RÉSUMÉ
ABSTRACT Introduction: Acute kidney injury (AKI) is an abrupt deterioration of kidney function. The incidence of pediatric AKI is increasing worldwide, both in critically and non-critically ill settings. We aimed to characterize the presentation, etiology, evolution, and outcome of AKI in pediatric patients admitted to a tertiary care center. Methods: We performed a retrospective observational single-center study of patients aged 29 days to 17 years and 365 days admitted to our Pediatric Nephrology Unit from January 2012 to December 2021, with the diagnosis of AKI. AKI severity was categorized according to Kidney Disease Improving Global Outcomes (KDIGO) criteria. The outcomes considered were death or sequelae (proteinuria, hypertension, or changes in renal function at 3 to 6 months follow-up assessments). Results: Forty-six patients with a median age of 13.0 (3.5-15.5) years were included. About half of the patients (n = 24, 52.2%) had an identifiable risk factor for the development of AKI. Thirteen patients (28.3%) were anuric, and all of those were categorized as AKI KDIGO stage 3 (p < 0.001). Almost one quarter (n = 10, 21.7%) of patients required renal replacement therapy. Approximately 60% of patients (n = 26) had at least one sequelae, with proteinuria being the most common (n = 15, 38.5%; median (P25-75) urinary protein-to-creatinine ratio 0.30 (0.27-0.44) mg/mg), followed by reduced glomerular filtration rate (GFR) (n = 11, 27.5%; median (P25-75) GFR 75 (62-83) mL/min/1.73 m2). Conclusions: Pediatric AKI is associated with substantial morbidity, with potential for proteinuria development and renal function impairment and a relevant impact on long-term prognosis.
RESUMO Introdução: Insuficiência renal aguda (IRA) é uma deterioração abrupta da função renal. A incidência de IRA pediátrica está aumentando em todo o mundo, em ambientes críticos e não críticos. Nosso objetivo foi caracterizar apresentação, etiologia, evolução e desfechos da IRA em pacientes pediátricos internados em um centro de atendimento terciário. Métodos: Realizamos estudo retrospectivo observacional de centro único de pacientes com idade entre 29 dias a 17 anos e 365 dias internados em nossa Unidade de Nefrologia Pediátrica, de janeiro de 2012 a dezembro de 2021, com diagnóstico de IRA. A gravidade da IRA foi categorizada de acordo com os critérios do Kidney Disease Improving Global Outcomes (KDIGO). Os desfechos considerados foram óbito ou sequelas (proteinúria, hipertensão ou alterações na função renal em avaliações de acompanhamento de 3 a 6 meses). Resultados: Incluímos 46 pacientes com idade mediana de 13,0 (3,5-15,5) anos. Cerca de metade (n = 24; 52,2%) apresentou um fator de risco identificável para o desenvolvimento de IRA. Treze pacientes (28,3%) eram anúricos; todos foram classificados como IRA KDIGO 3 (p < 0,001). Quase um quarto (n = 10; 21,7%) dos pacientes necessitaram de terapia renal substitutiva. Aproximadamente 60% (n = 26) apresentou pelo menos uma sequela, sendo proteinúria a mais comum (n = 15; 38,5%; mediana (P25-75) da relação proteína/creatinina urinária 0,30 (0,27-0,44) mg/mg), seguida de taxa de filtração glomerular (TFG) reduzida (n = 11; 27,5%; mediana (P25-75) da TFG 75 (62-83) mL/min/1,73 m2). Conclusões: A IRA pediátrica está associada à morbidade substancial, com potencial para desenvolvimento de proteinúria e comprometimento da função renal e impacto relevante no prognóstico de longo prazo.
RÉSUMÉ
Abstract Introduction: Nonagenarians constitute a rising percentage of inpatients, with acute kidney injury (AKI) being frequent in this population. Thus, it is important to analyze the clinical characteristics of this demographic and their impact on mortality. Methods: Retrospective study of nonagenarian patients with AKI at a tertiary hospital between 2013 and 2022. Only the latest hospital admission was considered, and patients with incomplete data were excluded. A logistic regression analysis was conducted to define risk factors for mortality. A p-value < 0.05 was considered statistically significant. Results: A total of 150 patients were included, with a median age of 93.0 years (91.2-95.0), and males accounting for 42.7% of the sample. Sepsis was the most common cause of AKI (53.3%), followed by dehydration/hypovolemia (17.7%), and heart failure (17.7%). ICU admission occurred in 39.3% of patients, mechanical ventilation in 14.7%, vasopressors use in 22.7% and renal replacement therapy (RRT) in 6.7%. Death occurred in 56.7% of patients. Dehydration/hypovolemia as an etiology of AKI was associated with a lower risk of mortality (OR 0.18; 95% CI 0.04-0.77, p = 0.020). KDIGO stage 3 (OR 3.15; 95% CI 1.17-8.47, p = 0.023), ICU admission (OR 12.27; 95% CI 3.03-49.74, p < 0.001), and oliguria (OR 5.77; 95% CI 1.98-16.85, p = 0.001) were associated with mortality. Conclusion: AKI nonagenarians had a high mortality rate, with AKI KDIGO stage 3, oliguria, and ICU admission being associated with death.
Resumo Introdução: Nonagenários constituem um percentual de pacientes internados em ascensão, sendo a injúria renal aguda (IRA) frequente nesses pacientes. Sendo assim, é importante analisar as características clínicas dessa população e seu impacto na mortalidade. Métodos: Estudo retrospectivo de pacientes nonagenários com IRA entre 2013 e 2022 em um hospital terciário. Apenas o último internamento foi considerado e pacientes com dados incompletos foram excluídos. Uma análise por regressão logística foi realizada para definir fatores de risco para mortalidade. Um valor de p < 0,05 foi considerado significativo. Resultados: Foram incluídos 150 pacientes com mediana de idade 93,0 anos (91,2-95,0) e sexo masculino em 42,7%. Sepse foi a causa mais comum de IRA (53,3%), seguida de desidratação/hipovolemia (17,7%) e insuficiência cardíaca (17,7%). Admissão na UTI ocorreu em 39,3% dos pacientes, ventilação mecânica em 14,7%, uso de vasopressores em 22,7% e realização de terapia renal substitutiva (TRS) em 6,7%. Óbito ocorreu em 56,7% dos pacientes. Desidratação/hipovolemia como etiologia da IRA foi associado a menor risco de mortalidade (OR 0,18; IC 95% 0,04-0,77, p = 0,020). Estágio KDIGO 3 (OR 3,15; IC 95% 1,17-8,47, p = 0,023), admissão na UTI (OR 12,27; IC 95% 3,03-49,74, p < 0,001) e oligúria (OR 5,77; IC 95% 1,98-16,85, p = 0,001) foram associados à mortalidade. Conclusão: Nonagenários com IRA apresentaram alta mortalidade e IRA KDIGO 3, oligúria e admissão na UTI foram associadas ao óbito.
RÉSUMÉ
ABSTRACT Introduction: Contrast-associated acute kidney injury (CA-AKI) is a deterioration of kidney function that occurs after the administration of a iodinated contrast medium (ICM). Most studies that defined this phenomenon used older ICMs that were more prone of causing CA-AKI. In the past decade, several articles questioned the true incidence of CA-AKI. However, there is still a paucity of a data about the safety of newer ICM. Objective: To assess the incidence of CA-AKI in hospitalized patients that were exposed to computed tomography (CT) with and without ICM. Methods: Prospective cohort study with 1003 patients who underwent CT in a tertiary hospital from December 2020 through March 2021. All inpatients aged > 18 years who had a CT scan during this period were screened for the study. CA-AKI was defined as a relative increase of serum creatinine of ≥ 50% from baseline or an absolute increase of ≥ 0.3 mg/dL within 18 to 48 hours after the CT. Chi-squared test, Kruskal-Wallis test, and linear regression model with restricted cubic splines were used for statistical analyses. Results: The incidence of CA-AKI was 10.1% in the ICM-exposed group and 12.4% in the control group when using the absolute increase criterion. The creatinine variation from baseline was not significantly different between groups. After adjusting for baseline factors, contrast use did not correlate with worse renal function. Conclusion: The rate of CA-AKI is very low, if present at all, with newer ICMs, and excessive caution regarding contrast use is probably unwarranted.
