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1.
Arq. bras. cardiol ; Arq. bras. cardiol;120(12): e20230409, dez. 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1533711

RESUMO

Resumo Fundamento A rigidez arterial pode afetar diretamente os rins, que são perfundidos passivamente por alto fluxo. No entanto, determinar se a relação entre rigidez arterial e função renal depende das condições de diabetes e hipertensão é uma questão controversa. Objetivo Investigar a relação entre a rigidez arterial, por velocidade da onda de pulso carotídea-femoral (VOPcf), e a incidência de doença renal crônica (DRC) em indivíduos e verificar se essa associação está presente em indivíduos sem hipertensão e diabetes. Métodos Estudo longitudinal com 11.647 participantes do ELSA-Brasil acompanhados por quatro anos (2008/10-2012/14). A VOPcf basal foi agrupada por quartil, de acordo com pontos de corte específicos com relação a sexo. A presença de DRC foi verificada pela taxa de filtração glomerular (TFGe-CKD-EPI) < 60 ml/min/1,73 m2 e/ou relação albumina/creatinina ≥ 30 mg/g. Modelos de regressão logística foram executados para toda a coorte e uma subamostra livre de hipertensão e diabetes no início do estudo, após ajuste para idade, sexo, raça, escolaridade, tabagismo, relação colesterol/HDL, índice de massa corporal, diabetes, uso de anti-hipertensivos, pressão arterial sistólica, frequência cardíaca e doenças cardiovasculares. A significância estatística foi fixada em 5%. Resultados A chance de DRC foi de 42% (IC de 95%: 1,05;1,92) maior entre indivíduos no quartil superior da VOPcf. Entre os participantes normotensos e não diabéticos, os indivíduos do 2º, 3º e 4º quartis da VOPcf apresentaram maiores chances de desenvolver DRC, quando comparados aos do quartil inferior, sendo a magnitude dessa associação maior para aqueles do quartil superior (OR: 1,81 IC de 95%: 1,14;2,86). Conclusão A maior VOPcf aumentou as chances de DRC, e sugere que esse efeito é ainda maior em indivíduos sem diabetes e hipertensão.


Abstract Background Arterial stiffening can directly affect the kidneys, which are passively perfused by a high flow. However, whether the relation between arterial stiffness and renal function depends on diabetes and hypertension conditions, is a matter of debate. Objective To investigate the relationship between arterial stiffening by carotid-to-femoral pulse wave velocity (cfPWV) and chronic kidney disease (CKD) incidence in individuals and verify whether this association is present in individuals without hypertension and diabetes. Methods A longitudinal study of 11,647 participants of the ELSA-Brasil followed up for four years (2008/10-2012/14). Baseline cfPWV was grouped per quartile, according to sex-specific cut-offs. Presence of CKD was ascertained by glomerular filtration rate (eGFR-CKD-EPI) < 60 ml/min/1.73 m2 and/or albumin-to-creatinine ratio ≥ 30 mg/g. Logistic regression models were run for the whole cohort and a subsample free from hypertension and diabetes at baseline, after adjustment for age, sex, race, schooling, smoking, cholesterol/HDL ratio, body mass index, diabetes, use of antihypertensive, systolic blood pressure, heart rate, and cardiovascular disease. Statistical significance was set at 5%. Results The chance of CKD was 42% (CI 95%: 1.05;1.92) greater among individuals in the upper quartile of cfPWV. Among normotensive, non-diabetic participants, individuals in the 2nd, 3rd, and 4th quartiles of cfPWV presented greater chances of developing CKD, as compared to those in the lower quartile, and the magnitude of this association was the greatest for those in the upper quartile (OR: 1.81 CI 95%: 1.14;2.86). Conclusion Higher cfPWV increased the chances of CKD and suggests that this effect is even greater in individuals without diabetes and hypertension.

2.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);28(6): 1655-1662, jun. 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1439833

RESUMO

Abstract We investigated whether racial discrimination accelerates the weight and Body Mass Index (BMI) gain in Blacks and Browns participants of the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil) in four years of follow-up. We compared body weight and BMI between the 1st (2008-2010) and 2nd visit (2012-2014) of 5,983 Blacks and Browns participants. Exposure to racial discrimination and covariates (age, sex, education, and research center) were obtained at the 1st visit. Linear mixed effects models stratified by race/skin color were used. Report of racial discrimination was more frequent among Blacks (32.1%) than Browns (6.3%). During the follow-up period, Blacks and Browns gained an average of 1.4kg and 1.2kg, respectively. This increase was greater among those who reported discrimination when compared to those who did not, both in Blacks (2.1kg vs.1.0kg, p < 0.001) and Browns (1.9kg vs. 1.1kg, p < 0.05). The results of the interaction between racial discrimination and time showed that Blacks, but not Browns, who reported racial discrimination had greater weight and BMI gains between visits. Our results suggest that reducing racial discrimination would contribute to prevent and/or control obesity increase in the country.


Resumo Investigou-se se a discriminação racial acelera o ganho de peso corporal e o Índice de Massa Corporal (IMC) em pretos e pardos participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) em quatro anos de seguimento. Comparou-se o peso corporal e o IMC entre a 1ª (2008-2010) e a 2ª visita (2012-2014) de 5.983 participantes pretos e pardos. A exposição à discriminação racial e às covariáveis ​​(idade, sexo, escolaridade e centro de pesquisa) foram obtidas na 1ª visita. Foram utilizados modelos lineares de efeitos mistos estratificados por raça/cor da pele. O relato de discriminação racial foi mais frequente entre pretos (32,1%) do que em pardos (6,3%). Durante o período de acompanhamento, pretos e pardos ganharam uma média de 1,4kg e 1,2kg, respectivamente. Esse aumento foi maior entre os que relataram discriminação, quando comparados aos que não relataram, tanto em pretos (2,1 kg vs. 1,0 kg, p < 0,001) quanto em pardos (1,9kg vs. 1,1kg, p < 0,05). Após ajustes, os pretos, mas não os pardos, que relataram discriminação racial apresentaram maiores ganhos de peso e IMC entre as visitas. Nossos resultados sugerem que a redução da discriminação racial pode contribuir para prevenir e/ou controlar o aumento da obesidade no país.

3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(2): e00034521, 2022. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1360297

RESUMO

This study aimed to examine whether retirement is associated with greater life satisfaction and if this association differs by sex and type of work. This is a cross-sectional analysis of 13,645 active and retired civil servants, attending to the second visit of the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health cohort (ELSA-Brasil, 2012-2014). Retirees due to disability were excluded. The explanatory variables were: (1) current occupational status (not retired, retired); (2) work engagement after retirement (not retired, retired and working, retired and not working); (3) time since retirement (not retired, > 0-3, > 3-8, > 8-15, > 15 years). Life satisfaction was obtained from the Satisfaction With Life Scale. Associations were estimated by multiple linear regression. After considering sociodemographic and health indicators, life satisfaction was higher for retired individuals (β = 0.50, 95%CI: 0.32; 0.68) than not retired. Retirees who were not working (β = 0.56, 95%CI: 0.33; 0.78) seemed to be more satisfied than those working (β = 0.46, 95%CI: 0.26; 0.66). Life satisfaction was greater among those who retired: > 0-3 years (β = 0.57, 95%CI: 0.33; 0.81), > 8-15 years (β = 0.66, 95%CI: 0.34; 0.98), and > 15 years (β = 0.51, 95%CI: 0.27; 0.74) as compared to active workers. These associations were not modified by gender or type of work. In this Brazilian cohort, retired civil servants from teaching and research institutions seemed to be more satisfied with their lives than active individuals. Results suggest that life satisfaction may vary with time after retirement and whether individuals keep working afterwards, although the variations overlap.


