RESUMO
This is a comparative study between manual volumetry (MV) and voxel based morphometry (VBM) as methods of evaluating the volume of brain structures in magnetic resonance images. The volumes of the hippocampus and the amygdala of 16 panic disorder patients and 16 healthy controls measured through MV were correlated with the volumes of gray matter estimated by optimized modulated VBM. The chosen structures are composed almost exclusively of gray matter. Using a 4 mm Gaussian filter, statistically significant clusters were found bilaterally in the hippocampus and in the right amygdala in the statistical parametric map correlating with the respective manual volume. With the conventional 12 mm filter,a significant correlation was found only for the right hippocampus. Therefore,narrowfilters increase the sensitivity of the correlation procedure, especially when small brain structures are analyzed. The two techniques seem to consistently measure structural volume.
Trata-se de estudo comparativo entre a volumetria manual(VM) e a morfometria baseada no vóxel (MBV), como métodos de avaliação do volume de estruturas cerebrais. Os volumes do hipocampo e da amídala de 16 pacientes de pânico e 16 controles sadios medidos através da VM foram correlacionados com os volumes de matéria cinzenta estimados pela MBV.As estruturas escolhidas são constituídas quase exclusivamente de matéria cinzenta. Utilizando um filtro Gaussiano de 4 mm, encontram-se, bilateralmente, aglomerados significativos de correlação nas duas estruturas no mapa estatístico paramétrico, correspondendo ao respectivo volume manual. Com o filtro convencional de 12 mm, apenas uma correlação significativa foi encontrada no hipocampo direito. Portanto, filtros estreitos aumentam a sensibilidade do procedimento de correlação,especialmente quando estruturas pequenas são analisadas. Ambas as técnicas parecem medir consistentemente o volume estrutural.
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Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Tonsila do Cerebelo/patologia , Hipocampo/patologia , Imageamento por Ressonância Magnética/métodos , Transtorno de Pânico/patologia , Estudos de Casos e Controles , Reprodutibilidade dos TestesRESUMO
Realizou-se levantamento bibliográfico no indexadorMEDLINE, através das palavras-chave "cortisol" e "panic", sem limite de tempo, restringindo-se a sereshumanos e à localização das palavras-chave no título e no resumo. Foram excluídos artigos de revisão e relatos de caso, estudos sobre alterações ocorridas entre dois ataques, e os que tratavam de outras doenças psiquiátricas ou de sujeitos sadios, quando não comparados com pacientes de pânico. Os resultados mostraram que ataques de pânico naturais ou provocados pelos agentes panicogênicos seletivos, lactato de sódio e dióxido de carbono, não ativam o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA). Agonistas do receptor de colecistocinina B elevam os hormônios de estresse, quer haja ataque de pânico ou não, parecendo ativar diretamente o eixo HPA. O antagonista benzodiazepínico flumazenil não eleva o nível dos hormônios de estresse, porém não induz ataques de pânico de modo consistente. Agentes farmacológicos que produzem ansiedade em pacientes de pânico e em voluntários saudáveis elevam o nível dos hormônios de estresse, entre estes o antagonista a2-adrenérgico ioimbina, os agentes serotonérgicos 1-(m-clorofenil) piperazina (mCPP) e fenfluramina, bem como o agente psicostimulante cafeína. Portanto, o ataque de pânico não parece ativar o eixo HPA, ao contrário da ansiedade antecipatória.