RESUMO Introdução: Lesão renal aguda associada ao contraste (LRA-AC) é uma deterioração da função renal que ocorre após a administração de meio de contraste iodado (MCI). A maioria dos estudos que definiram esse fenômeno utilizaram MCI mais antigos, mais propensos a causar LRA-AC. Na última década, diversos artigos questionaram a verdadeira incidência de LRA-AC. Entretanto, ainda há escassez de dados sobre a segurança dos MCI mais novos. Objetivo: Avaliar a incidência de LRA-AC em pacientes hospitalizados expostos à tomografia computadorizada (TC) com e sem MCI. Métodos: Estudo de coorte prospectivo com 1.003 pacientes submetidos a TC em hospital terciário, de dezembro/2020 a março/2021. Todos os pacientes internados com idade ≥ 18 anos que realizaram TC nesse período foram selecionados. A LRA-AC foi definida como aumento relativo de creatinina sérica de ≥ 50% em relação ao valor basal ou aumento absoluto de ≥ 0,3 mg/dL dentro de 18 a 48 horas após a TC. Utilizamos o teste qui-quadrado, teste de Kruskal-Wallis e modelo de regressão linear com splines cúbicos restritos para análises estatísticas. Resultados: A incidência de LRA-AC foi 10,1% no grupo exposto ao MCI e 12,4% no grupo controle ao usar o critério de aumento absoluto. A variação da creatinina em relação ao valor basal não foi significativamente diferente entre os grupos. Após ajuste para fatores basais, o uso de contraste não se correlacionou com pior função renal. Conclusão: A taxa de LRA-AC é muito baixa, caso exista, com MCIs mais novos, e a cautela excessiva quanto ao uso de contraste provavelmente não se justifica.
RÉSUMÉ
Abstract Introduction: Acute kidney injury (AKI) occurs frequently in COVID-19 patients and is associated with greater morbidity and mortality. Knowing the risks of AKI allows for identification, prevention, and timely treatment. This study aimed to identify the risk factors associated with AKI in hospitalized patients. Methods: A descriptive, retrospective, cross-sectional, and analytical component study of adult patients hospitalized with COVID-19 from March 1 to December 31, 2020 was carried out. AKI was defined by the creatinine criteria of the KDIGO-AKI guidelines. Information, regarding risk factors, was obtained from electronic medical records. Results: Out of the 934 patients, 42.93% developed AKI, 60.59% KDIGO-1, and 9.9% required renal replacement therapy. Patients with AKI had longer hospital stay, higher mortality, and required more intensive care unit (ICU) admission, mechanical ventilation, and vasopressor support. Multivariate analysis showed that age (OR 1.03; 95% CI 1.02-1.04), male sex (OR 2.13; 95% CI 1.49-3.04), diabetes mellitus (DM) (OR 1.55; 95% CI 1.04-2.32), chronic kidney disease (CKD) (OR 2.07; 95% CI 1.06-4.04), C-reactive protein (CRP) (OR 1.02; 95% CI 1.00-1.03), ICU admission (OR 1.81; 95% CI 1.04-3.16), and vasopressor support (OR 7.46; 95% CI 3.34-16.64) were risk factors for AKI, and that bicarbonate (OR 0.89; 95% CI 0.84-0.94) and partial pressure arterial oxygen/inspired oxygen fraction index (OR 0.99; 95% CI 0.98-0.99) could be protective factors. Conclusions: A high frequency of AKI was documented in COVID-19 patients, with several predictors: age, male sex, DM, CKD, CRP, ICU admission, and vasopressor support. AKI occurred more frequently in patients with higher disease severity and was associated with higher mortality and worse outcomes.
RESUMO Introdução: Lesão renal aguda (LRA) ocorre frequentemente em pacientes com COVID-19 e associa-se a maior morbidade e mortalidade. Conhecer riscos da LRA permite a identificação, prevenção e tratamento oportuno. Este estudo teve como objetivo identificar fatores de risco associados à LRA em pacientes hospitalizados. Métodos: Realizou-se estudo descritivo, retrospectivo, transversal e de componente analítico de pacientes adultos hospitalizados com COVID-19 de 1º de março a 31 de dezembro, 2020. Definiu-se a LRA pelos critérios de creatinina das diretrizes KDIGO-LRA. Informações sobre fatores de risco foram obtidas de prontuários eletrônicos. Resultados: Dos 934 pacientes, 42,93% desenvolveram LRA, 60,59% KDIGO-1 e 9,9% necessitaram de terapia renal substitutiva. Pacientes com LRA apresentaram maior tempo de internação, maior mortalidade e necessitaram de mais internações em UTIs, ventilação mecânica e suporte vasopressor. A análise multivariada mostrou que idade (OR 1,03; IC 95% 1,02-1,04), sexo masculino (OR 2,13; IC 95% 1,49-3,04), diabetes mellitus (DM) (OR 1,55; IC 95% 1,04-2,32), doença renal crônica (DRC) (OR 2,07; IC 95% 1,06-4,04), proteína C reativa (PCR) (OR 1,02; IC 95% 1,00-1,03), admissão em UTI (OR 1,81; IC 95% 1,04-3,16) e suporte vasopressor (OR 7,46; IC 95% 3,34-16,64) foram fatores de risco para LRA, e que bicarbonato (OR 0,89; IC 95% 0,84-0,94) e índice de pressão parcial de oxigênio arterial/fração inspirada de oxigênio (OR 0,99; IC 95% 0,98-0,99) poderiam ser fatores de proteção. Conclusões: Documentou-se alta frequência de LRA em pacientes com COVID-19, com diversos preditores: idade, sexo masculino, DM, DRC, PCR, admissão em UTI e suporte vasopressor. LRA ocorreu mais frequentemente em pacientes com maior gravidade da doença e associou-se a maior mortalidade e piores desfechos.
RÉSUMÉ
ABSTRACT Introduction: Acute Kidney Injury (AKI) in the Intensive Care Unit (ICU) have concepts of diagnosis and management have water balance as their main point of evaluation. In our ICU, from 2004 to 2012, the nephrologist's participation was on demand only; and as of 2013 their participation became continuous in meetings to case discussion. The aim of this study was to establish how an intense nephrologist/intensivist interaction influenced the frequency of dialysis indication, fluid balance and pRIFLE classification during these two observation periods. Methods: Retrospective study, longitudinal evaluation of all children with AKI undergoing dialysis (2004 to 2016). Parameters studied: frequency of indication, duration and volume of infusion in the 24 hours preceding dialysis; diuresis and water balance every 8 hours. Non-parametric statistics, p ≤ 0.05. Results: 53 patients (47 before and 6 after 2013). There were no significant differences in the number of hospitalizations or cardiac surgeries between the periods. After 2013, there was a significant decrease in the number of indications for dialysis/year (5.85 vs. 1.5; p = 0.000); infusion volume (p = 0.02), increase in the duration of dialysis (p = 0.002) and improvement in the discrimination of the pRIFLE diuresis component in the AKI development. Conclusion: Integration between the ICU and pediatric nephrology teams in the routine discussion of cases, critically approaching water balance, was decisive to improve the management of AKI in the ICU.