O estudo buscou examinar se a aposentadoria está associada a maior satisfação com a vida e se a associação difere de acordo com gênero e tipo de ocupação. Trata-se de uma análise transversal de 13.645 servidores públicos, entre ativos e aposentados, avaliados na segunda visita da coorte Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil, 2012-2014). Foram excluídos os aposentados por motivo de saúde. As variáveis independentes eram: (1) situação ocupacional atual (não aposentado, aposentado); (2) engajamento em trabalho depois da aposentadoria (não aposentado, aposentado e trabalhando, aposentado e não trabalhando); (3) tempo desde a aposentadoria (não aposentado, > 0-3, > 3-8, > 8-15, > 15 anos). A satisfação com a vida foi obtida com a Escala de Satisfação com a Vida. As associações foram estimadas por regressão linear multivariada. Depois de ajustar para indicadores sociodemográficos e de saúde, a satisfação com a vida era mais alta entre aposentados (β = 0,50, IC95%: 0,32; 0,68) comparados com os não aposentados. Os aposentados que não estavam trabalhando (β = 0,56, IC95%: 0,33; 0,78) pareciam mais satisfeitos que aqueles que estavam trabalhando (β = 0,46, IC95%: 0,26; 0,66) e os não aposentados. A satisfação com a vida era maior entre aqueles que estavam aposentados: > 0-3 anos (β = 0,57, IC95%: 0,33; 0,81), > 8-15 anos (β = 0,66, IC95%: 0,34; 0,98) e > 15 anos (β = 0,51, IC95%: 0,27; 0,74), comparados aos ativos. Essas associações não foram modificadas por gênero ou tipo de ocupação. Nesta coorte brasileira, servidores públicos aposentados de instituições de ensino e pesquisa pareciam mais satisfeitos com a vida em comparação com os servidores ativos. Os resultados sugerem que a satisfação com a vida pode variar de acordo com o tempo desde a aposentadoria e se o indivíduo continua trabalhando depois, embora as associações se sobreponham.


El objetivo del estudio fue examinar si la jubilación está asociada con una satisfacción vital mayor y si esta asociación difiere por sexo, así como naturaleza de la ocupación. Se trata de un análisis transversal con 13.645 empleados públicos activos y jubilados, que participaron en la consulta 2 de la cohorte Estudio Longitudinal de Salud de Adultos (ELSA-Brasil, 2012-2014). Se excluyeron a jubilados que tuvieran problemas de salud. Las variables explicativas fueron: (1) estatus ocupacional actual (no jubilado, jubilado); (2) compromisos laborales tras la jubilación (no jubilado, jubilado y trabajando, jubilado y no trabajando); (3) tiempo desde la jubilación (no jubilado, > 0-3, > 3-8, > 8-15, > 15 años). La satisfacción vital procede de la Escala de Satisfacción con la Vida. Las asociaciones se estimaron mediante una regresión lineal múltiple. Tras considerar indicadores sociodemográficos y de salud, satisfacción vital fue mayor para los jubilados (β = 0,50, 95%CI: 0,32; 0,68) que para los no jubilados. Los jubilados que no estaban trabajando (β = 0,56, 95%CI: 0,33; 0,78) parecieron más satisfechos que los que estaban trabajando (β = 0,46, 95%CI: 0,26; 0,66), así como que quienes no estaban jubilados. La satisfacción vital fue mayor entre quienes se jubilaron: > 0-3 años (β = 0,57, 95%CI: 0,33; 0,81), > 8-15 años (β = 0,66, 95%CI: 0,34; 0,98), y > 15 años (β = 0,51, 95%CI: 0,27; 0,74) si se compara con trabajadores activos. Estas asociaciones no fueron modificadas por género o naturaleza ocupacional. En esta cohorte brasileña, los empleados públicos retirados de la enseñanza e instituciones de investigación parecían más satisfechos con sus vidas que las personas activas. Los resultados sugieren que la satisfacción vital puede variar con el tiempo tras la jubilación, así como en las personas que siguen trabajando después, a pesar de las dimensiones producidas por la superposición de asociaciones.

4.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(1): e00341920, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1355978

RESUMO

Resumo: Pretos e pardos apresentam grandes desvantagens de saúde, possuem menores chances de ascensão na hierarquia social no curso de vida e menores níveis socioeconômicos do que brancos como resultado do racismo estrutural. Entretanto, pouco se sabe sobre o papel mediador da mobilidade intergeracional na associação entre racismo e saúde. O objetivo do presente estudo foi investigar a associação entre racismo e a autoavaliação de saúde, e verificar em que medida a mobilidade social intergeracional media essa associação. Estudo transversal realizado com dados de 14.386 participantes da linha de base (2008-2010) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Escolaridade materna, escolaridade do participante, classe sócio-ocupacional do chefe de família e classe sócio-ocupacional do participante compuseram os indicadores de mobilidade social intergeracional (educacional e sócio-ocupacional). Modelos de regressão logística foram utilizados. A prevalência de autoavaliação de saúde ruim foi de 15%, 24% e 28% entre brancos, pardos e pretos, respectivamente. Após ajustes por idade, sexo e centro de investigação foram encontradas maiores chances de autoavaliação de saúde ruim entre pretos (OR = 2,15; IC95%: 1,92-2,41) e pardos (OR = 1,82; IC95%: 1,64-2,01) quando comparados aos brancos. A mobilidade educacional e sócio-ocupacional intergeracional mediaram, respectivamente, 66% e 53% da associação entre a raça/cor e autoavaliação de saúde ruim em pretos, e 61% e 51% em pardos, respectivamente. Resultados confirmam a iniquidade racial na autoavaliação de saúde e apontam que a mobilidade social intergeracional desfavorável é um importante mecanismo para explicar essa iniquidade.


Resumen: Negros y mulatos presentan grandes desventajas de salud, poseen menores oportunidades de ascensión en la jerarquía social en el trascurso de su vida, y menores niveles socioeconómicos que los blancos, como resultado del racismo estructural. No obstante, poco se sabe sobre el papel mediador de la movilidad intergeneracional en la asociación entre racismo y salud. El objetivo de este estudio fue investigar la asociación entre racismo y autoevaluación de salud, así como verificar en qué medida la movilidad social intergeneracional interfiere en esa asociación. Se trata de un estudio transversal, realizado con datos de 14.386 participantes de la base de referencia (2008-2010) del Estudio Longitudinal de Salud de Adultos (ELSA-Brasil). La escolaridad materna, del participante, clase socio-ocupacional del jefe de familia y clase socio-ocupacional del participante compusieron los indicadores de movilidad social intergeneracional (educacional y socio-ocupacional). Se utilizaron modelos de regresión logística. La prevalencia de autoevaluación de mala salud fue de 15%, 24% y 28% entre blancos, mulatos/mestizos y negros, respectivamente. Tras los ajustes por edad, sexo y centro de investigación, se encontraron mayores oportunidades de autoevaluación de mala salud entre negros (OR = 2,15; IC95%: 1,92-2,41) y mulatos/mestizos (OR = 1,82; IC95%: 1,64-2,01), cuando se compara con los blancos. La movilidad educacional y socio-ocupacional intergeneracional mediaron, respectivamente, 66% y 53% de la asociación entre raza/color y autoevaluación de mala salud en negros, y 61% y 51% en mulatos/mestizos, respectivamente. Los resultados confirman la inequidad racial en la autoevaluación de salud y apuntan que la movilidad social intergeneracional desfavorable es un importante mecanismo para explicar esa inequidad.


