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1.
Rev. Ciênc. Plur ; 10(2): 34948, 29 ago. 2024.
Article de Portugais | LILACS, BBO | ID: biblio-1570348

RÉSUMÉ

Introdução:A conjuntura socioeconômica e cultural da mulher negra a coloca em tripla vulnerabilidade, que se explica pelo fato de que ela é vítima do racismo, do preconceito de classe e da discriminação de gênero, e essa interação de diferentes tipos de opressão é explicada pela teoria da interseccionalidade. Esse negligenciamento precariza-se ainda mais quando se reporta para a atenção àsaúde. Objetivo:Compreender como o contexto social da interseccionalidade de raça, classe e gênero refletem no atendimento obstétrico em Saúde Pública de mulheres negras residentes em comunidade quilombola. Metodologia:Trata-se de pesquisa qualitativa de caráter descritivo-exploratório, realizada com duas mulheres negras residentes em comunidade quilombola, localizada em município no interior do estado do Ceará. Como instrumento para coleta de dados, utilizou-se a entrevista semiestruturada, sendo os dados submetidos à análise do discurso. Resultados:Os sujeitos desta investigação conseguem, a partir de situações do quotidiano vivenciadas nos serviços de saúde públicos, identificar exemplos de racismo e/ou preconceito relacionados ao fato de serem mulheres negras e pobres. Assim, a vulnerabilidade interseccional (raça ­gênero ­classe social) implica em desigualdades no acesso aos serviços de saúde, o que se materializa em violência obstétrica, negligência em relação ao direito da mulher negra sobre o próprio corpo, além de negação da sua subjetividade, o que viola os pressupostos do Sistema Único de Saúde (SUS), particularmente os princípios da universalidade, equidade e integralidade da assistência. Conclusões:Constata-se, portanto, que as iniquidades quanto ao atendimento obstétrico, que afetam majoritariamente as mulheres negras e pobres, apresentam-se como problemática de gestão, denotando o déficit na efetivação de políticas públicas de saúde, ou a sua ausência. Há também a necessidade de que os profissionais de saúde, a partir de educação continuada, tenham um olhar mais holístico, a fim de produzir um atendimento equânime e integral (AU).


Introduction:Black women's socioeconomic and cultural conjuncture puts them into a three-fold vulnerability, which is explained by the fact that they are victims of racism, class prejudice and gender discrimination, and this interaction of different types of oppression is explained by the theory of intersectionality. Such negligence is even more precarious when it comes to healthcare. Objective:To understand how the social context of the intersectionality of race, class and gender reflects on the obstetric care in public healthcare provided to black women residing in quilombola communities. Methodology:This is a qualitative research work of a descriptive-exploratory nature, carried out with two black women residing in a quilombola community located in the a rural areain the state of Ceará. As a data collection instrument, we used semi-structured interviews, and the data was submitted to discourse analysis. Results:The subjects of this investigation can, from daily situations experienced in public healthcare services,identify examples of racism and/or prejudice related to the fact that they are poor black women. Therefore, intersectional vulnerability (race ­gender ­social class) leads to inequalities in the access to healthcare services, which materializes as obstetric violence, negligence to black women's right to their own bodies, as well as denial of their subjectivity, which violates the presuppositions of the Brazilian Unified Health System (SUS), especially the principles of universality, equity, and integrality of care. Conclusions:It is therefore verified that the inequities of obstetric care, which mostly affect poor black women, present themselves as a management problem, denoting the deficit in the application of public healthcare policies, or their absence. There is also a need for healthcare providers, through continued education, to have a more holistic view in order to provide more equanimous and integral healthcare (AU).


Introducción:La coyuntura socioeconómica y cultural de la mujer negra la coloca en una triple vulnerabilidad, que se explica por el hecho de que es víctima del racismo, del prejuicio de clase y de la discriminación de género, y esa interacción de diferentes tipos de opresión es explicada por la teoría dela interseccionalidad. Esta negligencia se precariza mucho más cuando se trata de la atención médica. Objetivo:Comprender cómo el contexto social de la interseccionalidad de raza, clase y género se refleja en la atención obstétrica en la Salud Pública de mujeres negras que viven en una comunidad quilombola. Metodología:Investigación cualitativa de carácter descriptivo-exploratorio, realizada con dos mujeres negras residentes en comunidad quilombola, Ceará, Brazil. Para la recolección de datos, se utilizaron entrevistas semiestructuradas y los datos fueron sometidos a análisis del discurso. Resultados:Los sujetos son capaces, a partir de situaciones vividas en los servicios públicos de salud, de identificar ejemplos de racismo y/o prejuicios por el hecho de ser mujeres negras y pobres. Así, la vulnerabilidad interseccional (raza ­género ­clase social) implica en desigualdades en el acceso a los servicios de salud, que se materializan en violencia obstétrica, negligencia en relación a los derechos de las mujeres negras sobre sus propios cuerpos, además de la negación de su subjetividad, que viola los supuestos del Sistema Único de Salud, en particular los principios de universalidad, equidad e integralidad de la atención. Conclusiones: Se puede observar que las inequidades en la atención obstétrica, que afectanmayormente a mujeres negras y pobres, se presentan como un problema de gestión, denotando el déficit en la implementación de políticas públicas de salud, o su ausencia. También es necesario que los profesionales de la salud, basados en la educación continua, tengan una visión más holística, para producir una atención equitativa e integral (AU).


Sujet(s)
Humains , Femelle , Classe sociale , 38410 , Racisme , Communautés Quilombola , Politique de santé , Obstétrique , Facteurs socioéconomiques , Épidémiologie Descriptive , Femmes enceintes , Services de Santé Publique/politiques , Services de santé maternelle
2.
Rev. Psicol., Divers. Saúde ; 13(1)abr. 2024. ilus
Article de Espagnol , Portugais | LILACS | ID: biblio-1568122

RÉSUMÉ

INTRODUÇÃO: Observa-se nas últimas décadas a necessidade cada vez maior de repensarmos os modelos de atenção à saúde, bem como a criação de políticas públicas efetivas para parcelas significativas da população brasileira em condições de maior vulnerabilidade, visando assim melhoria de oferta de produtos e serviços que favoreçam melhora na qualidade de vida especialmente no âmbito da saúde. Tal demanda é reforçada principalmente quando atravessada pelo racismo estrutural que circunda o acesso à assistência em saúde da mulher negra. OBJETIVO: Desta forma, o presente estudo pretendeu compreender a vivência psicológica de mulheres gestantes frente ao atendimento que receberam durante o pré-natal, bem como conhecer possíveis fatores geradores de sofrimento psíquico. MÉTODO: Para tal, foi realizada uma pesquisa de caráter qualitativo através de um questionário com questões semi abertas e um questionário sócio-demográfico. A amostra foi composta por seis mulheres. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os dados foram compreendidos à luz da teoria psicanalítica associada a teóricos que abordam questões transversais em saúde.


