the groups with respect to the use of immunosuppressive drugs and therapeutic response, which was fully satisfactory in the scleritis associated with systemic rheumatoid disease group and satisfactory in the isolated scleritis group.
INTRODUÇÃO: Esclerite é uma doença grave, rara e progressiva, que envolve inflamação e edema dos tecidos episcleral superficial, profundo e escleral e está associada com doenças sistêmicas reumatológicas em muitos casos. OBJETIVOS: Realizar um estudo prospectivo comparativo entre as manifestações oftalmológicas, achados sorológicos e resposta terapêutica de pacientes com esclerite isolada e com esclerite associada a doenças sistêmicas reumatológicas. MÉTODOS: Trinta e dois pacientes com esclerite não infecciosa participaram do estudo, de março de 2006 a março de 2008. O tratamento realizado baseou-se no uso de colírios de corticoides associados aos anti-inflamatórios não-hormonais, seguidos de corticoides sistêmicos e imunossupressores, se necessário. O sucesso do tratamento foi considerado como seis meses sem crises de esclerite. RESULTADOS: Quatorze dos 32 pacientes apresentaram esclerite associada à doença sistêmica, dos quais nove com artrite reumatóide, dois com lúpus eritematoso sistêmico, um com doença de Crohn, um com doença de Behçet e um com gota. Não houve diferenças em relação ao envolvimento ocular e suas complicações, predominando a esclerite anterior nodular e o afinamento escleral, respectivamente. O grupo com esclerite associada a doenças sistêmicas apresentou 64,3 por cento de positividade de autoanticorpos contra 27,8 por cento no grupo com esclerite isolada, sendo tal diferença estatisticamente significante. No grupo com esclerite isolada, 16,7 por cento fez uso de apenas anti-inflamatórios, 33,3 por cento de corticoide sistêmico, 27,8 por cento de corticoide com um imunossupressor, 5,5 por cento dois imunossupressores, 16,7 por cento corticoide com dois imunossupressores e 33,3 por cento pulsoterapia com imunossupressor; sendo que houve sucesso do tratamento em 88,9 por cento. No grupo com esclerite associada à doença sistêmica, 7,1 por cento fez uso de anti-inflamatórios, 7,1 por cento corticoide sistêmico, 50 por cento corticoide com um imunossupressor, 7,1 por cento dois imunossupressores e 22,2 por cento pulsoterapia com imunossupressor; com 100 por cento de sucesso no tratamento nesse grupo. CONCLUSÃO: Em ambos os grupos houve predomínio da esclerite nodular unilateral e o grupo com esclerite associada a doença sistêmica apresentou taxas maiores de todos os autoanticorpos testados. Não houve diferença entre os grupos em relação ao uso de imunossupressores e à resposta terapêutica, a qual foi totalmente satisfatória no grupo com esclerite associada à doença sistêmica e satisfatória no grupo com esclerite isolada.
Sujet(s)
Adolescent , Adulte , Sujet âgé , Sujet âgé de 80 ans ou plus , Femelle , Humains , Mâle , Adulte d'âge moyen , Jeune adulte , Anti-inflammatoires/usage thérapeutique , Glucocorticoïdes/usage thérapeutique , Rhumatismes/complications , Sclérite/traitement médicamenteux , Maladies du tissu conjonctif/complications , Maladies du tissu conjonctif/traitement médicamenteux , Maladies du tissu conjonctif/immunologie , Études prospectives , Rhumatismes/traitement médicamenteux , Rhumatismes/immunologie , Sclérite/immunologie , Résultat thérapeutiqueRÉSUMÉ
OBJETIVO: Estudar as características clínicas, tratamento e evolução de pacientes com acometimento da córnea e esclera associados a doenças do tecido conectivo. MÉTODO: Descrição das alterações de segmento anterior em nove pacientes com doenças do tecido conectivo, previamente diagnosticada (5 casos) ou no qual o acometimento ocular foi sua primeira manifestação (4 casos). Todos os pacientes foram atendidos no setor de Doenças Externas Oculares e Córnea da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM), acompanhados no ambulatório no período de julho/1999-dezembro/2000 e submetidos a exame oftalmológico completo, avaliação sistêmica e investigação laboratorial. Tratamento clínico e/ou cirúrgico foi proposto de acordo com a gravidade e evolução das manifestações oculares. RESULTADOS: Os diagnósticos sistêmicos observados nos portadores de doença inflamatória do segmento anterior foram de artrite reumatóide em sete pacientes (77,8 por cento), esclerose sistêmica e granulomatose de Wegener em um paciente cada (22,2 por cento). As manifestações oculares mais freqüentes foram esclerite (66,6 por cento), ceratite ulcerativa periférica (55,5 por cento) e ceratoconjuntivite seca (44,4 por cento). Oitenta e nove por cento dos pacientes necessitaram de terapia imunossupressora sistêmica para o controle da inflamação ocular. A remissão da inflamação observou-se no período de três meses após o início do imunos-supressor (metotrexato, ciclofosfamida e/ou ciclosporina A). Em 55,5 por cento dos pacientes uma abordagem cirúrgica (ressecção da conjuntiva do limbo, adesivo tecidual com lente de contato terapêutica, enxerto de esclera, transplante de córnea) se fez necessária. CONCLUSAO: O envolvimento da córnea e da esclera associado à doença do tecido conectivo é sinal de atividade da doença e geralmente necessita de terapia imunossupressora para o seu controle. O oftalmologista deve estar alerta para detecção precoce e tratamento apropriado da doença de base.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte , Adulte d'âge moyen , Tissu conjonctif , Kératoconjonctivite sèche , Sclérite , Ulcère de la cornée/diagnostic , Ulcère de la cornée/thérapie , Polyarthrite rhumatoïde , Cyclophosphamide , Ciclosporine , Sclérodermie systémique/diagnostic , Granulomatose avec polyangéite , Inflammation/traitement médicamenteux , MéthotrexateRÉSUMÉ