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Humanos , Sistema Hipotálamo-Hipofisário/fisiopatologia , Transtorno de Pânico/fisiopatologia , Sistema Hipófise-Suprarrenal/fisiopatologia , Ansiedade/fisiopatologia , Colecistocinina/agonistas , Hidrocortisona/fisiologia , Sistema Hipotálamo-Hipofisário/efeitos dos fármacos , Transtorno de Pânico/induzido quimicamente , Sistema Hipófise-Suprarrenal/efeitos dos fármacosRESUMO
Este artigo é uma revisäo de evidências experimentais e construtos teóricos que implicam a modulaçäo do comportamento de defesa pela serotonina (5-HT), atuando na matéria cinzenta periaquedutal do mesencéfalo (MCP) no transtorno do pânico. Resultados obtidos com testes de conflito em animais de laboratório indicam que a 5-HT aumenta a ansiedade, enquanto que a estimulaçäo aversiva da MCP aponta para um papel ansiolítico. Para resolver esta contradiçäo, sugeriu-se que os estados emocionais determinados pelos dois paradigmas säo diferentes. Testes de conflito gerariam ansiedade antecipatória, enquanto que a estimulaçäo da MCP produziria medo de perigo iminente. Clinicamente, o primeiro estado estaria relacionado com o transtorno de ansiedade generalizada e o segundo, com o transtorno do pânico. Assim sendo, supöe-se que a 5-HT facilita a ansiedade, porém inibe o pânico. Esta hipótese tem sido testada por meio de um modelo animal de ansiedade e pânico, denominado labirinto em T-elevado, e de dois procedimentos experimentais que geram ansiedade, aplicados tanto em voluntários sadios como em pacientes de pânico. Em geral, os resultados obtidos até agora mostram que drogas que aumentam a açäo da 5-HT elevam diferentes índices de ansiedade, enquanto reduzem índices de pânico. Portanto, as prediçöes baseadas na hipótese em questäo têm se cumprido. As principais implicaçöes clínicas säo as de que um déficit de 5-HT na MCP possa participar da fisiopatogenia do transtorno de pânico e que a intensificaçäo da 5-HT na mesma regiäo medeie a açäo antipânico dos medicamentos antidepressivos
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Animais , Serotoninérgicos/farmacologia , Serotonina/farmacologia , Substância Cinzenta Periaquedutal , Transtorno de Pânico/tratamento farmacológico , Modelos Animais , Ansiedade/metabolismo , Ansiedade/tratamento farmacológico , Comportamento Animal , Substância Cinzenta Periaquedutal/metabolismo , Transtorno de Pânico/metabolismoRESUMO
A pesquisa neuroendocrinológica dos sistemas fisiológicos envolvidos no estresse evidencia hiper funçäo do eixo simpato-adrenal em conjunto com uma reduçäo da atividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) em pacientes com estresse pós-traumático (TEPT). Uma resposta prejudicada do cortisol aos estressores parece estar associada com um aumento da vulnerabilidade ao desenvolvimento do TEPT. O excesso de catecolaminas, sem o pareamento do aumento dos corticóides promoveria uma consolidaçäo excessiva das memórias traumáticas e a indevida generalizaçäo para outras situaçöes estressantes. Sintomas como o entorpecimento e flashbacks têm sido relacionados com o aumento de opióides endógenos. Estudos de neuroimagem evidenciam uma reduçäo do volume hipocampal no TEPT, que tem sido relacionada a alteraçöes cognitivas e anormalidades do eixo HHA encontrados no TEPT
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Animais , Humanos , Transtornos de Estresse Pós-Traumáticos/etiologia , Sistema Hipotálamo-Hipofisário/fisiopatologia , Memória , Sistema Hipófise-Suprarrenal/fisiopatologia , Sistema Nervoso Simpático/fisiopatologiaRESUMO
The therapeutic action of selective serotonin (5-HT) reuptake inhibitors (SSRIs) in obsessive-compulsive disorder (OCD) points to the role of 5-HT in this condition. Functional neuroimaging studies showed hyperactivity of the nucleus caudatum in OCD patients, which disappears following treatment with either SSRIs or cognitive behavior therapy. Pharmacological results indicate hypersensitivity of the 5-HT1D receptor subtype in OCD, similarly reversed by chronic administration of SSRIs. Neurochemical data show that these receptors are selectively concentrated in the striatum, and are localized in 5-HT terminals, where they inhibit 5-HT release by the nerve impulse. Since 5-HT reduces the activity of post-synaptic neurons in the striatum, it has been suggested that the hypersensitivity of 5-HT1D receptors contribute to the genesis of OCD symptoms
