RESUMO
Introdução: Houve uma melhora lenta, porém definitiva no tratamento das leucemias agudas nos últimos anos. No entanto, existem controvérsias para pacientes com características específicas. Este trabalho tem como objetivo descrever o perfil epidemiológico dos pacientes com leucemia aguda atendidos no Hospital Estadual Mário Covas (HEMC), assim como demonstrar as curvas de sobrevida global e livre de doença e as taxas de mortalidade desta população. Métodos: Realizado estudo de corte transversal para avaliação de pacientes com diagnóstico de leucemias agudas da FMABC atendidos, no HEMC, no período de 2008 a 2012. Análise estatística das curvas de sobrevida utilizando Kaplan-Meier (XL Stat® v2012). Resultados: LMA: 50 pacientes com média de 57,72 anos de idade (18 a 89 anos), predomínio do sexo feminino 2,12: 1 e SLD = SG = 42 meses (média de seguimento = 49,9 meses); sendo 12 pacientes com LMA-M3 (SG=SLD=50%) e 38 outros subtipos (SG=SLD=39,5%). LLA: 17 pacientes, com média de 33,7 anos de idade (19 a 66 anos), predomínio do sexo masculino 1,43: 1 e SG = 58,82%, SLD = 47,3% (média de seguimento = 24,6 meses). Conclusão: Pacientes com LMA que atingem resposta na fase de indução apresentam curvas de SG e SLD compatíveis com a literatura. Pacientes com LLA apresentam SG e SLD inferior ao observado na literatura. É preciso prosseguir com este programa a fim de determinar o melhor tratamento para estes pacientes e o impacto do TCTH, assim como sua viabilidade.