RESUMO
Abstract Background: Fragmented QRS (fQRS) is a sign of adverse cardiovascular events in various cardiovascular diseases. It is also associated with increased blood pressure and non-dipping in hypertensive patients. However, no study has investigated the importance of fQRS in prehypertensive patients. Objectives: The aim of our study is to investigate the relationship between fQRS and non-dipper status in prehypertensive patients. Methods: Two hundred and sixteen eligible, newly diagnosed prehypertensive patients who underwent 24-hour ambulatory blood pressure monitoring (ABPM) for further evaluation of blood pressure between June 2015 and July 2016 were included into the study. Patients were divided into three groups according to ABPM results: normotensives, dipper prehypertensives, and non-dipper prehypertensives. Groups were compared regarding presence of fQRS on electrocardiography. Additionally, multinomial logistic regression analysis was used to determine the relationship between fQRS and blood pressure pattern in prehypertensive patients. Results: According to ABPM recordings, 61 patients had normotensive blood pressure pattern (systolic blood pressure < 120 mmHg and diastolic blood pressure < 80 mmHg). Of the remaining 155 prehypertensive patients, 83 were dippers and 72 were non-dippers. Non-dipper prehypertensives had a significantly higher frequency of fQRS compared to normotensives (p = 0.048). Furthermore, multinomial logistic regression analysis revealed that fQRS is an independent predictor of non-dipping blood pressure pattern in prehypertensive patients (p = 0.017, OR: 4.071, 95% CI: 1.281-12.936). Conclusions: We found that fQRS is a predictor of non-dipping in prehypertensives. As a marker of fibrosis and higher fibrotic burden within myocardium, fQRS may be useful in identifying high-risk prehypertensive patients before the development of hypertension.
Resumo Fundamento: A fragmentação do QRS (fQRS) é um sinal de eventos cardiovasculares adversos em várias doenças cardiovasculares. É associado também à pressão arterial elevada e à ausência de descenso da pressão arterial durante o sono (non-dipping) em pacientes pré-hipertensos. Objetivos: O objetivo do estudo presente é investigar a relação entre fQRS e ausência de descenso da pressão arterial durante o sono em pacientes pré-hipertensos. Métodos: Duzentos e dezesseis pacientes elegíveis, recém-diagnosticados com pré-hipertensão, que foram submetidos a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) durante 24 horas para avaliação mais aprofundada da pressão arterial entre junho de 2015 e julho de 2016, foram incluídos no estudo. De acordo com os resultados da MAPA, os pacientes foram divididos em três grupos: normotensos, pré-hipertensos com descenso da pressão arterial durante o sono (padrão dipping) e pré-hipertensos com ausência de descenso da pressão arterial durante o sono (padrão non-dipping). Os grupos foram comparados quanto à presença de fQRS no eletrocardiograma. Adicionalmente, utilizou-se a análise de regressão logística multinomial para determinar a relação entre a fQRS e o padrão de pressão arterial em pacientes pré-hipertensos. Resultados: De acordo com os registos da MAPA, 61 pacientes apresentavam padrão de pressão arterial normotenso (pressão arterial sistólica < 120 mmHg e pressão arterial diastólica < 80 mmHg). Dos 155 pacientes pré-hipertensos, 83 tinham padrão dipping e 72 tinham padrão non-dipping. Os pacientes pré-hipertensos com padrão non-dipping tinham uma frequência significativamente mais alta de fQRS em comparação com os pacientes normotensos (p = 0,048). Além disso, a análise de regressão logística multinomial revelou que fQRS é um preditor independente do padrão non-dipping de pressão arterial em pacientes pré-hipertensos (p = 0,017, OR: 4,071, 95 % CI: 1,281-12,936). Conclusões: Verificamos que a fQRS é um preditor do padrão non-dipping em pacientes pré-hipertensos. Como marcador de fibrose e aumento na carga fibrótica do miocárdio, a fQRS pode ser útil na identificação de pacientes pré-hipertensos de alto risco antes do desenvolvimento da hipertensão.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Eletrocardiografia/métodos , Pré-Hipertensão/fisiopatologia , Hipertensão/fisiopatologia , Valores de Referência , Fatores de Tempo , Pressão Sanguínea/fisiologia , Estudos de Casos e Controles , Modelos Logísticos , Valor Preditivo dos Testes , Fatores de Risco , Análise de Variância , Estatísticas não ParamétricasRESUMO
Abstract Background: Only a small proportion of patients referred for coronary angiography with suspected coronary artery disease (CAD) have the diagnosis of obstructive CAD confirmed by the exam. For this reason, further strategies for risk stratification are necessary. Objective: To investigate the relationship of the presence of fragmented QRS (fQRS) on admission electrocardiogram with angiographically detected CAD and CAD severity in patients without known vascular diseases and myocardial fibrosis, undergoing first diagnostic coronary angiography. Methods: We enrolled 336 consecutive patients undergoing coronary angiography for suspected CAD. The patients were divided into two groups according to the presence or absence of fQRS on admission. We compared the groups regarding the presence and severity of CAD. Results: Seventy-nine (23.5%) patients had fQRS on admission. There was not a statistically significant difference between patients with fQRS (41.8%) and non-fQRS (30.4%), regarding the presence of CAD (p = 0.059). However, there was a statistically significant difference between patients with fQRS and non-fQRS regarding the presence of stenotic CAD (40.5% vs. 10.5%, p<0.001) and multi vessel disease (25,3% vs. 5.1%, p<0.001). The frequency of fQRS was significantly higher in patients with SYNTAX score >22 compared to patients with SYNTAX score ≤22. Conclusions: Our findings suggest that fQRS may be an indicator of early-stage myocardial damage preceding the appearance of fibrosis and scar, and may be used for risk stratification in patients undergoing first diagnostic coronary angiography
