RESUMO
Resumo: Introdução: O crescimento socioeconômico de um país acontece por meio do desenvolvimento de ciência e tecnologia, e, por isso, a parceria com o terceiro setor é positiva ao auxiliar o financiamento de projetos científicos. Objetivos: Assim, o presente estudo objetiva avaliar as formas de captação de recursos mais utilizadas pelos docentes de Medicina para a execução de seus estudos científicos e verificar se há o reconhecimento do terceiro setor como opção para tal obtenção. Métodos: Trata-se de um estudo transversal analítico com abordagem quali-quantitativa, construído por meio do uso de um formulário individual aplicado aos docentes do curso médico de cinco instituições do ensino superior do Norte/Nordeste do Brasil. Os dados obtidos foram analisados por estatísticas descritiva e analítica. Resultados: Participaram 138 professores, de ambos os sexos, com idade média ± 43,2 anos. A pesquisa mais comumente desenvolvida pelos docentes foi a básica (56,1%); 68,8% utilizaram recursos próprios para o desenvolvimento de seus estudos; 18,8% obtiveram recursos de entidades de apoio à pesquisa; 75,4% conheciam alguma fundação de amparo à pesquisa, e as mais citadas foram a Fapespa (26,9%) e o CNPq (26,9%); 13,8% relataram conhecer sites e empresas multinacionais que fomentam projetos de pesquisas, mas somente 2,2% submeteram sua iniciativa às chamadas públicas em instituições internacionais para captação; quando perguntados sobre o terceiro setor, seus fundamentos e atores definidos pela legislação, o estudo apontou uma falta de conhecimento, com 100% de inadequação nas respostas sobre tais entidades; quanto à parceria entre o terceiro setor e o Estado, 83,3% sinalizaram desconhecimento;100% dos entrevistados desconhecem os critérios para uma entidade integrar tal setor, ao mesmo tempo que 76,8% afirmaram que a falta de orientação dos conceitos do ramo não é entrave para a captação de recursos às pesquisas. Conclusão: A maioria dos docentes utilizava recursos próprios para a realização de seus projetos, seguidos pelo uso de recursos públicos. Ademais, grande parte dos profissionais não reconheceu o terceiro setor como fonte patrocinadora, carecendo de informações que lhes possibilitassem desenvolver atividades de forma ampla e com as diversas oportunidades existentes, oferecidas por entidades desse setor.
Abstract: Introduction: The socio-economic growth of a country is reflected by the development of science and technology. Partnership with the third sector is therefore positive in terms of financial support for scientific projects. Objective: Accordingly, the present study aims to evaluate the most commonly used methods of fundraising by medical professors to conduct their scientific studies and whether there is recognition of the third sector as an option for such fundraising. Method: A cross-sectional analytical study with a qualitative and quantitative approach. The data were collected using an individual form, applied to medical course professors from five different universities in the north of Brazil, and analyzed using descriptive-analytical statistics. Results: The study included 138 professors, of both sexes, with an average age of ± 43.2 years. The type of research most commonly performed by professors was basic (56.1%); 68.8% used their own resources to develop their studies; 18.8% obtained funds from research support entities; 75.4% knew of a research support foundation, primarily FAPESPA (26.9%) and CNPQ (26.9%); 13.8% reported knowledge of websites and multinational companies that promote research projects, but only 2.2% submitted their initiative to public calls for funding from international institutions; when asked about the third sector, its fundamentals and actors defined by legislation, the study indicated a lack of knowledge, with 100% of inadequate answers about such entities; regarding partnership between the third sector and the State, 83.3% signaled ignorance; 100% of the interviewees were unaware of the criteria for an entity to be part of the sector, while 76.8% stated that lack of orientation about the concepts of the area is not an obstacle to raising funds for research. Conclusion: Most professors use their own funds to carry out their projects, followed by the use of public funds. Furthermore, most professionals did not recognize the third sector as a source of sponsorship, lacking information that would allow them to develop broad activities and enjoy the various opportunities offered by entities in this sector.