RESUMO
Com o propósito de efetuar uma crítica ao modelo biomédico, mecanicista, hegemônico na doutrina e prática que informa a medicina na atualidade, o texto parte de uma síntese histórico-evolutiva que contempla a apresentaçäo das idéias e personagens chave que caracterizariam os quatro paradigmas ou modelos que, ao longo do tempo, precederam o modelo sob estudo. Em seguida discorre, efetuando uma análise crítica, sobre o fenômeno da medicalizaçäo, consequência e estímulo ao mesmo tempo para a hegemonia do modelo biomédico, contextualizando-a, brevemente, na sociedade de consumo, sob o império da lógica de mercado, tomando a questäo dos medicamentos como exemplo das distorçöes advindas do incremento da medicalizaçäo e dos fatores a ela subjacentes. Ao final, comenta-se a respeito das limitaçöes no alcance da desejada interferência positiva da medicina, uma vez feita a opçäo pelo modelo biomédico
Assuntos
Preparações Farmacêuticas , Processo Saúde-DoençaRESUMO
Partindo do pressuposto de que a farmácia ocupa um lugar privilegiado no sistema de saúde, com base em pesquisa realizada entrevistando balconistas de farmácia em Recife, foi constatada uma série de práticas que certamente contribuem fortemente para o uso inadequado dos medicamentos, destacando-se as comissões sobre as vendas pagas aos balconistas, os produtos "bonificados" e a intensa atividade prescritora dos vendedores. Entre os produtos mais prescritos por esses profissionais ocuparam lugar privilegiado as vitaminas, os hepatoprotetores e os antibióticos. Alguns determinantes e conseqüências resultantes do uso irracional dessas categorias terapêuticas são examinados sob a óptica dos eventuais fundamentos farmacológicos a eles relacionados.