INTRODUCTION: In recent decades, there has been an increasing need to rethink healthcare models, as well as the creation of effective public policies for significant portions of the Brazilian population in conditions of greater vulnerability, thus aiming to improve the supply of products and services that promote improvements in quality of life, especially in the area of health. This demand is reinforced mainly when crossed by the structural racism that surrounds access to health care for black women. OBJECTIVE: In this way, the present study intended to understand the psychological experience of pregnant women in relation to the care they received during prenatal care, as well as to understand possible factors that generate psychological distress. METHOD: To this end, qualitative research was carried out using a questionnaire with semi-open questions and a socio-demographic questionnaire. The sample consisted of six women. FINAL CONSIDERATIONS: The data were understood in light of psychoanalytic theory associated with theorists who address cross-cutting health issues.


INTRODUCCIÓN: En las últimas décadas, existe una creciente necesidad de repensar los modelos de atención de salud, así como la creación de políticas públicas efectivas para sectores importantes de la población brasileña en condiciones de mayor vulnerabilidad, con el objetivo de mejorar la oferta de productos y servicios. que promuevan mejoras en la calidad de vida, especialmente en el área de la salud. Esta demanda se ve reforzada principalmente cuando se cruza con el racismo estructural que rodea el acceso a la atención médica de las mujeres negras. OBJETIVO: De esta manera, el presente estudio pretendió comprender la experiencia psicológica de las mujeres embarazadas en relación con los cuidados que recibieron durante el control prenatal, así como comprender posibles factores que generan malestar psicológico. MÉTODO: Para ello se realizó una investigación cualitativa mediante un cuestionario con preguntas semiabiertas y un cuestionario sociodemográfico. La muestra estuvo compuesta por seis mujeres. Los datos fueron entendidos a la luz de la teoría psicoanalítica asociada a teóricos que abordan cuestiones transversales de salud.


Sujet(s)
Prise en charge prénatale , Violence , Détresse psychologique
3.
Article de Espagnol , Portugais | LILACS | ID: biblio-1565968

RÉSUMÉ

OBJETIVO: Este trabalho apresenta aspectos de uma observação participante em um Hospital Universitário do nível terciário da rede SUS localizado em Vitória, capital da região sudeste do Brasil, durante o primeiro semestre de 2023. Logo, o relato a seguir pretende provocar e incitar a discussão sobre os desafios enfrentados pela psicologia em contexto hospitalar, dentre eles o racismo estrutural impregnado nos corpos e nos gestos que se atualizam naquele estabelecimento. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência, de caráter qualitativo, vivido através do acompanhamento da dinâmica hospitalar da clínica cirúrgica e da clínica médica do referido Hospital. O percurso metodológico foi realizado por meio da análise institucional de linhagem francesa, calcada em discussões de orientações do estágio, onde os diários de campo, observações e participações no campo eram semanalmente discutidas. RESULTADOS: Destaca a produção e reafirmação do racismo estrutural no país, que se expressa tanto no trato com pacientes quanto com funcionários e estudantes. A escuta da equipe profissional do hospital é marcada, muitas vezes, por práticas assistencialistas e por processos de exclusão preconceituosos, fazendo-nos indagar: "A psicologia hospitalar tem cor?" CONCLUSÃO: O objetivo da pesquisa foi cumprido e, além disso, relatar essa experiência suscitou ao campo diversas questões como: de que forma colocar em funcionamento uma gestão hospitalar que propicie uma política de compartilhamento de atenção ao paciente entre os equipamentos da atenção?


OBJECTIVE: This work presents aspects of participant observation in a University Hospital at the tertiary level of the SUS network located in Vitória, capital of the southeast region of Brazil, during the first half of 2023. Therefore, the following report intends to provoke and incite discussion about the challenges faced by psychology in a hospital context, among them the structural racism permeated in the bodies and gestures that are updated in that establishment. METHOD: This is an experience report, of a qualitative nature, experienced through monitoring the hospital dynamics of the surgical clinic and the medical clinic of the aforementioned Hospital. The methodological path was carried out through institutional data analysis, based on discussions of internship guidelines, where field diaries, observations and participation in the internship were discussed weekly. RESULTS: Highlights the production and reaffirmation of structural racism in the country, which is expressed both in dealings with patients, employees and students. Listening to the hospital's professional team is often marked by welfare practices and prejudiced exclusion processes, making us ask: "Does hospital psychology have color?" CONCLUSION: The objective of the research was fulfilled and, in addition, reporting this experience raised several questions in the field, such as: how to put into operation hospital management that provides a policy of sharing patients between care equipment?


OBJETIVO: Este trabajo presenta aspectos de la observación participante en un Hospital Universitario del nivel terciario de la red SUS ubicado en Vitória, capital de la región sureste de Brasil durante el primer semestre de 2023. Por lo tanto, el siguiente informe pretende provocar e incitar a la discusión sobre los desafíos que enfrenta la psicología en el contexto hospitalario, entre ellos el racismo estructural permeado en los cuerpos y gestos que se actualizan en ese establecimiento. MÉTODO: Se trata de un relato de experiencia, de carácter cualitativo, vivida a través del seguimiento de la dinámica hospitalaria de la clínica quirúrgica y de la clínica médica del mencionado Hospital. El recorrido metodológico se realizó a través del análisis de datos institucionales, a partir de discusiones sobre lineamientos de pasantía, donde semanalmente se discutieron diarios de campo, observaciones y participación en la pasantía. RESULTADOS: Destaca la producción y reafirmación del racismo estructural en el país, que se expresa tanto en el trato con pacientes, empleados y estudiantes. La escucha del equipo profesional del hospital muchas veces está marcada por prácticas asistencialistas y procesos de exclusión prejuiciosos, lo que nos lleva a preguntarnos: "¿Tiene color la psicología hospitalaria?". CONCLUSIÓN: El objetivo de la investigación fue cumplido y, además, relatar esta experiencia generó varias preguntas en el campo, tales como: ¿cómo poner en funcionamiento una gestión hospitalaria que prevea una política de reparto de pacientes entre equipos de atención?


Sujet(s)
Racisme systémique , Psychologie médicale , 38410
4.
Rev. ABENO (Online) ; 24(1): 2232, 20 fev. 2024. tab
Article de Portugais | BBO, LILACS | ID: biblio-1552574

RÉSUMÉ

Este artigo objetivou relatar a experiência da utilização das mídias sociais como espaços de construção de conhecimentos acerca das temáticas de racismo estrutural e saúde da população LGBT por meio de eventos promovidos por alunos bolsistas do Programa de Educação Tutorial (PET) Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ao considerar o cenário de ensino em Odontologia, além dos conhecimentos técnicos e científicos necessários aos cirurgiões-dentistas, é de extrema relevância a abordagem de assuntos que ultrapassam essas barreiras para a formação de profissionais que sejam capazes de exercer a profissão de forma articulada ao contexto social. Tendo em vista a pandemia gerada pelo novo coronavírus (COVID-19) e a necessidade de ajustar as ferramentas de ensino às demandas de isolamento e distanciamento social, observou-se o importante espaço que as mídias sociais conquistaram como meio de construção de conhecimentos dos mais diversos temas e com a vantagem de dispensar deslocamento, diferente dos ambientes tradicionais de ensino. A metodologia utilizada mostrou-se vantajosa, uma vez que possibilitou o encontro de docentes, discentes e público em geral de diferentes regiões do Brasil, garantindo ampla discussão das temáticas que apresentam grande impacto social. Ainda assim, destaca-se que a desigualdade social gera diferentes possibilidades de acesso aos ambientes virtuais, sendo uma barreira à informação para populações mais vulnerabilizadas. A escolha das temáticas foi ao encontro das propostas dos Grupos PET, uma vez que contribuem positivamente na formação dos estudantes universitários (AU).


