RESUMO
Resumo Fundamentação: desde o primeiro posicionamento da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) sobre diabetes e prevenção cardiovascular, em 2014,1 importantes estudos têm sido publicados na área de prevenção cardiovascular e tratamento do diabetes,2 os quais contribuíram para a evolução na prevenção primária e secundária nos pacientes com diabetes. Ferramentas de estratificação de risco mais precisas, novos fármacos hipolipemiantes e novos antidiabéticos com efeitos cardiovasculares e redução da mortalidade, são parte desta nova abordagem para os pacientes com diabetes. O reconhecimento de que o diabetes é uma doença heterogênea foi fundamental, sendo claramente demonstrado que nem todos os pacientes diabéticos pertencem a categorias de risco alto ou muito alto. Um porcentual elevado é composto por pacientes jovens, sem os fatores de risco clássicos, os quais podem ser classificados adequadamente em categorias de risco intermediário ou mesmo em baixo risco cardiovascular. O presente posicionamento revisa as melhores evidências atualmente disponíveis e propõe uma abordagem prática, baseada em risco, para o tratamento de pacientes com diabetes. Estruturação: perante este desafio e reconhecendo a natureza multifacetada da doença, a SBD uniu-se à Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e à Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo (SBEM), e formou um painel de especialistas, constituído por 28 cardiologistas e endocrinologistas, para revisar as melhores evidências disponíveis e elaborar uma diretriz contendo recomendações práticas para a estratificação de risco e prevenção da Doença Cardiovascular (DVC) no Diabetes Melito (DM). As principais inovações incluem: (1) considerações do impacto de novos hipolipemiantes e das novas medicações antidiabéticas no risco cardiovascular; (2) uma abordagem prática, baseada em fator de risco, para orientar o uso das estatinas, incluindo novas definições das metas da Lipoproteína de Baixa Densidade-colesterol (LDL-colesterol) e colesterol não Lipoproteína de Alta Densidade HDL; (3) uma abordagem baseada em evidências, para avaliar a isquemia miocárdica silenciosa (IMS) e a aterosclerose subclínica em pacientes com diabetes; (4) as abordagens mais atuais para o tratamento da hipertensão; e (5) recomendação de atualizações para o uso de terapia antiplaquetária. Esperamos que esta diretriz auxilie os médicos no cuidado dedicado aos pacientes com diabetes. Métodos: inicialmente, os membros do painel foram divididos em sete subcomitês para definirem os tópicos principais que necessitavam de uma posição atualizada das sociedades. Os membros do painel pesquisaram e buscaram no PubMed estudos clínicos randomizados e metanálises de estudos clínicos e estudos observacionais de boa qualidade, publicados entre 1997 e 2017, usando termos MeSH: [diabetes], [diabetes tipo 2], [doença cardiovascular], [estratificação de risco cardiovascular] [doença arterial coronária], [rastreamento], [isquemia silenciosa], [estatinas], [hipertensão], [ácido acetilsalicílico]. Estudos observacionais de baixa qualidade, metanálises com alta heterogeneidade e estudos transversais não foram incluídos, embora talvez tenham impactado no Nível de Evidência indicado. A opinião de especialistas foi usada quando os resultados das buscas não eram satisfatórios para um item específico. É importante salientar que este posicionamento não teve a intenção de incluir uma revisão sistemática rigorosa. Um manuscrito preliminar, destacando recomendações de graus e níveis de evidência (Quadro 1), foi esboçado. Este passo levou a várias discussões entre os membros dos subcomitês, que revisaram os achados e fizeram novas sugestões. O manuscrito foi, então, revisto pelo autor líder, encarregado da padronização do texto e da inclusão de pequenas alterações, sendo submetido à apreciação mais detalhada pelos membros dos comitês, buscando uma posição de consenso. Depois desta fase, o manuscrito foi enviado para a banca editorial e edição final, sendo encaminhado para publicação. Quadro 1 Graus de recomendações e níveis de evidências adotados nesta revisão Grau de recomendação Classe I A evidência é conclusiva ou, se não, existe consenso de que o procedimento ou tratamento é seguro e eficaz Classe II Há evidências contraditórias ou opiniões divergentes sobre segurança, eficácia, ou utilidade do tratamento ou procedimento Classe IIa As opiniões são favoráveis ao tratamento ou procedimento. A maioria dos especialistas aprova Classe IIb A eficácia é bem menos estabelecida, e as opiniões são divergentes Classe III Há evidências ou consenso de que o tratamento ou procedimento não é útil, eficaz, ou pode ser prejudicial Níveis de Evidência A Múltiplos estudos clínicos randomizados concordantes e bem elaborados ou metanálises robustas de estudos clínicos randomizados B Dados de metanálises menos robustas, um único estudo clínico randomizado ou estudos observacionais C Opinião dos especialistas
