RESUMO
ABSTRACT This document on myopia control is derived from a compilation of medical literature and the collective clinical expertise of an expert committee comprising members from the Brazilian Society of Pediatric Ophthalmology and the Brazilian Society of Contact Lenses and Cornea. To manage myopia in children, the committee recommends corneal topography and biannual visits with cycloplegic refraction, along with annual optical biometry. For fast-progressing myopia, biannual biometry should be considered. Myopic progression is defined as an annual increase in spherical equivalent greater than 0.50 D/year or in axial length greater than 0.3 mm (until 10 years old) or 0.2 mm (above 11 years). The proposed treatments for myopia progression include environmental control, low concentration atropine, defocus glasses, contact lenses, or Ortho-K lenses, and combinations of these methods may be necessary for uncontrolled cases. Treatment should be sustained for at least 2 years. This document serves as a comprehensive guideline for diagnosing, treating, and monitoring pre-myopic and myopic children in Brazil.
RESUMO Esta revisão foi baseada na literatura médica e na experiência clínica de um comitê de especialistas membros da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica e da Sociedade Brasileira de Lentes de Contato e Córnea. Rotineiramente as crianças devem ser submetidas a topografia da córnea no primeiro exame e visitas semestrais com refração cicloplegiada e biometria óptica anual. A progressão da miopia foi definida como um aumento anual no equivalente esférico maior que 0,50 D/ano ou do comprimento axial maior que 0,3 mm (até 10 anos) ou 0,2 mm (mais de 11 anos). Os tratamentos propostos para a progressão são controle ambiental, atropina em baixa concentração, óculos com defocus, lentes de contato ou ortoceratologia, devendo-se considerar associações para casos não controlados. O tratamento deve ser realizado por pelo menos 2 anos. O presente documento é uma diretriz para diagnóstico, tratamento e acompanhamento de crianças pré-míopes e míopes no Brasil.
RESUMO
ABSTRACT Cycloplegia is crucial for reliable pediatric ophthalmology examinations. This document provides a recommendation for pediatric cycloplegia and mydriasis for Brazilian ophthalmologists. This article was developed based on literature reviews; the clinical experience of Brazilian specialists, as obtained through questionnaires; and the consensus of the Expert Committee of the Brazilian Pediatric Ophthalmology Society. According to the best evidence and formulations available in Brazil, this committee recommends the use of one drop of 1% cyclopentolate plus one drop of 1% tropicamide in children older than 6 months and two drops of 1% tropicamide 0-5 minutes apart for those younger than 6 months. Mydriasis may be increased by a single drop of 2.5% phenylephrine. For retinopathy of prematurity screening, the recommendation is 0.5% or 1% tropicamide, administered two or three times, 5 minutes apart, and 2.5% phenylephrine, used preferably once. In all scenarios, we recommend the use of a prior drop of 0.5% proxymetacaine.
RESUMO A cicloplegia é crucial para um exame oftalmológico pediátrico acurado. Este documento visa a fornecer uma recomendação para cicloplegia e midríase pediátrica para oftalmologistas brasileiros. Foi desenvolvido com base em revisão literária, na experiência clínica de especialistas brasileiros, por meio de questionários, e no consenso do comitê de especialistas da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP). De acordo com as melhores evidências, este comitê recomenda o uso de uma gota de ciclopentolato 1%, mais uma gota de tropicamida 1% em crianças maiores de 6 meses e duas gotas de tropicamida 1% com intervalo de 0-5 minutos para menores de 6 meses. A midríase pode ser potencializada por uma gota de fenilefrina 2,5%. Para o rastreamento da retinopatia da prematuridade, a recomendação é tropicamida 0,5 ou 1%, duas ou três vezes, com 5 minutos de intervalo, e 2,5% de fenilefrina, preferencialmente uma vez. O uso prévio de proxymetacaína 0,5% é sempre recomendado.