Este artículo tuvo como objetivo relatar la experiencia de utilizar las redes sociales como espacios de construcción de conocimiento sobre los temas del racismo estructural y la salud de la población LGBT a través de eventos promovidos por becarios del Programa de Educación Tutorial (PET) Odontología de la Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Al considerar el escenario de la enseñanza en Odontología, además de los conocimientos técnicos y científicos necesarios para los odontólogos, es de suma importancia abordar temas que superen estas barreras para la formación de profesionales capaces de ejercer la profesión de forma articulada al contexto Social. Ante la pandemia generada por el nuevo coronavirus (COVID-19) y la necesidad de adecuar las herramientas didácticas a las exigencias del aislamiento y distanciamiento social, se observó el importante espacio que conquistaron las redes sociales como medio de construcción de conocimiento de los más varias temáticas y con la ventaja de prescindir de desplazamientos, a diferencia de los entornos de enseñanza tradicionales. La metodología utilizada demostró ser ventajosa, ya que posibilitó el encuentro de profesores, estudiantes y público en general de diferentes regiones de Brasil,asegurando una amplia discusión de temas de gran impacto social. Aun así, se destaca que la desigualdad social genera diferentes posibilidades de acceso a los entornos virtuales, siendo una barrera de información para las poblaciones más vulnerables. La elección de los temas estuvo en línea con las propuestas de los Grupos PET, ya que contribuyen positivamente a la formación de los universitarios (AU).


This article aimed to report the experience of using social media as spaces for building knowledge about the themes of structural racism and the health of the LGBT population through events promoted by scholarship students from the Tutorial Education Program (TEP) Dentistry at the Federal University of Rio Grande do Sul. Considering the scenario of dental education, beyond the technical and scientific knowledge required for dentists, it is of utmost relevance to address issues that go beyond these boundaries for the training of professionals capable of practicing dentistry in an integrated manner with the social context. Given the pandemic caused by the novel coronavirus (COVID-19) and the need to adapt teaching tools to the demands of isolation and social distancing, the significant space that social media has gained as a means of knowledge construction on various topics was observed, with the advantage of dispensing with travel, unlike traditional teaching environments. The methodology used proved advantageous, as it allowed teachers, students, and the general public from different regions of Brazil to come together, ensuring broad discussion of topics that have a significant social impact. Nevertheless, it is emphasized that social inequality generates different possibilities of access to virtual environments, being a barrier to information for more vulnerable populations. The choice of themes aligned with the proposals of the TEP Groups, as they positively contribute to the formation of university students (AU).


Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adolescent , Adulte , Adulte d'âge moyen , Enseignement dentaire , Médias sociaux/instrumentation , Minorités sexuelles , Enseignement à distance/méthodes , COVID-19/transmission
5.
Rev. ABENO (Online) ; 24(1): 2199, 20 fev. 2024.
Article de Portugais | BBO, LILACS | ID: biblio-1552581

RÉSUMÉ

O presente estudo teve como objetivo realizar uma revisão narrativa da literatura acerca das interfaces entre racismo e a Odontologia. A pesquisa bibliográfica foi realizada nas bases de dados Medline (Medical Literature Analysis and Retrievel System Online) via PubMed e BVS (Biblioteca Virtual de Saúde), entre janeiro e outubro de 2023, a partir da combinação dos descritores "racism", "dentistry" e "oral health". Foram selecionadas para compor esta revisão publicações sobre as intersecções entre o racismo, a educação e a prática odontológica. Foi possível identificar que a Odontologia sofre influência do racismo e atua na manutenção e na legitimação desse sistema de opressão. A falta de diversidade racial entre profissionais, docentes e estudantes daárea, currículos de Odontologia pouco problematizadores, a falta de competência cultural dos profissionais e o viés racial na indicação de tratamentos odontológicos são pontos importantes elencados na literatura sobre as ligações entre racismo e Odontologia. Mudar esta realidade implica enquadrar o antirracismo como prioridade no ensino e na prática odontológica. Para que isso aconteça, é necessário, essencialmente, aceitar que o racismo existe e que seus fundamentos históricos ainda impactam e moldam a profissão (AU).


El objetivo de este estudio fue realizar una revisión narrativa de la literatura sobre las interfaces entre racismo y odontología. La búsqueda bibliográfica se realizó en las bases de datos Medline (Medical Literature Analysis and Retrievel System Online) via PubMed y BVS (Biblioteca Virtual de Salud), entre enero y octubre de 2023, utilizando los descriptores "racism", "dentistry" y "oral health". Para componer esta revisión se seleccionaron publicaciones sobre las intersecciones entre el racismo, la educación y la práctica dental. Se pudo identificar que la odontología está influenciada por el racismo y trabaja para mantener y legitimar este sistema de opresión. La falta de diversidad racial entre los profesionales, profesores y estudiantes de la especialidad, los currículos odontológicos poco problematizadores, la falta de competencia cultural entre los profesionales y el sesgo racial en la indicación de los tratamientos odontológicos son puntos importantes enumerados en la literatura sobre los vínculos entre racismo y odontología. Cambiar esta realidad implica hacer del antirracismo una prioridad en la enseñanza y la práctica odontológicas. Para que esto ocurra, es esencialmente necesario aceptar que el racismo existe y que sus fundamentos históricos aún impactan y moldean la profesión (AU).


The current study aimed at carrying out a narrative literature review about the interfaces between Racism and Dentistry. The bibliographic search was conducted on the PubMed and BVS (Biblioteca Virtual de Saúde) databases between January and October 2023, using the following descriptors: "racism", "dentistry" and "oral health". Publications on the intersections between racism, education and dental practice were selected to comprise this review. It was possible to identify that Dentistry is influenced by racism and works to maintain and legitimize this system of oppression. The absence of racial diversity among professionals, teachers and students in the field, unproblematizing dental curricula, the lack of cultural competence among professionals and the racial bias in the indication of dental treatments are important points listed in the literature on the links between Racism and Dentistry. Changing this reality implies making anti-racism a priority in dental teaching and practice. For this to happen, it is essentially necessary to accept that racism exists and that its historical foundations still impact and shape the profession (AU).


