RESUMO
No presente relato de caso, os autores ressaltam aspectos gerais, neuro-oftalmológicos e psicodinâmicos de um paciente que apresentou neurite óptica isquêmica não arterítica devida ao uso de dose inédita da sildenafila.
In this case report, the authors emphasize general, neuro-ophthalmological and psychodynamic aspects, of a patient who developed non-arteritic ischemic optic neuropathy due to the use of unprecedented dose of sildenafil.
Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Neurite Óptica/diagnóstico , Neurite Óptica/etiologia , Citrato de Sildenafila/administração & dosagem , Citrato de Sildenafila/efeitos adversos , Citrato de Sildenafila/uso terapêutico , Fatores de Risco , Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias , Medicamentos sem Prescrição , Cefaleia/diagnóstico , Cefaleia/etiologiaRESUMO
O objetivo do artigo é apresentar os dados atuais da aplicação de corantes vitais durante cirurgia vitreorretiniana, "cromovitrectomia", bem como uma revisão da literatura atual sobre o assunto no tocante às técnicas de aplicação, indicações e complicações em cromovitrectomia. Um grande número de publicações tem abordado o perfil tóxico da indocianina verde na cromovitrectomia. Dados experimentais mostram uma toxicidade dose-dependente da mesma em várias populações de células retinianas. Novas gerações de corantes incluem: azul tripan, azul patente, acetato de triancinolona, infracianina verde, fluoresceína sódica, azul de bromofenol, acetato de fluorometolona e azul brilhante. Novos instrumentos podem permitir um corar seletivo de estruturas durante a vitrectomia. Este artigo mostra que o campo da cromovitrectomia está em plena expansão de pesquisas. Os corantes de primeira linha são a indocianina verde, infracianina verde e o azul brilhante. Azul patente, azul de bromofenol e azul tripan surgem como novos adjuvantes para melhor observação da membrana epirretiniana. Demais corantes que surgiram merecem maior investigação.
The aim of this article is to present the current data with regard to the application of vital dyes during vitreoretinal surgery, "chromovitrectomy", as well as to overview the current literature regarding the properties of dyes, techniques of application, indications and complications in chromovitrectomy. A large body of published research has recently addressed the toxicity profile of indocyanine green for chromovitrectomy. Experimental data demonstrate dose-dependent toxicity of indocyanine green to various retinal cells. Newer generation vital dyes for chromovitrectomy include trypan blue, patent blue, triamcinolone acetonide, infracyanine green, sodium fluorescein, bromophenol blue, fluorometholone acetate and brilliant blue. Novel instruments may enable a selective painting of preretinal tissues during chromovitrectomy. This review suggests that the field of chromovitrectomy represents an expanding area of research. The first line agents for internal limiting membrane staining in chromovitrectomy are indocyanine green, infracyanine green, and brilliant blue. Patent blue, bromophenol blue and trypan blue arose as outstanding biostains for visualization of epiretinal membranes. Novel dyes available for chromovitrectomy deserve further investigation.