RESUMO
ABSTRACT Allergic conjunctivitis is an increasingly frequent condition with a higher prevalence in children. It can be debilitating and is responsible for a great economic burden. These guidelines were developed on the basis of the medical literature (PubMed/Medline database) and the experience of an Expert Committee composed of members of the Brazilian Society of Pediatric Ophthalmology, the Brazilian Council of Ophthalmology, the Brazilian Society of Pediatrics, and the Brazilian Association of Allergy and Immunology. Allergic conjunctivitis is considered to be controlled when the ocular symptoms are not uncomfortable or are present, at most, on 2 days a week; the visual analog scale score is below 5; and the degree of conjunctival hyperemia is graded 0 or 1 on the Efron scale. Allergic conjunctivitis should be classified as mild, moderate, severe, and vision-threatening for adequate treatment and monitoring of frequency. The present document is a guideline for diagnosing, treating, and monitoring pediatric allergic conjunctivitis considering the clinical and demographic aspects of allergic conditions in Brazil.
RESUMO A conjuntivite alérgica (CA) é uma condição frequente, debilitante e responsável por grande impacto econômico, proporcionalmente maior quando acomete crianças. Essas diretrizes foram desenvolvidas com base na literatura científica (PubMed/Medline) e na experiência de um Comitê de Especialistas composto por membros da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. A conjuntivite alérgica é considerada controlada quando os sintomas não são desconfortáveis ou estão presentes por dois dias na semana; o escore visual pela escala analógica é inferior a 5 e o grau de hiperemia conjuntival é de 0-1 pela escala de Efron. A conjuntivite alérgica deve ser classificada em leve, moderada, grave e com risco de perda visual para tratamento e frequência de monitoramento adequados. Esta diretriz orienta o diagnóstico, tratamento e monitoramento da conjuntivite alérgica pediátrica, considerando aspectos clínicos e demográficos das condições alérgicas no Brasil.
RESUMO
ABSTRACT Purpose: To provide guidance on the frequency and components of eye examinations for healthy children aged 0 to 5 years. Methods: These guidelines were developed based on the medical literature and clinical experience of an expert committee. PubMed/Medline searches were performed, with selected publications not restricted to systematic reviews, randomized controlled trials, or observational studies. The Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation profile was applied when suitable, and for issues without scientific evidence, recommendations were based on expert consensus. Recommendations by the American Academy of Pediatrics, American Association of Pediatric Ophthalmology and Strabismus, American Academy of Ophthalmology, Royal College of Ophthalmologists, and Canadian Ophthalmological Society were also reviewed. The final guideline document was approved by the Brazilian Pediatric Ophthalmology Society and by the Brazilian Pediatric Society. Results: Newborns must undergo the red reflex test and inspection of the eyes and adnexa by a pediatrician within 72 hours of life. The red reflex test should be repeated by the pediatrician during childcare consultations at least three times per year during the first 3 years of life. If feasible, a comprehensive ophthalmologic examination may be performed between 6 and 12 months of age. Until 36 months of age, the pediatrician should assess the infant's visual development milestones, age-appropriate assessment of visual function, ocular fixation, and eye alignment. At least one comprehensive ophthalmologic examination should be performed at 3 to 5 years of age. The examination should minimally include inspection of the eyes and adnexa, age-appropriate visual function assessment, evaluations of ocular motility and alignment (cover tests), cycloplegic refraction, and dilated fundus. Conclusions: Guidelines concerning the frequency of ophthalmic assessment are important tools for directing physicians regarding best practices that avoid treatable vision problems that affect children's development, school, and social performance and cause unnecessary permanent vision loss.