RESUMO Introdução: Os conceitos sobre diagnóstico e conduta da Lesão Renal Aguda (LRA) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) tem como ponto primordial a avaliação do balanço hídrico. Em nossa UTI, de 2004 a 2012, a participação do nefrologista era sob demanda. A partir de 2013, a participação passou a ser contínua em reunião de discussão de casos. O objetivo deste estudo foi determinar como a maior interação nefrologista/intensivista influenciou a frequência de indicação de diálise, no balanço hídrico e na classificação pRIFLE durante esses dois períodos de observação. Método: Estudo retrospectivo, avaliação longitudinal de todas as crianças com LRA em diálise (2004 a 2016). Parâmetros estudados: frequência de indicação, tempo de duração e volume de infusão nas 24 horas precedendo a diálise; diurese e balanço hídrico a cada 8 horas. Estatística não paramétrica, p ≤ 0,05. Resultado: 53 pacientes (47 antes e 6 após 2013). Sem diferença significativa no número de internações e nem de cirurgias cardíacas entre os períodos. Após 2013, houve diminuição significativa no número de indicação de diálise/ano (5,85 vs. 1,5; p = 0,000); no volume de infusão (p = 0,02), aumento do tempo de duração da diálise (p = 0,002) e melhora da discriminação do componente diurese do pRIFLE na indicação de LRA. Conclusão: Integração entre equipes de UTI e nefrologia pediátrica na discussão rotineira de casos, abordando criticamente o balanço hídrico, foi determinante para a melhora na conduta da LRA na UTI.
RÉSUMÉ
Abstract Introduction: Acute kidney injury (AKI) is a frequent complication of severe COVID-19 and is associated with high case fatality rate (CFR). However, there is scarcity of data referring to the CFR of AKI patients that underwent kidney replacement therapy (KRT) in Brazil. The main objective of this study was to describe the CFR of critically ill COVID-19 patients treated with acute kidney replacement therapy (AKRT). Methods: Retrospective descriptive cohort study. We included all patients treated with AKRT at an intensive care unit in a single tertiary hospital over a 15-month period. We excluded patients under the age of 18 years, patients with chronic kidney disease on maintenance dialysis, and cases in which AKI preceded COVID-19 infection. Results: A total of 100 out of 1479 (6.7%) hospitalized COVID-19 patients were enrolled in this study. The median age was 74.5 years (IQR 64 - 82) and 59% were male. Hypertension (76%) and diabetes mellitus (56%) were common. At the first KRT prescription, 85% of the patients were on invasive mechanical ventilation and 71% were using vasoactive drugs. Continuous veno-venous hemodiafiltration (CVVHDF) was the preferred KRT modality (82%). CFR was 93% and 81 out of 93 deaths (87%) occurred within the first 10 days of KRT onset. Conclusion: AKRT in hospitalized COVID-19 patients resulted in a CFR of 93%. Patients treated with AKRT were typically older, critically ill, and most died within 10 days of diagnosis. Better strategies to address this issue are urgently needed.
Resumo Introdução: Injúria renal aguda (IRA) é uma complicação frequente da COVID-19 grave e está associada a alta taxa de letalidade (TL). Entretanto, há escassez de dados referentes à TL de pacientes com IRA submetidos a suporte renal artificial (SRA) no Brasil. O objetivo principal deste estudo foi descrever a TL de pacientes graves com IRA por COVID-19 tratados com SRA. Métodos: Estudo de coorte descritivo retrospectivo. Incluímos todos os pacientes tratados com SRA em unidade de terapia intensiva de um único hospital terciário por 15 meses. Excluímos pacientes menores de 18 anos, pacientes com doença renal crônica em diálise de manutenção e casos nos quais a IRA precedeu a infeção por COVID-19. Resultados: Incluímos neste estudo um total de 100 dos 1479 (6,7%) pacientes hospitalizados com COVID-19. A mediana de idade foi 74,5 anos (IIQ 64 - 82) e 59% eram homens. Hipertensão (76%) e diabetes mellitus (56%) foram comuns. Na primeira prescrição de SRA, 85% dos pacientes estavam em ventilação mecânica invasiva e 71% em uso de drogas vasoativas. A hemodiafiltração contínua foi a modalidade de SRA preferida (82%). A TL foi de 93% e 81 dos 93 óbitos (87%) ocorreram nos primeiros 10 dias do início da SRA. Conclusão: O SRA em pacientes hospitalizados com IRA por COVID-19 resultou em TL de 93%. Os pacientes tratados com SRA eram geralmente idosos, gravemente enfermos e a maioria foi a óbito em até 10 dias após o diagnóstico. Estratégias melhores para abordar esse problema são urgentemente necessárias.
RÉSUMÉ
The compound "ADE" is an injectable oil for veterinary use which contains large amounts of vitamins A, D and E. The parenteral application in humans leads to a granuloma reaction which triggers hypercalcemia. A 42-year-old man was admitted with lower limb pain, nephrolithiasis and nephrocalcinosis. Laboratory tests revealed creatinine 4.59 mg/dl, calcium 13.3 mg/dl and parathormone 13.8 pg/ml. He underwent an ureterolithotripsy, stent placement, intravenous crystalloid fluids, and corticosteroid. He improved symptoms, kidney function and normalized serum calcium. The "ADE"-induced hypercalcemia diagnosis can be challenging. The early diagnosis may avoid negative outcomes.
O composto "ADE'' é um óleo veterinário injetável que contém grandes quantidades de vitaminas A, D e E. A aplicação parenteral causa reação granulomatosa e hipercalcemia. Um homem de 42 anos foi admitido com dor no membro inferior, nódulos musculares endurecidos, nefrolitíase e nefrocalcinose. O laboratório revelou creatinina 4,59 mg/dl, cálcio 13,3 mg/dl e paratormônio 13,8 pg/ml. Foi tratado com ureterolitotripsia, cateter duplo-J, cristaloide intravenoso e corticoterapia. Ele apresentou melhora dos sintomas, função renal e normalizou cálcio. O diagnóstico da hipercalcemia pelo "ADE'' pode ser desafiador. O diagnóstico precoce pode evitar desfechos negativos.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Adulte , Atteinte rénale aigüe , Hypercalcémie , Néphrolithiase , NéphrocalcinoseRÉSUMÉ
Resumo Objetivo Descrever a prevalência de lesão renal aguda em adultos jovens com diagnóstico da COVID-19 admitidos em unidade terapia intensiva. Métodos Estudo retrospectivo, quantitativo e analítico. A amostra foi de adultos jovens (20 a 40 anos) admitidos em unidades de terapia intensiva, com diagnóstico de infecção por SARS-CoV-2 entre março e dezembro de 2020. Os dados foram obtidos por meio do prontuário eletrônico, e a lesão renal aguda foi definida pelo valor da creatinina, segundo critérios das diretrizes da Kidney Disease Improving Global Outcomes. A significância estatística foi de p≤0,05. Resultados Foram internados 58 adultos jovens, sendo 63,8% do sexo masculino. A hipertensão arterial sistêmica esteve presente em 39,6%, a obesidade em 18,9% e o diabetes mellitus em 8,6%. A lesão renal aguda foi identificada em 55,1%, sendo o estágio 3 predominante em 43,1% deles. Nesses pacientes, o uso de ventilação mecânica e de drogas vasoativas foi significativo em 92%, assim como a disfunção orgânica respiratória (80%), seguida da renal (76%). Fatores de risco, como transplante renal ou doença renal crônica e obesidade, aumentaram em 12,3 e 9,0 vezes, respectivamente, a chance de desenvolver lesão renal aguda. Conclusão Este estudo demonstrou alta prevalência de lesão renal em adultos jovens e sua associação com comorbidades prévias. Obesidade, transplante renal e doença renal crônica elevaram a chance de o adulto jovem desenvolver lesão renal aguda, resultando em desfechos a favor da morbimortalidade.