Assuntos
Humanos , Doenças Cardiovasculares/etiologia , Doenças Cardiovasculares/prevenção & controle , Medicina Baseada em Evidências/normas , Cardiomiopatias Diabéticas/prevenção & controle , Sociedades Médicas , Brasil , Fatores de Risco , Medição de Risco , Cardiomiopatias Diabéticas/etiologia , Hipercolesterolemia/complicações , LDL-ColesterolRESUMO
Background: Patients with diabetes are in extract higher risk for fatal cardiovascular events. Objective: To evaluate major predictors of mortality in subjects with type 2 diabetes. Methods: A cohort of 323 individuals with type 2 diabetes from several regions of Brazil was followed for a long period. Baseline electrocardiograms, clinical and laboratory data obtained were used to determine hazard ratios (HR) and confidence interval (CI) related to cardiovascular and total mortality. Results: After 9.2 years of follow-up (median), 33 subjects died (17 from cardiovascular causes). Cardiovascular mortality was associated with male gender; smoking; prior myocardial infarction; long QTc interval; left ventricular hypertrophy; and eGFR <60 mL/min. These factors, in addition to obesity, were predictors of total mortality. Cardiovascular mortality was adjusted for age and gender, but remained associated with: smoking (HR = 3.8; 95% CI 1.3-11.8; p = 0.019); prior myocardial infarction (HR = 8.5; 95% CI 1.8-39.9; p = 0.007); eGFR < 60 mL/min (HR = 9.5; 95% CI 2.7-33.7; p = 0.001); long QTc interval (HR = 5.1; 95% CI 1.7-15.2; p = 0.004); and left ventricular hypertrophy (HR = 3.5; 95% CI 1.3-9.7; p = 0.002). Total mortality was associated with obesity (HR = 2.3; 95% CI 1.1-5.1; p = 0.030); smoking (HR = 2.5; 95% CI 1.0-6.1; p = 0.046); prior myocardial infarction (HR = 3.1; 95% CI 1.4-6.1; p = 0.005), and long QTc interval (HR = 3.1; 95% CI 1.4-6.1; p = 0.017). Conclusions: Biomarkers of simple measurement, particularly those related to target-organ lesions, were predictors of mortality in subjects with type 2 diabetes. .
Fundamento: Pacientes com diabetes apresentam-se em extrato de maior risco para eventos cardiovasculares fatais. Objetivo: Avaliar os principais preditores associados às taxas de mortalidade em pacientes com diabetes tipo 2. Métodos: Estudo de coorte composto por 323 indivíduos com diabetes mellitus do tipo 2, de várias regiões do Brasil, acompanhados em longo prazo. Dados clínicos, laboratoriais e eletrocardiográficos foram obtidos no período basal e aplicados no modelo Cox de regressão, para examinar a associação dessas variáveis com as taxas de mortalidade e determinação de hazard ratio (HR) e intervalo de confiança (IC). Resultados: Após 9,2 anos (mediana) de seguimento, 33 pacientes morreram (sendo 17 por causas cardiovasculares). A mortalidade cardiovascular foi associada a gênero masculino, tabagismo, infarto do miocárdio prévio, intervalo QTc longo, hipertrofia ventricular esquerda e taxa de filtração glomerular (TFG) <60 mL/min. Esses biomarcadores, além da obesidade, também foram preditores para mortalidade total. Após ajustes para idade e gênero, a mortalidade cardiovascular, manteve-se associada a tabagismo (HR = 3,8; IC 95% 1,3-11,8; p = 0,019), infarto prévio do miocárdio (HR = 8,5; IC 95% 1,8-39,9; p = 0,007), TFG < 60 mL/min (HR = 9,5; IC 95% 2,7-33,7; p = 0,001), intervalo QTc longo (HR = 5,1; IC 95% 1,7-15,2; p = 0,004), hipertrofia ventricular esquerda (HR = 3,5; IC 95% 1,3-9,7; p = 0,002). A mortalidade total foi associada com obesidade (HR = 2,3; IC 95% 1,1-5,1; p = 0,030), tabagismo (HR = 2,5; IC 95% 1,0-6,1; p = 0,046), infarto prévio do miocárdio (HR = 3,1; 95% CI 1,4-6,1; p = 0,005) e intervalo QTc longo (HR = 3,1; 95% CI 1,4-6,1; p = 0,017). Conclusões: Biomarcadores de simples mensuração, particularmente os que traduzem lesões de ...