Abstract: Blacks and Browns have major health disadvantages, are less likely to rise in the social hierarchy throughout the course of life, and pertain to lower socioeconomic levels than Whites as a result of structural racism. However, little is known about the mediating role of intergenerational mobility in the association between race/skin color and health. The aim of the present study was to investigate the association between racism and self-rated health and to verify to what extent intergenerational social mobility mediates this association. This was a cross-sectional study conducted with data from 14,386 participants from the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil) baseline (2008-2010). Maternal education, education of the participant, socio-occupational class of the head of household, and socio-occupational class of the participant were used in the indicators of intergenerational social mobility (educational and socio-occupational). Logistic regression models were used. The prevalence of poor self-rated health was 15%, 24%, and 28% among Whites, Browns, and Blacks, respectively. After adjustments for age, sex, and research center, greater chances of poor self-rated health were found among Blacks (OR = 2.15; 95%CI: 1.92-2.41) and Browns (OR = 1.82; 95%CI: 1.64-2.01) when compared to Whites. Intergenerational educational and socio-occupational mobility mediated, respectively, 66% and 53% of the association between race/color and poor self-rated health in Blacks, and 61% and 51% in Browns, respectively. Results confirm racial iniquity in self-rated health and point out that unfavorable intergenerational social mobility is an important mechanism to explain this iniquity.


Assuntos
Humanos , Adulto , Mobilidade Social , Racismo , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Estudos Longitudinais
5.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(5): e00024317, 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-952388

RESUMO

Very little is known about the association between objective indicators of socioeconomic position in childhood and adolescence and low subjective social status in adult life, after adjusting for adult socioeconomic position. We used baseline data (2008-2010) from the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil), a multicenter cohort study of 15,105 civil servants from six Brazilian states. Subjective social status was measured using the The MacArthur Scale of Subjective Social Status, which represents social hierarchy in the form of a 10-rung ladder with the top rung representing the highest subjective social status. Participants who chose the bottom four rungs in the ladder were assigned to the low subjective social status category. The following socioeconomic position indicators were investigated: childhood (maternal education), adolescence (occupational social class of the household head; participant's occupational social class of first job; nature of occupation of household head; participant's nature of occupation of first job), and adulthood (participant's occupational social class, nature of occupation and education). The associations between low subjective social status and socioeconomic position were determined using multiple logistic regression, after adjusting for sociodemographic factors and socioeconomic position indicators from other stages of life. After adjustments, low socioeconomic position in childhood, adolescence and adulthood remained significantly associated with low subjective social status in adulthood with dose-response gradients. The magnitude of these associations was stronger for intra-individual than for intergenerational socioeconomic positions. Results suggest that subjective social status in adulthood is the result of a complex developmental process of acquiring socioeconomic self-perception, which is intrinsic to subjective social status and includes current and past, individual and family household experiences.


Pouco se sabe sobre a associação entre indicadores de posição socioeconômica na infância e adolescência e baixo status social subjetivo na idade adulta, depois de ajustar para posição socioeconômica na idade adulta. Usamos dados de linha de base (2008-2010) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), um estudo de coorte multicêntrico de 15.105 servidores públicos de seis estados brasileiros. O status social subjetivo foi medido com a Escala de MacArthur do Status Social Subjetivo, que representa a hierarquia social como uma escada de 10 degraus, onde o degrau mais alto representa o status social subjetivo mais alto. Os participantes que escolheram os quatro degraus inferiores foram alocados à categoria de status social subjetivo baixo. Foram investigados os seguintes indicadores de posição socioeconômica: infância (escolaridade materna), adolescência (classe social ocupacional do chefe de família; classe social ocupacional do participante no primeiro emprego; natureza da ocupação do chefe de família; natureza da ocupação do participante no primeiro emprego) e vida adulta (classe social ocupacional, natureza da ocupação e escolaridade do participante). A regressão logística múltipla foi usada para estimar as associações entre status social subjetivo baixo e posição socioeconômica, depois de ajustar para fatores sociodemográficos e indicadores de posição socioeconômica em outras fases da vida. Depois dos ajustes, os indicadores de posição socioeconômica baixa na infância, adolescência e idade adulta permaneceram associados significativamente com status social subjetivo baixo na idade adulta, com gradientes dose-resposta. A magnitude dessas associações foi maior para a posição socioeconômica intra-indivíduo do que para a posição socioeconômica intergeracional. Os achados indicam que o status social subjetivo na idade adulta resulta de um processo complexo de desenvolvimento da auto-percepção socioeconômica, intrínseco ao status social subjetivo e que inclui experiências atuais e passadas, individuais e familiares.


Se sabe muy poco sobre la asociación entre los indicadores objetivos de la posición socioeconómica durante la infancia y adolescencia y el bajo estatus social subjetivo en la etapa adulta, después de ajustar por la posición socioeconómica para adultos. Se usaron datos de la línea de base (2008-2010) del Estudio Longitudinal de Salud en Adultos (ELSA-Brasil), un estudio de cohorte multicéntrico con 15.105 empleados públicos, procedentes de seis estados brasileños. El estatus social subjetivo se midió usando la Escala de MacArthur del Estatus Social Subjetivo, que representa la jerarquía social como una escalera con 10 peldaños, donde el peldaño superior representa el estatus social subjetivo más alto. Los participantes que eligieron los cuatro escalones inferiores de la escalera fueron asignados a la categoría baja de estatus social subjetivo. Se investigaron los siguientes indicadores del contexto socioeconómico: infancia (educación materna), adolescencia (clase social ocupacional del cabeza de familia; la clase social ocupacional del primer trabajo de los participantes; naturaleza de la ocupación del cabeza de familia; naturaleza de la ocupación del primer trabajo de los participantes), y etapa adulta (clase social ocupacional de los participantes, naturaleza de la ocupación y educación). Las asociaciones entre un bajo estatus social subjetivo y el contexto socioeconómico se determinaron usando regresión múltiple logística, tras ajustarla para factores sociodemográficos e indicadores de la posición socioeconómica de otras fases de la vida. Tras los ajustes, un bajo contexto socioeconómico en la infancia, adolescencia y etapa adulta permaneció significativamente asociado con un bajo estatus social subjetivo en la etapa adulta con gradientes dosis-respuesta. La magnitud de estas asociaciones fue más fuerte para posición socioeconómico intra-individual que para el intergeneracional. Los resultados sugieren que el estatus social subjetivo en la etapa adulta es el resultado de un complejo proceso de desarrollo, donde se adquiere una autopercepción socioeconómica, que es intrínseca al estatus social subjetivo e incluye presente y pasado, así como experiencias individuales y familiares en el hogar.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Classe Social , Nível de Saúde , Estágios do Ciclo de Vida , Ocupações , Fatores Socioeconômicos , Comportamentos Relacionados com a Saúde , Modelos Logísticos , Escolaridade
6.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);23(11): 3719-3733, Oct. 2018. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-974709