Resumen Objetivo Describir la prevalencia de lesión renal aguda en adultos jóvenes con diagnóstico de COVID-19 admitidos en unidad de cuidados intensivos. Métodos Estudio retrospectivo, cuantitativo y analítico. La muestra fue de adultos jóvenes (20 a 40 años) admitidos en unidades de cuidados intensivos, con diagnóstico de infección por SARS-CoV-2 entre marzo y diciembre de 2020. Los datos se obtuvieron por medio de historias clínicas electrónicas, y la lesión renal aguda fue definida por el valor de la creatinina, de acuerdo con criterios de las directrices de la Kidney Disease Improving Global Outcomes. La significación estadística fue de p≤0,05. Resultados Hubo 58 adultos jóvenes internados, el 63,8 % de sexo masculino. La hipertensión arterial sistémica estuvo presente en el 39,6 %, la obesidad en el 18,9 % y la diabetes mellitus en el 8,6 %. Se identificó lesión renal aguda en el 55,1 %, de nivel 3 como predominante en el 43,1 % de los casos. En esos pacientes, el uso de ventilación mecánica y de drogas vasoactivas fue significativo en el 92 %, así como también la disfunción orgánica respiratoria (80 %), seguida de la renal (76 %). Los factores de riesgo, como trasplante renal o enfermedad renal crónica y obesidad, aumentaron 12,3 y 9,0 veces respectivamente la probabilidad de presentar lesión renal aguda. Conclusión Este estudio demostró alta prevalencia de lesión renal en adultos jóvenes y su asociación con comorbilidades previas. La obesidad, el trasplante renal y la enfermedad renal crónica aumentaron la probabilidad de que los adultos jóvenes presenten lesión renal aguda, lo que da como resultado desenlaces a favor de la morbimortalidad.
Abstract Objective To describe acute kidney injury prevalence in young adults diagnosed with COVID-19 admitted to the Intensive Care Unit. Methods This is a retrospective, quantitative and analytical study. The sample consisted of young adults (20 to 40 years old) admitted to Intensive Care Units, diagnosed with SARS-CoV-2 infection between March and December 2020. Data were obtained through electronic medical records, and kidney injury acute was defined by the creatinine value, according to the Kidney Disease Improving Global Outcomes guidelines criteria. Statistical significance was p≤0.05. Results A total of 58 young adults were hospitalized, 63.8% of whom were male. Hypertension was present in 39.6%, obesity in 18.9%, and diabetes mellitus in 8.6%. Acute kidney injury was identified in 55.1%, with stage 3 predominating in 43.1% of them. In these patients, the use of mechanical ventilation and vasoactive drugs was significant in 92% as well as respiratory organ dysfunction (80%), followed by renal organ dysfunction (76%). Risk factors such as kidney transplantation or chronic kidney disease and obesity increased by 12.3 and 9.0 times, respectively, the chances of developing acute kidney injury. Conclusion This study demonstrated a high kidney injury prevalence in young adults and its association with previous comorbidities. Obesity, kidney transplantation and chronic kidney disease increased the chance of young adults to develop acute kidney injury, resulting in outcomes in favor of morbidity and mortality.
RÉSUMÉ
ABSTRACT Objective To investigate the factors influencing carbon dioxide transfer in a system that integrates an oxygenation membrane in series with high-bicarbonate continuous veno-venous hemodialysis in hypercapnic animals. Methods In an experimental setting, we induced severe acute kidney injury and hypercapnia in five female Landrace pigs. Subsequently, we initiated high (40mEq/L) bicarbonate continuous veno-venous hemodialysis with an oxygenation membrane in series to maintain a pH above 7.25. At intervals of 1 hour, 6 hours, and 12 hours following the initiation of continuous veno-venous hemodialysis, we performed standardized sweep gas flow titration to quantify carbon dioxide transfer. We evaluated factors associated with carbon dioxide transfer through the membrane lung with a mixed linear model. Results A total of 20 sweep gas flow titration procedures were conducted, yielding 84 measurements of carbon dioxide transfer. Multivariate analysis revealed associations among the following (coefficients ± standard errors): core temperature (+7.8 ± 1.6 °C, p < 0.001), premembrane partial pressure of carbon dioxide (+0.2 ± 0.1/mmHg, p < 0.001), hemoglobin level (+3.5 ± 0.6/g/dL, p < 0.001), sweep gas flow (+6.2 ± 0.2/L/minute, p < 0.001), and arterial oxygen saturation (-0.5 ± 0.2%, p = 0.019). Among these variables, and within the physiological ranges evaluated, sweep gas flow was the primary modifiable factor influencing the efficacy of low-blood-flow carbon dioxide removal. Conclusion Sweep gas flow is the main carbon dioxide removal-related variable during continuous veno-venous hemodialysis with a high bicarbonate level coupled with an oxygenator. Other carbon dioxide transfer modulating variables included the hemoglobin level, arterial oxygen saturation, partial pressure of carbon dioxide and core temperature. These results should be interpreted as exploratory to inform other well-designed experimental or clinical studies.
RESUMO Objetivo Investigar os fatores que influenciam a transferência de dióxido de carbono em um sistema que integra uma membrana de oxigenação em série com terapia de substituição renal contínua com alto teor de bicarbonato em animais hipercápnicos. Métodos Em um ambiente experimental, induzimos lesão renal aguda grave e hipercapnia em cinco porcos Landrace fêmeas. Em seguida, iniciamos terapia de substituição renal contínua com alto teor de bicarbonato (40mEq/L) com uma membrana de oxigenação em série para manter o pH acima de 7,25. Em intervalos de 1 hora, 6 horas e 12 horas após o início da terapia de substituição renal contínua, realizamos uma titulação padronizada do fluxo de gás de varredura para quantificar a transferência de dióxido de carbono. Avaliamos os fatores associados à transferência de dióxido de carbono através da membrana pulmonar com um modelo linear misto. Resultados Realizamos 20 procedimentos de titulação do fluxo de gás de varredura, produzindo 84 medições de transferência de dióxido de carbono. A análise multivariada revelou associações entre os seguintes itens (coeficientes ± erros padrão): temperatura central (+7,8 ± 1,6 °C, p < 0,001), pressão parcial pré-membrana de dióxido de carbono (+0,2 ± 0,1mmHg, p < 0,001), nível de hemoglobina (+3,5 ± 0,6g/dL, p < 0,001), fluxo de gás de varredura (+6,2 ± 0,2L/minuto, p < 0,001) e saturação de oxigênio (-0,5% ± 0,2%, p = 0,019). Entre essas variáveis, e dentro das faixas fisiológicas avaliadas, o fluxo do gás de varredura foi o principal fator modificável que influenciou a eficácia da remoção de dióxido de carbono de baixo fluxo sanguíneo. Conclusão O fluxo do gás de varredura é a principal variável relacionada à remoção de dióxido de carbono durante a terapia de substituição renal contínua com um alto nível de bicarbonato acoplado a um oxigenador. Outras variáveis moduladoras da transferência de dióxido de carbono incluíram o nível de hemoglobina, a saturação de oxigênio, a pressão parcial de dióxido de carbono e a temperatura central. Esses resultados devem ser interpretados como exploratórios para informar outros estudos experimentais ou clínicos bem planejados.
RÉSUMÉ
Resumo Objetivo Identificar a frequência de lesão renal aguda (LRA) em pacientes hospitalizados com COVID-19, as características associadas, a mortalidade e a letalidade. Métodos Revisão realizada nas bases de dados CINAHL, Embase, LILACS, Livivo, PubMed, SCOPUS, Web of Science e, na literatura cinzenta (Google Acadêmico) em 12 de janeiro de 2022. Foram incluídos artigos em inglês, espanhol e português, publicados a partir de novembro 2019 até janeiro de 2022, em pacientes maiores de 18 anos com COVID-19 hospitalizados e LRA conforme critério Kidney Disease Improving Global Outcomes (KDIGO). Os estudos selecionados foram lidos na íntegra para extração, interpretação, síntese e categorização conforme nível de evidência. Resultados 699 artigos encontrados e 45 incluídos. A idade avançada, sexo masculino, hipertensão, doença renal crônica, ventilação mecânica, aumento da proteína C reativa, uso de drogas vasoativas e de determinadas classes de anti-hipertensivos foram associados a LRA. A LRA está relacionada à maior frequência de mortalidade. Em 30% dos pacientes hospitalizados com COVID-19 houve LRA. A taxa de mortalidade por LRA foi de 5% e a letalidade de 18%. Conclusão Estes resultados ressaltam a relevância da LRA como uma complicação significativa da COVID-19 e sugerem que um controle mais cuidadoso e precoce dos fatores associados poderia potencialmente reduzir a mortalidade e a letalidade. É crucial intensificar a pesquisa nesse campo para esclarecer melhor os mecanismos envolvidos na lesão renal em pacientes com COVID-19, bem como identificar estratégias terapêuticas mais efetivas para sua prevenção e tratamento nesse contexto.