RESUMO Objetivo: Fornecer orientações sobre a frequência e os componentes dos exames oftalmológicos para crianças saudáveis de 0 a 5 anos. Métodos: Essas diretrizes foram desenvolvidas com base em revisão bibliográfica e experiência clínica de um comitê de especialistas. Foram realizadas buscas PubMed/Medline; documentos selecionados não se restringiram a revisões sistemáticas, ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais. Quando adequado, o perfil GRADE foi aplicado para graduá-los e o consenso de especialistas foi usado nos tópicos sem evidência científica. Também foram revisadas as recomendações pela Academia Americana de Pediatria, Associação Americana de Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo, Academia Americana de Oftalmologia, Royal College of Ophthalmologist e Sociedade Canadense de Oftalmologia. O documento final foi aprovado pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica e Sociedade Brasileira de Pediatria. Resultados: Os recém-nascidos devem ser submetidos ao teste do reflexo vermelho e inspeção dos olhos e anexos pelo pediatra dentro de 72 horas de vida ou antes da alta da maternidade. O teste do reflexo vermelho deve ser repetido pelo pediatra durante as consultas de puericultura pelo menos três vezes ao ano durante os primeiros 3 anos de vida. Se factível, um exame oftalmológico completo pode ser feito entre 6 a 12 meses de vida. Até os 36 meses de idade, os marcos visuais, função visual apropriada para a idade, fixação e alinhamento ocular também devem ser avaliados pelo pediatra ou médico da família. Pelo menos um exame oftalmológico completo deve ser realizados entre 3 e 5 anos de idade. O exame deve conter pelo menos inspeção dos olhos e anexos, avaliação da função visual apropriada para a idade, avaliação da motilidade e alinhamento ocular (testes de cobertura), refração sob cicloplegia e avaliação do fundo de olho dilatado. Conclusões: As diretrizes sobre a frequência da avaliação oftalmológica são ferramentas importantes para orientar os médicos sobre a melhor prática a fim de evitar problemas visuais tratáveis na infância, que poderiam comprometer seu desenvolvimento social, escolar e global, além de causar perda permanente da visão.
RESUMO
Purpose: To determine the frequency and clinical features of the extrinsic ocular motility changes in patients with multiple sclerosis living in the state of Sao Paulo (Brazil), consecutive cases series from 1996 to 2011. Methods: Eighty-three consecutive multiple sclerosis subjects were enrolled, aged from 17 to 59 years. All patients had a history taking and a comprehensive ocular exam. Results: Extrinsic ocular motility changes was detected in 17 (20,48%) out of 83 individuals. Diplopia as the first symptom of the disease occurred in 11 (13,25%) individuals. Conclusions: Frequency of diplopia as first symptom of multiple sclerosis is relevant. According to this statement, crucial importance should be given concerning spreading of knowledge and skills to internal medicine and general ophthalmology practicing physicians about early diagnosis of multiple sclerosis, which would reduce a delay in diagnosis of the disease and would help patients in the prognosis of the disease which they endure.
Objetivo:Determinar a frequência e as características clínicas das alterações da motilidade ocular extrínseca em indivíduos portadores de esclerose múltipla, residentes no estado de São Paulo, em série de casos consecutivos de 1996 a 2011.Métodos:Foram selecionados oitenta e três indivíduos com esclerose múltipla, com idade entre 17 e 59 anos. Todos foram submetidos à anamnese e exame ocular completo.Resultados:Alterações da motilidade ocular extrínseca foram encontradas em 17 ( 20,48%) dos 83 indivíduos. A diplopia ocorreu como primeiro sintoma da doença em 11 (13,25%) indivíduos.Conclusão:A frequência de diplopia como primeiro sintoma de esclerose múltipla é relevante. Por esse fato, é fundamental ressaltar a importância da difusão do conhecimento desse achado para a realização de diagnóstico precoce de esclerose múltipla, tanto para o oftalmologista geral, como para o médico generalista, melhorando assim o prognóstico dos pacientes que dela padecem.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto Jovem , Pessoa de Meia-Idade , Diplopia/etiologia , Diagnóstico Precoce , Movimentos Oculares , Esclerose Múltipla/complicaçõesRESUMO
OBJETIVO: Analisar os resultados das reoperações nas esotropias congênita e essencial adquirida não acomodativa. MÉTODOS: Foram avaliados retrospectivamente 393 prontuários de pacientes com diagnóstico de esotropia (91 esotropias congênitas e 302 adquiridas) no Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo, operados entre os anos de 2000 e 2004. RESULTADOS: No grupo dos portadores de esotropia congênita, 9 pacientes foram reoperados (9,9 por cento). As indicações para a nova intervenção foram: subcorreções (3,3 por cento), supercorreções (2,2 por cento), anisotropia (V) (1,1 por cento), hipotropia (1,1 por cento) e divergências visuais dissociadas (2,2 por cento). No grupo dos portadores de esotropia essencial adquirida não acomodativa 31 pacientes foram reoperados (10,3 por cento). As indicações para a nova intervenção foram: subcorreções (n=6,6 por cento), supercorreções (n=2 por cento) e hipertropias (n=1,7 por cento). CONCLUSÕES: A porcentagem de reoperação nos casos de esotropia congênita e essencial adquirida não acomodativa foram 9,9 por cento e 10,2 por cento respectivamente, com predominância de subcorreções nas indicações para a realização de nova cirurgia. A presença de ambliopia e desvios maiores que 50∆ na esotropia essencial adquirida não acomodativa (EEANA) foram os mais importantes fatores para maus resultados.