Resumo Fundamento: Somente uma pequena proporção dos pacientes com suspeita de doença arterial coronariana (DAC), encaminhados para realizarem angiografia coronária, tem o diagnóstico de DAC obstrutiva confirmado pelo exame. Por isso, outras estratégias de estratificação de risco são necessárias. Objetivo: Investigar a relação da presença de QRS fragmentado (QRSf) no eletrocardiograma na admissão com DAC detectada por angiografia e gravidade da DAC em pacientes sem diagnóstico de doenças vasculares, ou fibrose miocárdica, submetidos à primeira angiografia coronária de diagnóstico. Métodos: Recrutamos 336 pacientes consecutivos que se submeteram à angiografia coronária por suspeita de DAC. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com a presença ou ausência de QRSf na admissão. Nós comparamos os grupos quanto à presença e gravidade de DAC. Resultados: Setenta e nove (23,5%) pacientes apresentaram QRSf na admissão. Não houve diferença estatisticamente significativa entre pacientes com QRSf (41.8%) e sem QRSf (30,4%) (p = 0,059) quanto à presença de DAC. No entanto, houve uma diferença estatisticamente significativa entre pacientes com e sem QRSf quanto à presença de DAC (40.5% vs. 10.5%, p < 0,001) e de doença de múltiplos vasos (25,3% vs. 5,1%, p < 0,001). A frequência de QRSf foi significativamente maior em pacientes com escore SYNTAX > 22 em comparação a pacientes com escore SYNTAX ≤ 22. Conclusões: Nossos achados sugerem que o QRSf pode ser um indicador de danos iniciais no miocárdio antecedendo o aparecimento de fibrose e cicatrização, e pode ser usado para estratificação de risco em pacientes submetidos à primeira angiografia coronária de diagnóstico.
Assuntos
Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Doença da Artéria Coronariana/fisiopatologia , Doença da Artéria Coronariana/diagnóstico por imagem , Angiografia Coronária/métodos , Medição de Risco/métodos , Eletrocardiografia/métodos , Admissão do Paciente , Índice de Gravidade de Doença , Fibrose , Valor Preditivo dos Testes , Reprodutibilidade dos Testes , Fatores de Risco , Estatísticas não Paramétricas , Miocárdio/patologiaRESUMO
Fundamento: Volume plaquetário médio (VPM) elevado está associado com falha na fibrinólise e eventos adversos em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST). No entanto, não há dados sobre os efeitos do VPM sobre o fluxo sanguíneo coronariano anterógrado e o grau de reperfusão em pacientes com fibrinólise bem sucedida. Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar o papel do VMP sobre a circulação coronariana via contagem de quadros angiográficos (TFC) na trombólise no infarto do miocárdio (TIMI) após terapia fibrinolítica bem sucedida. Métodos: Entre 145 pacientes tratados com agentes fibrinolíticos, 123 (84,8%) pacientes consecutivos com fibrinólise bem sucedida, determinados por eletrocardiografia, foram incluídos. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com TFC. Um TCF > 40 foi considerado como um marcador de reperfusão inadequada, e um TCF ≤ 40 aceito como um indicador de reperfusão completa. Resultados: Após a angiografia coronária, 57 pacientes apresentaram TFC ≤ 40 e 66 pacientes apresentaram TFC > 40. O VPM foi significativamente mais alto no grupo com reperfusão inadequada (8,93 ± 0,87 fl vs. 7,92 ± 0,80 fl, p < 0,001). Um VPM elevado foi identificado como um indicador de reperfusão inadequada, e coordenadas da curva ROC indicaram um ponto de corte de 8,3 fl para VPM. Conclusão: VPM elevado na admissão em pacientes com IAMCSST tratados com terapia fibrinolítica bem sucedida associou-se com reperfusão inadequada detectada por TFC
Background: Higher Mean platelet volume (MPV) is associated with fibrinolysis failure and adverse outcomes in patients with ST elevation myocardial infarction (STEMI). However, there are no data about the effects of MPV on antegrade coronary blood flow and the degree of reperfusion in patients with successful fibrinolysis. Objective: The aim of our study was to investigate the role of MPV on coronary circulation via thrombolysis in myocardial infarction (TIMI) frame count (TFC) after successful fibrinolytic therapy. Methods: Among 145 patients treated with fibrinolytics, 123 (84.8%) consecutive patients with successful fibrinolysis determined by electrocardiography criteria were included. The patients were divided into two groups according to TFC. TFC > 40 was accepted as a marker for inadequate reperfusion and TFC ≤ 40 was accepted as an indicator of complete reperfusion. Results: After coronary angiography, 57 patients had TFC ≤ 40 and 66 patients had TFC > 40. MPV was significantly higher in the inadequate reperfusion group (8.93 ± 0.87 fl vs 7.92 ± 0.80 fl, p < 0.001). Higher MPV was found to be an indicator of inadequate reperfusion and coordinates of the ROC curve indicated a cutoff value of 8.3 fl for MPV. Conclusion: Higher MPV on admission in STEMI patients treated with successful fibrinolytic therapy was found to be associated with inadequate reperfusion detected by TFC