Resumen Objetivo Identificar la frecuencia de lesión renal aguda (LRA) en pacientes hospitalizados con COVID-19, las características relacionadas, la mortalidad y la letalidad. Métodos Revisión realizada en las bases de datos CINAHL, Embase, LILACS, Livivo, PubMed, SCOPUS, Web of Science y en la literatura gris (Google Académico) el 12 de enero de 2022. Se incluyeron artículos en inglés, español y portugués, publicados a partir de noviembre de 2019 hasta enero de 2022, con pacientes mayores de 18 años con COVID-19 hospitalizados y LRA de acuerdo con el criterio Kidney Disease Improving Global Outcomes (KDIGO). Los estudios seleccionados fueron leídos en su totalidad para extracción, interpretación, síntesis y categorización según el nivel de evidencia. Resultados Se encontraron 699 artículos y se incluyeron 45. Los factores relacionados con la LRA fueron: edad avanzada, sexo masculino, hipertensión, enfermedad renal crónica, ventilación mecánica, aumento de la proteína C reactiva, uso de drogas vasoactivas y de determinadas clases de antihipertensivos. La LRA está relacionada con mayor frecuencia de mortalidad. En el 30 % de los pacientes hospitalizados con COVID-19 hubo LRA. La tasa de mortalidad por LRA fue de 5 % y la letalidad de 18 %. Conclusión Estos resultados resaltan la relevancia de la LRA como una complicación significativa de COVID-19 y sugieren que un control más cuidadoso y temprano de los factores asociados podría reducir potencialmente la mortalidad y la letalidad. Es crucial intensificar la investigación en este campo para explicar mejor los mecanismos relacionados con la lesión renal en pacientes con COVID-19, así como identificar estrategias terapéuticas más efectivas para su prevención y tratamiento en este contexto.
Abstract Objective To identify the frequency of acute kidney injury (AKI) in patients hospitalized with COVID-19, associated characteristics, mortality and lethality. Methods Integrative review carried out in the databases CINAHL, Embase, LILACS, Livivo, PubMed, SCOPUS, Web of Science and in the grey literature (Google Scholar) on January 12, 2022. Articles were included in English, Spanish and Portuguese, published from November 2019 to January 2022, in hospitalized patients over 18 years old with COVID-19 and AKI according to the Kidney Disease Improving Global Outcomes (KDIGO) criteria. The selected studies were read in full for extraction, interpretation, synthesis and categorization according to the level of evidence. Results A total of 699 articles were found and 45 included. Older age, male gender, hypertension, chronic kidney disease, mechanical ventilation, increased C-reactive protein, use of vasoactive drugs and certain classes of antihypertensives were associated with AKI. AKI is related to a higher frequency of mortality. AKI occurred in 30% of patients hospitalized with COVID-19. The mortality rate from AKI was 5% and the case fatality rate was 18%. Conclusion These results highlight the relevance of AKI as a significant complication of COVID-19 and suggest that more careful and early control of associated factors could potentially reduce mortality and lethality. It is crucial to intensify research in this field to better clarify the mechanisms involved in kidney injury in COVID-19 patients, as well as to identify more effective therapeutic strategies for its prevention and treatment in this context.
Sujet(s)
Humains , Insuffisance rénale chronique , Atteinte rénale aigüe/épidémiologie , COVID-19 , Patients hospitalisés , Facteurs de risque , Acuité des besoins du patientRÉSUMÉ
ABSTRACT Introduction: Acute Kidney Injury (AKI), a frequent manifestation in COVID-19, can compromise kidney function in the long term. We evaluated renal function after hospital discharge of patients who developed AKI associated with COVID-19. Methods: This is an ambidirectional cohort. eGFR and microalbuminuria were reassessed after hospital discharge (T1) in patients who developed AKI due to COVID-19, comparing the values with hospitalization data (T0). P < 0.05 was considered statistically significant. Results: After an average of 16.3 ± 3.5 months, 20 patients were reassessed. There was a median reduction of 11.5 (IQR: -21; -2.1) mL/min/1.73m2 per year in eGFR. Forty-five percent of patients had CKD at T1, were older, and had been hospitalized longer; this correlated negatively with eGFR at T1. Microalbuminuria was positively correlated with CRP at T0 and with a drop in eGFR, as well as eGFR at admission with eGFR at T1. Conclusion: There was a significant reduction in eGFR after AKI due to COVID-19, being associated with age, length of hospital stay, CRP, and need for hemodialysis.
RESUMO Introdução: A Injúria Renal Aguda (IRA), uma manifestação frequente na COVID-19, pode comprometer a função renal em longo prazo. Avaliamos a função renal após a alta hospitalar de pacientes que desenvolveram IRA associada à COVID-19. Métodos: Esta é uma coorte ambidirecional. A TFGe e a microalbuminúria foram reavaliadas após a alta hospitalar (T1) em pacientes que desenvolveram IRA devido à COVID-19, comparando os valores com dados de hospitalização (T0). P < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: Após uma média de 16,3 ± 3,5 meses, 20 pacientes foram reavaliados. Houve uma redução média de 11,5 (IIQ: -21; -2,1) mL/min/1,73m2 por ano na TFGe. Quarenta e cinco por cento dos pacientes apresentaram DRC no T1, eram mais velhos e haviam sido hospitalizados por mais tempo; isso se correlacionou negativamente com a TFGe no T1. A microalbuminúria foi positivamente correlacionada com a PCR no T0 e com uma queda na TFGe, assim como a TFGe na admissão com a TFGe no T1. Conclusão: Houve uma redução significativa na TFGe após IRA devido à COVID-19, sendo associada à idade, tempo de internação, PCR e necessidade de hemodiálise.
RÉSUMÉ
ABSTRACT Objective: To evaluate the accuracy of the persistent AKI risk index (PARI) in predicting acute kidney injury within 72 hours after admission to the intensive care unit, persistent acute kidney injury, renal replacement therapy, and death within 7 days in patients hospitalized due to acute respiratory failure. Methods: This study was done in a cohort of diagnoses of consecutive adult patients admitted to the intensive care unit of eight hospitals in Curitiba, Brazil, between March and September 2020 due to acute respiratory failure secondary to suspected COVID-19. The COVID-19 diagnosis was confirmed or refuted by RT-PCR for the detection of SARS-CoV-2. The ability of PARI to predict acute kidney injury at 72 hours, persistent acute kidney injury, renal replacement therapy, and death within 7 days was analyzed by ROC curves in comparison to delta creatinine, SOFA, and APACHE II. Results: Of the 1,001 patients in the cohort, 538 were included in the analysis. The mean age was 62 ± 17 years, 54.8% were men, and the median APACHE II score was 12. At admission, the median SOFA score was 3, and 83.3% had no renal dysfunction. After admission to the intensive care unit, 17.1% had acute kidney injury within 72 hours, and through 7 days, 19.5% had persistent acute kidney injury, 5% underwent renal replacement therapy, and 17.1% died. The PARI had an area under the ROC curve of 0.75 (0.696 - 0.807) for the prediction of acute kidney injury at 72 hours, 0.71 (0.613 - 0.807) for renal replacement therapy, and 0.64 (0.565 - 0.710) for death. Conclusion: The PARI has acceptable accuracy in predicting acute kidney injury within 72 hours and renal replacement therapy within 7 days of admission to the intensive care unit, but it is not significantly better than the other scores.
