RÉSUMÉ
ABSTRACT Purpose: This study aimed to evaluate the mechanisms of injury and types of orbital fractures and their relation to concurrent commotio retinae. Methods: This retrospective study evaluated the records of patients with orbital fractures whose diagnoses had been confirmed by computer tomography between July 2017 and September 2019. Patient demographics, the circumstances of injury, ophthalmic examination results, and radiological findings were tabulated. Statistical analysis of the data used two-tailed student's t-tests, chi-squared tests, and odds ratio calculations. Statistical significance was set at p<0.05. Results: Of the 204 patients with orbital fractures included in this study, 154 (75.5%) were male. The mean age was 42.1 years. Orbital fractures involving one orbital wall (58.8%) were more common than those affecting multiple walls (41.2%). The majority of fractures affected the inferior wall (60.3%), with the medial walls being the next most frequently affected (19.6%). The most common cause of injury was assault (59.3%), and the second most common was falls (24%). Commotio retinae was observed in 20.1% of orbital fracture cases and was most associated with injuries caused by assault (OR=5.22, p<0.001) and least associated with those caused by falls (OR=0.06, p<0.001). Eye movement restrictions were more common in central than peripheral commotio (OR=3.79, p=0.015) and with medial wall fractures than fractures to other orbital walls (OR=7.16, p<0.001). The odds of commotio were not found to be higher in patients with multi-walled orbital fractures than in those with single-walled fractures (p=0.967). Conclusions: In the study population, assault was the most common cause of orbital fractures and resulted in commotio retinae than other causes. Ophthalmologists should be aware of the likelihood of commotio retinae in patients with orbital fractures resulting from assault, regardless of the extent of the patient's injuries.
RESUMO Objetivo: Este estudo visou avaliar os mecanismos da lesão e os tipos de fraturas orbitárias e sua relação com commotio retinae simultânea. Métodos: Este estudo retrospectivo avaliou registros de pacientes com fraturas orbitárias cujos diagnósticos foram confirmados por tomografia computadorizada entre julho de 2017 e setembro de 2019. Foram registrados os dados demográficos, circunstâncias da lesão, os resultados do exame oftalmológico e achados radiológicos. A análise estatística dos dados usou os testes de t-Student bicaudal, qui-quadrado e cálculos de odds ratio. O significado estatístico foi fixada em p<0,05. Resultados: Dos 204 pacientes com fraturas orbitárias incluídos neste estudo, 154 (75,5%) eram sexo masculino (75,5%). A média de idade foi de 42,1 anos. As fraturas orbitárias envolvendo uma parede orbital (58,8%) foram mais comuns do que as que acometeram várias paredes (41,2%). A maioria das fraturas acometeu a parede inferior (60,3%), sendo as paredes mediais as próximas mais frequentemente afetadas (19,6%). A causda mais comum de lesão foi agressão (59,3%), e a segunda mais comum foi queda (24%). A commotio retinae foi observada em 20,1% dos casos de fratura orbital e foi mais associada a lesões causadas por agressão (OR=5,22, p<0,001) e menos associada com aquelas causadas por quedas (OR=0,06, p<0,001). As restrições de movimentos oculares eram mais comuns na comoção central do que na periférica (OR=3,79, p=0,015) e com fraturas da parede medial do que com fraturas de outras paredes orbitais (OR=7,16, p<0,001). As chances de comoção não foram maiores em pacientes com fraturas orbitais de paredes múltiplas do que naqueles com fraturas de parede simples (p=0,967). Conclusões: Na população do estudo, a agressão foi a causa mais comum de fraturas orbitais e resultou em commotio retinae mais grave do que qualquer outra causa. Os oftalmologistas devem estar cientes da probabilidade de commotio retinae em pacientes com fraturas orbitais resultantes de agressão, independentemente da extensão das lesões do paciente.
RÉSUMÉ
ABSTRACT Patent foramen ovale might cause cryptogenic strokes, including retinal artery occlusion. Herein, we describe a previously healthy young man who presented with central retinal artery occlusion in the setting of patent foramen ovale and explore the need for transesophageal echocardiogram for its diagnosis. Cardiovascular workup and neuroimaging were unremarkable. Transthoracic echocardiogram bubble study revealed a right to left atrial shunt and subsequent transesophageal echocardiogram disclosed patent foramen ovale. This congenital cardiac anomaly was the likely conduit for a thrombo-embolic central retinal artery occlusion. We identified seven patients with patent foramen ovale associated with central retinal artery occlusion in the literature. Transthoracic echocardiogram was diagnostic in only one patient (14.3%), whereas transesophageal echocardiogram was required to reveal patent foramen ovale in the remaining six (85.7%). Our case and the previous reports support the link between central retinal artery occlusion and patent foramen ovale. Therefore, providers should consider the more sensitive transesophageal echocardiogram during the initial evaluation of young patients without immediately identifiable causes of retinal artery occlusion.
RESUMO O forame oval patente pode estar associado a derrames criptogênicos que incluem a oclusão da artéria retiniana. Descrevemos aqui um jovem previamente saudável que apresentou oclusão da artéria central da retina associada ao forame oval patente, sendo considerado portanto, a necessidade de um ecocardiograma transesofágico para seu diagnóstico. A avaliação cardiovascular e a neuroimagem não foram significativas. O estudo da bolha no ecocardiograma transtorácico revelou um shunt atrial direito-esquerdo e o ecocardiograma transesofágico subsequente revelou um forame oval patente. Esta anomalia cardíaca congênita foi o provável conduíte para uma oclusão tromboembólica da artéria central retiniana Na literatura, foram identificadossete pacientes com forame oval patente associado à oclusão da artéria central retiniana. O ecocardiograma transtorácico diagnosticou apenas um paciente (14,3%), enquanto o ecocardiograma transesofágico foi necessário para revelar o forame oval patente nos seis casos restantes (85,7%). Nosso caso e relatos anteriores suportam a ligação entre a oclusão da artéria central retiniana e o forame oval patente. Os profissionais devem considerar, como sendo mais sensível, o ecocardiograma transesofágico na avaliação inicial de pacientes jovens sem causas imediatamente identificáveis de oclusões da artéria retiniana.