Assuntos
Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Doenças Cardiovasculares/mortalidade , /mortalidade , Brasil , Doenças Cardiovasculares/etiologia , Estudos de Coortes , /complicações , Eletrocardiografia , Taxa de Filtração Glomerular , Estimativa de Kaplan-Meier , Obesidade/complicações , Obesidade/mortalidade , Valor Preditivo dos Testes , Prognóstico , Insuficiência Renal/mortalidade , Medição de Risco , Fatores de Risco , Estatísticas não ParamétricasRESUMO
A polifarmácia na prática clínica atualmente é necessária paraa obtenção de metas de tratamento mais rigorosas impostas porestudos que vêm demonstrando seus benefícios. O pacienteque apresenta alterações metabólicas está mais suscetível aouso de medicamentos hipolipemiantes e antidiabéticos orais.A interação medicamentosa entre esses e outros fármacosfaz com que devamos nos atentar aos mecanismos de ação,metabolização e excreção dessas drogas...
Multiple drugs used in clinical practice are required to obtain morestrict treatment goals determined by studies that have demonstratedtheir benefits. Metabolic alterations in patients are more likelyto be treated with lipid lowering drugs and oral antidiabetics.We should pay close attention to their rnechanisms of action,metabolism and excretion, due to their interaction with otherdrugs...
Assuntos
Humanos , Diabetes Mellitus/etiologia , Doença das Coronárias/prevenção & controle , Inibidores de Hidroximetilglutaril-CoA Redutases/farmacocinética , Interações Medicamentosas , Glibureto/efeitos adversos , Gliclazida/metabolismo , Hipoglicemiantes/farmacologia , Metformina/efeitos adversosRESUMO
A doença aterosclerótica trata-se de processo multifatorial que tem início na infância, mas que geralmente se manifesta mais tarde na vida. O desenvolvimento desta envolve fatores genéticos, bem como fatores de risco adquiridos e modificáveis, dentre eles o tabagismo, as dislipidemias, a hipertensão arterial e o diabetes mellitus. A redução do LDL-colesterol demonstrou grande benefício na redução de eventos e na mortalidade cardiovascular, bem como na mortalidade por todas as causas, principalmente com o uso das estatinas. No entanto, é inquestionável que essas medicações estão longe de eliminar todo o risco de eventos cardiovasculares, ou seja, existe um risco residual. Na tentativa de diminuir ainda mais o risco cardiovascular, devemos tratar outros fatores envolvidos na gênese da aterosclerose. O tratamento da hipertrigliceridemia, do HDL-colesterol baixo, do colesterol não HDL, da relação ApoB/ApoA são alguns dos exemplos mencionados neste artigo. Novos tratamentos estão sendo desenvolvidos na tentativa de diminuir o risco residual, exemplo são os inibidores do PCSK-9, os inibidores da MTP e os inibidores da fosfolipase A2. Todos ainda em fase de testes em humanos, mas que poderão ser armas de grande utilidade no nosso arsenal terapêutico futuro.