RESUMO Objetivo: Avaliar a acurácia do persistent AKI risk index (PARI) na predição de injúria renal aguda em 72 horas após a admissão em unidade de terapia intensiva, injúria renal aguda persistente, terapia de substituição renal e óbito, em até 7 dias em pacientes internados por insuficiência respiratória aguda. Métodos: Estudo de método-diagnóstico com base em coorte de inclusão consecutiva de pacientes adultos internados em unidade de terapia intensiva de oito hospitais de Curitiba (PR) entre março e setembro de 2020, por insuficiência respiratória aguda secundária à suspeita de COVID-19, com confirmação ou refutação diagnóstica dada pelo resultado de RT-PCR para detecção do SARS-CoV-2. O potencial preditor do PARI foi analisado por curva ROC em relação a delta creatinina, SOFA e APACHE II, para os desfechos injúria renal aguda em 72 horas; injúria renal aguda persistente; terapia de substituição renal e mortalidade em até 7 dias. Resultados: Dos 1.001 pacientes da coorte, 538 foram incluídos na análise. A média de idade foi de 62 ± 17 anos, 54,8% eram homens e o APACHE II mediano foi de 12. Na admissão, o SOFA mediano era 3, e 83,3% não apresentavam disfunção renal. Após admissão na unidade de terapia intensiva, 17,1% apresentaram injúria renal aguda em 72 horas e, até o sétimo dia, 19,5% apresentaram injúria renal aguda persistente, 5% realizaram terapia de substituição renal, e 17,1% foram a óbito. O PARI apresentou área sob a curva ROC de 0,75 (0,696 - 0,807) para predição de injúria renal aguda em 72 horas, 0,71 (0,613 - 0,807) para terapia de substituição renal e 0,64 (0,565 - 0,710) para mortalidade. Conclusão: O PARI tem acurácia aceitável na predição de injúria renal aguda em 72 horas e terapia de substituição renal em até 7 dias da admissão na unidade de terapia intensiva, porém sem diferença significativa dos demais escores.
RÉSUMÉ
RESUMEN Objetivo Definir la utilidad predictiva de la escala adaptada de Injuria Renal Aguda (ARMO) en los pacientes sépticos en las Unidades de Cuidados Intensivos de Quito durante el período 2020 a 2021. Materiales y Métodos Estudio observacional, descriptivo, ambispectivo, multicéntrico de pacientes sépticos en dos Unidades de Cuidados Intensivos de la ciudad de Quito, Ecuador, con una muestra de 200 pacientes, y datos obtenidos en las primeras 72 horas de ingreso, que incluyeron variables demográficas y clínicas, medidas terapéuticas y de intervención, sometidas a análisis multivariado con regresión logística. Resultados Se analizaron 200 pacientes, con una mediana de edad 57 años. El 41 % (82) presentaron falla renal y el 40,96 % correspondieron a estadio KDIGO 3. El 11,5 % de los pacientes con injuria renal requirió terapia sustitutiva renal. Tras el análisis multivariado se determinó que: la TFG ≤84 ml/min/1,73m2, lactato sérico ≥2,5 mmol/l, SOFA ≥10 puntos y gasto urinario ≤0,6 ml/kg/h son predictores de falla renal. A partir de ello, se plantea una nueva escala predictiva de falla renal aguda, score ARMO, con una curva ROC de 0,836 (IC 95 %, 0,781-0,890) con un punto de corte de 8 puntos. Conclusión La escala adaptada de Injuria Renal Aguda (ARMO) es una herramienta con alta capacidad discriminativa en los pacientes críticos sépticos.
ABSTRACT Objective To define the predictive utility of the adapted scale of Acute Renal Injury (ARMO) in septic patients in the Intensive Care Units of two hospitals in Quito during the period 2020 to 2021. Materials and Methods Observational, descriptive, ambispective, multicenter study of septic patients in two Intensive Care Units in the city of Quito, Ecuador, with a sample of 197 patients, with data within the first 72 hours of admission, analysis of demographic and clinical variables, therapeutic and intervention measures, values of prognostic scales and multivariate analysis with logistic regression. Results 200 patients were analyzed, with a median age of 57 years, 41 % (82) presented kidney failure, and 40.96 % corresponded to KDIGO stage 3. 11.5 % of patients with kidney injury required renal replacement therapy. After multivariate analysis, it was determined that: GFR ≤84 ml/min/1.73m2, serum lactate ≥2.5 mmol/l, SOFA ≥10 points and urinary output ≤0.6 ml/Kg/h are predictors of renal failure. Based on this, a new predictive scale for acute renal failure, ARMO score, with a ROC curve of 0.836 (95 % CI, 0.781-0.890) with a cut-off point of 8 points, is proposed. Conclusion The adapted scale of Acute Renal Injury (ARMO) shows a high discriminative capacity.
RÉSUMÉ
OBJETIVO: Analisar os diagnósticos, as intervenções e atividades de enfermagem em pacientes submetidos à hemodiálise secundária à COVID-19. MÉTODO: Estudo descritivo, retrospectivo e de natureza quantitativa. A população do estudo foi representada pelos prontuários de pacientes submetidos à hemodiálise secundária à COVID-19, totalizando cerca de 64 registros. Consultaram-se os dados do instrumento de coleta de dados, bem como dados sociodemográficos, clínicos e indicadores dos diagnósticos de enfermagem. Para análise, utilizou-se da estatística descritiva e inferencial. RESULTADOS: Os principais diagnósticos de enfermagem encontrados foram: risco de infecção, risco de volume de líquidos desequilibrado, déficit no autocuidado para banho/higiene íntima e troca de gases prejudicada. As intervenções e atividades assinaladas foram correspondentes aos diagnósticos traçados. CONCLUSÃO: O estudo possibilitou identificar os principais diagnósticos, as intervenções e atividades de enfermagem em pacientes acometidos pela COVID-19 que desenvolveram lesão renal aguda.
Objective: To analyze nursing diagnoses, interventions, and activities in patients undergoing hemodialysis secondary to COVID-19. METHOD: This is a descriptive, retrospective, and quantitative study. The study population was represented by the medical records of patients undergoing hemodialysis secondary to COVID-19, totaling about 64 records. Data from the data collection instrument, sociodemographic and clinical data, and indicators of nursing diagnoses were consulted. Descriptive and inferential statistics were used for analysis. RESULTS: The main nursing diagnoses found were risk for infection, risk for imbalanced fluid volume, bathing/toileting self-care deficit, and impaired gas exchange. The registered interventions and activities corresponded to the outlined diagnoses. CONCLUSION: The study identified the main diagnoses, interventions, and nursing activities in patients affected by COVID-19 who developed acute kidney injury.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Dialyse rénale , Atteinte rénale aigüe , COVID-19 , Démarche de soins infirmiers , Études rétrospectivesRÉSUMÉ
ABSTRACT Objective: To identify factors associated with acute kidney injury in patients undergoing extracorporeal membrane oxygenation. Method: Retrospective cohort study conducted in an adult Intensive Care Unit with patients undergoing extracorporeal membrane oxygenation from 2012 to 2021. The research used the Kidney Disease Improving Global Outcomes as criteria for definition and classification of acute kidney injury. A multiple logistic regression model was developed to analyze the associated factors. Results: The sample was composed of 122 individuals, of these, 98 developed acute kidney injury (80.3%). In multiple regression, the associated factors found were vasopressin use, Nursing Activities Score, and glomerular filtration rate. Conclusion: The use of vasopressin, the Nursing Activities Score, and the glomerular filtration rate were considered as factors related to the development of acute kidney injury in patients undergoing extracorporeal membrane oxygenation.
RESUMEN Objetivo: Identificar los factores asociados a la lesión renal aguda en pacientes sometidos a oxigenación por membrana extracorpórea. Material y método: Estudio de cohortes retrospectivo realizado en una unidad de cuidados intensivos de adultos con pacientes sometidos a oxigenación por membrana extracorpórea entre 2012 y 2021. El criterio de definición y clasificación de lesión renal aguda fue el Kidney Disease Improving Global Outcomes. Se desarrolló un modelo de regresión logística múltiple para el análisis de los factores asociados. Resultados: La muestra estuvo compuesta por 122 individuos, de estos, 98 desarrollaron lesión renal aguda (80,3%). En la regresión múltiple, los factores asociados encontrados fueron el uso de vasopresina, el Nursing Activities Score y la tasa de filtración glomerular. Conclusión: El uso de vasopresina, el Nursing Activities Score y la tasa de filtración glomerular se consideraron factores relacionados con el desarrollo de lesión renal aguda en pacientes sometidos a oxigenación por membrana extracorpórea.