Sujet(s)
Odontologie , Enseignement dentaire
6.
Article de Portugais | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1560153

RÉSUMÉ

Neste artigo apresentaremos algumas incidências sociais do sofrimento psíquico, suas valências políticas, formas de resistência e potencialidades transformativas. Distintas expressões e produções sociais de sofrimento no contexto brasileiro contemporâneo ligadas a gênero, sexualidade, raça e violência serão mobilizadas para uma análise a partir dos registros lacanianos de Real, Simbólico e Imaginário. Discutiremos a identitarização do sofrimento como uma estratégia de denúncia que tem na fixação traumática seu limite; a banalização da contingência no silenciamento de violências como efeitos de colonizações entre os eixos imaginário e real; e, por fim, a apresentação da espessura sintomática do sofrimento permitirá a utilização do registo simbólico como matriz de um horizonte de transformação social que se valha do passado para a construção de um futuro de liberdade ligado ao desejo.


Resumos In this paper, we will present some social occurrences of psychological suffering, their political implications, means of resistance, and transformative potentials. Different expressions and social productions of suffering in the contemporary Brazilian context related to gender, sexuality, race, and violence are mobilized for an analysis based on Lacanian registers of the Real, the Symbolic, and the Imaginary. We will discuss the identitarization of suffering as a denunciation strategy that has traumatic fixations as its limit; the banalization of contingency in the silencing of violence as effects of the colonization between the imaginary and the real axes; and finally, a presentation of the symptomatic structure of suffering will allow the use of the symbolic register as the matrix for a horizon of social transformation that articulates history and desire.


Dans cet article, nous présenterons quelques incidences sociales de la souffrance psychique, leurs dimensions politiques, formes de résistance et potentiel de transformation. Différentes expressions et productions sociales de la souffrance dans le contexte brésilien contemporain, liées au genre, à la sexualité, à la race et à la violence, seront mobilisées pour être analysées à partir des registres lacaniens du Réel, du Symbolique et de l'Imaginaire. Nous discuterons la tournant identitaire de la souffrance comme stratégie de dénonciation qui trouve ses limites dans la fixation traumatique; de la banalisation de la contingence dans le silence sur les violences comme effets de la colonisation entre les axes imaginaire et réel; finalement, la presentation de l'épaisseur symptomatique de la souffrance permettra l'utilisation du registre symbolique comme matrice pour un horizon de transformation sociale qui s'appuie sur le passé pour construire un avenir de liberte lié au désir


En este artículo presentaremos algunas manifestaciones sociales del sufrimiento psicológico, sus implicaciones políticas, modos de resistencia y potencialidades transformadoras. Se examinarán diferentes expresiones y producciones sociales del sufrimiento en el contexto contemporâneo de Brasil relacionadas con género, sexualidad, raza y violencia utilizando los registros lacanianos de lo real, lo simbólico y el imaginario. Discutiremos la identitarización del sufrimiento como una estrategia de denuncia que tiene como límite la fijación traumática; la banalización de la contingencia en el silenciamiento de la violencia como efectos de colonización entre los ejes imaginario y real; y, por último, la presentación de la espesura sintomática del sufrimiento permitirá la utilización del registro simbólico como matriz para un horizonte de transformación social que toma el pasado para construir un futuro de libertad articulado al deseo.

7.
REVISA (Online) ; 13(1): 207-217, 2024.
Article de Portugais | LILACS | ID: biblio-1532076

RÉSUMÉ

Objetivo: Identificar a associação entre a presença de discriminação racial e a situação de saúde bucal relacionada à cárie dentária. Método:Estudo transversal, com amostra de 209 adolescentes, avaliados em ambiente escolar através da aplicação de questionário e exame clínico bucal. As variáveis foram: discriminação racial percebida, sociodemográficas e cárie dentária (presença de pelo menos um dente cariado). Os dados foram analisados pelos testes de Qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher e pela Regressão Logística Múltipla. Resultados:A maioria dos adolescentes era negra (66%), do sexo feminino (56,2%), com idade entre 14 e 16 anos (56%), heterossexual (73,2%) e cristã (59,3%). Em relação à situação socioeconômica 41,1% recebiam bolsa família e 19,2% tinham renda familiar de até um salário mínimo. A maior parte dos respondentes apresentou cárie (97,5%) e cerca de um quarto perdeu algum dente permanente. O índice médio do CPO-D foi de 3,7. Houve associação entre a raça/cor conforme o IBGE (p=0,033) e pela escalade cores da pele (p=0,012) e a ocorrência de cárie dentária. Adolescentes negros apresentaram duas vezes mais chances de terem cárie dentária (OR=2,11;IC=1,08-4,15). Conclusão:Os achados deste estudo permitem concluir que observou-se associação entre discriminação racial e cárie dentária.


Objective: To identify the association between the presence of racial discrimination and the oral health situation related to tooth decay. Method:Cross-sectional study, with a sample of 209 adolescents, evaluated in a school environment through the application of a questionnaire and clinical oral examination. The variables were perceived racial discrimination, sociodemographics, tooth decay (presence of at least one decayed tooth). Data were analyzed using Pearson's Chi-square or Fisher's exact tests and Multiple Logistic Regression. Results:The majority of adolescents were black (66%), female (56.2%), aged between 14 and 16 years old (56%), heterosexual (73.2%) and Christian (59.3%) . Regarding socioeconomic situation, 41.1% received a family allowance and 19.2% had a family income of up to one minimum wage. Most respondents had cavities (97.5%) and around a quarter lost some permanent teeth. Therewas an association between race/color according to IBGE (p=0.033) and skin color scale (p=0.012) and the occurrence of tooth decay. Black adolescents were twice as likely to have tooth decay (OR=2.11; CI=1.08-4.15). Conclusion:The findings of this study allow us to conclude that an association was observed between racial discrimination and tooth decay.


Objetivo:Identificar a associação entre a presença de discriminação racial e a situação de saúde bucal relacionada à cárie dentária. Método:Estudio transversal, con una muestra de 209 adolescentes, evaluados en el ambiente escolar mediante la aplicación de un cuestionario y examen clínico oral. Las variables fueron discriminación racial percibida, sociodemográfica, caries (presencia de al menos un diente cariado). Los datos se analizaron mediante las pruebas de Chi-cuadrado de Pearson o exacta de Fisher y Regresión Logística Múltiple. Resultados:La mayoría de los adolescentes eran negros (66%), mujeres (56,2%), con edades entre 14 y 16 años (56%), heterosexuales (73,2%) y cristianos (59,3%). En cuanto a la situación socioeconómica, el 41,1% recibía una asignación familiar y el 19,2% tenía un ingreso familiar de hasta un salario mínimo. La mayoría de los encuestados tenía caries (97,5%) y alrededor de una cuarta parte perdió algunos dientes permanentes. El índice CPOD promedio fue de 3,7. Hubo asociación entre raza/color según IBGE (p=0,033) y escala de color de piel (p=0,012) y la aparición de caries. Los adolescentes negros tenían el doble de probabilidades de tener caries (OR=2,11; IC=1,08-4,15). Conclusión:Los hallazgos de este estudio nos permiten concluir que se observó una asociación entre la discriminación racial y la caries