OBJETIVO: Avaliar o grau de entendimento dos pacientes que foram submetidos a transplante de córnea no setor de Patologia Externa e Córnea da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), quanto ao tipo de doença corneana, tratamento realizado, prognóstico e satisfação com o resultado final. MÉTODOS: Quarenta e dois pacientes submetidos a transplante de córnea foram entrevistados por meio de um formulário com diversas variáveis que avaliou: o conhecimento geral sobre o procedimento ao qual foi submetido, o tratamento pós-operatório, os sinais de rejeição e a satisfação final com o tratamento. Também foram revisados os prontuários e colhidos dados em relação ao diagnóstico e ao transplante. Posteriormente os resultados foram tabulados e analisados. RESULTADOS: Dos 42 pacientes entrevistados 64 por cento não sabiam o que é um transplante de córnea, 67 por cento não sabiam o que é rejeição, 30 por cento não sabiam para que servem os colírios receitados e 71 por cento dos pacientes estavam satisfeitos com o resultado final do transplante. CONCLUSÕES: A grande maioria dos pacientes desconhece o que é um transplante de córnea, qual é a importância do uso correto das medicações no pós-operatório e os sinais de rejeição, embora tenham sido submetidos ao procedimento.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Enfant d'âge préscolaire , Enfant , Adolescent , Adulte , Adulte d'âge moyen , Compréhension , Satisfaction des patients , Transplantation de cornée/méthodes , Résultat thérapeutique , Rejet du greffon , Soins postopératoires , Enquêtes et questionnaires , Solutions ophtalmiques/usage thérapeutiqueRÉSUMÉ
Descrevemos o tratamento da descompensação localizada do endotélio corneano secundária à iridosquise primária utilizando a punção estromal anterior em uma paciente de 81 anos. O exame ocular revelou iridosquise inferior no olho direito, com edema corneano localizado no local de contato entra as fibras irianas e o endotélio corneano. Foi realizada a fotocoagulação com laser de argônio das fibras irianas em contato com o endotélio, sem melhora do quadro clínico. Optou-se por realizar a punção estromal anterior, com resolução total da sintomatologia. Assim, sugerimos que a punção estromal anterior deve ser considerada uma opção terapêutica no controle da sintomatologia da descompensação corneana localizada secundária à iridosquise. Foi feita uma revisão da literatura sobre tratamentos paliativos para descompensação endotelial.
Sujet(s)
Humains , Femelle , Soins palliatifs , Cornée , Stroma de la cornée , Maladies de l'iris/diagnostic , Endothélium de la cornée , Sujet âgé de 80 ans ou plus , Ponction-biopsie à l'aiguille/méthodesRÉSUMÉ
Apresentar a frequencia e o tipo de fungos identificados de infecçöes corneanas. Métodos: Levantamento retrospectivo dos casos de ceratites micóticas, no Laboratório Micribiologia Ocular do Departamento de Oftalmologia da Universidade Federal de Säo Paulo (UNIFESP) no período entre 1995 a 1998. Descriçäo dos isolamentos de fungos, análises dos fatores desencadeantes e relaçäo com o número de ceratites infecciosas no mesmo período. Resultados/Conclusäo: Ceratites micóticas foram diagnosticados em 61 (5,48 por cento) dos 113 pacientes que apresentaram úlcera de córnea de etiologia infecciosa, com variaçäo de 3,46 - 9,25 por cento, ao ano. Fungos filamentosos foram identificados em 47 casos (77,04 por cento) e leveduras em 14 (22,95 por cento). Fusarium foi o gênero mais frequente (50,82 por cento), seguido de Candida (22,95 por cento) e Aspergillus (8,19 por cento). Foram também isolados fungos raros com agentes etiológicos de ceratite como: Phaeosiaria sp; Phoma sp; Fonsecaea pedrosoi e Exserohilum rostratum.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Enfant , Adolescent , Adulte , Adulte d'âge moyen , Mycoses oculaires/diagnostic , Mycoses oculaires/rééducation et réadaptation , Kératite/complications , Kératite/diagnostic , Kératite/étiologieRÉSUMÉ
Os autores apresentam 22 casos de artroplastia unicompartimental do joelho operados pelo grupo de joelho do INTO-HTO-RJ, no período compreendido entre fevereiro/90 e agosto/96, com seguimento médio de 56,70 meses; dois casos foram excluídos: um por näo acompanhar o protocolo de revisöes e o outro por ter-se extraviado o prontuário. Do total de pacientes operados, cinco casos evoluíram com resultado insatisfatório, necessitando conversäo para artroplastia total do joelho, sendo dois casos de osteonecrose e três de osteoartrose. Os resultados nos demais pacientes da série foram considerados como excelentes do ponto de vista clínico e radiológico. Concluem os autores que os resultados säo animadores, devendo ser considerada como boa opçÒo terapêutica no tratamento da patologia degenerativa monocompartimental do joelho.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte d'âge moyen , Prothèse de genou/méthodes , Sujet âgé de 80 ans ou plus , Études de suivi , Complications postopératoires , Études rétrospectives , Résultat thérapeutiqueRÉSUMÉ
A lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) é frequente em pacientes jovens, relacionada à prática esportiva profissional e recreacional. Quando lesado, a instabilidade anterior provocada pode levar a torções repetitivas do joelho, lesões da cartilagem articular, artrose da articulação, alterações do equílibrio postural, da cinestesia articular e da força muscular, levando a limitação funcional nas atividades cotidianas e no rendimento esportivo dos atletas