RESUMO

Abstract Psychiatric patients are at increased risk of adverse life events, such as being incarcerated and homelessness in their life course. Using data from a cross-sectional multicenter study of 2,475 patients selected from 26 mental health services in Brazil, we examined the association of sociodemographic, clinical, behavioral, and adverse life characteristics with history of homelessness, incarceration or their co-occurrence during lifetime. Odds ratios were obtained by multinomial logistic regression models. The prevalence of homelessness, incarceration and co-occurrence of these two conditions were 8.6%, 16.4%, and 9.4%, respectively. Lower income, living in unstable condition, intellectual disability, and cigarette smoking were associated with homelessness. Being male, lower schooling, sex under effect of alcohol or drugs, and multiple sex partners were associated with incarceration. Psychiatric hospitalizations, substance use, and history of sexually transmitted diseases, and sexual, physical, or verbal violence were associated with co-occurrence of both conditions. Our findings suggest that incarceration and homelessness are very prevalent and correlated in psychiatric patients in Brazil. Many of the associated factors are potentially modifiable, and may act synergistically requiring integrated care.


Resumo Os pacientes psiquiátricos estão em risco aumentado de eventos adversos da vida, como ser preso e morar na rua. Investigamos a associação de características sociodemográficas, clínicas, comportamentais e eventos adversos de vida com o histórico de morar na rua, encarceramento e a coocorrência dessas duas condições ao longo da vida em um estudo multicêntrico de corte transversal de 2.475 usuários de 26 serviços de saúde mental no Brasil. "Odds ratios" foram obtidos por modelos de regressão logística multinomial. A prevalência de morar na rua, encarceramento e coocorrência dessas condições foi de 8,6%, 16,4% e 9,4%, respectivamente. Menor renda, viver em habitações instáveis, deficiência mental e tabagismo foram associados a morar na rua. Ser do sexo masculino, ter menor escolaridade, histórico de sexo sob efeito de álcool ou drogas e múltiplos parceiros sexuais foram associados ao encarceramento. Internações psiquiátricas, uso de substâncias, histórico de doenças sexualmente transmissíveis e violência sexual, física ou verbal foram associados à coocorrência das duas condições. Encarceramento e morar na rua são eventos muito prevalentes e correlacionados em pacientes psiquiátricos. Muitos dos fatores associados são modificáveis e podem agir sinergicamente exigindo cuidados integrados.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Prisioneiros/estatística & dados numéricos , Pessoas Mal Alojadas/estatística & dados numéricos , Transtornos Mentais/epidemiologia , Comportamento Sexual/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Modelos Logísticos , Fatores Sexuais , Prevalência , Estudos Transversais , Fatores de Risco , Fumar Cigarros/epidemiologia , Deficiência Intelectual/epidemiologia
7.
Cad. Saúde Pública (Online) ; Cad. Saúde Pública (Online);33(3): e00017916, 2017. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-839675

RESUMO

Nosso objetivo foi investigar a associação da posição socioeconômica no curso de vida e da mobilidade social intrageracional com o baixo consumo de frutas e hortaliças, inatividade física no lazer e tabagismo entre 13.216 homens e mulheres participantes da linha de base do ELSA-Brasil (2008-2010). A posição socioeconômica na infância, juventude e vida adulta foi aferida pela escolaridade materna, classe sócio-ocupacional da primeira ocupação e classe sócio-ocupacional da ocupação atual, respectivamente. Desvantagens sociais na vida adulta foram consistentemente associadas à maior prevalência dos três comportamentos analisados em homens e mulheres. Entretanto, a posição socioeconômica na juventude e infância foi associada aos comportamentos de forma menos consistente. Por exemplo, enquanto a baixa escolaridade materna reduziu a chance de tabagismo passado (mulheres) e atual (homens e mulheres), ela foi associada à maior chance de inatividade física no lazer entre as mulheres. Já a exposição à baixa posição socioeconômica na juventude aumentou as chances de tabagismo passado (homens e mulheres) e atual (mulheres). A análise das trajetórias sociais deu suporte adicional à maior importância das desvantagens na vida adulta para comportamentos de risco, já que apenas indivíduos que ascenderam para a classe socio-ocupacional alta não apresentaram maior chance destes comportamentos quando comparados aos participantes que sempre pertenceram à classe sócio-ocupacional alta. Nossos resultados apontam que desvantagens socioeconômicas na vida adulta parecem ser mais relevantes para comportamentos de risco do que as desvantagens na infância e adolescência.


Our objective was to investigate the association between lifetime socioeconomic status and intra-generational social mobility and low consumption of fruits and vegetables, leisure-time physical inactivity, and smoking among 13,216 men and women participating in the baseline of the ELSA-Brazil study (2008-2010). Socioeconomic status in childhood, adolescence, and adulthood was measured by maternal schooling, socio-occupational class of the first occupation, and socio-occupational class of the current occupation, respectively. Social disadvantages in adulthood were consistently associated with higher prevalence of the three behaviors analyzed in men and women. However, socioeconomic status in youth and childhood was less consistently associated with the behaviors. For example, while low maternal schooling reduced the odds of past smoking (women) and current smoking (men and women), it was associated with higher odds of leisure-time physical inactivity in women. Meanwhile, low socioeconomic status in youth increased the odds of past smoking (men and women) and current smoking (women). Analysis of social trajectories lent additional support to the relevance of disadvantages in adulthood for risk behaviors, since only individuals that rose to the high socio-occupational class did not show higher odds of these behaviors when compared to participants that had always belonged to the high socio-occupational class. Our findings indicate that socioeconomic disadvantages in adulthood appear to be more relevant for risk behaviors than disadvantages in childhood and adolescence.


Nuestro objetivo fue investigar la asociación de la posición socioeconómica en el curso de vida y de la movilidad social intrageneracional, con el bajo consumo de frutas y hortalizas, inactividad física en el tiempo libre y tabaquismo entre 13.216 hombres y mujeres, participantes de la línea de base del ELSA-Brasil (2008-2010). La posición socioeconómica durante la infancia, juventud y vida adulta se midió por la escolaridad materna, clase socio-ocupacional de la primera ocupación y clase socio-ocupacional de la ocupación actual, respectivamente. Las desventajas sociales en la vida adulta fueron consistentemente asociadas a una mayor prevalencia de los tres comportamientos analizados en hombres y mujeres. Entretanto, la posición socioeconómica en la juventud e infancia se asoció a los comportamientos de forma menos consistentes. Por ejemplo, en cuanto a la baja escolaridad materna redujo la oportunidad de tabaquismo pasado (mujeres) y actual (hombres y mujeres), ésta se asoció a una mayor oportunidad de inactividad física en el tiempo libre entre las mujeres. Ya la exposición a la baja posición socioeconómica en la juventud aumentó las oportunidades de tabaquismo pasado (hombres y mujeres) y actual (mujeres). El análisis de las trayectorias sociales dio apoyo adicional a la mayor importancia de las desventajas en la vida adulta para comportamientos de riesgo, ya que sólo individuos que ascendieron a la clase socio-ocupacional alta no presentaron una mayor oportunidad de estos comportamientos, cuando se comparan con los participantes que siempre pertenecieron a la clase socio-ocupacional alta. Nuestros resultados apuntan que las desventajas socioeconómicas en la vida adulta parecen ser más relevantes para comportamientos de riesgo que las desventajas en la infancia y adolescencia.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Assunção de Riscos , Classe Social , Fumar , Nível de Saúde , Comportamento Alimentar , Atividades de Lazer
8.
Rev. bras. epidemiol ; Rev. bras. epidemiol;19(2): 280-293, Apr.-Jun. 2016. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-789572