Sujet(s)
Inégalités en matière de santé , Établissements scolaires , Santé buccodentaire , Adolescent , Racisme
8.
Rev. saúde pública (Online) ; 58: 25, 2024. tab, graf
Article de Anglais | LILACS | ID: biblio-1565793

RÉSUMÉ

ABSTRACT OBJECTIVE To assess maternal mortality (MM) in Brazilian Black, Pardo, and White women. METHODS We evaluated the maternal mortality rate (MMR) using data from the Brazilian Ministry of Health public databases from 2017 to 2022. We compared MMR among Black, Pardo, and White women according to the region of the country, age, and cause. For statistical analysis, the Q2 test prevalence ratio (PR) and confidence interval (CI) were calculated. RESULTS From 2017 to 2022, the general MMR was 68.0/100,000 live births (LB). The MMR was almost twice as high among Black women compared to White (125.81 vs 64.15, PR = 1.96, 95%CI:1.84-2.08) and Pardo women (125.8 vs 64.0, PR = 1.96, 95%CI: 1.85-2.09). MMR was higher among Black women in all geographical regions, and the Southeast region reached the highest difference among Black and White women (115.5 versus 60.8, PR = 2.48, 95%CI: 2.03-3.03). During the covid-19 pandemic, MMR increased in all groups of women (Black 144.1, Pardo 74.8 and White 80.5/100.000 LB), and the differences between Black and White (PR = 1.79, 95%CI: 1.64-1.95) and Black and Pardo (PR = 1.92, 95%CI: 1.77-2.09) remained. MMR was significantly higher among Black women than among White or Pardo women in all age ranges and for all causes. CONCLUSION Black women presented higher MMR in all years, in all geographic regions, age groups, and causes. In Brazil, Black skin color is a key MM determinant. Reducing MM requires reducing racial disparities.


Sujet(s)
Humains , Femelle , Service de santé pour les femmes , Mortalité maternelle , Racisme , Inégalités en matière de santé , Brésil
9.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);29(7): e02992024, 2024.
Article de Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1564281

RÉSUMÉ

Resumo Este artigo objetiva compreender a visão de equidade racial e as motivações para a abordagem da saúde da população negra na formação dos cursos de Saúde Coletiva, Enfermagem e Medicina de uma universidade pública brasileira, orientado na perspectiva negra da decolonialidade. Considerando o Racismo Institucional, é preciso investir nas interfaces entre os setores educação e saúde na formação de profissionais para o Sistema Único de Saúde. Trata-se de estudo de natureza qualitativa com abordagem do tipo pesquisa-intervenção, afirmando um compromisso social e político de transformação da realidade. Para tanto, foram realizadas oficinas com representantes dos Núcleos Docentes Estruturantes dos cursos selecionados. A temática da saúde da população negra tem sido trabalhada de forma pontual e descontextualizada, sem uma reflexão do racismo estrutural, das relações de poder e da formação socio-histórica brasileira, o que se distancia das diretrizes propostas pela Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. Ao final, são sinalizadas perspectivas para a reorientação da formação em saúde, visando ao aumento da densidade democrática e da equidade racial.


Abstract This article aims to understand the view of racial equity and the motivations for approaching the health of the black population in Collective Health, Nursing, and Medicine courses at a Brazilian public university, guided by the black perspective of decoloniality. Considering Institutional Racism, it is necessary to invest in the interfaces between the education and health sectors in the training of professionals for the Unified Health System. This is a qualitative study with an intervention-research approach, affirming a social and political commitment to transforming reality. Workshops were held with representatives of the Structuring Teaching Centers of the selected courses. The theme of the health of the black population has been elaborated in a prompt and decontextualized manner, with no reflection based on structural racism, power relations, and Brazilian socio-historical formation. This creates a distance from the guidelines proposed by the National Policy for Comprehensive Health of the Black Population. At the end of this article, perspectives are identified for the reorientation of health training, aimed at increasing democratic density and racial equity.

10.
Physis (Rio J.) ; 34: e34060, 2024. graf
Article de Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1564879

RÉSUMÉ

Resumo A escravidão é um evento crítico na formação da sociedade brasileira e, em particular, no modo como a mulher negra foi (e ainda é) a ela integrada. As mulheres negras foram o esteio da formação social brasileira, de modo que, hoje, partem do lugar de quem carrega quatro séculos de escravização. Nesta etnografia, buscamos reconhecer na voz de Carolina, mulher preta, em situação de rua, na Pequena África do Rio de Janeiro, sentidos sobre ser mulher, a maternidade no contexto da situação de rua e suas relações com as políticas públicas. A história de Carolina ajuda a compreender o espaço em que ser mulher ganha sentidos a partir da capacidade reprodutiva e o que forja de negociações para ter possibilidades de maternar. A rua é vivida por ela como espaço de liberdade, mas também de insegurança e precariedade. "Entregar" o filho para o sistema de adoção legal tem sentidos diferentes daqueles construídos por agentes de Estado. Para Carolina, a "entrega" de um filho significa a ruptura com qualquer possibilidade de "tornar-se mulher" e "mãe". É urgente uma agenda de Estado antirracista que paute, na lógica da reparação, a dramática realidade de mulheres em situação de rua e seus descendentes.


Abstract Slavery is a critical event in the establishment of Brazilian society, and in particular, how Black women were (and still are) integrated into it. Black women were the mainstay of Brazilian social formation. So, today, they start from the place of someone who carries four centuries of enslavement. This ethnography seeks to recognize in the voice of Carolina, a Black woman living on the streets in Little Africa in Rio de Janeiro, the meanings of being a woman, motherhood in the context of homelessness, and its relationships with public policies. Carolina's story helps us understand the space in which being a woman acquires meanings from the reproductive capacity and what it forges in negotiations toward mothering possibilities. She experiences the street as a space of freedom but also of insecurity and precariousness. "Handing over" the child to the legal adoption system has different meanings than those constructed by State agents. Carolina believes that "handing over" a child means breaking with any possibility of "becoming a woman" and "mother". There is an urgent need to have an anti-racist State agenda that guides the dramatic reality of women living on the streets and their descendants under the reparatory rationale.

11.
Physis (Rio J.) ; 34: e34025, 2024.
Article de Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1564891

RÉSUMÉ

Resumo Objetivou-se refletir sobre o impacto do racismo estrutural na saúde dos adolescentes afrodescendentes brasileiros, considerando o contexto político e social do período pós-abolição, quando foi iniciada uma nova configuração de exploração e manutenção das desigualdades sociais relacionadas aos escravizados libertos e seus descendentes. É na adolescência, fase da vida ligada ao contexto social e cultural, e não apenas determinada pelo período cronológico da vida, quando geralmente o indivíduo negro começa a vivenciar de modo mais consciente o estigma da raça. Este ensaio, inicialmente, apresenta o percurso histórico da construção social da raça nos padrões de dominação e o racismo. Em seguida, reflete, balizado no racismo estrutural, sobre o papel do capitalismo monopolista no desenvolvimento e crescimento econômico do Brasil pós-abolicionista, como um dos principais mecanismos de recrutamento e manutenção da população negra nas classes sociais inferiores e marginalizadas. Por fim, discute como o racismo impacta a saúde dos adolescentes afrodescendentes brasileiros a partir da teoria ecossocial, proposta por Nancy Krieger, e de bibliografia representativa. O racismo estrutural em nossa sociedade impacta na saúde dos adolescentes negros, com forte determinação no processo de saúde-doença. Por isso, é preciso combater as disparidades históricas, no sentido de se construir uma sociedade mais democrática e igualitária.