Assuntos
Humanos , Corantes , Vitrectomia/métodos , Corantes/química , Corantes/classificação , Corantes/toxicidadeRESUMO
A injeção intravítrea é atualmente a técnica mais utilizada no tratamento de várias doenças vítreorretinianas. Neste artigo serão discutidas a técnica e complicações da injeção intravítrea de drogas no tratamento de doenças vítreorretinianas. Em resumo, a técnica envolve várias etapas. Inicialmente dias antes da injeção pode-se realizar aplicação de antibióticos e acetazolamida para prevenção de infecção e redução da pressão intra-ocular. Antes do procedimento deve-se dilatar a pupila e executar anestesia tópica com colírios ou gel anestésico. A antissepsia pré-operatória envolve aplicação de colírios de iodo-povidona 5 por cento no fundo de saco conjuntival ao menos 10 minutos antes do procedimento. A injeção deve ser realizada no centro cirúrgico com uso de luvas estéreis e máscara pelo cirurgião. O olho deve ser exposto com blefarostato estéril, e proteção com "sterile-drape" para evitar contato entre a agulha e pálpebras/cílios. A agulha deve ser posicionada no momento da injeção a 3,5 - 4 mm do limbo, e leve mobilização da conjuntiva com um cotonete estéril ou uma pinça facilitam a penetração da agulha através da conjuntiva e esclera. A agulha deve ser inserida gentilmente para dentro da cavidade vítrea até 6 mm de profundidade. Imediatamente após a injeção o paciente deve ser examinado por técnica de oftalmoscopia binocular indireta. Caso a acuidade visual seja ausência de percepção luminosa ou oclusão vascular arterial retiniana seja observada, terapias para diminuição da pressão como paracentese na camada anterior ou massagem por oculopressão diretamente sobre o globo ocular devem ser imediatamente tomadas. A alta ambulatorial deve ser realizada quando o cirurgião estiver ciente da ausência de complicações intra-operatórias; o paciente deverá sair do centro cirúrgico com curativo oclusivo. O paciente deve ser submetido a exame oftalmológico completo no primeiro dia pós-operatório quando associação de antibióticos com corticosteróides...
Intravitreal injections are the standard technique applied in the treatment of some vitreoretinal diseases. In this paper the technique and complications of intravitreal injections are presented. In summary, the procedure involves various consecutive steps. Initially, days before the treatment topical antibiotics and acetazolamide may be prescribed for reduction of the ocular flora and intraocular pressure. Before the injection, the pupil should be dilated and topical anesthesia should be achieved. Injection shall be performed in the operating room under sterile conditions, the surgeon should wear surgical gloves and mask. The eye is then exposed with sterile blepharostat and sterile-drape thereby providing protection of the needle against the contact with contaminated lashes and lids. Injection is done 3.5 mm from the limbus through the pars plana. The needle should be inserted up to 6 mm into the vitreous cavity. Immediately after injection the patient must be examined by indirect ophthalmoscopy to verify central artery perfusion and complications as vitreous hemorrhage. Visual acuity better than light perception should be detected right after injection. If persistent central retinal artery occlusion is diagnosed, anterior chamber paracentesis should be performed. The patient may be discharged with an occlusive patch. Examination at the first postoperative day should exclude various complications such as endophthalmitis, and topical steroid and antibiotics should be prescribed for 7 days. Some complications encountered after intravitreal injections include retinal detachment, vitreous hemorrhage, cataract, uveitis, ocular hypertension, or endophthalmitis.
Assuntos
Humanos , Oftalmopatias/tratamento farmacológico , Corpo Vítreo , Anti-Infecciosos Locais/administração & dosagem , Endoftalmite/etiologia , Endoftalmite/prevenção & controle , Injeções/efeitos adversos , Injeções/métodos , Agulhas , Cuidados Pós-Operatórios , Cuidados Pré-Operatórios , Descolamento Retiniano/etiologia , Descolamento Retiniano/prevenção & controle , Doenças Retinianas/tratamento farmacológicoRESUMO
OBJETIVO: Verificar a presença dos sinais de Babinski e de Chaddock em cem pacientes sem história ou indícios clínicos de comprometimento da via piramidal, internados no Serviço de Clínica Médica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Como objetivos secundários, observar a possível prevalência de um sinal sobre o outro, assim como a influência da posição da cabeça sobre as respostas obtidas. MÉTODO: Cada um dos sinais foi pesquisado por um único autor, utilizando o mesmo instrumento, estando os pacientes em decúbito dorsal e com a cabeça em três posições. RESULTADOS: Em dez pacientes (10 por cento) obteve-se a resposta de extensão do hálux uni ou bilateral. O sinal de Babinski apresentou-se 18 vezes (40 por cento) e o sinal de Chaddock 27 vezes (60 por cento). CONCLUSÃO: O sinal de Chaddock foi o mais freqüente. As respostas anormais ocorreram duas vezes mais à esquerda e, aparentemente, não houve interferência da posição cefálica em relação às respostas obtidas.