RESUMO

RESUMO: Objetivo: Investigar se as relações sociais, juntamente com características sociodemográficas, hábitos de vida e condições de saúde estão associados à qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) em idosos residentes em região considerada de alta vulnerabilidade para a saúde. Métodos: Estudo transversal realizado com amostra aleatória de 366 idosos (≥ 60 anos) adscritos a um centro de saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais. A QVRS foi aferida pelo Medical Outcomes Study 12-Item Short-Form Health Survey (SF-12) e os escores obtidos nos componentes físico (PCS) e mental (MCS) foram utilizados como variáveis resposta. As variáveis explicativas foram divididas em quatro blocos: sociodemográfico, relações sociais, hábitos de vida e condições de saúde. Modelos de regressão linear múltipla foram utilizados. Resultados: Nos modelos multivariados finais, encontramos que elevado número de diagnósticos de doenças crônicas e ter estado acamado nos últimos 15 dias foram variáveis associadas à pior QVRS no domínio físico e mental. Entretanto, ausência de escolaridade, insatisfação com relacionamentos pessoais e não ter sempre que necessário o apoio de alguém para ajudar a ficar de cama, ir ao médico e preparar refeições foi associado à pior QVRS apenas no MCS. Ter declarado cor da pele preta, ausência de atividade de trabalho, não praticar atividade física, não consumir álcool e internação nos últimos 12 meses estiveram associados à pior QVRS apenas no PCS. Conclusão: Além da adversidade social, hábitos de vida e condições de saúde, alguns aspectos funcionais das relações sociais foram importantes para compreensão da QVRS em idosos em vulnerabilidade social.


ABSTRACT: Objective: To investigate whether social relations, sociodemographic characteristics, lifestyle, and health conditions are associated with health-related quality of life (HRQOL) among elderly persons living in regions classified as high vulnerable in terms of health. Methods: A cross-sectional study conducted with a population-based random sample of 366 elderly (≥ 60 years of age) persons registered at a primary health-care unit in Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil. HRQOL was measured using the Medical Outcomes Study 12-Item Short-Form Health Survey (SF-12) and the scores obtained in the physical component score (PCS) and mental component score (MCS) were our response variables. Social relations, sociodemographic characteristics, lifestyle, and health conditions were considered our groups of explanatory variables. Multiple linear regression models were used for the analysis. Results: In the final multivariate models, we found that elevated number of diagnosis of chronic diseases, and being bedridden for the last 15 days were variables associated with worse PCS and MCS. However, lack of education, dissatisfaction with personal relationships, lack of support and help when bedridden or to go to the doctor, and to prepare meals were associated with worse HRQOL only in MCS. Participants who reported black race/color, absence of work activity, lack of physical activity, no alcohol consumption, and hospitalization in the last 12 months had worse HRQOL only in PCS. Conclusion: In addition to the aspects related to social adversity, lifestyle, and health conditions, some functional aspects of social relations were important for understanding the HRQOL in elderly persons living in social vulnerability.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Avaliação Geriátrica , Qualidade de Vida , Brasil , Estudos Transversais , Relações Interpessoais , Estilo de Vida , Fatores Socioeconômicos
9.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);21(4): 1011-1021, Abr. 2016. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-778578

RESUMO

Resumo Este estudo analisou dados do Sistema de Vigilância por Inquérito Telefônico (Vigitel) com o objetivo de estimar a prevalência de aglomeração de comportamentos saudáveis (não fumar, consumo não abusivo de álcool, prática de atividade física regular no lazer e consumo recomendado de frutas e hortaliças) e sua tendência temporal entre 2008 e 2013. Adicionalmente, avaliamos se a associação entre a escolaridade e a aglomeração de 3 ou mais comportamentos saudáveis reduziu em magnitude nesse mesmo período. Razões de prevalências foram obtidas por regressão de Poisson. Encontramos que entre 2008 e 2013, a prevalência de aglomeração de 3 ou mais comportamentos saudáveis aumentou de 20% para 25% entre os homens, e passou de 26% para 32% entre as mulheres, sugerindo um aumento da prevalência de padrões de comportamentos saudáveis no Brasil. Esse aumento foi evidenciado em todas as faixas de escolaridade. Entretanto, a magnitude da associação entre escolaridade e prevalência da aglomeração dos 3 ou mais comportamentos saudáveis permaneceu constante no período. Assim, os resultados sugerem que as disparidades por escolaridade na aglomeração de 3 ou mais comportamentos saudáveis não se alteraram ao longo do tempo, apesar das melhorias sociais observadas no país nos últimos anos.


Abstract This study analyzed data from the telephone-based Surveillance System of Risk and Protective Factors for Chronic Non-Communicable Diseases (VIGITEL) to assess the prevalence of clusters of healthy behavior patterns (non-smoker, non-alcohol-drinker, regular leisure-time physical activity and recommended consumption of fruit and vegetables) and the temporal trend between 2008 and 2013. Additionally, we evaluated whether the association between level of schooling and clustering of three or more healthy behavior patterns decreased in this same period. Prevalence ratios were obtained using Poisson regression. We found that between 2008 and 2013, the clustering prevalence of three or more healthy behavior patterns increased from 20% to 25% in men, and from 26% to 32% in women, suggesting an increase in the prevalence of healthy behavior patterns in Brazil. This increase was found at all levels of schooling. However, the association between levels of schooling and the prevalence of clustering of three or more healthy behavior patterns remained constant during the period. Thus, the results suggest that educational disparities in clustering of three or more healthy behavior patterns did not change over time, despite the social improvements observed in the country in recent years.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Comportamentos Relacionados com a Saúde , Doença Crônica/epidemiologia , Doenças Transmissíveis/epidemiologia , Telefone , Brasil/epidemiologia , Prevalência , Fatores de Risco
10.
s.n; 20141121.
Tese em Português | LILACS-Express | LILACS, InstitutionalDB, BDENF, ColecionaSUS | ID: biblio-1370396