Abstract The objective was to reflect on the impact of structural racism on the health of Brazilian Afro-descendant adolescents, considering the political and social context of the post-abolition period, when a new configuration of exploitation and maintenance of social inequalities related to freed slaves and their descendants began. It is during adolescence, a phase of life linked to the social and cultural context, and not just determined by the chronological period of life, when black individuals generally begin to experience the stigma of race more consciously. This essay initially presents the historical path of the social construction of race in patterns of domination and racism. It then reflects, based on structural racism, on the role of monopoly capitalism in the development and economic growth of post-abolitionist Brazil, as one of the main mechanisms for recruiting and maintaining the black population in lower and marginalized social classes. Finally, it discusses how racism impacts the health of Brazilian Afro-descendant adolescents based on the ecosocial theory, proposed by Nancy Krieger, and representative bibliography. Structural racism in our society impacts the health of black adolescents, with a strong determination in the health-disease process; Therefore, it is necessary to combat historical disparities, to build a more democratic and egalitarian society.

12.
Interface (Botucatu, Online) ; 28: e230343, 2024. tab, graf
Article de Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534635

RÉSUMÉ

Alunas negras do curso de Medicina são minoria e enfrentam diversos obstáculos durante a formação por serem mulheres negras. Objetivou-se sintetizar o conhecimento produzido em estudos empíricos sobre a discriminação racial e de gênero que sofrem estudantes de Medicina negras no curso. Realizamos uma revisão integrativa nas bases de dados do PubMed e BVS. Foram analisados em profundidade cinquenta estudos classificados em três categorias temáticas: I- O preconceito racial sistêmico-estrutural e estruturante; II- O racismo como um dos fatores da iniquidade na educação médica; e III- O racismo genderizado vivenciado pelas estudantes negras. Concluiu-se que, nas escolas médicas, um espaço social com baixa diversidade étnica/racial e atravessado pelo racismo estrutural, as estudantes negras são discriminadas pela intersecção das dinâmicas de raça, gênero e classe social.(AU)


Las alumnas negras del curso de medicina son minoría y enfrentan diversos obstáculos durante la formación por ser mujeres negras. El objetivo fue sintetizar el conocimiento producido en estudios empíricos sobre la discriminación racial y de género que sufren estudiantes de medicina negras en el curso. Realizamos una revisión integradora de las bases de datos del PubMed y BVS. Se analizaron en profundidad cincuenta estudios clasificados en tres categorías temáticas: 1- El prejuicio racial sistémico-estructural y estructurador. 2- El racismo como uno de los factores de la inequidad en la Educación Médica. 3- El racismo de género vivido por las estudiantes negras. Se concluyó que, en las escuelas médicas, un espacio social con baja diversidad étnica/racial, atravesado por el racismo estructural, las estudiantes negras son discriminadas por la intersección de las dinámicas de raza, género y clase social.(AU)


Black female medical students are a minority and face various obstacles during their training because they are black women. The study aimed to synthesize the knowledge produced in empirical studies on the racial and gender discrimination suffered by black female medical students. We carried out an integrative review using the PubMed and VHL databases. Fifty studies were analyzed in depth and classified into three thematic categories: 1- Systemic-structural and structuring racial prejudice. 2- Racism as one of the factors of inequity in medical education. 3- Genderized racism experienced by black students. It was concluded that in medical schools, a social space with low ethnic/racial diversity and crossed by structural racism, female black students are negatively discriminated by the intersection of race, gender and social class dynamics.(AU)

13.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);29(3): e04232023, 2024. tab, graf
Article de Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534171

RÉSUMÉ

Resumo O objetivo do artigo foi analisar como o racismo institucional em uma universidade pública brasileira afeta a vida de estudantes negros e negras. Trata-se de um estudo misto, desenvolvido por meio da aplicação de questionário autoaplicado online a estudantes universitários que se autodeclararam negros. Os dados quantitativos foram analisados por estatística descritiva, análise bivariável por meio do qui-quadrado e regressão logística multinominal. A análise dos dados qualitativos foi feita no Iramuteq. Do total de 125 respondentes, 68 (54,4%) afirmaram ter sofrido racismo pelo menos uma vez dentro da universidade. Percebeu-se que as situações racistas vividas pelas pessoas negras dentro do ambiente universitário colocam em questão a autoconfiança e a motivação do estudante, afetando diretamente a sua saúde mental e seu desempenho no curso. Evidenciou-se a importância dos coletivos para acolhimento e fortalecimento do pertencimento dos estudantes.


Abstract This article aimed to analyze how institutional racism at a Brazilian public university affects the lives of Black students. This mixed study was developed by applying an online self-administered questionnaire to university students who self-declared as Blacks. Quantitative data were analyzed using descriptive statistics, bivariate analysis using chi-square, and multinomial logistic regression. Qualitative data analysis was performed using IRAMUTEQ. Sixty-eight (54.4%) of the 125 respondents claimed to have suffered racism at least once within the university. We noticed that racist situations experienced by Black people within the university environment call into question the student's self-confidence and motivation, directly affecting their mental health and performance in the course. The importance of receptive groups for strengthening students' belonging was highlighted.

14.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);29(3): e06772023, 2024.
Article de Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534175

RÉSUMÉ

Resumo A doença falciforme (DF) é um caso emblemático de negligência histórica em saúde no Brasil e reflete como o racismo institucional produz iniquidades em saúde. Este artigo fez um percurso histórico até os dias atuais e mostra atraso na implementação de políticas de saúde voltadas para as pessoas com DF, tantas vezes encoberto em (in)ações e omissões do poder público. O descompromisso para a efetivação das recomendações do Ministério da Saúde, a exemplo da triagem neonatal, e a dificuldade de incorporar as tecnologias para a assistência à saúde resultam desse modus nada operandi. Os avanços e retrocessos nas ações programáticas, bem como a pressão constante sobre os diversos entes governamentais, caracterizaram a saga dos últimos 20 anos. O texto disserta sobre as políticas voltadas para as pessoas com DF, apropriando-se da simbologia Sankofa, já que só é possível construir o presente pelo aprendizado dos erros do passado. Assim, reconhecemos essa trajetória e esse momento histórico em que há possibilidade concreta de avançar e concretizar o tão almejado cuidado integral para pessoas com DF. Concluiu-se que há um convite para um novo olhar, em que esperançar seja o disparador das movimentações necessárias para a garantia do direito para as pessoas com DF.


