RESUMO
Background: the use of monothermal caloric testing as a screening tool for vestibular asymmetry has been considered as an alternative to bithermal caloric testing. AIM: to evaluate the effectiveness of monothermal stimulation when compared to bithermal stimulation in the diagnosis of labyrinth asymmetry. Method: the results of 389 vectoelectronystagmography, performed between 1998 and 2007, were analyzed. Monothermal stimulation at 30oC and 44ºC with unilateral weakness (UW) cut-off at 20 percent and 25 percent was compared to bithermal stimulation with cut-off at 25 percent (gold standard). The analysis was aimed at finding which kind of monothermal caloric test (30oC or 44oC) and which kind of cut-off (20 percent or 25 percent) presented the highest specificity and sensitivity values in comparison with bithermal caloric testing. Results: sensitivity and specificity of monothermal caloric tests were: 84 percent and 80 percent, at 30°C with UW at 20 percent; 78 percent and 90 percent, at 30°C with UW at 25 percent; 81 percent and 78 percent, at 44°C with UW at 20 percent; 76 percent and 85 percent, at 44°C with UW at 25 percent. Conclusion: monothermal caloric testing with 30°C stimulus presented the highest sensibility and specificity values in comparison to the results obtained with bithermal stimulation. However, no significant difference was observed between such values and those obtained with 44°C stimulus. In all of the analyses, monothermal testing presented low sensitivity. Thus, the abnormal result of bithermal caloric testing might be seen as normal in monothermal stimulation. The use of monothermal testing as a screening tool is better recommended for individuals whose medical history suggests a low probability of vestibular disease.
Tema: a estimulação calórica monotermal tem sido considerada como alternativa à prova calórica bitermal para triagem das assimetrias vestibulares. Objetivo: avaliar a confiabilidade da estimulação monotermal em relação à bitermal para o diagnóstico das assimetrias labirínticas. Método: avaliaram-se 389 resultados de vectoelectronistagmografia realizados entre 1998 e 2007. A estimulação monotermal de 30ºC e 44ºC com pontos de corte de predomínio labiríntico (PL) em 20 por cento e em 25 por cento foi comparada à bitermal com ponto de corte em 25 por cento (padrão ouro). Na análise, interessou encontrar qual foi à prova monotemal (30°C ou 44°C) e com qual ponto de corte (20 por cento ou 25 por cento) que apresentou os valores mais elevados de sensibilidade e especificidade quando comparada à prova bitermal. Resultados: a sensibilidade e especificidade da prova monotermal foram respectivamente de: 84 por cento e 80 por cento, a 30°C com PL em 20 por cento; 78 por cento e 90 por cento, a 30°C com PL em 25 por cento; 81 por cento e 78 por cento, a 44°C com PL em 20 por cento; 76 por cento e 85 por cento, a 44°C com PL em 25 por cento. Conclusão: a prova monotermal com estimulo a 30°C apresentou valores mais elevados de sensibilidade e especificidade quando comparada a bitermal. Contudo, não se observou diferença significativa em relação aos valores observados com estímulo a 44°C. Em todas as análises, a prova monotermal apresentou a limitação da baixa sensibilidade, de modo que testes alterados pela bitermal podem passar como normais pela prova monoternal. Ao se decidir pela realização da prova monotermal como triagem, deve-se realizá-la em indivíduos com menor probabilidade de estar com doença vestibular, a partir da história clínica.