RESUMO Objetivo: Identificar os fatores associados à lesão renal aguda em pacientes submetidos a oxigenação por membrana extracorpórea. Método: Estudo de coorte retrospectivo, realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva adulta, com pacientes submetidos à oxigenação por membrana extracorpórea, no período de 2012 a 2021. O critério para definição e classificação da lesão renal aguda foi o da Kidney Disease Improving Global Outcomes. Para a análise dos fatores associados foi elaborado um modelo de regressão logística múltipla. Resultados: A amostra foi composta por 122 indivíduos, destes, 98 desenvolveram lesão renal aguda (80,3%). Na regressão múltipla, os fatores associados encontrados foram a utilização de vasopressina, o Nursing Activities Score e a taxa de filtração glomerular. Conclusão: O uso da vasopressina, o Nursing Activities Score e a taxa de filtração glomerular foram considerados como fatores relacionados ao desenvolvimento de lesão renal aguda em paciente submetido à oxigenação por membrana extracorpórea.
Sujet(s)
Oxygénation extracorporelle sur oxygénateur à membrane , Atteinte rénale aigüe , Soins , Unités de soins intensifsRÉSUMÉ
Resumo Fundamento A nefropatia induzida por contraste (NIC) é definida como deterioração da função renal, representada por um aumento da creatinina sérica ≥25% ou ≥0,5 mg/dL até 72 horas após a exposição ao meio de contraste iodado (MCI). A medida preventiva mais eficaz até o momento é a hidratação venosa (HV). Pouco se sabe sobre a eficácia da hidratação oral (HO) ambulatorial. Objetivo Investigar se a HO ambulatorial com água é tão eficaz quanto a HV com solução salina a 0,9% na prevenção de NIC em procedimentos coronarianos eletivos. Métodos Neste estudo observacional retrospectivo, foram analisados prontuários médicos e dados laboratoriais para coletar dados de indivíduos submetidos a procedimentos coronarianos percutâneos com MCI. Os dados coletados entre 2012 e 2015 avaliaram indivíduos que foram submetidos à HV e entre 2016 e 2020 (após a implementação de um protocolo de HO), os indivíduos que foram submetidos à HO em casa antes e depois de procedimentos coronarianos, conforme orientação da equipe de enfermagem. A significância estatística adotada foi de α=0,05. Resultados No total, 116 pacientes foram incluídos neste estudo, 58 no grupo HV e 58 no grupo HO. Observou-se incidência de NIC de 15% (9/58) no grupo que recebeu HV e 12% (7/58) no grupo que recebeu HO (p=0,68). Conclusão O protocolo de HO realizado pelo paciente parece ser tão eficaz quanto o protocolo de HV hospitalar na proteção renal de indivíduos suscetíveis a desenvolver NIC em intervenções coronarianas eletivas. Essas descobertas devem ser testadas em ensaios mais abrangentes.
Abstract Background Contrast-induced nephropathy (CIN) is defined as worsening renal function, represented by an increase in serum creatinine of ≥ 25% or ≥ 0.5 mg/dL up to 72 h after exposure to iodinated contrast medium (ICM). The most effective preventive measure to date is intravenous hydration (IVH). Little is known about the effectiveness of outpatient oral hydration (OH). Objetive To investigate whether outpatient OH with water is as effective as IVH with 0.9% saline solution in preventing CIN in elective coronary procedures. Methods In this retrospective observational study, we analyzed the medical records and laboratory data of individuals undergoing percutaneous coronary procedures with ICM. Data collected between 2012 and 2015 refer to individuals who underwent IVH and those collected between 2016 and 2020 (after implementation of an OH protocol) correspond to individuals who underwent OH at home before and after coronary procedures as instructed by the nursing team. Statistical significance was established at α = 0.05. Results In total, 116 patients were included in this study: 58 in the IVH group and 58 in the OH group. An incidence of CIN of 15% (9/58) was observed in the group that received IVH and an incidence of 12% (7/58) was seen in the group that received OH (p = 0.68). Conclusion The OH protocol, performed by the patient, appears to be as effective as the in-hospital IVH protocol for the renal protection of individuals susceptible to CIN in elective coronary interventions. These findings should be put to test in larger trials.
RÉSUMÉ
Introducción: la injuria renal aguda fue una complicación observada en forma frecuente en los pacientes críticos durante la pandemia por COVID-19. Objetivos: 1) determinar la incidencia de injuria renal aguda asociada a COVID-19 severa y crítica; 2) determinar la implicancia pronóstica en términos de morbimortalidad del compromiso renal. Materiales y métodos: estudio prospectivo, observacional y analítico de una cohorte de pacientes con COVID-19 severa y crítica ingresados a la Unidad de Medicina Intensiva del Hospital Español. Se realizó un análisis descriptivo y analítico (univariado y mutivariado) y se empleo un nivel estadístico de significación menor a 0,05. Resultados: n=233 pacientes con COVID-19 severa y crítica ingresados a la Unidad de Medicina Intensiva del Hospital Español entre 9/20 y 5/21. Injuria renal aguda asociada a COVID-19: 47,9% (107/233), injuria renal aguda severa (estadios KDIGO 2 y 3): 79,4% (85/107), injuria renal aguda nosocomial: 47,7% (52/107), enfermedad renal aguda: 41,1% (44/107), requerimiento de técnica de reemplazo renal: 29,9% (32/107). La mortalidad al alta de medicina intensiva en pacientes con injuria renal aguda: 72,9% (78/107) versus sin injuria renal aguda: 48,4% (61/126) (p=0,000). El análisis multivariado mostró como factor predictivo protectivo de riesgo de muerte al alta de medicina intensiva a la función renal normal al egreso (OR 0,055, IC 95%: 0,014-0,213, p= 0,000). Conclusiones: la incidencia de injuria renal aguda asociada a COVID-19 en medicina intensiva fue elevada, con un predominio de estadios 2-3 y se asoció con una mortalidad significativamente mayor. La normalización de la función renal se comportó como un factor predictivo protectivo de riesgo de muerte. El grado de soporte multiorgánico se asoció con un aumento progresivo de la mortalidad.
Introduction: acute renal injury was a frequently observed complication in critical patients during the COVID-19 pandemic. Objectives: 1) to determine the incidence of acute renal injury associated to severe and critical COVID-19; 2) to determine prognostic implications in terms of mobimortality of renal involvement. Method: prospective, observational and analytical study of a cohort of patients with severe and critical COVID-19 who were hospitalized in the Intensive Care Unit at Hospital Español. A descriptive and analytical study (single and multivariate) was performed using statistical significance level lower than 0.05. Results: there were 233 patients with severe and critical COVID-19 hospitalized in the Intensive Care Unit at Hospital Español between September 9 and May 21. Acute renal injury associated to COVID-19: 47.9% (107/233), severe acute renal injury (stages KDIGO 2 and 3): 79.4% (85/107), nosocomial acute renal injury: 47.7% (52/107), acute renal injury: 41.1% (44/107), renal replacement techniques requirement: 29.9% (32/107). Mortality upon discharge from Intensive Medicine in patients with acute renal injury was 72.9% (78/107), versus absence of acute renal injury: 48.4% (62/ 126)(p=.000). The multivariate analysis showed normal renal function upon discharge from hospital was the protective predictive factor for death upon discharge from Intensive Medicine (OR .055, IC 95%: 213-. 014/000). Conclusions: incidence of acute renal injury associated to COVID-19 was high in Intensive Medicine, with predominance of stages 2-3, and it was related to a significantly higher mortality. Normalization of renal function was a protective predictive factor for the risk of death. The degree of multi-organ support was associated to a progressive increase of mortality.