Abstract Sickle cell disease (SCD) is an emblematic case of historical health neglect in Brazil and reflects how institutional racism produces health inequalities. This article engaged in a historical journey of this disease, showing the delayed implementation of health policies for people with sickle cell disease, often concealed in Public Power's (in)actions and omissions. The lack of commitment to implement the recommendations of the Brazilian Ministry of Health, such as neonatal screening, and the difficulty in incorporating technologies for health care result from this modus operandi. The advances and setbacks in programmatic actions and the constant pressure on several governmental entities have characterized the reported saga in the last twenty years. The present text discusses the policies for people with SCD, appropriating the Sankofa symbol, meaning that building the present is only possible by remembering past mistakes. Thus, we recognize this trajectory and this historical moment in which there is a concrete possibility of moving forward and achieving the longed-for comprehensive care for people with SCD. There is an invitation to glance at a new perspective, one in which hope is the trigger for the movements needed to guarantee the rights of people with SCD.

15.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);29(3): e04432023, 2024.
Article de Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534178

RÉSUMÉ

Resumo Este artigo é parte de uma pesquisa que buscou cartografar saberes e fazeres antirracistas em saúde mental por meio do acompanhamento das práticas de três coletivos de profissionais trabalhando na/com a rede de atenção psicossocial na cidade de São Paulo, o que possibilitou caracterizar suas estratégias de intervenção. Buscando contribuir para sua conceitualização, delineamos, por meio da revisão da literatura descolonial, três ideias-força que nos permitem dar corpo à descolonização da Reforma Psiquiátrica: o desnortear, que, em diálogo com Achille Mbembe e Frantz Fanon, nos convida à afirmação da loucura e da negritude - sem, no entanto, estabelecer fixações; o antimanicolonial, que se dá no fomento do exercício livre e contracultural de imaginar diásporas, em relação com as proposições de Édouard Glissant, Paul Gilroy e Lélia Gonzales quanto a uma (des)orientação atlântica na qual elementos da diáspora negra e da América Latina possam ressignificar negritude e desrazão; e o aquilombar, como práxis libertária que tem em sua gênese os quilombos como metáfora viva da radicalização das relações nas diferenças, a partir do quilombismo de Abdias do Nascimento, da quilombagem de Clóvis Moura, do (k)quilombo de Beatriz Nascimento e do devir quilomba de Mariléa de Almeida.


Abstract This article is part of a study aimed to map antiracist knowledge and practices in mental health by monitoring the practices of three collectives of professionals working in/with the psychosocial care network in the city of São Paulo, allowing us to characterize their intervention strategies. To contribute to the conceptualization of this article, through a review of the decolonial literature, three major ideas have been outlined that have allowed us to give substance to the decolonization of Psychiatric Reform: bewilderment, which, in dialogue with Achille Mbembe and Frantz Fanon, invites us to affirm madness and blackness without, however, establishing fixations; the antimanicolonial, which occurs in the promotion of the free and countercultural exercise of imagining diasporas, in light of that proposed by Édouard Glissant, Paul Gilroy, and Lélia Gonzales regarding an Atlantic (de)orientation in which elements of the black diaspora and Latin America can re-signify blackness and unreason; and aquilombar, as a liberatory praxis whose genesis lies in the quilombos as a living metaphor for the radicalisation of relationships in differences, based on Abdias do Nascimento's quilombismo, Clóvis Moura's quilombagem, Beatriz Nascimento's (k)quilombo, and Mariléa de Almeida's devir quilomba.

16.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);29(3): e06732023, 2024. tab
Article de Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534181

RÉSUMÉ

Resumo Este artigo propõe uma reflexão sobre o imperativo do antirracismo na saúde bucal coletiva, a qual, como núcleo e práxis, pode contribuir de forma significativa para a (re)construção de um ethos que contemple a equidade e viabilize a cidadania e a democracia. Como paradigma, assumimos o conceito "Bucalidade" e as diretrizes da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, pela ênfase no direito à saúde como prerrogativa do direito à vida e no combate ao racismo e a todas as formas de discriminação, em quaisquer espaços, como indutor desse ethos. Como exercício crítico, abordamos o status quo da saúde bucal coletiva e apontamos para uma perspectiva pró-equidade racial como uma escolha intencional, política e pactuada socialmente em busca da justiça social. Por fim, trazemos proposições para a implementação desse ethos por assumir o enfrentamento do racismo sistêmico no campo da saúde bucal coletiva como inadiável para a preservação da vida-boca e aprimoramento da democracia.


Abstract This article proposes a reflection on the imperative of antiracism in collective oral health, which, as a science, field, core, and praxis, contributes significantly to the reconstruction of an ethos that considers equity and enables citizenship and democracy. As a paradigm, we assumed the concept of "Buccality" and the guidelines of the National Comprehensive Health Policy for the Black Population, emphasizing the defense of the right to health as a prerogative of the right to life and the combat against racism and all forms of discrimination systematically. As a critical exercise, we discussed the status quo of collective oral health. We pointed to adopting a racial pro-equity perspective as an intentional, political choice socially agreed upon with all of society for social justice. Finally, we propose recommendations for dismantling systemic racism in collective oral health.

17.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);29(3): e04482023, 2024. tab, graf
Article de Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534186

RÉSUMÉ

Resumo Eu, nós... ELAS quilombolas, documentário que aborda a identidade quilombola e o direito à vacinação contra a COVID-19, faz emergir noções como prioridade, direito, privilégio e identidade durante o processo que precisa vincular os números de doses a braços de cidadãos. No Brasil, diante da omissão do governo federal, fundamentada na necropolítica e no negacionismo, a falta de informações levou as comunidades quilombolas a se responsabilizarem pela construção das listas de aptos a receberem a vacina. O objetivo da produção foi utilizar as imagens como linguagem política na área da saúde, documentando e dando visibilidade para essas questões, como ilustração de processos de enfrentamento das desigualdades e iniquidades sociais e de saúde pautadas no racismo estrutural. Ao associar ciência e arte, o método de produção audiovisual, entrelaçado com os referenciais da sociologia das imagens, da antropologia visual e dos dispositivos de produção e estética de Coutinho, emergiram três categorias: o eu, o nós e o elas. Este artigo apresenta as categorias que embasaram a construção narrativa do documentário a partir das potencialidades das imagens, que se apresentaram como dispositivo político-pedagógico antirracista, tanto durante o processo de produção quanto ao longo das exibições públicas.


Abstract We quilombola women, a documentary that considers the quilombola identity and the right to COVID-19 vaccination, evokes notions of priority, rights, privileges and identity during the process of matching the number of vaccine doses available to citizens' arms. Omission by a Brazilian federal government grounded in necro-politics and denial, plus a lack of information, led quilombo communities to take it on themselves to draw up lists of those eligible for vaccination. The production team's aim was to use images as political language in the health field, so as to document and give visibility to these issues as one illustration of combating social and health inequalities and inequities rooted in structural racism. By combining science and art and interlacing references from the sociology of images, visual anthropology, plus the work and aesthetic devices of Eduardo Coutinho, the audiovisual production method brought out three key categories: I, We, and They, quilombola women. This article explores these categories underpinning construction of the documentary narrative, which drew on the potential of images, which in turn served as anti-racist, political and educational devices, both in the course of the production process and during the public screenings.