PURPOSE: To analyze the results in patients reoperated from congenital and essential esotropia. METHODS: A retrospective chart review of 393 patients who underwent surgery from 2000-2004 was performed. Subjects were divided into two groups: Congenital esotropia (91patients) and essential esotropia (302 cases). RESULTS: Among congenital cases we had 9 reoperations (9.9 percent). There were undercorrections (3.3 percent), overcorrections (2.2 percent), anisotropia (V) (1.1 percent), hypotropia (1.1 percent) and dissociatd vertical divergences (2.2 percent). Among the essential cases, there were 31 (10.3 percent) reoperations due to undercorrections (n=6.6 percent), overcorrections (n=2 percent) and hypotropias (1.7 percent). CONCLUSIONS: Outcomes reoperations rates were 9.9 percent and 10.2 percent between congenital and essential esotropias with a higher rate of undercorrections. Amblyopia in both groups and deviations higher than 50∆ in essential esotropias seems to be the most important factors for poor results.
Assuntos
Criança , Pré-Escolar , Humanos , Lactente , Esotropia/cirurgia , Esotropia/congênito , Seguimentos , Procedimentos Cirúrgicos Oftalmológicos , Estudos Retrospectivos , Fatores de Risco , Reoperação/estatística & dados numéricosRESUMO
PURPOSE: To determine interocular grating acuity difference in children treated for unilateral infantile cataract. METHODS: A group of 27 children previously treated for unilateral infantile cataract, had their monocular visual acuity measured by sweep visual evoked potentials. Interocular grating acuity difference was calculated as the absolute subtraction of monocular acuity scores. Lens status, opacity severity and eye alignment were considered for analysis. RESULTS: Mean interocular grating acuity difference obtained from unilateral cataract patients was 0.58 ± 0.20 logMAR. This result was significantly larger than 0.10 logMAR used as normative data. Children with severe opacities had a more pronounced amblyopia than the moderate ones. No significant correlation between amblyopia and strabismus or aphakia was found. CONCLUSIONS: Interocular acuity difference in this group of unilateral congenital cataract was more pronounced than previous reports, mainly because of delay in diagnosis, surgery and optical correction.
OBJETIVOS: Determinar a diferença interocular da acuidade visual de resolução de grades em crianças operadas de catarata congênita unilateral. MÉTODOS: Um grupo de 27 pacientes operados de catarata congênita unilateral tiveram mensurada sua acuidade visual monocular pelo potencial visual evocado de varredura. A diferença interocular foi calculada pela subtração absoluta das acuidades monoculares. A intensidade da opacificação, implante ou não de lente intraocular e presença de estrabismo foram consideradas para análise. RESULTADOS: A média da diferença interocular foi de 0,58 ± 0,20 logMAR. Esse resultado foi significantemente maior que 0,10 logMAR, valor considerado como média normal nos estudos normativos. Crianças com opacidades intensas tiveram ambliopia mais pronunciada que os casos moderados. Não houve correlação significante entre a intensidade da ambliopia com estrabismo e afacia. CONCLUSÕES: A diferença interocular nesse grupo de crianças operadas de catarata congênita unilateral foi muito mais pronunciada que artigos prévios, provavelmente pelos atrasos no diagnóstico, intervenção cirúrgica e correção óptica.