Cardiovascular atherosclerotic disease is a multifactorial process that begins in childhood but it usually manifests later in life. Its development involves genetic factors as well as acquired and modifiable risk factors, including smoking, dyslipidemia, hypertension and diabetes mellitus. The reduction of LDL-cholesterol showed great benefit in preventing cardiovascular events and mortality and deaths from all causes, especially with the use of statins. However, it is unquestionable that these medications are far from obtaining total elimination of the risk of cardiovascular events, in other words, there is a residual risk. In an attempt to further reduce cardiovascular risk, we must address other factors involved in atherogenesis. Treatment of hypertriglyceridemia, low HDL-cholesterol, non HDL-cholesterol and the ApoB/ApoA ratio are some of the examples mentioned in this article.New treatments are being developed in an attempt to reduce the residual risk, such as PCSK-9, MTP and phospholipase A2 inhibitors. All still in human trials therefore they might become very useful weapons in the future.
Assuntos
Humanos , Aterosclerose/complicações , Aterosclerose/genética , LDL-Colesterol/análise , Dislipidemias/complicações , Dislipidemias/diagnóstico , Fatores de Risco , Infarto do Miocárdio/complicações , Infarto do Miocárdio/mortalidadeRESUMO
A aterosclerose é mais intensa e precoce em várias doenças inflamatórias auto-imunes. A artritr reumatóide, o lupus eritematoso sistêmico e a síndrome antifosfolípede apresentam risco aumentado de doença arterial coronária. São caracterizados também por aumento da prevalência dos fatoresde risco e da extensão da aterosclerose subclínica. Entretanto, outros fatores dependentes da atividade da doença, da inflamação e das intervenções terapêuticas também são implicadas na alta prevalência de aterosclerose e de suas complicações nessas doenças. Especificamente na síndrome antifosfolípede, ocorre também estado pró-trombótico, o caracterizado pela trombose de qualquer vaso.
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Doenças Cardiovasculares , Doenças do Sistema Imunitário , InflamaçãoRESUMO
Embora muitos avanços tenham sido obtidos na prevenção da aterosclerose, esta doença, com suas variadas manifestações, permanece como a maior causa de morte nos países ocidentais. A principal forma de lutar contra a aterosclerose envolve o combate aos seus fatores de risco de há muito conhecidos. Entretanto, novos conceitos têm surgido e entre estes se destaca o papel das apolipoproteínas como marcadores do risco coronário. Entre suas variadas funções, as proteínas que fazem parte das lipoproteínas mostraram que a determinação de seus níveis sangüíneos pode acrescentar informações sobre a situação individual de risco, particularmente com as dosagens das apos B e A-1 e da relação entre elas. Este artigo revisa os dados disponíveis sobre o papel fisiológico e de indicador de risco dessas apolipoproteínas, sugerindo o que já fazem alguns autores que defendem a idéia da incorporação da determinação rotineira dessas proteínas ao perfil lipídico para avaliação do risco cardiovascular.
Assuntos
Arteriosclerose , Doenças Cardiovasculares , Lipoproteínas , ApolipoproteínasAssuntos
Masculino , Feminino , Humanos , Doenças Cardiovasculares/diagnóstico , Dislipidemias , HipertensãoRESUMO
Os fármacos hipolipemiantes têm sido desenvolvidos amplamente desde o recochecimento do papel das dislipidemias como fatores de risco para aterosclerose e suas complicações. Hoje dispomos de medimentos potentes e seguros, capazes de isoladamente ou em associação produzir adequação do perfil lipídico da maioria dos pacientes à metas terapêuticas recomendadas pela diretrizes. Apesar disso, os dados internacionais mostram a subutilização desses produtos, particularmente nos pacientes de mais alto risco, que sabidamente apresentariam grandes benefícios se pudessem contar com sua prescrição. Uma das causas identificadas para a pouca utilização dos hipolipemiantes é o receio dos possíveis efeitos colaterais desses fármacos, principalmente quando doses maiores seriam necessárias. Diante disso, é de extrema importância o conhecimento, por parte dos profissionais de saúde, do perfil de segurança e das possíveis interações desses medicamentos entre si e com outros produtos utilizados frequentemente na clínica. Esta revisão traz discussão sobre a segurança do uso dos hipolipemiantes isolados ou em associação, bem sobre as possíveis interações importantes na prática diária.