RESUMO
Os autores fazem revisäo crítica e seletiva das evidências pré-clínicas, experimentais no ser humano e clínicas, que implicam a serotonina (5HT) nos estados de ansiedade, enfatizando sua participaçäo no transtorno do pânico (TP) e no transtorno de ansiedade generalizada (TAG), e apresentam a teoria de DEAKIN e GRAEFF (1991), que procura integrar conhecimentos básicos e clínicos dentro de perspectiva evolutiva. Esta hipótese atribui dupla funçäo à 5HT na regulaçäo de comportamentos defensivos, cujos correlatos clínicos seriam diferentes transtornos de ansiedade. Assim, postula que a via serotoninérgica que se origina no núcleo dorsal da rafe (NDR) e inerva a amígdala intensifica o medo condicionado e, por extensäo, a ansiedade anticipatória e o TAG. Em contrapartida, a via que parte do mesmo núcleo e inerva a matéria cinzenta periaquedutal dorsal inibe comportamentos defensivos do tipo luta ou fuga e, na clínica, os ataques de pânico. A seguir, mostram os resultados de testes experimentais da referida teoria, realizados em modelo animal de ansiedade especialmente desenvolvido para este fim - o labirinto em T elevado, e em dois modelos de ansiedade experimental humana aplicados em voluntários sadios - o teste de simulaçäo de falar em público e o condicionamento das resposta de condutância de pele por estímulos sonoros. De modo geral, os resultados obtidos mostraram que os tratamentos farmacológicos que intensificam a funçäo das vias serotoninérgicas originárias do NDR aumentaram o medo condicionado e diminuíram o medo incondicionado. Tais resultados, portanto, säo compatíveis com as previsöes da teoria submetida à verificaçäo. Finalmente, discutem algumas das implicaçöes clínicas desses achados, especificamente no que se refere ao potencial terapêutico da d-fenfluramina no TP
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Ansiedade , Transtorno de Pânico , SerotoninaRESUMO
Com o intuito de continuar a investigaçäo sobre a funçäo da serotonina (5-HT) na ansiedade, 43 volunt rios sadios receberam, em condiçöes duplo-cegas, d-fenfluramina (15 a 30mg VO) ou placebo e foram submetidos a um teste de simulaçäo de falar em público, que consiste em falar em frente a uma videocâmara. O procedimento provocou aumento significativo da ansiedade subjetiva e da pressäo arterial sistólica. A droga atenuou esse aumento sem causar sedaçäo física ou mental. Além disso, a d-fenfluramina näo alterou de maneira significativa os parâmetros fisiológicos. A d-fenfluramina libera 5-Ht dos terminais nervosos e bloqueia sua recaptaçäo, estimulando indiretamente receptores 5-HT pós-sin pticos. Dessa forma, os resultados sugerem que a 5-HT inibe o substrato neural da ansiedade induzida pelo teste de simulaçäo de falar em público
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Humanos , Ansiedade , Método Duplo-Cego , Fenfluramina , Transtornos Fóbicos , Serotonina , Comportamento VerbalRESUMO
Neste artigo é paresentada, de forma sucinta, a teoria formulada recentemente po J.F.W. Deakin e por este autor, sobre o papel diferencial de três vias serotoninérgicos ascendentes e de dois tipos de receptores da serotonina (5-HT) na ansiedade e na depressao. Segundo esta concepçao, a via serotoninérgica que se origina no núcleo dorsal da rafe, no mesencéfalo, e projeta-se na amígdala participa da elaboraçao da ansiedade condicionada ou antecipatória, relacionada com o transtorno generalizado de ansiedade. A 5-HT liberada na amígdala atua sobre receptores do tipo 5-HT2 e tem um papel ansiogênico. Os medicamentos eficazes sobre esta modalidade de ansiedade atuariam reduzindo a atividade deste sistema serotoninérgico. A segunda via sertoninérgica também se origina no núcleo dorsal da rafe porém, projeta-se na matéria cinzenta periaquedutal do mesencéfalo. Atua inibindo a ansiedade incondicionada, relacionada