Assuntos
Feminino , Humanos , Lactente , Masculino , Ambliopia/fisiopatologia , Catarata , Extração de Catarata/efeitos adversos , Visão Monocular/fisiologia , Acuidade Visual/fisiologia , Ambliopia/etiologia , Catarata/congênito , Catarata/fisiopatologia , Potenciais Evocados VisuaisRESUMO
PURPOSE: To determine age norms for grating visual acuity and interocular acuity differences measured by the sweep-visually evoked potentials (VEP) technique in the first three years of life. METHODS: Monocular grating visual acuity was measured using the sweep-VEP in 67 healthy normal infants and children in the first 36 months of life. RESULTS: Sweep-VEP grating acuity ranged from 0.80 logMAR (20/125 Snellen equivalent) in the first month of life to 0.06 logMAR (20/20 Snellen equivalent) at 36 months of age. Lower normal limits (95th percentile limit) ranged from 0.95 logMAR (20/180) to 0.12 logMAR (20/25) with a progression of approximately 3 octaves in the first 36 months of age. The largest acceptable interocular acuity difference for clinical purposes was 0.10 logMAR. CONCLUSIONS: Age norms for grating acuity along with interocular acuity differences were determined using the sweep-VEP technique. These norms should be incorporated in clinical practice for precise diagnosis of visual status in infants and preverbal children.
OBJETIVOS: Propor valores normativos de acuidade visual de grades e sua respectiva diferença interocular medidas pelo potencial visual evocado de varredura nos primeiros três anos de vida. MÉTODOS: Foram avaliadas 67 crianças sadias, sem doenças oculares, que tiveram a acuidade visual medida pelos potenciais evocados visuais de varredura. RESULTADOS: A acuidade visual média variou de 0,80 logMAR (equivalente de Snellen de 20/125) no primeiro mês de vida a 0,06 logMAR (equivalente de Snellen de 20/20) aos 36 meses. Os limites normais inferiores (percentil 95 por cento) variaram de 0,95 logMAR (20/180) a 0,12 logMAR (20/25) com progressão de aproximadamente 3 oitavas nos primeiros 36 meses de vida. A diferença interocular máxima aceitável foi de 0,10 logMAR. CONCLUSÕES: Os valores normativos de acuidade visual e de diferença interocular de acuidade foram obtidos pela técnica do potencial visual evocado de varredura. Propõe-se sua adoção na prática clínica para diagnóstico preciso do estado visual de bebês e de crianças pré-verbais.
Assuntos
Pré-Escolar , Humanos , Lactente , Potenciais Evocados Visuais/fisiologia , Testes Visuais/métodos , Visão Monocular/fisiologia , Acuidade Visual/fisiologia , Reconhecimento Visual de Modelos/fisiologia , Valores de Referência , Limiar Sensorial/fisiologiaRESUMO
PURPOSE: To study the results of Carlson & Jampolsky technique in 31 patients with VI nerve palsy. METHODS: We had 23 unilateral and 8 bilateral cases. The mean unilateral preoperative esotropia was 56.8 PD ± 24 PD (30 PD to 100 PD) and they had a mean postoperative follow-up of 14 ± 17.9 months (3 to 72). The mean bilateral preoperative esotropia deviation angle in primary position was 74.5 PD ± 20.7 PD (45 PD to 100 PD) and the mean postoperative follow-up was 14.7 ± 15.7 months (4 to 47). RESULTS: In the unilateral group, 18 patients had good results and reoperation was not necessary. Out of 5 patients who were reoperated (2 undercorrections and 3 overcorrections), 2 had to use prismatic glasses. Among the bilateral patients, 2 cases were reoperated (1 undercorrection and 1 overcorrection), and the undercorrected patient remained with esotropia (ET13 PD), and also had to use prismatic glasses. CONCLUSIONS: Carlson & Jampolsky technique was useful to treat patients with VI nerve palsy. We had low reoperation rates and, among the 7 patients who needed a second intervention, only 3 did not achieve good results.