RESUMO

A exposição à adversidade social no curso de vida está associada a uma maior carga de morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares. Entretanto, pouco se sabe sobre os mecanismos biológicos, comportamentais e os relacionados ao estresse que poderiam mediar essa associação. O objetivo desta tese foi investigar a posição socioeconômica no curso de vida e sua associação com a inflamação crônica e a aterosclerose subclínica no contexto brasileiro. Adicionalmente, foram explorados fatores que poderiam mediar essa associação como os comportamentos de risco à saúde, alterações metabólicas e o estresse no trabalho. Como fonte de informações, utilizamos os dados da linha de base (2008-2010) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). A inflamação crônica foi mensurada por meio da proteína C-reativa (PCR). Utilizando modelos de regressão linear múltipla, encontramos que baixa posição socioeconômica na infância (mensurada pela escolaridade materna) foi associada a um aumento dos níveis séricos de PCR, entretanto essa associação não foi independente da posição social na juventude (aferida pela escolaridade do participante) e da posição social na vida adulta (avaliada por meio da classe social da ocupação e da renda familiar per capita). Apesar disso, encontramos que a PCR aumentou de forma linear à medida que o número de exposições às circunstâncias sociais desfavoráveis aumentou ao longo da vida. Utilizando modelos de equações estruturais, encontramos que a aglomeração de alterações metabólicas (obesidade, hipertensão arterial, baixo HDL, hipertrigliceridemia e diabetes) foi responsável por 49,5% do efeito total da posição socioeconômica cumulativa (variável latente composta pelos indicadores de posição social na infância, juventude e vida adulta) na PCR entre as mulheres, mas essa proporção foi inferior entre os homens (20,2%). A aglomeração de comportamentos de risco à saúde (tabagismo, inatividade física e consumo excessivo de álcool) foi responsável por 13,4% do efeito total da posição socioeconômica cumulativa na PCR entre os homens, mas esse mesmo percentual foi de apenas 4,4% entre as mulheres. Consequentemente, o efeito direto da posição socioeconômica cumulativa na PCR (não mediado pela aglomeração de alterações metabólicas e de comportamentos de risco à saúde) foi alto (63,2% e 44,6% entre homens e mulheres, respectivamente). A aterosclerose subclínica foi aferida por meio da espessura médio-intimal carotídea (IMT do inglês: intima-media thickness). Utilizando modelos de regressão linear múltipla, encontramos que apresentar baixa posição social na infância (mensurada pela escolaridade materna) foi associado a maiores níveis de IMT apenas entre as mulheres. Já a baixa posição social na juventude (mensurada pela escolaridade do participante) e na vida adulta (aferida pela classe social da ocupação) foi associada a um aumento no IMT em ambos os gêneros. O IMT também aumentou à medida que número de exposições a condições sociais adversas aumentou ao longo da vida, especialmente entre as mulheres. Foi construído um grafo acíclico dirigido para expressar as relações causais entre a posição socioeconômica ao longo da vida e o IMT com intuito de auxiliar na investigação do papel mediador do estresse no trabalho, avaliado por meio da versão brasileira do Swedish Demand-Control-Support Questionnaire (DCSQ). Encontramos que o estresse no trabalho, segundo o modelo teórico proposto por Karasek, e o baixo controle no trabalho falharam em explicar substancialmente a associação entre a baixa posição socioeconômica ao longo da vida e maiores níveis de IMT em ambos os gêneros. A baixa posição socioeconômica ao longo da vida foi associada à inflamação crônica e a aterosclerose subclínica no contexto brasileiro. Esses achados sugerem que intervenções sociais realizadas em uma única etapa da vida podem ser insuficientes para lidar com as desigualdades em saúde. Expressiva parcela da associação entre a posição social ao longo da vida e a PCR não foi mediada pelos comportamentos de risco à saúde e por alterações metabólicas, o que sugere que outros mecanismos podem estar envolvidos na mediação dessa associação, como o estresse psicossocial. Entretanto, encontramos que o estresse no trabalho não mediou à associação entre posição social ao longo da vida e o IMT. O estresse no trabalho é apenas um aspecto do estresse psicossocial e outras fontes de estresse, não avaliadas nesta tese, podem ser aspectos importantes para explicar as desigualdades sociais em saúde no contexto brasileiro, o que poderá ser explorado no futuro com dados da coorte do ELSA-Brasil.


The exposure to social adversity across the life course is associated with a higher burden of cardiovascular disease morbidity and mortality. However, little is known about the mechanisms that could mediate this association such as biological and behavioral mechanisms, as well as the mechanisms related to stress. The aim of this dissertation was to investigate the socioeconomic position (SEP) across the life course and its association with chronic inflammation and subclinical atherosclerosis in Brazilian context. In addition, we explored factors that could mediate this association as health-risk behaviors, metabolic alterations and job stress. As a source of information, we use data from the baseline (2008-2010) of the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil). Chronic inflammation was measured by C-reactive protein (CRP). Using multiple linear regression models, we found that low childhood SEP (measured by maternal education) was associated with increased CRP. However, this association was not independent of young SEP (evaluated by participants own education) and adulthood SEP (assessed by occupational social class and by per capita household income). Nevertheless, we found that CRP increased linearly with increasing numbers of exposure to unfavorable social circumstances over the life course. Using structural equation modeling, we found that the clustering of metabolic alterations (obesity, hypertension, low HDL, hypertriglyceridemia and diabetes) accounted for 49.5% of the total effect of cumulative SEP (latent variable composed by indicators of SEP in childhood, young and adulthood) in CRP among women, but this proportion was lower among men (20.2%). The clustering of health-risk behaviors (smoking, physical inactivity and excessive alcohol consumption) accounted for 13.4% of the total effect of cumulative SEP in CRP in men, but this percentage was only 4.4% among women. Consequently, the direct effect of cumulative SEP in CRP (which was not mediated by the clustering of metabolic alterations and health-risk behaviors) was high (63.2% and 44.6% among men and women, respectively). Subclinical atherosclerosis was assessed by carotid intima-media thickness (IMT). Using multiple linear regression models, we found that low childhood SEP (measured by maternal education) was associated with higher levels of IMT only among women. Low young SEP (evaluated by participants own education) and adulthood SEP (measured by occupational social class) were associated with an increase in IMT in both genders. IMT also increased with increasing numbers of exposure to adverse social conditions throughout the life course, especially among women. We performed a directed acyclic graph (DAG) to express the causal relationships between life course SEP and IMT in order to investigate the mediating role of job stress, assessed by the Brazilian version of the Swedish Demand-Control-Support Questionnaire (DCSQ). Neither job strain, evaluated by Karasekmodel, nor low job control substantially explained the association between low life course SEP and increased IMT, since job strain and low job control were not associated with IMT independently of SEP in men, and in women the passive work and low control only slightly attenuated the association between IMT and all SEP indicators. Low life course SEP was associated with chronic inflammation and subclinical atherosclerosis in Brazilian context. These findings suggest that social interventions in a single life stage may be insufficient to deal with the health inequalities. Significant portion of the association between life course SEP and CRP was not mediated by health-risk behaviors and metabolic alterations, which suggests that other mechanisms may be involved in mediating this association, such as psychosocial stress. However, we found that job stress did not mediate the association between life course SEP and IMT. Job stress is only one aspect of psychosocial stress and other sources of stress, which were not evaluated in this dissertation, may be important in explaining the health inequalities in Brazilian context, which can be explored in the future using data of the ELSA-Brasil cohort.

11.
Rev. méd. Minas Gerais ; 23(4)out.-dez. 2013.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-704932

RESUMO

Introdução: a epidemia do HIV no Brasil caracteriza-se como concentrada em populações-chave, incluindo homens que fazem sexo com homens (HSH). No entanto, são pouco conhecidos os indicadores de monitoramento e avaliação da epidemia em nível estadual ou municipal destas populações. Objetivo: descrever comportamentos de risco e prevalências de HIV e sífilis em população de HSH em Belo Horizonte, MG.Métodos: estudo de corte transversal parte de estudo multicêntrico nacional entre HSH adultos. A amostra foi recrutada pela técnica Respondent Driven Sampling (RDS). Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e exames para HIV e sífilis. Resultados: foram recrutados 274 HSH em Belo Horizonte. Os participantes eram principalmente indivíduos jovens, com alta escolaridade, de classes sociais A/B, que se autorreferiram gay ou homossexual e tinham alta proporção do uso irregular de preservativos. As prevalências ponderadas da infecção pelo HIV e de sífilis foram, respectivamente, 10,3 e 13,9%. Idade, cor, contar para a mãe ou pai sobre a orientação sexual, testagem prévia para o HIV ou sífilis, diagnóstico prévio de sífilis ou de outras DSTs foram estatisticamente associados a ambas as infecções (p<0,05). Estado civil, família ser indiferente ou desaprovar a opção sexual, ter melhor conhecimento sobre HIV/Aids, mas não saber avaliar sua percepção de risco estiveram estatisticamente associados somente ao HIV e classe social somente com sífilis. Conclusão: os resultados revelam a gravidade da epidemia do HIV na população de HSH residentes em Belo Horizonte. Políticas públicas no nível municipal e estadual devem ser implementadas e/ou revistas com urgência...