com o pânico. Neste caso a serotonina também age em receptores 5-HT2. O efeito antipânico dos agentes antidepressivos dever-se-ía à ativaçao desta via serotoninérgica. Finalmente, a terceira via origina-se no núclo mediano da rafe, inervando sobretudo o hipocampo, onde a 5-HT atua sobre receptores 5-HT1A. Esta via mediaria tanto a inibiçao de impulsos, quando de sua ativaçao aguda, como presidiria à adaptaçao do organismo ao estresse persistente. A falha deste último mecanismo resultaria no transtorno depressivo. Os medicamentos antidepressivos atuariam estimulando direta ou indiretamente os recptores 5-HT1A do hipocampo
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Humanos , Masculino , Feminino , Transtornos de Ansiedade , Depressão , Transtorno de Pânico , Receptores de Serotonina , SerotoninaRESUMO
A aplicaçäo no nosso meio de uma traduçäo da escala analógica de humor (Visual Analogue Mood Scale) produziu distribuiçäo de escores concentrados nas extremidades da escala ao invés da distribuiçäo normal encontrada originalmente por BOND e LADER (1974). Isto poderia ter sido devido a erros de interpretaçäo das instruçöes escritas. Foi sugerido que um treinamento prévio no preenchimento desta escala poderia melhorar sua confiabilidade e normalizar a distribuiçäo de escores. Neste trabalho comparamos a distribuiçäo de escores de dois grupos de voluntários, com e sem treinamento prévio, no uso da escala. Os resultados mostram que os escores do grupo que realizou o treinamento prévio apresentam uma distribuiçäo que se aproxima da normalidade, enquanto o grupo sem treinamento tem seus escores distribuídos nas extremidades da escala. Isto confirma que o treinamento prévio no preenchimento desta escala analógica é importante e contribui para o seu melhor uso
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Adulto , Humanos , Afeto , Estudo de Avaliação , Escalas de Graduação PsiquiátricaRESUMO
In order to localize groups of neurons commanding the defense reaction, a subtoxic dose (66 pmol) of kainic acid was microinjected into the medial hypothalamus of the rat. After drug treatment, the animals were placed inside a shuttle-box for 15 min and the number of midline crossings, rearings and forward leaps was recorded. Autonomic changes such as occurrence of micturition and defectation were also measured. Injection of kainic acid significantly increased locomotion, rearing and micturition, indicating that the medial hypothalamus of the rat contains perikarya/dendrites of neurons integrating the defense reaction
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Ratos , Animais , Masculino , Reação de Fuga/efeitos dos fármacos , Hipotálamo Médio/efeitos dos fármacos , Ácido Caínico/farmacologia , Neurônios/efeitos dos fármacos , Ácido Caínico/administração & dosagem , Locomoção/efeitos dos fármacos , Microinjeções , Ratos EndogâmicosRESUMO
Embora os ansiolíticos benzodiazepínicos (BDZ) sejam clinicamente efetivos, causam sonolência e ataxia, intensificam os efeitos do etanol e outros agentes depressores e podem induzir dependência psicológica e fisiológica. Na tentativa de eliminar esses inconvenientes, tem-se procurado desenvolver compostos ânsio-seletivos. Uma vertente dessas pesquisas trabalha com ligantes dos receptores BDZ que atuam como agonistas parciais, mantendo o efeito ansiolítico, porém perdendo o efeito sedativo. Duas outras linhas de trabalho investigam compostos que näo interagem com os receptores BDZ, parecendo atuar diretamente sobre a neurotransmissäo serotonérgica. A primeira desenvolveu antagonistas seletivos dos receptores tipo S2 da serotonina (5-HT), como a ritanserina e a piremperona. A segunda concentra-se em análogos estruturais do aloperidol, que perderam a afinidade pelos receptores da dopamina e passaram a atuar como agonistas seletivos do subtipo S1A dos receptores da 5-HT. A este grupo pertencem a buspirona e análogos. Compostos de cada uma das três classes acima apresentaram atividade ansiolítica em modelos animais de ansiedade, bem como efeito terapêutico comparável ao dos BDZ, porém com menos sedaçäo, em ensaios clínicos duplo-cego. Porém, somente a buspirona foi recentemente liberada para uso médico. Além de ser menos sedativa que os BDZ, a buspirona näo potencializa os efeitos do etanol e näo revelou potencial de gerar dependência em voluntários humanos. Entretanto, ainda é prematuro concluir sobre sua superioridade terapêutica em relaçäo aos ansiolíticos BDZ clássicos