OBJETIVO: Estudar os resultados da técnica de Carlson-Jampolsky em 31 pacientes com paralisia de VI nervo. MÉTODOS: Foram avaliados 23 casos unilaterais e 8 bilaterais. A média da esotropia pré-operatória em posição primária nos casos unilaterais foi de 56.8 DP ± 24 DP (30 DP a 100 DP), o seguimento dos pacientes após a cirurgia foi de 14 ± 17.9 meses (3 a 72). A média da esotropia pré-operatória em posição primária nos casos bilaterais foi de 74.5 DP ± 20.7 DP (45 DP to 100 DP), o seguimento dos pacientes após a cirurgia foi de 14.7 ± 15.7 meses (4 a 47). RESULTADOS: Entre os pacientes do grupo unilateral, 18 casos tiveram bons resultados, sem necessitar de reoperação. Entre 5 pacientes que foram reoperados (2 subcorreções e 3 supercorreções), 2 tiveram que usar óculos com adição de prismas. Entre os casos bilaterais, 2 casos foram reoperados (1 subcorreção e 1 supercorreção), o paciente que estava subcorrigido manteve após a segunda cirurgia esotropia de 13 DP, e também teve que usar correção óptica com a adição de prisma. CONCLUSÕES: A técnica de Carlson-Jampolsky foi eficaz para tratar pacientes com paralisia de VI nervo. O número de reoperações foi baixo, e entre os reoperados, apenas 3 não apresentaram bons resultados.
Assuntos
Adolescente , Adulto , Idoso , Criança , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Doenças do Nervo Abducente/cirurgia , Procedimentos Cirúrgicos Oftalmológicos/efeitos adversos , Procedimentos Cirúrgicos Oftalmológicos/métodos , Esotropia/fisiopatologia , Óculos/estatística & dados numéricos , Seguimentos , Músculos Oculomotores/cirurgia , Cuidados Pré-Operatórios , Estudos Retrospectivos , Reoperação/estatística & dados numéricos , Fatores de Tempo , Resultado do TratamentoRESUMO
A "esotropia fixa progressiva" se apresenta como um quadro de esotropia progressiva, em adultos altos míopes, que aumenta até que os olhos fiquem fixos numa esotropia de grande ângulo, geralmente associada a hipotropia, e que tem fracos resultados cirúrgicos. O objetivo deste trabalho é descrever a abordagem cirúrgica de 2 pacientes com "esotropia fixa adquirida progressiva" que foram operados segundo a técnica de Yamada (hemitransposição dos retos lateral e superior), e obtiveram bom resultado pós-operatório.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Esotropia/cirurgia , Miopia/cirurgia , Doenças do Nervo Oculomotor/complicações , Esotropia/etiologia , Miopia/complicações , Procedimentos Cirúrgicos Oftalmológicos/métodos , Resultado do TratamentoRESUMO
Objetivos: Determinar o déficit de acuidade visual de resolução de grades e a ambliopia nas crianças operadas de catarata congênita, unilateral e bilateral, correlacionando o déficit com a presença de atraso do desenvolvimento neuropsico-motor, intensidade da opacidade, idade da correção cirúrgica, tipo de correção óptica pós-operatória, estrabismo e nistagmo. Métodos: A acuidade visual foi medida pelo potencial visual evocado de varredura em 55 pacientes operados de catarata congênita, 27 com cataratas unilaterais, 20 com cataratas bilaterais (36 olhos) e 8 pacientes com cataratas bilaterais e presença de atraso do desenvolvimento neuro-psico-motor (15 olhos). Foi utilizado como grupo controle 65 crianças sadias que tiveram a acuidade visual medida entre 1 e 36 meses de idade para o estabelecimento de normas de