Introduction: The HIV epidemic in Brazil is characterized as concentrated on key populations, incluiding men Who have sex with men (MSM). However, monitoring and evaluation indicators are not well known at Municipal or State levels. Objective: To describe risk behaviors and HIV and syphilis prevalences among MSM in Belo Horizonte, MG. Methods: Crosssectional study part of a national multicenter study among adult MSM in Brazil. The sample was recruited using Respondent Driven Sampling (RDS) technique. Semistructure interviews and serological exams for HIV and syphilis were conducted. Resultads: A total of 274 MSM were recruited in Belo Horizonte. Participants were mostly young, with high education, social classes A/B, self-reported as gay or homosexual and with high proportion of irregular use of condoms. Weighted prevalence of HIV infection and syphilis were, respectively, 10.3% and 13.9%. Age, color, sharing with their mother or father their sexual orientation, prior HIV and syphilis testing, and previous diagnosis of syphilis or other STDs were statistically associated with both infections (p<0.05). Marital status, family disapproval or indifference of their sexual orientation, better HIV/Aids knowledge, not knowing their chances of acquiring HIV were statistically associated only with HIV and social class only with syphilis. Conclusion: These results indicate the severity of the HIV epidemic amongthe MSM population in Belo Horizonte. Public policies at the municipal and state levels must be implemented and/or revised urgently...


Assuntos
Humanos , Masculino , Adolescente , Adulto Jovem , Comportamento Sexual , Fatores de Risco , Infecções por HIV/epidemiologia , Sífilis , Vulnerabilidade em Saúde , Brasil , Fatores Socioeconômicos
12.
Rev. méd. Minas Gerais ; 23(4)out.-dez. 2013.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-704934

RESUMO

Introdução: a epidemia do HIV no Brasil é considerada concentrada em populações vulneráveis, principalmente em homens que fazem sexo com outros homens (HSH). Objetivo: este trabalho objetiva descrever as características do comportamento sexual de risco e analisar as características associadas ao uso inconsistente de preservativos nas relações sexuais anais receptivas entre homens que fazem sexo com homens (HSH) em Belo Horizonte, MG. Métodos: estudo de corte transversal, conduzido em 2008-2009, com 274 HSH recrutados pela técnica amostral do Respondent Driven Sampling (RDS). Odds Ratios foram estimadas por regressão logística. Resultados: entre 274 indivíduos,35,7% informaram uso inconsistente de preservativo nas relações anais receptivas nos seis meses anteriores à entrevista, com elevada proporção de parcerias sexuais múltiplas (média de 4,3 parceiros). Ser casado ou estar em união estável, identidade sexual autorreferida como gay, sentir-se tenso ou preocupado algumas ou muitas vezes nos últimos 12 meses, história de relação sexual sob efeito de álcool nos últimos seis meses, baixo conhecimento sobre transmissão do HIV e história de testagem prévia para sífilis foram fatores independentemente associados ao uso inconsistente de preservativos nas relações anais receptivas na amostra analisada. Conclusões: foi alta a proporção de uso inconsistente de preservativos nessa população de HSH. Estratégias de intervenções específicas devem ser desenvolvidas, com atenção especial para o uso de álcool e drogas, combate ao estigma e preconceito, além de ampliação à testagem e assistência integral à saúde. O indicador de uso inconsistente de preservativos nas relações anais receptivas deve ser incorporado no monitoramento e avaliação da epidemia de Aids no município...


Introduction: The Brazilian HIV epidemic is considered concentrated among vulnerable populations, particularly men who have sex with men (MSM). Objective: This paper analyzes the characteristics of sexual behavior and its associated factors among MSM in the city of Belo Horizonte, MG. Methods: Cross-sectional study conducted in 2008-2009, among 274 MSM recruited by Respondent Driven Sampling (RDS). Odds Ratios wereestimated by logistic regression.Results: Among 274 subjects, 35.7% reported inconsistent condom use in receptive anal intercourse in the 6 months preceding the interview, with a high proportion of multiple sexual partnerships (average of 4.3 partners). Final logistic regression model showed that being married or living in a stable relationship, selfreportedsexual identity as ?gay?, feeling tense or worried some or many times in the past 12 months, history of sexual intercourse under influence of alcohol in the last six months, low knowledge about HIV transmission and history of previous testing for syphilis were sefactors independently associated with inconsistent use of condoms during receptive anal intercourse in the sample. Conclusions: The proportion of inconsistent condom use in this MSM population was high. Specific intervention strategies for should be developed with special attention to the use of alcohol and drugs, fighting stigma and prejudice, as well as expanding testing and comprehensivehealth assistance. The indicator inconsistent condom use in receptive anal sex should be incorporated in the monitoring and evaluation of the Aids epidemic at the municipal level in this key population of MSM...


Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Comportamento Sexual , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Infecções por HIV/prevenção & controle , Brasil , Fatores Socioeconômicos , Parceiros Sexuais
13.
Rev. méd. Minas Gerais ; 23(4)out.-dez. 2013.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-704935

RESUMO

Objetivo: descrever as percepções sobre o conceito e formas de transmissão HIV/Aids em pacientes psiquiátricos e verificar se essas percepções são diferentes segundo características sociodemográficas e de condições psiquiátricas. Investigou-se também se essas características foram associadas ao desconhecimento sobre o conceitoe as formas de transmissão do HIV/Aids. Métodos: estudo transversal multicêntrico realizado com 2.475 usuários de 26 serviços públicos de saúde mental (11 hospitais e 15 CAPS) no Brasil. As percepções emergiram das seguintes questões semiabertas: o que é Aids para você?; como você acha que a Aids é transmitida? O material textual foi analisado segundo a técnica de análise de conteúdo. Esses resultados foram estratificados segundo variáveis sociodemográficas e de condições psiquiátricas e analisados por meio do teste de qui-quadrado. Os participantes que não souberam responder sobre o conceito ou formas de transmissão do HIV/Aids foram comparados aos demais por meio de regressão logística. Resultados: em geral, as percepções foram de doença, transmissível (por via sexual e sanguínea), incurável e foram permeadas por aspectos negativos. Estas percepções apresentaram diferenças significativas segundo características sociodemográficas e de condições psiquiátricas por 18,6% não souberam indicar o conceito ou forma de transmissão do HIV/Aids e esse grupo teve mais chances deter acima de 40 anos, menos de oito anos de estudo, não ter renda individual e estar recebendo tratamento em hospitais psiquiátricos. Conclusões: os resultados reforçam a necessidade de medidas macrossociais para minimizar as desigualdades e políticas de prevenção do HIV direcionadas para pacientes com transtornos mentais no Brasil...