Introdução: a lesão renal aguda foi uma complicação frequentemente observada em pacientes críticos durante a pandemia de COVID-19. Objetivos: 1) determinar a incidência de lesão renal aguda associada à COVID-19 grave e crítica; 2-determinar a implicação prognóstica em termos de morbilidade e mortalidade do envolvimento renal. Materiais e métodos: estudo prospectivo, observacional e analítico de uma coorte de pacientes com COVID-19 grave e crítico internados na Unidade de Medicina Intensiva do Hospital Espanhol. Realizou-se análise descritiva e analítica (uni e multivariada) e um nível de significância estatística inferior a 0,05. Resultados: 233 pacientes com COVID-19 grave e crítico foram internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Espanhol entre 20 de setembro de 2020 e 21 de maio de 2021. Observou-se lesão renal aguda associada a COVID-19: 47,9 % (107/233), lesão renal aguda grave (KDIGO estágios 2 e 3): 79,4% (85/107), lesão renal aguda nosocomial: 47,7% (52/107), doença renal aguda: 41,1% (44/107), necessidade de técnica de substituição renal: 29,9% (32/107). A mortalidade na alta da terapia intensiva foi de 72,9% (78/107) em pacientes com lesão renal aguda versus 48,4% (61/126) sem lesão renal aguda com ( p= ,000). A análise multivariada mostrou função renal normal na alta como preditor protetor de risco de morte na alta da Unidade de Terapia Intensiva (OR 0,055, IC 95%: 0,014-0,213, p= 0,000). Conclusões: a incidência de lesão renal aguda associada à COVID-19 em terapia intensiva foi alta, com predominância dos estágios 2-3, e foi associada a mortalidade significativamente maior. A normalização da função renal comportou-se como um preditor protetor de risco de morte. O grau de suporte multiorgânico foi associado a um aumento progressivo da mortalidade.
Sujet(s)
Atteinte rénale aigüe , COVID-19RÉSUMÉ
ABSTRACT Objective: To verify the impact of renal recovery on mortality in non-critically ill patients with acute kidney injury. Method: A prospective cohort study was carried out in a public hospital in the Federal District with patients with acute kidney injury admitted to a non-critical care unit. Renal recovery was assessed based on the ratio of serum creatinine to baseline creatinine and the patient was followed up for 6 months. Mortality was assessed during hospitalization and after discharge. Results: Of the 90 patients with hospital-acquired kidney injury, renal recovery was identified in 34.1% to 75% of cases, depending on the time of assessment, considering a follow-up period of up to 6 months. Recovery of renal function during follow-up had an impact on in-hospital mortality [95% CI 0.15 (0.003 - 0.73; p = 0019). Conclusion: Recovery of renal function has been shown to be a protective factor for mortality in patients admitted to the non-critical care unit. Early identification of kidney damage and monitoring of physiological and laboratory variables proved to be fundamental in identifying the severity of the disease and reducing mortality.
RESUMEN Objetivo: Verificar el impacto de la recuperación renal en la mortalidad en pacientes no críticos con lesión renal aguda. Método: Cohorte prospectiva, realizada en un hospital público del Distrito Federal con pacientes con daño renal agudo ingresados en una unidad de cuidados no críticos. La recuperación renal se evaluó según la relación entre la creatinina sérica y la creatinina inicial y se siguió al paciente durante 6 meses. La mortalidad se evaluó durante la hospitalización y después del alta hospitalaria. Resultados: De los 90 pacientes con daño renal intrahospitalario, se identificó recuperación renal entre el 34,1% y el 75% de los casos, dependiendo del momento de la evaluación, considerando un período de seguimiento de hasta 6 meses. La recuperación de la función renal durante el seguimiento tuvo impacto en la mortalidad hospitalaria [IC 95% 0,15 (0,003 - 0,73; p = 0019). Conclusión: La recuperación de la función renal demostró ser un factor protector de la mortalidad en pacientes ingresados en la unidad de cuidados no críticos. La identificación temprana de la lesión renal y el seguimiento de variables fisiológicas y de laboratorio resultaron esenciales para identificar la gravedad de la enfermedad y reducir la mortalidad.
RESUMO Objetivo: Verificar o impacto da recuperação renal na mortalidade de pacientes não críticos com injúria renal aguda. Método: Coorte prospectiva, realizado em um hospital público do Distrito Federal com pacientes diagnosticados com injúria renal aguda internados em uma unidade de cuidados não críticos. A recuperação renal foi avaliada a partir da razão da creatinina sérica em relação à creatinina basal e o paciente foi acompanhado por 6 meses. A mortalidade foi avaliada durante internação e após alta hospitalar. Resultados: Dos 90 pacientes com injúria renal adquirida no hospital, identificou-se a recuperação renal em 34,1% a 75% dos casos, a depender do momento de avaliação, considerando o período de acompanhamento de até 6 meses. A recuperação da função renal durante o acompanhamento impactou na mortalidade intra-hospitalar [IC 95% 0,15 (0,003-0,73; p = 0019). Conclusão: A recuperação da função renal demonstrou-se como um fator protetor para mortalidade em pacientes internados na unidade de cuidados não críticos. A identificação precoce da injúria renal e o monitoramento de variáveis fisiológicas e laboratoriais mostraram-se fundamentais para identificação da gravidade da doença e redução da mortalidade.
Sujet(s)
Humains , Mortalité , Atteinte rénale aigüe , Récupération fonctionnelleRÉSUMÉ
Fourteen female dogs diagnosed with pyometra were studied at three separate times: at diagnosis (T0) and 24 h (T1) and 10-15 days (T2) after ovariohysterectomy (OH). The means of the markers, symmetric dimethylarginine (SDMA) (17.71 to 26.54 µg/dL) and the urinary gamma-glutamyl transferase to creatinine ratio (uGGT/uCr) (1.06 to 2.62 U/mg), varied, showing an increase with time. Further, the elevation of gamma-glutamyl transferase (uGGT) (56.61 to 128.12 U/L) and the urinary protein to creatinine ratio (RPC) (0.26 to 1.24) was evident at T0 and T1. A reduction in the means of RPC, uGGT, and uGGT/uCr was observed 10-15 days after OH. Despite the elevation of these markers, the concentration of creatinine (1.11 to 1.40 mg/dL), urea (40.07 to 67.16 mg/dL), and urinary specific gravity (1.027 to 1.028) only presented slight variation. In canine pyometra, complications secondary to acute renal injury may be present that may be mild and transient in most treated animals. As elevation in SDMA and RPC preceded changes in creatinine levels for the evaluation of glomerular filtration, tubular markers could assist in the early identification of renal damage in canine pyometra.(AU)
Catorze cadelas com diagnóstico de piometra foram estudadas em três tempos distintos, sendo no momento do diagnóstico (T0), 24 horas (T1) e 10 a 15 dias (T2) após a ovário-histerectomia (OH). O objetivo foi avaliar o uso de diferentes biomarcadores renais em cadelas com piometra e estimar suas precocidades diante do agravo. As médias em dimetilarginina simétrica (SDMA) (17,71 a 26,54µg/dL) e relação gama-glutamil transferase e creatinina urinária (uGGT/uCr) (1,06 a 2,62U/mg) variara, apresentando aumento em todos os momentos. Já a elevação do gama-glutamil transferase (uGGT) (56,61 a 128,12 U/L) e da razão proteína e creatinina urinárias (RPC) (0,26 a 1,24) foram evidenciadas nos dois primeiros tempos. Uma redução na média do RPC, uGGT e uGGT/uCr foi observada 10-15 dias após a implantação do tratamento (OH). Apesar da elevação desses marcadores, a concentração de creatinina (1,11 a 1,40mg/dL), ureia (40,07 a 67,16mg/dL) e densidade urinária (1,027 a 1,028) sofreram poucas variações. Em piometra canina, as complicações renais agudas secundárias podem estar presentes, ainda que leve e transitória nos animais tratados. Os marcadores tubulares foram considerados precoces na injúria renal aguda. Além disso, a SDMA e o RPC antecederam as alterações de creatinina em todos os tempos analisados.(AU)