acuidade visual de resolução de grades. Resultados: A média do déficit de acuidade visual no grupo unilateral (0,71 ± 0,18 IogMAR ) foi estatisticamente maior do que os casos bilaterais (0,52 ± 0,19 IogMAR; p<0,001). A diferença interocular de acuidade do grupo unilateral (0,58 ± 0,2 IogMAR ) foi estatisticamente maior do que os casos bilaterais (0,10 ± 0,10 IogMAR; p<0,001). Nos grupos unilateral e bilateral sem atraso houve correlação positiva moderada e significante entre o déficit de acuidade visual , a intensidade da opacidade e a idade no momento da cirurgia. Nos casos de catarata unilateral, não houve diferença significante entre o déficit dos pacientes afácicos (0,70 ± 0,17 IogMAR) e pseudofácicos (0,73 ± 0,21 IogMAR; p =0,70). Nos casos de catarata congénita bilateral sem atraso não houve diferença significante no déficit entre os subgrupos com nistagmo (0,53 ± 0,21 logMAR) e sem nistagmo (0,50 ± 0,17 logMAR; p=0,20). Os casos com atraso (0,76 ± 0,24 IogMAR) apresentaram déficit estatisticamente maior do que os casos sem atraso (0,52 ± 0,19 IogMAR; p=0,004). No grupo unilateral não houve diferença no déficit entre os casos com estrabismo (0,59 IogMAR ± 0,18) e sem desvio (0,67 ± 0,27 IogMAR; p=0,355). No grupo bilateral sem atraso não houve diferença estatisticamente significante do déficit entre os subgrupos com estrabismo(0,540,21 logMAR) e sem desvio (0,550,13 logMAR); p=0,855)...
Assuntos
Ambliopia , Catarata/congênito , Potenciais Evocados Visuais , Acuidade VisualRESUMO
Objetivo: Analisar retrospectivamente os resultados do tratamento cirúrgico de catarata pela técnica de "Mini-Nuc" de Blumenthal. Método: Foram, assim, submetidos à extraçäo extracapsular de catarata pela referida técnica, realizada sempre pelo mesmo cirurgiäo (MW), 454 olhos de 284 pacientes (148 mulheres e 136 homens), em período de seis anos (fevereiro de 1994 a março de 2000). Resultados: Os resultados apontaram baixas taxas de complicaçöes intra-operatórias (4,8 por cento), sendo que a da ruptura da cápsula posterior ocorreu em 3,7 por cento dos casos. Correçäo da acuidade visual igual ou maior que 20/40 foi obtida em 89,1 por cento dos casos. Conclusäo: A técnica mostrou-se, portanto, eficaz, com a vantagem de prescindir de instrumentaçäo sofisticada e envolver baixos custos.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Extração de Catarata/métodos , Idoso de 80 Anos ou mais , Câmara Anterior/cirurgia , Extração de Catarata/economia , Complicações Intraoperatórias , Estudos Retrospectivos , Acuidade Visual/fisiologiaRESUMO
Objetivo: Análise dos resultados cirúrgicos da correçäo dos estrabismos horizontais em portadores de alta miopia, em pacientes do Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de Misericórdia de Säo Paulo. Métodos: Foram estudados os prontuários de 24 pacientes esotrópicos e 17 exotrópicos, portadores de miopia maior que 6,00 DE operados para correçäo do estrabismo. Consideramos como bons resultados cirúrgicos desvios residuais entre esotropia e exotropia de 10. Resultados: Observou-se grande incidência de maus resultados entre os pacientes esotrópicos altos míopes. Conclusäo: Concluímos que existe uma tendência a piores resultados cirúrgicos nos pacientes esotrópicos com miopia maior que -6,00 DE, em comparaçäo com esotrópicos com erro refrativo entre -0,75 DE e+ 3,50 DE.