Objectives: To describe perceptions about concept and modes of HIV/Aids transmission among psychiatric patients and to assess whether these perceptions differed according to sociodemographic characteristics and psychiatric conditions. We also investigated whether these characteristics were associated with the completely ignorance about theconcept and the modes of transmission of HIV/Aids. Methods: Cross-sectional national multicenter study among 2,475 patients selected from 26 Brazilian mental health centers (11 hospitals, 15 outpatient). The perceptions emerged from the following open ended questions: What is Aids for you?; and, How do you think Aids is transmitted?. The textualmaterial was analyzed using content analysis methods. Results were stratified according to sociodemographic variables and psychiatric conditions and analyzed using the chisquared test. Participants who did not know how to answer any of these questions were compared to the others by logistic regression. Results: Overall, perceptions were of disease, transmissible (through blood and sexual contact), incurable and were permeated by negative aspects as threat, suffering and death. These perceptions showed significant differences according to sociodemographic characteristics and psychiatric conditions. 18.6% did not know how to answer the concept or mode of transmission of HIV/Aids and these were more likely to be older (40+ years old), to have less than 8 years of education, no individual income and be on treatment in psychiatric hospitals. Conclusion: The results reinforce the need formacro-level social policy to reduce inequalities and to implement HIV prevention policies targeted at psychiatric patients in Brazil...


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Infecções por HIV/transmissão , Percepção , Pessoas com Deficiência Mental/psicologia , Vulnerabilidade em Saúde , Brasil , Fatores Socioeconômicos
14.
Cad. saúde pública ; Cad. Saúde Pública (Online);28(11): 2155-2162, nov. 2012. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-656423

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi investigar se o lazer sedentário está associado a um maior consumo regular de alimentos não saudáveis independentemente de indicadores sociodemográficos e de contexto familiar. A análise envolveu 59.809 escolares da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) conduzida em 2009. A variável resposta foi o lazer sedentário, definido como o tempo diário em frente à TV superior a duas horas/dia. As variáveis explicativas de interesse foram o consumo regular de refrigerantes, guloseimas, biscoitos doces e embutidos. Odds ratios (OR) e intervalos de 95% de confiança (IC95%) foram obtidos por regressão logística múltipla. A prevalência de lazer sedentário foi de 65%. O consumo regular de alimentos não saudáveis foi estatisticamente maior entre os que relataram lazer sedentário, antes e após ajuste por sexo, idade, cor da pele autorreferida, dependência administrativa da escola, índice de bens no domicílio e composição familiar. Esses resultados apontam a necessidade de intervenções que promovam, de forma integrada, lazer e dieta saudável entre os jovens.


The objective of this paper was to investigate whether sedentary leisure time was associated with increased regular consumption of unhealthy foods, independently of socio-demographic indicators and family context. The analysis included 59,809 students from the Brazilian National School-Based Adolescent Health Survey (PeNSE) in 2009. The response variable was sedentary leisure time, defined as watching more than two hours of TV daily. The target explanatory variables were regular consumption of soft drinks, sweets, cookies, and processed meat. Odds ratios (OR) and 95% confidence limits (95%CI) were obtained by multiple logistic regression. Prevalence of sedentary leisure time was 65%. Regular consumption of unhealthy foods was statistically higher among students reporting sedentary leisure time, before and after adjusting for sex, age, skin color, school administration (public versus private), household assets index, and household composition. The results indicate the need for integrated interventions to promote healthy leisure-time activities and healthy eating habits among young people.


Assuntos
Adolescente , Animais , Humanos , Masculino , Comportamento Alimentar , Comportamento Sedentário , Televisão , Saúde do Adolescente , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Inquéritos Epidemiológicos , Prevalência , Serviços de Saúde Escolar , Fatores Socioeconômicos , Fatores de Tempo
15.
REME rev. min. enferm ; 16(2): 258-263, abr.-jun. 2012.
Artigo em Português | LILACS, BDENF | ID: lil-653219

RESUMO

A "sistematização da assistência de enfermagem" (SAE) é uma ferramenta que fornece subsídios para a organização da assistência e a gerência do cuidado. Um dos grandes pilares da SAE é o "processo de enfermagem" (PE), um método que incorpora características da teoria de enfermagem utilizada pela instituição. O objetivo com este estudo foi identificar a percepção da equipe de enfermagem sobre a implantação do processo de enfermagem. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório realizado na Unidade de Internação de um hospital de Belo Horizonte. Os participantes do estudo descreveram a SAE como um instrumento que proporciona condições para a organização e a cientificidade da assistência, dentre outras. Foram identificados fatores facilitadores relacionados às características da unidade, ao perfil da equipe de enfermagem e ao modelo adotado. Como dificultadores foram apontados a sobrecarga de trabalho, os recursos humanos insuficientes e as características dos pacientes. A maioria avaliou sua participação na implantação da SAE como positiva, apesar das dificuldades relatadas para a concretização desse processo na prática. Quanto aos princípios da Teoria das Necessidades Humanas Básicas, modelo adotado na unidade, apenas dois deles foram citados. Os participantes destacaram a necessidade de educação permanente para a efetiva implantação da SAE.


Systematization of Nursing Assistance (in Portuguese, SAE) is a method that provides support for care organization and management. One of SAE's major principles is the Nursing Process (in Portuguese, PE), a method that incorporates features of the Nursing Theory employed by the institution. This study aimed at identifying the nursing staff's perception about the implementation of the Nursing Process. It is a descriptive and exploratory study performed in an Inpatient Unit of a hospital in Belo Horizonte. Participants in the study described the SAE as an instrument which provides conditions for care organization and scientificity. Facilitating factors were related to the unit's characteristics, the nursing staff's profile, and the adopted model. The hindering ones were work overload, insufficient human resources, and the patients' characteristics. Most nurses evaluated their participation as positive, despite the difficulties to the project's completion in practical terms. Only two principles of the Theory of Basic Human Needs, model adopted by the unit, were cited. The participants highlighted the need for permanent education for an effective implementation of the method.


La Sistematización de la Asistencia de Enfermería (SAE) es una herramienta que proporciona información para la organización de la gestión y de la atención. Uno de los principales pilares del SAE es el proceso de enfermería (PE), método que incorpora características de la teoría de enfermería empleada por la institución. En este estudio se pretende identificar la percepción del personal sobre la implementación del proceso de enfermería. Se trata de un estudio exploratorio descriptivo realizado en una unidad de internación hospitalaria de Belo Horizonte. Los participantes del estudio describen el SAE como una herramienta que proporciona las condiciones para la organización y cientificidad de la atención, entre otros. Fueron identificados factores facilitadores relacionados con las características de la unidad, perfil del personal de enfermería y modelo adoptado. Como dificultadores se mencionaron la sobrecarga de trabajo, falta de recursos humanos y características de los pacientes. La mayoría evalúa su participación en la implementación del SAE como positiva, a pesar de las dificultades descritas para la concreción de tal proceso en la práctica. Con respecto a los principios de la Teoría de las Necesidades Humanas Básicas, modelo adoptado en la unidad, sólo dos de los principios fueron citados. Los participantes destacaron la necesidad de educación permanente para una implementación eficaz del SAE


Assuntos
Humanos , Avaliação em Enfermagem , Cuidados de Enfermagem , Equipe de Enfermagem , Processo de Enfermagem
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