18.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);29(3): e07622023, 2024.
Article de Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534190

RÉSUMÉ

Resumo Trata-se de estudo sobre o racismo estrutural na formação e na ocupação de trabalhadoras e trabalhadores negros atuando na atenção primária à saúde (APS) no município do Rio de Janeiro, a partir da experiência de médicas negras. Realizou-se um estudo qualitativo, utilizando grupo focal, conduzido em novembro de 2022. Utilizou-se o interacionismo simbólico como referência para a interpretação relacionada às situações que compõem as experiências/vivências a partir do racismo. Os achados foram reunidos em dois eixos: manifestação do racismo estrutural e institucional no âmbito do SUS; e como o racismo atravessa os processos de trabalho em saúde e suas repercussões. Os resultados revelam uma continuidade das implicações do racismo desde a formação de médicas negras até o trabalho na APS, tornando-se um obstáculo na reorganização do processo de trabalho na perspectiva territorial de atenção à saúde. As participantes identificam o racismo institucional e estrutural na negligência da gestão, na violência do território e na vacância de médicos nas equipes desses territórios, limitando a oferta de um cuidado adequado. É necessário desvelar e aprofundar a compreensão do caráter estrutural do racismo da organização do trabalho em saúde, tendo como imagem-objetivo a saúde como direito.


Abstract This study scrutinizes structural racism's influence on the training and work of Black professionals in primary health care (PHC) in Rio de Janeiro, particularly focusing on the experiences of Black female physicians. Employing a qualitative approach via a Focus Group, conducted in November 2022, we adopted symbolic interactionism to interpret racism-related experiences. Our findings encompass two primary dimensions: the manifestation of structural and institutional racism within the Unified Health System (SUS), and how racism permeates health work processes and consequences. Results highlight enduring impacts, spanning education to PHC roles, hindering healthcare process recalibration. Participants identify institutional and structural racism, from managerial neglect to territorial violence and physician scarcity, constraining comprehensive care. It is crucial to unveil and grasp racism's structural essence within healthcare, aligned with the vision of health as a fundamental right.

19.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);29(3): e11072023, 2024. tab, graf
Article de Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534192

RÉSUMÉ

Resumo Objetiva-se analisar como as publicações científicas descreveram e interpretaram os achados sobre a relação entre a população negra e eventos ligados à COVID-19 em 2020. Revisão narrativa com busca sistemática, na qual realizou-se um levantamento de artigos publicados em 2020 nas bases Scopus, MedLine/PubMed e Web of Science. Inicialmente foram encontrados 665 artigos, após a leitura e aplicação dos critérios elegíveis, chegou-se ao número final de 45 artigos. Predominaram estudos epidemiológicos, observacionais, dados secundários e desenvolvidos nos Estados Unidos. Da síntese das informações extraídas emergiram quatro agrupamentos e respectivos achados: principais eventos na população negra - alto número de óbitos e elevada taxa mortalidade; relações diretas - más condições de saúde, moradia e trabalho; relações intermediárias - baixa renda e preconceito antinegro; relações abrangentes - racismo estrutural e determinantes sociais da saúde. A identificação das disparidades raciais em saúde é uma importante constatação sobre a dinâmica da pandemia entre a população negra, porém as explicações multicausais mostraram-se limitadas. É necessário mobilizar recursos teóricos críticos dos estudos de raça e saúde para qualificar pesquisas, visando oferecer suporte em ações globais no enfrentamento da epidemia por SARS-COV2 neste grupo.


Abstract This study aimed to analyze how scientific publications described and interpreted findings about the relationship between the Black population and events linked to COVID-19 in 2020. Narrative review with systematic search, in which a survey was conducted on articles published in 2020 in the Scopus, Medline/PubMed, and Web of Science databases. Initially, 665 articles were found, and after reading and applying the eligible criteria, the final number of 45 articles was reached. Epidemiological, observational studies, secondary data and developed in the United States predominated. Four groupings and respective findings emerged from the synthesis of information extracted: Main events in the Black population - high number of deaths and mortality rate; Direct relationships - poor health, housing, and work conditions; Intermediate relationships - low income and anti-Black prejudice; Comprehensive relationships - structural racism and social determinants of health. The identification of racial health disparities is an important finding about the dynamics of the pandemic among the Black population. However, multicausal explanations were limited. It is necessary to mobilize critical theoretical resources from ethnic and health studies to qualify research in order to support global actions to combat the SARS-CoV-2 epidemic in this group.

20.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);29(3): e04402023, 2024.
Article de Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534193

RÉSUMÉ

Resumo A violência é um grave problema de saúde pública e constitui um fenômeno sócio-histórico, com causas e consequências diversas e múltiplas expressões. As principais vítimas seguem sendo as populações vulnerabilizadas e periféricas, nas quais se interseccionam dimensões como gênero, classe, raça e pertencimento social. Embora as questões étnico-raciais estejam presentes nos estudos que explicam o fenômeno da violência, estes tendem a não a considerar também fruto do racismo institucional. Este artigo pretende analisar dados de uma pesquisa quali-quanti que avaliou experiências de violência simbólica e estrutural vivenciadas por jovens negros/as de 15 a 29 anos de idade e moradores/as de bairros periféricos de duas capitais brasileiras - Recife e Fortaleza, a partir de grupos focais e entrevistas semiestruturadas. Foram enfatizados os lugares de fala que situavam a interseccionalidade, sobretudo de raça/cor da pele, pertencimento territorial e classe, na própria definição identitária. Em ambas as capitais a juventude negra trouxe à tona uma realidade comum: um horizonte limitado na definição de projetos de vida, tanto por questões econômicas quanto da demarcação concreta ou simbólica de lugares sociais para os quais seu acesso é interditado.


Abstract Violence is a serious public health issue and constitutes a historical social phenomenon with diverse causes and consequences, and multiple manifestations. The main victims continue to be populations left vulnerable and marginalised, where dimensions including gender, class, race and social belonging intersect. Although studies to explain the phenomenon of violence do address ethnic and racial issues, they tend not to consider violence as stemming also from institutional racism. This paper examines data from a qualitative and quantitative study drawing on focus groups and semi-structured interviews to evaluate symbolic and structural violence experienced by young black people from 15 to 29 years old residing in peripheral neighbourhoods of two Brazilian state capitals - Recife and Fortaleza. The focus is on their standpoints that situate the intersectionality, especially among race/skin colour, territorial belonging and class, in the very definition of identity. In both capitals, the young black people revealed a common reality: life projects constrained by economic limitations and by the concrete or symbolic demarcation of social spaces to which they are denied access.

SÉLECTION CITATIONS
DÉTAIL DE RECHERCHE