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Masculino , Feminino , Humanos , Hiperlipidemias , Preparações Farmacêuticas/efeitos adversos , Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos/complicações , Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos/diagnóstico , Arteriosclerose/complicações , Arteriosclerose/diagnóstico , Fatores de RiscoRESUMO
A maior parte dos pacientes hiperlipidêmicos necessita, para controle adequado e obtenção das metas terapêuticas, além de modificações do estido de vida, associação de terapia farmacológica. Neste artigo é discutida a melhor forma de acompanhar o paciente que faz uso de medicamentos hipolipemiantes, no que diz respeito à obtenção das metas terapêuticas e dos efeitos adversos dos vários fármacos. É discutido, também, o controle adequado dos exames relacionados ao perfil de segurança, objetivando, sempre, fornecer ao paciente o máximo de segurança no tratamento , extraindo todos os possíveis benefícios do agente farmacológicos em questão e reduzindo, por outro lado, seus potenciais riscos.
Assuntos
Masculino , Feminino , Humanos , Hiperlipidemias , Arteriosclerose/complicações , Arteriosclerose/diagnóstico , Fatores de RiscoAssuntos
Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Humanos , Terapia de Reposição Hormonal , Terapia de Reposição Hormonal/efeitos adversos , Terapia de Reposição Hormonal/estatística & dados numéricos , Terapia de Reposição de Estrogênios , Terapia de Reposição de Estrogênios/efeitos adversos , Terapia de Reposição de Estrogênios/estatística & dados numéricos , Doenças Cardiovasculares/complicações , Fraturas do Quadril/prevenção & controle , Neoplasias Colorretais/prevenção & controle , Neoplasias da Mama/prevenção & controle , Neoplasias do Endométrio/prevenção & controleAssuntos
Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Humanos , Aspirina/efeitos adversos , Doenças Cardiovasculares/prevenção & controle , Exercício Físico/fisiologia , Obesidade/complicações , Pressão Arterial , Dieta , Hiperlipidemias , Terapia de Reposição Hormonal/efeitos adversosAssuntos
Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Humanos , Doença das Coronárias/diagnóstico , Doença das Coronárias/prevenção & controle , Estrogênios/uso terapêutico , HDL-Colesterol/fisiologia , HDL-Colesterol/uso terapêutico , LDL-Colesterol/efeitos adversos , Terapia de Reposição Hormonal , Mortalidade/tendênciasRESUMO
OBJECTIVE: To assess the effect of endogenous estrogens on the bioavailability of nitric oxide ( NO) and in the formation of lipid peroxidation products in pre- and postmenopausal women. METHODS: NOx and S-nitrosothiols were determined by gaseous phase chemiluminescence, nitrotyrosine was determined by ELISA, COx (cholesterol oxides) by gas chromatography, and cholesteryl linoleate hydroperoxides (CE18:2-OOH), trilinolein (TG18:2-OOH), and phospholipids (PC-OOH) by HPLC in samples of plasma. RESULTS: The concentrations of NOx, nitrotyrosine, COx, CE18:2-OOH, and PC-OOH were higher in the postmenopausal period (33.8±22.3 mM; 230±130 nM; 55±19 ng/mL; 17±8.7 nM; 2775±460 nM, respectively) as compared with those in the premenopausal period (21.1±7.3 mM; 114±41 nM; 31±13 ng/mL; 6±1.4 nM; 1635±373 nM). In contrast, the concentration of S-nitrosothiols was lower in the postmenopausal period (91±55 nM) as compared with that in the premenopausal p in the premenopausal period (237±197 nM). CONCLUSION: In the postmenopausal period, an increase in nitrotyrosine and a reduction of S-nitrosothiol formation, as well as an increase of COx, CE18:2-OOH and PC-OOH formation occurs. Therefore, òNO inactivation and the increase in lipid peroxidation may contribute to endothelial dysfunction and to the greater risk for atherosclerosis in postmenopausal women