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Ansiolíticos/metabolismo , Transtornos de Ansiedade/tratamento farmacológico , Benzodiazepinas/metabolismo , Pirimidinas/metabolismo , Serotonina/metabolismo , Ensaios Clínicos como Assunto , Método Duplo-CegoRESUMO
Evidências obtidas com um modelo experimental de ansiedade - o teste de conflito ou puniçäo em animais de laboratório - indicam que a serotonina (5-HT) cerebral desempenha um papel ansiogênico. A açäo dos ansiolíticos benzodiazepínicos seria mediada pela diminuiçäo da liberaçäo de 5-HT em sistemas serotonérgicos mesolímbicos. Por outro lado, resultados obtidos com estimulaçäo elétrica do sistema aversivo periventricular do rato sugerem que a 5-HT exerce uma funçäo antiaversiva. Como os ansiolíticos também causam efeitos antiaversivos quando administrados sistematicamente ou microinjetados diretamente em áreas periventriculares, tal efeito näo pode, portanto, ser mediado por uma diminuiçäo na liberaçäo de 5-HT. Admitindo-se que a ativaçäo do sistema cerebral aversivo esteja envolvida na ansiedade, a 5-HT cerebral funcionaria como ansiolítico endógeno. Pesquisas clínicas realizadas nos últimos anos com antagonistas da 5-HT também säo contraditórias, visto que um estudo com a metergolina em voluntários normais mostrou efeito ansiogênico, enquanto estudos com a piremperona e a ritanserina, dois antagonistas seletivos dos receptores do tipo 5-HT2, mostraram efeito ansiolítico em pacientes ansiosos, comparável ao dos benzodiazepínicos. Por outro lado, antidepressivos que inibem a recaptaçäo neuronal de 5-HT e que poderiam aumentar a atividade de 5-HT quando administrados cronicamente estäo sendo usados com sucesso para tratar ataques de pânico. Além disso, taxas reduzidas do metabólito da 5-HT, 5-HIAA, no líquor de pacientes têm sido associadas à ansiedade. Assim, embora existam evidências implicando a 5-HT na ansiedade, seu papel continua desconhecido. O surgimento recente do agente ânsio-seletivo buspirona, que atua primariamente em mecanismos serotonérgicos, além de dopaminérgicos, pode representar um avanço terapêutico em relaçäo aos benzodiazepínicos
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Animais , Humanos , Ansiolíticos/uso terapêutico , Ansiedade/tratamento farmacológico , Serotonina/uso terapêuticoRESUMO
Certas substancias quimicas, quando introduzidas no organismo, atuam sobre o sistema nervoso central modificando acentuadamente o comportamento e os processos psicologicos. Sao, por isso, denominadas drogas psicotropicas. Algumas delas sao empregadas para tratar disturbios psiquiatricos e outras condicoes patologicas. Entre estes medicamentos psicoterapeuticos figuram os antipsicoticos, os antidepressivos e antimaniacos, os ansioliticos e os analgesicos opioides. Outras drogas psicotropicas, como os psicoestimulantes e os alucinogenos, sao principalmente usadas em um contexto nao-terapeutico, para induzirem euforia ou estados alterados de consciencia. Algumas drogas psicoterapeuticas, como os ansioliticos e os opioides tambem sao empregados com este ultimo fim. Estuclinicos e experimentais de natureza multidisciplinar, realizados durante as duas ultimas decadas, tem sugerido que as alteracoes psicologicas e comportamentais causadas pelas drogas psicotropicas sao consequencia de modificacoes relativamente seletivas que estas substancias produzem ao nivel dos processos de comunicacao entre os neuronios, realizados atraves de mediadores quimicos ou neurotransmissores.O uso diferencial de drogas psicotropicas nas mais variadas culturas humanas, perdurando desde os tempos pre-historicos ate os nossos dias, mostra claramente a importancia dos fatores biologicos, em interacao com fatores sociais e ambientais, na determinacao do comportamento